19 de junho de 2015

Relato de parto da Jéssica: parto normal hospitalar em Ji-Paraná


Bom, a minha historia começa em 2013 quando eu me meu marido resolvemos que em 2014 tentaríamos engravidar. Então, como havia mudado para Ji-Paraná recentemente, busquei uma ginecologista e obstetra e encontrei a Dra. Adélia Pompeu. Logo no início gostei dela porque é minha conterrânea (ambas de Pato Branco/PR kkkkkkkkk), depois gostei mais ainda pois soube que ela é completamente a favor do parto normal (que muitos médicos não gostam de realizar por demorar mais, por ter que ter mais paciência com a futura mãe e sua família, etc...) e foi ai que os preparativos começaram.

No final de 2013 fiz todos os exames e em janeiro de 2014 parei de usar o anticoncepcional e passei a usar o ácido fólico, já preparando-me para engravidar. Em maio, tive um sangramento por 15 dias e descobri havia ocorrido um aborto espontâneo de uma gestação de 3 semanas. Para mim e meu marido, no primeiro momento foi um choque, fiquei muito decepcionada, triste, enfim... não queria acreditar! Aí, a doutora disse que se quiséssemos continuar tentando, a chance de engravidar nos próximos 60 dias era grande... Então vamos aos treinos!

Em agosto surge a grande nova... Estou grávida de 6 semanas!

Desde o início sabia que queria o parto mais natural possível. Independente da dor, eu não queria cortes e muito menos agulhadas, pois detesto agulhas!! Então, com a liberação da doutora, após o 3º mês voltei à praticar pilates, para que estivesse preparada para o grande dia.

Com 32 semanas, minha pequena Maria Cecília tentou nascer. Comecei a ter pequenas contrações e perdi o tampão mucoso. Liguei para a dra. Adélia e ela prontamente me atendeu. Recomendou-me a aplicação de progesterona, além de repouso absoluto por 2 semanas e até o final em repouso moderado, pois sabia que quanto mais tempo ela permanecesse em meu ventre, mais cresceria e mais saudável nasceria.

No dia 24 de abril completei 39 semanas e fui à consulta de rotina do pré-natal. A ansiedade já tomava conta de mim, do meu marido e dos amigos, queríamos muito ver a carinha da bebê, mas, como não “mandamos” nesses eventos, ela nasceria quando quisesse.

Como eu estava bem e ela já “podia” nascer sem problemas, fui para Ouro Preto do Oeste passar o final de semana. A noite, não dormi bem, parecia estar com refluxo e então no sábado quis levantar bem cedo. Quando fui levantar da cama, senti uma dor forte na barriga toda, mas como não aconteceu novamente, desconsiderei. Por voltas das 7:30 fui tomar café da manhã e então pequenas contrações quase indolores na região abaixo do umbigo começaram e repetiam-se a cada 10 minutos mais ou menos.

Voltei para Ji-Paraná e no caminho, elas tornaram-se mais frequentes e dolorosas. Quando cheguei em casa, as dores já estavam fortes e mais frequentes, 2 contrações em 10 minutos. Meu marido ligou para a doutora e ela recomendou que quando estivesse com 3 contrações em 10 minutos eu fosse ao hospital. Tomei banho, pegamos as malas, as lembrancinhas e de repente estava com 3 contrações em 10 minutos. As 10:30 fomos para o hospital.


Chegando lá, a doutora já fez o “toque” e disse que eu estava com 9 (N-O-V-E!!!!!!!!) cm de dilatação. Fui internada e já fiquei aguardando a preparação do centro cirúrgico. As 11:30 horas, eu, meu marido e minha amiga Natália, como constava no plano de parto, entramos no centro cirúrgico.

E então, seguindo as orientações das enfermeiras e da doutora Adélia, comecei a fazer força durante as contrações. Eu achei que seria rápido, como nas novelas (pois é! Kkkkkkkkk) mas não foi! Permaneci fazendo muita força, alternando as posições, ora ficava deitava, ora fazia agachamentos e a bebê descendo na sua velocidade.


Com o tempo, veio a exaustão, porém, conforme havia pedido no plano de parto, comi bolachinhas, tomei suco de laranja e água, para recuperar as energias e ter força até o final... e funcionou!

Mais tarde, talvez pela exaustão, talvez pela vontade de ver minha bebê ou pra sair logo dali, consegui fazer maissssss força e então as enfermeiras falaram: “- Vamos, sua menina tá vindo, já podemos ver seu cabelo.. e quanto cabelo! Dá pra fazer uma chuquinha só com o que está aparecendo aqui!”.

Nesse momento, achei que não conseguiria, mas com mais uma força ela coroou e então, lembro-me perfeitamente da doutora Adélia falando: “-Vai, vai, vai! Ela tá nascendo! Agora não pode parar! Força!!!”, e então fiz a maior força da minha vida e escuto o melhor som do mundo, o choro da minha filhotinha!

Nasce Maria Cecília com 48 cm e 3,295kg. Saudável, perfeita, linda e cabeluda!


Meu marido, como descrito no plano de parto, cortou o cordão umbilical e então estávamos com aquele serzinho mais lindo do mundo nos braços!


Doeu? Com certeza! Muito!

Faz de novo? Sim, sem dúvidas! Sem analgesia e sem pique! A anatomia da mulher é perfeita para isso, basta desejar que conseguirá!

Houve pequenas lacerações, mas a doutora suturou e em seguida fui para o quarto. Chegando lá, amamentei minha princesa e logo tomei banho. Minha recuperação foi ótima!


Bom, essa foi minha experiência.

O que tenho a dizer é que super recomendo parto natural, no próximo filho quero novamente e digo mais, apesar da dor, é uma experiência indescritível! O amor envolvido é tanto que supera qualquer infortúnio.


Um comentário:

  1. Que história linda. Parabéns por escolher traçar um caminho tão temido por muitos. Boa lua de leite.

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