29 de outubro de 2013

Relato de parto da Helena: parto normal hospitalar depois de uma cesárea



A Helena foi a primeira a se favorecer de um grupo de parto humanizado no Estado de Rondônia. Ela foi assistida em casa e depois no hospital, durante o trabalho de parto e parto, pelo Grupo Buriti, um embriãozinho de equipe de assistência humanizada que passou em Porto Velho feito raio de foguete.
Era formado pela Elis Freitas, doula, pela Paula Gerhardt, psicóloga e pelas enfermeiras obstétricas Sandra Schultz e Francine Colombo.

A Helena é professora de yoga, tem dois filhos e está gestando o terceiro, uma menina. Aqui teremos o relato do nascimento de seus dois filhos, ocorridos em situações de vida bastante diferentes e com desfechos igualmente distintos.

O primeiro relato é o cuja foto ilustra este post, sobre o nascimento do Luan, um parto normal após cesárea. Emocionante a garra e como ela oscila entre pensamentos do mundo da razão e sentimentos do instintivo feminino. Obrigada por compartilhar e nos dar este presente!!!

Em seguida vem a história do nascimento do Argeu, recheado de violência obstétrica e que marcou a Helena e marca, diariamente, milhares de mulheres em todo país!

Como sempre, um relato é como mergulhar na vida do outro... e só colher bons frutos!


<3



Nascimento do Luan

Depois de 11 anos que tive meu primeiro filho me veio uma forte vontade de engravidar e, depois de longas conversas com meu marido, decidimos então ter mais um filho, tentar a nossa menininha.

Depois de 8 meses que deixei de tomar pílula engravidei e aí contamos para o nosso filho mais velho que ficou muito feliz e disse que queria cortar o cordão. Fiquei surpresa com a sua reação e só lá pelo quinto mês de gestação fiquei sabendo que teria mais um menino.

A gravidez percorreu tudo tranquilamente e foi então que em pesquisas na internet fiquei sabendo sobre doulas e o seu trabalho maravilhoso. E na minha busca sobre informações sobre parto normal achei a Elis que na pagina informava que ela morava em outra cidade e, por ironia do destino, a própria me achou no facebook. Foi então que começou a nossa relação, até que um dia a Elis me pergunta o que eu achava do parto em casa. Nossa, no momento levei um baita susto! Imagina parir em casa? E foi então que respirei e pensei, isso seria uma ótima ideia! O desafio seria convencer o marido. Contei para ele, que se espantou com a ideia, mas não quis demonstrar, foi então que pensei em falar no assunto só mais perto do fim da gravidez.

Tive então a minha primeira consulta com a doula que foi super atenciosa comigo, e logo depois de uns meses concretizamos a ideia do parto em casa e me reuni com a equipe que ficaria comigo, foram todas muito simpáticas e divertidas. Nossa! Assisti a muitos vídeos de parto e me emocionei com cada um deles, estava a cada dia mais preparada para o parto em casa.

Lá pelas 36 semanas tive uma consulta com o médico (o mesmo da gravidez anterior) que me pediu um ultrassom e disse que iria marcar a cirurgia, dei um pulo da cadeira e disse que não ia marcar nada, que ia esperar. O médico, com um tom cínico, pergunta: "esperar o quê?". Saí da sala dele bufando de raiva e tinha decidido que lá eu não voltaria, que meu filho ia nascer a hora que ele quisesse.

Mais uma vez a tranquila Elis me disse para voltar com ele e não me preocupar. Mesmo com raiva marquei a ultrassom. Em casa, tive uma conversa com o bebê e pedi para ele nascer logo se estivesse pronto, e acho que ele me escutou pois antes do dia marcado para a ultrassom 'desnecessária', com 38 semanas e 3 dias, às 4h da manhã do dia 4/12/12, começo a sentir umas contrações que incomodavam e não me deixavam dormir, comecei a monitorar o tempo umas 3 horas e as contrações vinham de 5 a 10 minutos e lá pelas 7h saiu o tampão. Mandei mensagem para as 3 mosqueteiras avisando que havia iniciado o trabalho de parto. Lá pelas 10h, as 2 enfermeiras apareceram em casa com seus aparatos e a minha doula querida estava no hospital sendo atendida, tadinha, aperreada achando que ia perder o melhor da festa.

As meninas, então, monitoraram o ritmo das contrações, fizeram o toque e a princípio estava confirmado o trabalho de parto. E então vai pra bola e bebe chá e chega a linda doula, faz massagem. As contrações estavam bem fraquinhas, mas só descobri isso depois, a gente nunca sabe como vai ser as tão temidas contrações.

E então vai caminhar , rebolar na bola, agachar a cada contração, ouvir o coração do bebê. Lá pelas 16h resolvi deitar para ver se conseguia cochilar um pouco, me deitei por uns 5 minutos e bolsa estourou, me levantei achando que tinha feito xixi, mas logo confirmamos que era a bolsa mesmo. Depois disso desisti de dormir... lá vamos nós novamente caminhar. Nossa! Meus vizinhos ficaram bem assustados me vendo caminhar debaixo de um sol escaldante de domingo com uma barriga imensa e se agachando a cada contração.

Decido então ficar um pouco na banheira que estava montada em casa e meu filho mais velho, ansioso que estava, dividiu a banheira comigo também. Ele ficava toda hora perguntando porque o bebê não queria nascer.

Às 20h fizemos outro toque e descobrimos que ainda estava com 1cm de dilatação e que meu colo era posterior. Fiquei muito desanimada com esta informação, mas busquei lá no fundo uma animação para continuar, pois não queria fazer uma cesárea.

Lá pelas 22h insisto para meu filho ir dormir, e fui eu me sentar na beira da cama para fazê-lo dormir, tentando disfarçar as contrações. Então, às 24h, as meninas falam que eu deveria ir para o hospital, pois já tinha muito tempo com a bolsa rota, teria que entrar com a medicação. Eu, um tanto contrariada, fui para o hospital. Acorda o marido e filho para ir para o hospital! A pior coisa do mundo é contração e estar em um carro em movimento. 

Demos entrada no hospital e eu ainda estava com 2cm. Fui para a sala de parto, onde tinha uma bola e um banheiro com água quente. Fiquei na bola por um tempo, mas não conseguia ficar na bola pois incomodava muito sentar. Então fiquei na cama, meio sentada, meio deitada, sabia que aquela posição não me favorecia muito, mas estava tão cansada que não conseguia me mover.

Meu marido sabendo que ainda ia demorar um pouco, logo se deitou para descansar. E aí, depois sei lá de quanto tempo, apareceu uma médica e fez o toque. Estava com 3cm, que decepção! Eu só pensava comigo mesma: 'eu vou ter este bebê de parto normal, não quero fazer cirurgia'. Aí monitoram o bebê para ver se estava tudo bem... e estava, então, continuamos a jornada.

Depois de mais um tempo vem um médico e faz o toque: 3cm! Queria gritar "isso NÃOOOOOOO!!!". O louco me diz que eu tinha que fazer força quando viessem as contrações. Eu pensei 'que loucura! Estou com 3cm e ele quer que eu faça força'. Depois disso nem escutei mais nada do que ele dizia. Quando começou a amanhecer, tive forças para andar e logo que comecei a andar as contrações engrenaram e pioraram. Minha nossa! Como eu gritei! Pensava comigo: 'do que adianta ser uma yogue e não ter controle do seu corpo?'. Mas logo desencanei e deixei-me entrar na partolândia. Não tava mais nem aí se ia incomodar alguém com meus gritos.

Mais um toque: 5cm! Nossa, vi uma luz no fim do túnel. Sabia que já estava perto, me animei. Mais caminhada e agora eram 3 passos, uma contração. Fui para o banheiro tentar aliviar com a água quente, mas não adiantou. Comecei a chamar por Deus e quando olho para a porta do banheiro, tinha uma enfermeira me olhando, ela disse: 'se ela tá chamando por Deus, é porque tá nascendo'. Fui fazer o toque e estava com 9cm! Estava na hora! Arrumaram a cama pra eu subir e sentei no banquinho de parto. Olho para frente e vejo uma das minha 3 mosqueteiras sorrir! Mais uma contração e 10cm! Ela perguntou se eu queria descer e sentar com o banquinho no chão e eu disse que sim. Mais uma contração e lá vem! Ela me pergunta se quero voltar para a cama, digo que não, que dali eu não saía! Eu nem me imaginava levantar e subir aquela escadinha que parecia que tinha uns 10 degraus.

E lá vem mais contração e a mosqueteira decidi colocar sua roupa de trabalho. Eu penso: 'pra onde ela vai? O bebê tá nascendo'. E olha que quase ela perde de vê-lo nascer! Nossa tinha tanta gente naquela sala, enfermeiros, pediatra, estagiários... aquilo não me incomodou, achei até engraçado. Todos querendo ver o meu bebê nascer.

Mais contração... escuto alguém falar: 'olha pra cá e dá um sorriso', pensei que ele queria que eu sorrisse nessa hora. Esbocei então um sorriso, que depois que vi a foto, vi que era realmente um sorriso de uma mãe que estava prestes a receber seu bebê do jeito que ela sempre sonhou!!

Então mais uma contração, sinto meu mundo se abrir e escuto 'tá nascendo, tô vendo o cabelinho'. Mais algumas contrações, sinto o bebê escorregar de mim: "Olha o bebê, mãe!". Eu vi aquele bebê lindo, cheio de dobrinha. Peguei-o no colo e senti sua pele quentinha, seu cheiro indescritível, seus olhos tentando ver aquele mundo estranho... que momento maravilhoso foi aquele primeiro encontro mãe e filho.

Ele então foi para o colo do pai para ser examinado e vestido e foi o momento da placenta sair tão macia, que coisa mais linda é uma placenta! Enquanto o bebê recebia seus primeiros cuidados, a enfermeira cuidava de mim. Levei alguns pontinhos e logo veio meu bebê para o meu colo e amamentei e ficamos um bom tempo naquele momento só nosso.

e foi assim que nasceu Luan com 3860kg, 52cm no dia 5/12/2011 às 12:45h.

Agradeço a meu marido que com toda sua paciência aguentou ficar comigo no hospital e respeitou o meu desejo pelo parto normal. Às 3 mosqueteiras: Elis, Sandra e Francine, por terem deixado de ficar com suas famílias num domingo para me guiar no trabalho de parto.


... e onze anos antes...

Nascimento do Argeu.

Minha história como mãe começa quando engravidei aos 17 anos naquela época não tinha internet em casa onde eu pudesse buscar informações sobre a gravidez então fiz meu pré-natal com médico tio do meu marido, a gravidez foi super tranquila, tive muitos enjoos no começo que me fizeram emagrecer(estava bem gordinha na época), quando os enjoos passaram tudo ocorreu tranquilamente.

A previsão do médico era para o dia 7 de fevereiro, mas no dia 02 saiu o tampão e eu como marinheira de primeira viagem fui em busca do médico que estava de plantão no Hospital de Base, o tampão saiu sem qualquer indicio de dor, mas como vi sangue na calcinha me assustei e lá fui eu para o hospital, chegando lá ás 11h da manhã a sala da maternidade cheia de grávidas, com dor e sem dor, uma que estava do meu lado tinha acabado de romper a bolsa e logo foi atendida, em seguida fui atendida pelo medico que fez o toque e sem olhar pra mim fala pra enfermeira "essa aqui fica" e lá vem a enfermeira com uma mangueira que enfia em mim sem aviso para uma lavagem de rotina, sai da maca para vestir a roupa do hospital me sentido violada e perdida. Me colocaram num quarto com a moça que citei acima, a pobre estava lá sentido dor e deitada de lado, eu não sentia dor nenhuma e como não sabia como era pensei que era assim mesmo, a qualquer momento poderia sentir as dores do parto, bom as horas se passaram, e eu já tinha ido no banheiro para um xixi, andado pelo quarto e quando menos espero a moça do lado grita "vai nascer" e eu pensei e agora vou atrás de alguém, depois de alguns minutos atrás do médico achei a sala de descanso deles e avisei que a moça tava parindo e lá acudiram ela tadinha.

 Bom e eu continuei lá sem dor nenhuma. Até que meu médico se dignou a aparecer e perguntou como eu estava, bom eu disse que não sentia dor nenhuma, aí ele decidiu me operar sem ao menos me dizer o porque.

Como pensava que o médico que tinha a autoridade sobre mim, fiquei calada e aceitei. E logo veio as enfermeiras que saíram nem sei de onde, me preparar para a cesárea. Enfiaram uma sonda em mim, me aplicaram soro e me levaram para a sala de cirurgia. Lá, tentei sentar naquela mesa super estreita morrendo de medo de cair e logo veio o anestesista, que me enfia a agulha nas costas sem me avisar e sem me segurarem a cabeça e, quando me mexi, a agulha entortou e levei uma bronca do médico porque havia me mexido, mas quem não se mexeria?

Logo a anestesia fez efeito e me deitei, me amarraram os braços e me sedaram. Acordei depois com o chorinho do Argeu. Tinha nascido e numa rapidez o enfermeiro me mostrou e eu vi aquela coisinha branca de olhos arregalados e azuis, e só o vi depois quando me levaram para o quarto. O enfermeiro, meio sem jeito, até tentou me ajudar a dar o peito, mas como se amamenta sedada?

Me levaram para o quarto onde já tinham outras mães com seus bebês, eu não consegui ver meu bebê, que estava chorando e eu não podia fazer nada. só peguei meu bebê no outro dia que a anestesia passou e pude pegar meu bebê.

Depois disso tinha decidido que não ia mais engravidar, pois não queria passar por tudo isso novamente.
E assim nasceu Argeu, 3100kg, 51cm, 2/2/2001 ás 17h.

28 de outubro de 2013

Relato de parto da Mileide: parto natural hospitalar



Mileide Campanha está estreando o nosso novo ambiente!!!

O blog "Parto em Rondônia" será um espaço para tratar sobre maternidade ativa em nosso Estado - tão carente de projetos nesta área. Iremos reunir aqui textos, ações, relatos, entrevistas... e tudo que tiver no entorno da maternidade ativa.

A Mileide participou de alguns cursos da Bello Parto e procurou focar-se em realizar seus desejos, ou seja, empoderar-se...

Vamos conhecê-la!

<3


Meu nome é Mileide, tenho 27 anos e estou casada com meu marido Rafael, 32 anos, há 3 anos. Estamos juntos, contando com o namoro, há 10 anos e sempre quisemos ter filhos e uma família bem grande, porém, minha gravidez não foi planejada. Mesmo assim, ficamos muitíssimo felizes com a notícia, e ainda mais quando soubemos que teríamos uma linda menina em alguns meses!! Ela se chama Rebeca e nasceu de um lindo parto normal no dia 03 de agosto de 2013, para colorir de rosa as nossas vidas!!!

Durante a gravidez eu continuei me exercitando, como sempre fiz: natação, pilates e caminhada (essa última mais durante o último mês). Engordei 16 kls ao todo e desde o início eu e o meu marido desejamos que meu parto fosse normal. Minha mãe almejava que eu fizesse uma cesariana, porque ela já tinha feito duas, mas eu não deixei que isso me influenciasse, tudo com o apoio do meu marido.

Uma cesariana era desnecessária porque minha gravidez foi muito tranquila e saudável. Minha bebê então, sempre forte e saudável também!

Fiz 39 semanas numa sexta-feira e não sentia nada, nenhum sinal de que minha bebê estava para chegar, a não ser pelos pés inchados que se instalaram dois dias antes e não queriam mais desinchar. Fora isso, não sentia nem a mínima cólica, o que me deixava ansiosa e apreensiva porque queria que meu parto fosse normal e a médica já tinha avisado que esperaria somente até a quadragésima semana para fazer o parto.

Fui dormir meio desapontada. Foi então que na meia noite de sábado comecei a sentir as contrações: pequenas dores nas costas bem suportáveis. Parecia uma dor de barriga, vontade de fazer cocô mesmo. Fui no banheiro e elas passaram um pouco. Até pensei que não estava em trabalho de parto. Me deitei e as dores voltaram. Elas vinham de meia em meia hora, eram pequenas e irradiavam das costas para o pé da barriga. Bem suportáveis, como pequenas cólicas. Assim, duvidando que eram realmente as contratações, eu consegui dormir entre uma dor e outra. Às 3:40 senti um chutão da minha bebê e um "ploc". Minha bolsa tinha estourado! Só que o líquido veio com sangue vivo, deixando a água que escorria rosada. Corri para o hospital com receio por causa do sangue, mas fui examinada pelo médico platonista e a bebê estava bem, com os batimentos cardíacos ótimos e eu estava com 4 cm de dilatação.

As dores vinham de 10 em 10 min. Depois de 5 em 5, logo de 3 em 3 minutos, durando 1 minuto cada. Assim, para acelerar o trabalho de parto, eu fiquei caminhando pelo corredor do hospital, acompanhada pela minha mãe e irmã e pelo marido querido. Quando vinham as contrações eu parava de andar, me apoiava no meu marido e eles me faziam uma massagem bem forte na lombar, o que aliviava um pouco a dor. Desde o início, a cada hora, os enfermeiros mediam minha pressão e verificavam os batimentos da bebê.

Até os 7 cm de dilatação (8h da manhã) as dores eram totalmente suportáveis e eu estava muito feliz porque sabia que em algumas horas minha filha estaria em meus braços! Só a partir dos 8 cm é que as dores ficaram mais fortes. Foi então que resolvi ir para o chuveiro bem quente, e deixava a água cair sobre minha lombar. Isso me aliviou um pouco, mas quando as dores atingiam um pico eu cheguei a duvidar se iria conseguir. Eu achava que iria desmaiar de dor, nem cheguei a pensar em pedir anestesia, porque antes minha médica já havia avisado que não haveria anestesista presente no momento do parto e que se fosse realmente necessário ele seria acionado e demoraria a chegar.

Não pedi cesariana porque estava decidida que faria normal, já que já tinha sentido todas aquelas dores por tanto tempo. Mas duvidei que me corpo aguentaria tamanha dor e nessas horas eu olhava para meu marido e perguntava: - Eu vou conseguir??? E ele sem hesitar respondia: -Cooom certeza! Você é forte e já está quase acabando! Nossa bebê tão amada e esperada está chegando! Isso me ajudava a recuperar as forças e a não querer desistir.

Com as últimas dores vinha uma vontade de fazer força. Tentei ficar de cócoras mas a dor aumentou. Tentei ficar de quatro em cima da cama, mas doeu mais. Nisso, minha médica veio verificar a dilatação mais uma vez e me pediu que deitasse de barriga para cima na cama. Pediu que eu segurasse minhas pernas flexionadas e as puxasse em direção à minha cabeça. Meu marido segurava minha cabeça e a puxava em direção ao meu peito, tirando-a do travesseiro. Quando vinham as contrações, minha irmã fazia a respiração bem forte perto do meu ouvido, assim eu a escutava respirando e a imitava respirando também.

O pediatra que pegaria a bebê chegou e me pediu que fizesse uma força bem longa de fazer cocô quando as contrações viessem. Porém, nas primeiras tentativas eu parava de fazer a força quando a contração terminava. Foi então que ele falou para segurar a força mesmo que a contração fosse embora. Assim eu fiz, e ao mesmo tempo tendo que respirar. Fiz duas vezes a maior força da minha vida e minha filha nasceu às 10 horas, em ponto.

Quando ela saiu só senti uma ardência, e a dor das contrações parou na mesma hora. O que dói são as contrações finais e ter q fazer a força junto com a contração.

Assim que nasceu, minha filha foi colocada em meu peito e a felicidade invadiu minha alma!!! Comecei a conversar com ela e a dizer o quanto ela foi esperada e ela parou de chorar na hora e ficou me olhando!!! Durante esse período a médica fez os pontos. Não injetaram ocitocina em mim, nem fizeram episiotomia. Mas tive vários pontos em razão da laceração. Meu marido ficou comigo até o fim, o que foi primordial porque no fim achei que não conseguiria!

Sempre tive muito medo do parto, nunca quebrei uma unha, mas é incrível como nascemos preparadas para parir. Faria tudo de novo! Foi uma experiência maravilhosa, que serviu para me mostrar o quanto nós mulheres somos fortes!










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