4 de fevereiro de 2021

Relato de parto da Nayane: parto domiciliar em Pimenta Bueno



No dia 12/01 foi meu Chá de Bênçãos, preparado e organizado pelas minhas amadas @mileferronato @laismacielmatias @raquelnns, era virada de lua, Lua Nova, lua de concepção da Helena, e eu acredito muito na influência da Lua! Comecei com os pródromos na quarta feira dia que mudou a lua, sentia algumas cólicas!Minha irmã teria que ir pra Ji-Paraná na quinta e só voltaria no sábado, queria muito que Helena esperasse ela, assim como no nascimento da Maria Clara, mas também entreguei nas mãos de Deus, se fosse pra Helena nascer sem ela aqui, que fosse feita a Sua vontade! Na quinta feira começou sair tampão, sexta mais um pouco e como percebi que a hora dela estava se aproximando, fui preparando o ambiente que ela nasceria do jeito que eu queria, o mais acolhedor e mágico possível! Titia Mile chegou no sábado, eu continuava em pródromos, mas nada de entrar em trabalho de parto, mas na minha cabeça eu imaginava que ela nasceria no domingo, dia que completaria 40 semanas e dia que Maria Clara também nasceu!



No sábado a noite, chamei meu marido no cantinho de oração que havia preparado e fizemos uma oração muito sincera, pedindo que ela viesse na hora dela e que Deus abençoasse o momento da sua chegada com muita saúde e ali me senti mais tranquila!Na manhã de domingo às contrações começaram a pegar um ritmo, a cada 5 minutos, me deu uma animada pensando que estava iniciando a fase latente, mas não durou muito tempo e perdeu o ritmo, não vou mentir que eu estava ansiosa porque as pessoas perguntavam o tempo todo, sabemos que não fazem por mal, mas isso atrapalha, também comecei a pensar que ela passaria muito das 40 semanas, que talvez não entrasse em TP e minha irmã teria que voltar pra Jí-Paraná às 05h30 da manhã de segunda! Tentei dormir e relaxar a tarde e por volta das 17h percebi que realmente entrei na fase latente, as contrações pegaram ritmo a cada 5 minutos e não pararam mais, eu estava muito tranquila, a dor era quase nada, fui caminha na quadra com a Lola, aguardando minha irmã, mãe e vó chegar lá em casa! Às 18h minha irmã fez um toque e estava com 4cm de dilatação, elas foram embora a noite e eu fui tentar dormir e quem consegue dormir, mesmo que as contrações eram muito suaves?Então por volta das 23h chamei minha irmã pra ficar aqui em casa comigo (ela estava na minha mãe), ela veio e madrugada a dentro o TP não pegava intensidade, verificamos o batimentos fetais a cada hora e tudo permanecia normal!Deitamos na sala e ela conseguiu dormir e foi aproximando a hora que ela teria que ir trabalhar, se não tivesse evolução ela teria que ir! Resolvi mais uma vez ir no cantinho de oração e pedi muito a Deus e Nossa Senhora do Bom Parto que evoluísse o TP, até porque já estava chato contrair a cada 5 min e não aumentar a intensidade.. rsrs...a dor não me incomodava nada, mas não conseguia dormir, então isso ficava exaustivo!



Comecei andar pela casa e percebi que as contrações estavam a cada 3min, mas sem intensidade, pedi a Mile fazer mais um toque, ela ficou receosa de fazer, com medo de não ter evoluído e eu ficar ansiosa! Só sei que as 05h ela então decidiu fazer, porque pedi muito, e eu lembro que falava mentalmente: Senhor tomara que já esteja uns 6 a 7cm de dilatação, e assim aconteceu, no toque ela constatou que estava 7cm e eu incrédula, até falei para ela como pode dilatar tanto sem eu sentir quase nada de dor? Liguei pra minha doula @laismacielmatias e pra @janetestocco... logo às 05h15 a Laís chegou e quando ela chegou a dor começou intensificar, mas ainda tudo tranquilo! Fomos nos preparando, conseguimos fazer umas fotos, ela me auxiliando nas massagens, exercícios, e ainda consegui dançar a música que queria "É Hoje" da Ludmilla...rsrs... e por uma hora a dor ficou a mesma! Meu marido não conseguiu ficar muito comigo, a Maria Clara acordou e ele foi ficar com ela, dando assistência quando preciso!



Às 06h10 a equipe do @hospitalsantacecilia chegou, minha amiga @janetestocco e @borchardtaristeu, e com a chegada dela a dor intensificou mais ainda... eu imagino que eu estava com uma 8cm, e acreditem a dor estava muito tranquila até, mas consegui interagir com a equipe! 

Janete e Aristeu muito tranquilos, observando, brincando com a Maria!Lembro que pedi a Laís que queria ir ao banheiro, ela me auxiliou, e ela ofereceu para ir pro chuveiro quente e foi ali quando agachei, foi que a dor intensificou daquele jeito, você tem a impressão que vai morrer, aliás, você sabe que vai morrer, porque na verdade você vai (re) nascer, é muita dor, e você se vê num beco sem saída, porque sabe que não tem como voltar atrás, é enfrentar a dor e se entregar!

Posição de 4 apoio no banheiro, senti um puxo (vontade involuntária de fazer força) pedi a Laís, minha doula, chamar minha irmã, ela tentou fazer um toque comigo de cócoras mas não conseguiu, fomos pra cama e então estava 9 pra 10cm, quase total, colo ainda não tinha apagado, e ela falou que pela bolsa íntegra, a bebê estava um pouco alta, talvez demorasse algum tempinho!



Mas as contrações eram uma atrás da outra, e os puxos cada vez mais forte, a cada contração eu agachava e fazia força!Eu coloquei a mão e senti a bolsa no canal vaginal, foi quando a Laís me conduziu pra piscina, antes de entrar fiz mais umas 2 forças, entrei na piscina e escolhi meu cantinho, olhando pra parede e de cócoras (sempre imaginei parindo sentada na banheira, mas é o instinto na hora que faz você saber como quer parir)Escutei o barulho da bolsa rompendo, coloquei a mão e senti a cabecinha dela no canal vaginal e dali não tirei mais a mão, senti ela o tempo todo até sair, arde demais socorro, mais umas duas forças e ela saiu na minha mão, eu a retirei e trouxe para meus braços, nós duas ali concentradas, como um animal que vai parir quietinho, porque o parto é isso, é preciso desativar o o lado racional e ativar o lado primitivo! 

Só sei que o desfecho final foi tudo tão rápido, minha irmã tinha acabado de sair pra ver algo, Saviano esquentando água, o momento que ela nasceu mesmo não deu pra filmar, quando falei que ela estava vindo, a Janete saiu correndo chamar todos.. rsrs! 

Só sei que foi assim, a segunda maior emoção da minha vida, não tem explicação de como foi surreal! E às 06h50 do dia 18/01 ela nasceu de mim e eu renasci dela, Helena! Nasceu super bem, com 1 circular de cordão, pesando mais ou menos 3.350 (pesamos certinho no outro dia), 50cm, já mamou bem lindinha no tetê da mamãe!!!

Mamãe Nayane Cristina S. Ferronato

Papai Saviano Fuzari de Abreu

Maninha Maria Clara!
Equipe: Obstetra Delano Evangelista, Enf. Obstetra Camile Ferronato, Doula Laís Stefani, Enf. Janete Stocco e Tec. Enf Aristeu Borchardt




Períneo íntegro!








2 de fevereiro de 2021

Relato de parto da Nayara: parto domiciliar em Cacoal


Olhando para o dia 21/11/2020 ainda não consigo acreditar que ele aconteceu, vou começar agradecendo a Deus por tudo e por todos que estiveram ao meu lado.

Desde que me lembro sempre imaginei que teria um parto normal, pois uma cirurgia seria uma saída de emergência. Quando descobri a gravidez, descobri também que não sabia nada sobre o que era um parto.

Durante as 38 semanas foram horas estudando livros, vendo depoimentos de outras mulheres e assistindo documentários (Meu marido viu todos tbm), enfim estávamos teoricamente preparados.
Ao longo das consultas do pré-Natal conhecemos o parto domiciliar planejado, e após apoio da GO Dra Livia, contratamos um enfermeiro obstetra para nos acompanhar. Confesso aqui que não manifestei interesse em contratar uma doula. (já adianto, um erro meu).

Chegamos então na sexta-feira 20/11 por volta das 17 horas, Foi onde percebi que as contrações de treinamento estavam ficando diferentes, mas vida que segue, achei que iria passar, mas elas foram aumentando a intensidade, a 01 hora da manhã de sábado acordei com uma contração mais forte, fui ao banheiro e o tampão tinha saído, voltei pra cama e cada contração ia para o banheiro, pq sentada no vaso eram mais leves.

As 06 da manhã mandei mensagem pra a Dra Livia e para o Enfermeiro Jonathan avisando do tampão e das contrações. Dra Lívia me disse que poderia ser os pródomos, fiquei tranquila, pq sabia que isso podia demorar, porém as 10 horas às contrações estavam mais intensas e eu já estava no chuveiro, lembro de dizer ao meu marido: agora sei pq algumas mulheres pedem pela Cesárea.

Nessa altura eu pensava: quando forem me avaliar se a dilação tiver em 3 cm eu vou pedir para ir pro hospital kkkkk, Cleverson ligou para Enf. Jonathan, que chegou perto das 12 horas, me avaliou e para a minha surpresa já estava com 7cm de dilatação, a Dra Lívia foi acionada e eu voltei pro chuveiro, pois deitada na cama as contrações eram muito mais dolorida.

Nesse meio tempo o Cleverson foi comprar o almoço e buscar a minha irmã, que não sabia de nada. O Jonathan tocou violão e cantou, me relaxando ainda mais entre uma contração e outra.

Minhas pernas já estavam ficando cansadas. Voltei ao vaso sanitário e entre uma contração e outra comi açaí, Dra Lívia chegou e ao avaliar estava com 9 cm, disse que estávamos quase lá e perguntou se podia chamar a doula.

Quando a Cibele chegou foi tão atenciosa, fez massagens durante as contrações, acupuntura, foi de enorme ajuda, me disse para tentar outras posições, um suporte tão importante que como eu disse nem imaginava a diferença que faz.

Cleverson foi um verdadeiro companheiro, meu suporte, sempre me apoiando literalmente, te amo ainda mais.



Nessa altura alguém perguntou se eu queria entrar na piscina e eu disse sim, entre uma contração e outra a gente fica meia dopada rsrsrs, e lá se foi a equipe encher a piscina, eram umas 15 horas, nesse momento a bolsa estourou.

Cibele me disse: as contrações vão ficar mais fortes e realmente ficaram. Durante todo o dia eu só pensava até que ponto vai aumentar a dor, então eu descobri, e desisti da piscina, voltamos ao chuveiro, estávamos todos lá no meu banheiro, médica, enfermeiro, doula, meu esposo e minha irmã.

Meu marido sentou em um banquinho e eu fiquei apoiada nele e de cócoras, a cada contração eu era motiva mais e mais, até que ao colocar a mão senti os cabelos da minha filha. Faltava pouco.

Então tudo começou a arder muito, o tal do círculo de fogo estava queimando, ainda não sei como minhas pernas estavam respondendo.

Então as 16:21h de um sábado a tarde, no banheiro da minha casa, Clara veio ao mundo pesando 3035kg, 49cm, apgar 9/10, do meu ventre pros meus braços, cercada de amor, uma emoção sem fim. Papai cortou o cordão, ficamos ali por um tempo precioso, quando a placenta saiu ainda estávamos em êxtase.

 

Tomei um banho com a ajuda do marido, enquanto a equipe cuidava da Clara, depois comi uma panqueca, Clara ficou nos braços do papai, e a equipe celebrou com guaraná Jesus Rsrsrs .

A frase da minha irmã resume bem o que é um parto: foi feio (leia-se gritos e dores) mas foi lindo. Eu não mudaria nada, pra mim o dia passou tão rápido que ainda não consigo acreditar. Obrigada a todos sem vocês nada disso teria sido possível.









Relato de parto da Gabriela: parto domiciliar em Pimenta Bueno





Histórias de quem nasce entre os lençóis de casa... Rondônia tem parto domiciliar assistido!!! E a Gabriela é doula, então sabe bem a razão de ser desta forma de nascer. ❤



Bom tudo começou na manhã de terça-feira as:

07:00 acordei com uma leve cólica que vinha e ia, levantei para ir ao banheiro fazer xixi. Quando desci da cama escorreu pela perna um pouco de líquido (ERA A BOLSA, que até então achei que era o xixi vazando 🤭). Voltei a deitar pra ver se passava.

08:00 recebi a esteticista para fazer a depilação que já estava marcada e as cólicas permaneciam... eu achando que já passariam e seriam apenas pródomos.

09:00 tomei um banho, fui fazer um leite com aveia para tomar e elas estavam bem mais intensas. Fui ao banheiro e o tampão saiu um pouco. Comecei a sentir uma alegria misturada com frio na barriga, andei pela casa conversando com o Leo, sem crer que estava perto!

09:30 mandei mensagem pra minha Doula Cibele e para a Fernanda, enfermeira do meu obstetra Dr Jonatan, que havia acordado diferente e que teve saída de tampão. Mas que estaria monitorando no decorrer do dia e avisaria se evoluíssem. As contrações já estavam vindo de 3 a 2 minutos, mas eu não acreditava que iriam permanecer nesse ritmo, estava esperando elas acalmarem ainda e aí eu organizaria as coisas que estavam faltando. Mas esses espaços não chegavam...

10:00 mandei mensagem para o Cássio que quando pudesse vir do serviço pra casa pois estava com sintomas de TP. Chegou na mesma hora. As contrações permaneciam 3 a 2 minutos e bem mais fortes.

10:30 Sentei no tapete do chão do quarto com o Cássio e já estava pra lá de baguida. Ele até sugeriu chuveiro, mudanças de posições, mas eu já não respondia por mim e não conseguia sair dali. Apenas queria ele ali comigo... Pedi pra que ligasse pra doula e a equipe avisando que eu realmente estava em trabalho de parto ativo e que eles poderiam vir.

10:45 eu fui ao ápice e falei: CASSIO LIGA PRA TODO MUNDO DE NOVO! CHEGOU A HORA!

Eu já estava com vontade de fazer força incontrolável! Sentia um pressão em baixo! Vocalizando com a contração! Assustei real!

Cassio ligou novamente para a equipe e ligou para minha mãe que em 5 minutos estava aqui e me abraçou jogando um balde de energias!

11:15 equipe chegou. UFA! Dr Jonatan conversou comigo ali no chão com toda calma e tranquilidade e depois pediu pra eu me deitar na cama pra me avaliar eeeeee Gabi bebê tá aqui em baixo! Agora é só a força e ele nasce. Todo mundo começou a pegar as coisas e eu passada! Pedi pro Cassio pegar a caixinha de som e meu celular para eu por minha playlist que não tinha colocado ainda


E então concentrei no maior encontro da minha vida, me atentei que chegamos ali trabalhando juntos! Que orgulho desse bebê! agora era mais uma etapa e eu e ele e seu pai nos conheceríamos...

No intervalo das contrações pegava forças no olhar do Cassio que apoiada sobre ele me lembrava que o Leo estava chegando.

A feição da minha mãe de alegria de que a vida e o Espírito Santo estavam ali!!!

Dr Jonatan que passou toda segurança que estava indo tudo lindo e bem

11:45 Chamei ele e então, Leo chegou! E com todo respeito veio para meus braços, no calor do seu lar, eu, ele e seu pai nos apresentamos com o som mais lindo do mundo, chorou!


Acredite, mulheres sabem parir e bebes sabem nascer!




Gabriela Stocco, Pimenta Bueno-RO
Parto Domiciliar Planejado
Equipe do Hospital Santa Cecília Obstetra: Drº Jonatan Peres






Relato de parto da Kamilla: parto normal domiciliar-hospitalar em Villhena



Eu me apaixonei por esta história de parto quando o li no grupo Parto em Rondônia do Facebook. Fico feliz que a Kamilla tenha compartilhado... que inspire e emocione! Vamos ao relato...

Sabe aqueles partos de novela, que a mulher já chega parindo no hospital...assim foi o meu! Se eu for relatar apenas o parto ia dar algumas poucas palavras, por isso decidi relatar o dia inteiro do parto.

Dia 23 de Abril de 2019, Vilhena/RO.

Durante toda a gestação continuei com a minha rotina de exercícios e alimentação saudável, e no dia do parto não foi diferente. Acordei cedo, arrumei as crianças (já tenho 2 meninos) para a escola e demais atividades, tomei meu café e fui para academia, e neste dia estava mais animada do que nunca, decidi andar 3 km na esteira, e não 2 km como de costume, fiz uma serie de agachamentos, me alonguei e fui embora satisfeita...de la fui direito para o trabalho, como faltava apenas 1 dia para 40 semanas (não achava que a gestação ia tão longe desta vez) já havia deixado muito coisa resolvida e encaminhada no escritório, então passei algum tempo ali e logo fui fazer outras coisas relacionadas a rotina de mãe e esposa...Almocei e passei a tarde em casa com o filho mais novo (até então).

Final da tarde Dr° Nilton mandou mensagem pedindo para dar um pulinho no hospital para monitorar o bebê...chegando lá, ele pediu minha autorização para fazermos um “toque”, pra ver como estava o colo do útero, ate então nunca havia feito este procedimento, mas foi claro ao dizer que se não quisesse esperaríamos o momento do início do trabalho de parto...eu autorizei, e para nossa surpresa já estava com 4 para 5 de dilatação, e Dr. Nilton disse que não demoraria muito para o trabalho de parto começar e que ele achava que seria um parto rápido e fácil, nos aconselhou a ir para casa fazer uns agachamentos e caminhar.



Apesar de termos ficado animados, meu marido tinha um compromisso no outro dia de manha e não queríamos que o trabalho de parto iniciasse naquela noite, então tentei ficar quietinha, mas ser mãe de 2 meninos não me permite esse luxo, fui dar banho nas crianças enquanto o marido preparava o jantar.
La pelas 20:30h comecei a sentir que as contrações de treinamento se intensificaram e estavam mais ritmadas, comecei a desconfiar que o trabalho de parto ia começar...colocamos as crianças para dormir, organizamos a cozinha e sentia as dores cada vez mais fortes.



As 21:30h resolvi ligar para o Jonathan, nosso enfermeiro obstétrico, naquela altura já sabia que o trabalho de parto tinha dado início. A última coisa que eu queria era entrar em TP (trabalho de parto) a noite, não queria passar a madrugada sentindo dor, tenho a impressão que a noite todas as dores se intensificam e o tempo demora mais a passar. Mas como não temos controle de tudo, me conformei e mergulhei de cabeça neste momento.

Jonathan chegou as 22h, fez o toque, e apesar das contrações estarem fortes e bem ritmadas, ainda estava com 5 de dilatação, disse que faríamos uma nova avaliação as 23 h, então imaginei que a noite seria longa...ficamos na sala de casa, eu, o marido e Jonathan partejando, assistindo o renascimento do parto...o marido fazendo massagem nas costas, Jonathan monitorando o bebê...resolvi chamar a fotógrafa que já estava de sobreaviso e logo ela chegou. Liguei para minha mãe vir ficar com os meninos, porque provavelmente ia para o hospital continuar o trabalho de parto por lá.

A cada contração sentia que as dores se intensificavam, e elas viam a cada 2 a 3 minutos...e quando faltava alguns poucos minutos para as 23h relatei que a vontade de fazer força havia chegado, Jonathan pediu pra avaliar e para nossa surpresa, estava com dilatação total e bebê no expulsivo, Jonathan pediu pra irmos urgentemente para o hospital. E eu, na maior cara de pau e paciência do mundo, pedi pra ganhar em casa, mas ele não me permitiu rsrsrsrs. Na próxima contração a bolsa estourou. Marido se apressou em pegar as malas e enquanto esperávamos no jardim ele sair da garagem outra contração, achei que Bento ia nascer ali mesmo...dentro do carro a vontade de fazer força era enorme, e tive que me controlar muito pra não nascer ali, se fosse durante o dia, onde o trânsito se torna mais lento, acho que teria nascido dentro do carro...mas enfim, chegamos ao hospital e no corredor eu me agachei, não conseguia mais andar, e Jonathan viu que o bebê estava coroando, e que iria nascer ali mesmo...mas o marido me pegou no colo e me colocou na maca, naquela fria de alumínio mesmo, e fomos correndo para a sala da maternidade...correndo não, voando...e em menos de 30 segundos, as 23h10 Bento nasceu...ja chegou fazendo um show, do jeito que eu gosto, pura emoção e adrenalina...porque se eu gostasse de monotonia e previsibilidade tinha feito uma cesárea por opção.



Colocaram ele no meu colo/peito e ficamos ali conectados durante um tempo, Dr. Nilton, que estava em outro parto na hora que cheguei no hospital, foi ao nosso encontro pouco tempo depois de o Bento nascer. Quando enfim a placenta parou de pulsar o marido cortou cordão, e ficamos ali nos 3, sentindo aquela emoção, deixando a ocitocina nos envolver.


 

Não houve episio, porém houve uma pequena laceração. No momento em que Dr. Nilton avaliava e dava os pontinhos necessários, Bento foi avaliado pelo pediatra...nasceu com 51 cm e 3.720 kg.

Pouco tempo depois já estávamos no quarto e ficamos ali a noite inteira contato pele a pele, entre mamadas e cochilos.



Em nenhum momento foi necessário suplementação com leite artificial, o contato pele a pele foi imprescindível para a apojadura (descida do leite).

Na minha primeira gestação o puerpério foi terrível, na segunda um pouco menos, na terceira passou batido...é claro que a maturidade e experiência nos tornam mais traquilas, mas este parto foi um das maiores realizações da minha vida. Me sinto realizada, segura e empoderada.



Quando me perguntam o que eu fiz pra ter um parto assim, minha resposta é...busque o apoio do marido/pai do bebê, seja acompanhada por um bom profissional da saúde que te oriente com a verdade e não pensando em interesses próprios, tenha uma boa alimentação, faça exercícios físicos regulares e pra finalizar...seja positiva, acredite que tudo dará certo, que o seu corpo esta preparado, não existe nada mais empoderador do que acreditar na própria capacidade. Eu mentalizei e rezei para que este parto fosse assim...e Deus atendeu o meu pedido.

Mãe: Kamilla Bagattoli Rodrigues
Pai: Jean Fagner Rodrigues
Bebê: Bento Bagattoli Rodrigues
Enfermeiro Obstétrico: Jonathan Souza
Médico Obstétra: Dr. Nilton Nilo
Hospital: Regional de Vilhena/RO
Fotografia: Fran Bona





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