tag:blogger.com,1999:blog-47246616223268436152024-02-07T22:18:05.345-08:00Parto em RondôniaRelatos, partos e tudo o mais afim..Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.comBlogger141125tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-2925919796751017242023-03-03T05:30:00.001-08:002023-03-03T05:30:37.249-08:00Relato de parto da Keila: parto normal humanizado em Cacoal <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcp0JXW0hPHUTgd_j7E9VFqJGkAExdmp7xCTFq0DD2TLso5c_ZtVTWIY6h1nG5mrAYW6g8_IlOIJPjtwsdFe8Ql4MSbKPghB6tsoKukdTg6THibRcW0h-2ndpGMMLytK_L9U9GpSYtbaX_n1JCQmrVdZ7mHJ3kB9zhH81ppFeKlyerCh6mj03TIMye-g/s1080/unnamed.jpg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcp0JXW0hPHUTgd_j7E9VFqJGkAExdmp7xCTFq0DD2TLso5c_ZtVTWIY6h1nG5mrAYW6g8_IlOIJPjtwsdFe8Ql4MSbKPghB6tsoKukdTg6THibRcW0h-2ndpGMMLytK_L9U9GpSYtbaX_n1JCQmrVdZ7mHJ3kB9zhH81ppFeKlyerCh6mj03TIMye-g/w400-h400/unnamed.jpg" width="400" /></a><br /><br />Quem me conhece há muito tempo, sabe que ser mãe nunca foi meu sonho...rs, por muitas vezes me culpei por isso.... Acreditem! Mas foi a minha melhor escolha desde que engravidei pela primeira vez eu tinha escolha como tudo na vida... e eu escolhi ser Mãe, desejei ser mãe, e logo então o sonho começou....<br /><br />A chegada da Isa, foi a significação de tudo isso... quando descobri que estava grávida pela terceira vez, foi em um dos momentos de maior desafio e vulnerabilidade em que estávamos enfrentando. Nossa família havia acabado de superar o COVID, no entanto e noticia da gravidez soou em nossos ouvidos como esperança... Luz... Amor e Milagre.<br /><br />Após a superação de uma doença... a chegada da gravidez trouxe a certeza de que milagre existe...<br /><br />Isabela nos permitiu fazer tudo novo, de novo, e diferente de tudo em que havíamos vivido. Nunca havia pensado em parto Humanizado... porém todas as outras gestações não abri mão do parto Natural, pois eu mais do que ninguém sei o quanto o parto natural faz bem para criança e para nós mães. <br /><br />Foi ai que decidi que seria um <a href="https://institutonascer.com.br/parto-humanizado-voce-entende-esse-conceito/">parto humanizado</a> dessa vez... ao meu modo... rs Nascer sempre é, e sempre será, um momento muito forte para a criança e para a mãe. Isso de acordo com a <a href="https://cienciadoiniciodavida.org/">ciência do Início da vida</a>, da médica Eleanor Luzes! E o mais importante é entender isso: “Para mudar o mundo devemos primeiro mudar a forma de nascer” (<a href="https://www.institutomichelodent.com.br/">M. Odent</a>).<br /><br />E existe um jeito de enfrentar isso de uma maneira mais leve e amorosa... o parto humanizado! Para você enfrentar com leveza, amor e gratidão essa fase que você e bebê enfrentarão juntos. Foi único - só para adiantar - e mudar muita coisa, é o início…<br /><br />E comigo não foi diferente há como foi maravilhoso meu parto gente, existem anjos que Deus coloca em nosso caminho e a Sabrina fisioterapeuta pélvica e doula foi o meu anjo e o da Isa.<div><br /></div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwYDQvi5QLzpLh-oPstwuZ2GubY4t7dAGgds86C_LFjE4_RyMnYkOY3beQ6my5q0crnaU5S_gdj99Lkta6sUSjgKldp9TeoPMpsr7xd0AJb2a4J98N9XH1VKaHVBdPupOQdDnibmtCz59zxgasz6-viF_BMmBa7ljTrwK16vkECg2g5FeA_yiMXzvboQ/s1080/unnamed%20(1).jpg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwYDQvi5QLzpLh-oPstwuZ2GubY4t7dAGgds86C_LFjE4_RyMnYkOY3beQ6my5q0crnaU5S_gdj99Lkta6sUSjgKldp9TeoPMpsr7xd0AJb2a4J98N9XH1VKaHVBdPupOQdDnibmtCz59zxgasz6-viF_BMmBa7ljTrwK16vkECg2g5FeA_yiMXzvboQ/w400-h400/unnamed%20(1).jpg" width="400" /></a><br /><br />Nosso trabalho de parto durou em média 15 horas. Eu estava em São Francisco ainda a noite quando comecei a perder liquido sem qualquer contração decidimos ir para Cacoal, chegando lá constatamos que eu havia perdido muito liquido e o médico achou melhor me monitorar no hospital e induzir ao parto uma vez que o liquido não estava repondo... sim, induzimos o parto na maior tranquilidade e muito monitorada, só que Isa é tão tranquila que a cada contração os batimentos se mantinham bem, e ela não descia... rsrsrs continuamos com muita segurança e monitoramento, como eu já havia estado muito cansada (eu estava sem dormir há quase duas noites por conta da viajem) solicitei e falei com o médico que as contrações estavam muito alta e ai ele disse vamos induzir com o hormônio. Falei 'sim', e confiei total nele. Nessas horas o mais importante é a sua fé e a segurança no profissional em que você escolheu te acompanhar. E aí não durou mais 10 minutos e a Isa veio ao mundo!<br /><br />Foi muito rápido... o momento da chegada dela foi em minutos. Nasceu dia 26/11/2021 Isabela Sodré Simonato. Pesando 2,444 kg 48 cm de 36 e 6 dias de gestação... foi único... resinificamos todos os outros partos, Eu e o Talis, sempre enfrentamos isso juntos, e nessa gestação não poderia ser diferente! Ele esteve presente em todos os momentos da gestação isso me deixou muito feliz e agradecida.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGcnelvdjV5cSHKVPMdZsbKGG7wtqneFFFkE1SycCVRdOknOHDXAWlECKiSeJyYmxS4wX7IsimHJ5xL6bZb8J2K1C97fE3d5D3ld1gBT7JuAdON7nStpohRWf3Nljg-s-d9W3TLF8Mn89vBHHVhpGRCC_nsGoIC6LoEKV-XtZbavYVyn1C-ksy5N7Iaw/s1080/unnamed%20(2).jpg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGcnelvdjV5cSHKVPMdZsbKGG7wtqneFFFkE1SycCVRdOknOHDXAWlECKiSeJyYmxS4wX7IsimHJ5xL6bZb8J2K1C97fE3d5D3ld1gBT7JuAdON7nStpohRWf3Nljg-s-d9W3TLF8Mn89vBHHVhpGRCC_nsGoIC6LoEKV-XtZbavYVyn1C-ksy5N7Iaw/w400-h400/unnamed%20(2).jpg" width="400" /></a><br /><br />Aprendi que:<br /><br /><div>Eu sei que o medo pode aparecer mas ele não é nada perto da minha força.<br /><br /></div><div>A dor do parto nunca será, maior que o amor de mãe, pelas as minhas filhas.<br /><br /></div><div>Que sou a essência de uma mulher, com espirito de loba.<br /><br /><br /><br /><b>💟Keila Helena Sodré Simonato é fisioterapeuta, tem 3 filhas e mora em <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Francisco_do_Guapor%C3%A9">São Francisco do Guaporé</a>, Rondônia.<br />Contato: keilahelenasodre88@gmail.com</b><br /></div></div><div><b>Instagram: <a href="https://instagram.com/keilasodre.fisio?igshid=YmMyMTA2M2Y=">KeilaSodré Fisio</a></b></div>Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-55871053652208075522022-02-11T06:25:00.007-08:002022-02-15T17:33:22.946-08:00Relato de parto da Mayara: parto domiciliar em Cacoal<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEipW-1J9VwFDodKcrpnxSdlrA5N2WzvtswPnolzhNgrKRT8VNPsI0UtIvpLmN-533sr4k4z8frVAfozq_O6-WV-S3umk5qZwJudk06v-5Vc-H3q_TfLWoAZbjTl3GQtt7-PhoihlOkmzsIOATvfUAix-QeY6akUOcCJEcn8c02yWh-L0jpzL45qx0s2BA=s1455"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEipW-1J9VwFDodKcrpnxSdlrA5N2WzvtswPnolzhNgrKRT8VNPsI0UtIvpLmN-533sr4k4z8frVAfozq_O6-WV-S3umk5qZwJudk06v-5Vc-H3q_TfLWoAZbjTl3GQtt7-PhoihlOkmzsIOATvfUAix-QeY6akUOcCJEcn8c02yWh-L0jpzL45qx0s2BA=w400-h266" /></a><br /><br />Gabriela teve sua chegada anunciada 4 meses antes de sua concepção pela sua irmã Manuela.<br />No dia 03 de novembro de 2020, sentados a mesa enquanto almoçávamos, Manuela disse com toda propriedade: "Mamãe, você vai ter uma Gabriela!" Fiz várias perguntas mas ela não disse mais nada.<br />O mais curioso é que ela não conhecia nenhuma Gabriela.<br /><br />2020 foi pra mim um ano de imersão em auto conhecimento e resoluções pessoais e 2021 começara com muitas mudanças... hoje percebo que assim como para a chegada da Manuela foi preciso organizar muitos processos, para a chegada de Gabriela. Ela também precisou organizar o território.<br /><br />Descobrimos que eu estava grávida após Manuela dar vários "avisos". Mas eu estava em um ritmo de trabalho, organização e mudança com o processo de compra da nossa casa que não me atentei. Até o dia que Manu literalmente disse que queria um neném na barriga também!<br />No dia seguinte de ter dito isso, ela amanheceu engatinhando, e com uma chupeta na boca (nunca chupou chupeta na vida) achamos prudente comprar pois ela estava fazendo tudo de chupeta. Nesse mesmo dia, 25 de abril, pedi ao meu esposo para comprar um teste de gravidez de farmácia, e à tarde tivemos a certeza: estou grávida novamente! Manuela afirmou que era uma menina!<br /><br />Minha gravidez decorreu tudo dentro do esperado, tirando o fato dos enjoos severos da 6ª à 16ª semana de gestação, um cansaço absurdo a partir das 20 semanas, e claro, ter uma pequena de 3 anos que agregam as demandas exaustivas de uma gestante.<br />Brinco que Gabriela já veio com a missão de me trazer a consciência que não tenho e nem devo querer ter o controle de nada! Tudo foi conforme ela escolheu!<br /><br />Dessa vez tinha certeza que queria um parto domiciliar, mas e quem me assistiria?<br />Conversamos com minha prima e irmã do coração Luana que é anestesista, que de imediato teve palpitações quando cogitei que ela fosse minha médica, eu faço ideia do peso que foi o meu pedido, ela desempenharia o papel de médica, tia e irmã, mas eu nunca duvidei que ela recusaria! Aos poucos fomos alinhando as ideias e ela se tranquilizou quando pedimos que fizesse a assistência neonatal, pois como anestesista apresenta total competência.<br /><br />E então na segunda consulta de pré natal com o obstetra <a href="https://www.blogger.com/#">Jonatan</a> na cidade de <a href="https://www.blogger.com/#">Espigão D'oeste</a>, ele disse que poderia me assistir e ainda me daria todo o suporte e assistência necessárias, agora só faltava tranquilizar o Marido... rsrs<br /><br />O parto:<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg5MbwTXasK4aqGpWKy8YNNIMuB7odVIW2OPADLsHNtaOTqjGlrdiZYxuiJlJIwVo0N0BP8JgpWqA8TmVnlxuzdEIGtLNU9spiEduBFBkgUbKnJeWH6n01k71MSC2mv_Uhp2RfsGC3Ud3uKEHQd3Z2krBKKVllBz2oZHO0P8TKPZ48D6FNr8sEGk-HQ1A=s1369"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg5MbwTXasK4aqGpWKy8YNNIMuB7odVIW2OPADLsHNtaOTqjGlrdiZYxuiJlJIwVo0N0BP8JgpWqA8TmVnlxuzdEIGtLNU9spiEduBFBkgUbKnJeWH6n01k71MSC2mv_Uhp2RfsGC3Ud3uKEHQd3Z2krBKKVllBz2oZHO0P8TKPZ48D6FNr8sEGk-HQ1A=w400-h266" /></a><br /><br />Criei uma expectativa de que meu segundo parto aconteceria antes das 40 semanas, assim como o primeiro que foi com 39 semanas e 3 dias.<br />As 38 semanas chegaram e com ela uma ansiedade sem tamanho! Ganhei um lindo chá de bênçãos e tudo já estava pronto à espera de Gabriela! 39 semanas, Data Provável do Parto para 19/12, virada da lua cheia, minha 9° lua se aproximando e com ela a chegada do Natal me deixava ainda mais apreensiva... nunca imaginei <a href="https://www.blogger.com/#">chegar na DPP</a> (Data Provável do Parto) e ainda passar dela.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjFQBt0-3LWylcn4fmrKr3-81nEOvlvvaWSYr95GQwlZLZCarwmx0bvrU4SoVUydwaQPAGR7GYqDCK0hvwTo2wEHFS7wHqCNOPGGO5Z2fBeC589u6stOUi6Q2IbmDUKgUppp5JY8dgAOisGDyE_AQk_UHRHlcTomibT11rkYizLMqUfTjsEk6wzdGUy4g=s1280"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjFQBt0-3LWylcn4fmrKr3-81nEOvlvvaWSYr95GQwlZLZCarwmx0bvrU4SoVUydwaQPAGR7GYqDCK0hvwTo2wEHFS7wHqCNOPGGO5Z2fBeC589u6stOUi6Q2IbmDUKgUppp5JY8dgAOisGDyE_AQk_UHRHlcTomibT11rkYizLMqUfTjsEk6wzdGUy4g=w400-h267" /></a><br /><br />Toda noite ia dormir com a sensação que ficaria grávida pra sempre...havia perdido o tampão pela primeira vez com 38 semanas, criei ainda mais expectativas, e nada... 1 semana após, com 39 semanas e um dia, novamente a perda de mais tampão. Sei que cada parto é único, mas pelo fato de ser tudo tão diferente do primeiro me confundia muito!<br /><br />Na manhã do dia 21 de dezembro, cheguei a pensar em pedir ao médico que fizesse um descolamento de membranas. Neste dia, resolvi caminhar com Manuela na trilha da mata perto de casa, meditei e conversei muito com Gabriela para entender quais processos eu ainda precisava despertar para a sua chegada. A tarde resolvi tomar o famoso <a href="https://www.blogger.com/#">shake indutor de rícino</a>, e eu e Fabrício decidimos a música que a nossa fotógrafa Camila havia pedido há tempos. Quando ouvimos a música, não tive dúvidas, era essa: "Tão sonhada".<br /><br />Por volta das 17h do dia 21/12 com 40+1 comecei a sentir "cólicas" quase que constantes, mas como já havia sentido outras vezes, e as contrações de <a href="https://www.blogger.com/#">braxton hicks</a> (contrações de treinamento) frequentes desde sempre por aqui, achei melhor não alertar nem o marido. Às 18h ficamos ouvindo a música da nossa pequena e assistindo a mais velha brincar, quando contei pro Fabrício que as cólicas estavam frequentes, não sabia definir quando uma começava e a outra acabava.<br /><br />Minha irmã e madrinha da Gabriela, Letícia, chegou bem na hora, e fomos cronometrar. Avisei ao médico e a fotógrafa, ambos moram em outras cidades. Tomei um banho quente, sabia que se não aliviasse era realmente início de trabalho de parto, e elas espaçaram, ficaram mais pontuais mas não aliviaram!<br /><br /><a href="https://www.blogger.com/#">Camila</a>, minha fotógrafa, chegou em torno de umas 20:30 quando às contrações já estavam mais ritmadas e potencializando. Fiquei ativa, me movimentando, e fazendo os exercícios de báscula de quadril para ajudar no encaixe e descida da bebê, além do movimento ajudar no alívio das dores.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhtOOv6dpinNNGjGJJsVI3t3m0Nn2E9-Av3jP8VKxWkCqeJzzIshq1vZqThv1MxDbbuvOWNUyrvJfOY46murBGUMORc_rwnyHdvAnJ7IjE6cijc-3UhxgQ1W5IUTPSMb6Cgn3i639RJWF5fYVvZemzZAjyXbWNrffoYNM35vARM9N4SqLf7doI-AJhKeg=s1369"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhtOOv6dpinNNGjGJJsVI3t3m0Nn2E9-Av3jP8VKxWkCqeJzzIshq1vZqThv1MxDbbuvOWNUyrvJfOY46murBGUMORc_rwnyHdvAnJ7IjE6cijc-3UhxgQ1W5IUTPSMb6Cgn3i639RJWF5fYVvZemzZAjyXbWNrffoYNM35vARM9N4SqLf7doI-AJhKeg=w400-h266" /></a><br /><br />Fomos mantendo contato com o médico. Ele e Fernanda, que é enfermeira obstetra, chegaram às 23:00h. Fizemos um cardiotoco que mostrou que as contrações ainda caracterizavam fase latente, pedi que fizesse um toque para diminuir minha ansiedade, e estava com 3 cm.<br />Minha doula Cariny me um fez escalda pés, tomei o famoso chá da Naoli indicado para potencializar as contrações, e ficamos ali papeando, toda a equipe, em um clima de muita descontração.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjshi6kJGZfi365J5A6H2iM53T-Whs8o9b5T_I8C0PJFcWCkjSxkGth-FYHjigSF2LH1QwXpNwHdZQX4sa07kgap6Ztie5xy4MrDre-1ea_5FnmVga4pAiQv2ItQEULad7wB0gTDNuE6p5q4At9yhv97rdlIV4iorfKudgCwGTKjbIMwXlzud7eJggbsg=s1369"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjshi6kJGZfi365J5A6H2iM53T-Whs8o9b5T_I8C0PJFcWCkjSxkGth-FYHjigSF2LH1QwXpNwHdZQX4sa07kgap6Ztie5xy4MrDre-1ea_5FnmVga4pAiQv2ItQEULad7wB0gTDNuE6p5q4At9yhv97rdlIV4iorfKudgCwGTKjbIMwXlzud7eJggbsg=w269-h179" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj3SHUgWmHOautwWortEifHAK3t5z06u6rvhbepTM-dCS9D50sNMo_EFON9enWnwCrE3vxeXOzUhdWwhhyDGo5Gw9NoP9oo9qGSG0wEkCb2O7MJOVCjpfpItKdM06A6n8i8u9p_0DE6E9iseHUyvshzEjwS6yAfE9GVVjehi9tZiphzWK91-Juvxk7P7Q=s1600"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj3SHUgWmHOautwWortEifHAK3t5z06u6rvhbepTM-dCS9D50sNMo_EFON9enWnwCrE3vxeXOzUhdWwhhyDGo5Gw9NoP9oo9qGSG0wEkCb2O7MJOVCjpfpItKdM06A6n8i8u9p_0DE6E9iseHUyvshzEjwS6yAfE9GVVjehi9tZiphzWK91-Juvxk7P7Q=w383-h255" /></a><br /><br />Às 01:30h Jonatan, Fernanda e Cariny foram embora para descansar, Camila e Luana cochilaram por aqui por casa, e resolvi dormir um pouco pra estar mais disposta quando o trabalho de parto ativo iniciasse. Consegui dormir por 1 hora mais ou menos, percebi que nesse tempo as contrações cessaram! Mil coisas passaram na cabeça, achei que havia estagnado, me levantei e voltei a me movimentar e logo elas voltaram!<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjH7etMf1Ms8KXE50RccjFzuLIA_UuVy6nT59fHIqOledueLpUxk1PC-TjrlFLrFJzEFAToyloboDiMmUdUuUsoZL6uOORbmRCNIwYHJkclRqBqSqDj9FLqaoN3gqenTC8DJkG9NU7yrqPywNXVklbt_TtCPZNMzHua_eV7MMe6ClkCtCPhEEvy-finTw=s1369"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjH7etMf1Ms8KXE50RccjFzuLIA_UuVy6nT59fHIqOledueLpUxk1PC-TjrlFLrFJzEFAToyloboDiMmUdUuUsoZL6uOORbmRCNIwYHJkclRqBqSqDj9FLqaoN3gqenTC8DJkG9NU7yrqPywNXVklbt_TtCPZNMzHua_eV7MMe6ClkCtCPhEEvy-finTw=w400-h266" /></a><br /><br />Caía uma chuva maravilhosa durante toda a madrugada e início da manhã, as 04:30h Luana veio aferir os batimentos do bebê, e às 06:00h precisou ir trabalhar.. nessa hora as contrações já estavam bem intensas, cheguei a vomitar 2 vezes, as dores aliviavam um pouco com o uso do <a href="https://www.blogger.com/#">rebozo</a> que meu esposo fazia.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiCPmkRW382Pl3fl9jkvFtKzAcxvuHEWw17-IOqfJgPIdBWTXVGDR4R_F8X49tPbpKAnUfS9EP-ZbulBm0bcy3bgwrto0d-dfHSLn1w_1GUhEoe2hNMgUwMbr2cf1O8Z_hztm7iRHEsFlwTSbge9w1kVEg-AFDL_0mDQDNNrkuTfhYsHquzdjy5QXTIqA=s1369"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiCPmkRW382Pl3fl9jkvFtKzAcxvuHEWw17-IOqfJgPIdBWTXVGDR4R_F8X49tPbpKAnUfS9EP-ZbulBm0bcy3bgwrto0d-dfHSLn1w_1GUhEoe2hNMgUwMbr2cf1O8Z_hztm7iRHEsFlwTSbge9w1kVEg-AFDL_0mDQDNNrkuTfhYsHquzdjy5QXTIqA=w400-h266" /></a> <br /><br />As 08:00h fui pra banheira, com intervalo bem curto entre as contrações, e já sentindo uma certa pressão no períneo. Minha <a href="https://www.instagram.com/partoemrondonia/">doula e amiga Cariny</a> adoeceu e infelizmente não conseguiu mais participar... estivemos em conexão por toda a gestação, ela tem sido apoio emocional desde a primeira gravidez. Dessa vez, diferente do primeiro parto que foi avassalador, eu tive mais consciência, conseguia conversar nos intervalos das contrações, me movimentar mais e ter domínio do meu corpo, sabendo cada fase que estava passando.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj86SBbG08_zEtdrokpeqWvdzeIv2tEXXgnoOuEPKLLLc4F7FkToeSxqPYj_LvnqQWz2pi0li0YBl8zCFTtyNE20AG-3NlDdCV0eCLC14qtCUgMKTSJtkPoRoVI7n4YfG8Yhfa_zDKJcSnOOFj8SUZP6fpy2-Lx6JNKx7Jr47v1Sf6OwdMb3Ec0JxQSMQ=s1369"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj86SBbG08_zEtdrokpeqWvdzeIv2tEXXgnoOuEPKLLLc4F7FkToeSxqPYj_LvnqQWz2pi0li0YBl8zCFTtyNE20AG-3NlDdCV0eCLC14qtCUgMKTSJtkPoRoVI7n4YfG8Yhfa_zDKJcSnOOFj8SUZP6fpy2-Lx6JNKx7Jr47v1Sf6OwdMb3Ec0JxQSMQ=w400-h266" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhQq5-JdE0CL5w0ak2ZQkbsIbLqMUo7J4G4lOCAQFPYDKfBTwsR63QeESW-W1NgOmVKBR-_SVUx7okz4mgqZcCfSAMFFUgrpHYYVDOydivj3boPGp3ZEXOEajgX1_LXuTIyCswW0MLl2L7mVnP8FZLaes1Zy2W8V50PncB8siQW15sWUJSCIG5RhJxAmg=s1369"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhQq5-JdE0CL5w0ak2ZQkbsIbLqMUo7J4G4lOCAQFPYDKfBTwsR63QeESW-W1NgOmVKBR-_SVUx7okz4mgqZcCfSAMFFUgrpHYYVDOydivj3boPGp3ZEXOEajgX1_LXuTIyCswW0MLl2L7mVnP8FZLaes1Zy2W8V50PncB8siQW15sWUJSCIG5RhJxAmg=w400-h266" /></a><br /><br />As 08:30h meu obstetra retorna com a enfermeira, estava na banheira nessa hora (meu Deus, como a água quentinha ajuda a aliviar as dores) e quando consegui sair, foi feito outro <a href="https://www.blogger.com/#">cardiotoco</a>, evidenciando que as contrações já estavam realmente efetivas. Resolvi voltar para a posição que planejei, de 4 apoios apoiada na bola. Fernanda chegou e assumiu o rebozo.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi24B_HHynvbZLvj9xBpOo_Xey3Eq4y3b12gjqKbiJvmLi_4H6K3YBoUjQW0l-Qg0UaNsCj_H-T-Cz95XwMf8p3m5-HrjtWdVlc6AoHnSv9Km9G5CHYQYqLLwMrJGGG8vFJemv8Z3fwGV9bAP--OE-Q6XPNZGC9I0VuqBhLC-0ud_awDuE83RewiDKWMw=s912"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi24B_HHynvbZLvj9xBpOo_Xey3Eq4y3b12gjqKbiJvmLi_4H6K3YBoUjQW0l-Qg0UaNsCj_H-T-Cz95XwMf8p3m5-HrjtWdVlc6AoHnSv9Km9G5CHYQYqLLwMrJGGG8vFJemv8Z3fwGV9bAP--OE-Q6XPNZGC9I0VuqBhLC-0ud_awDuE83RewiDKWMw=w266-h400" /></a><br /><br />Nessa hora eu sabia que já estava muito perto de conhecer minha filha, o obstetra, com toda calma e maestria de quem nasceu para essa missão, me dizia como estávamos progredindo, me sugeriu trazer uma perna para frente, tocando o pé no chão para abrir o espaço pélvico e de imediato a bolsa rompeu! Ele dizia palavras de incentivo o tempo todo, brinco que também foi "doulo". Em minutos chega minha prima que teve que se desdobrar em 3 para estar neste momento, nessa hora eu acabava de entrar no período expulsivo.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhez_nSAtU5iw1brXV_RrJDfa-4lsZ_4irn0rb6gcGETZAF2AIE1wl3pCbQ94wcKS2p1-VhrWT8BOnaFq2quSkE8ATFdAAo1HLQN2qmXasz-to3rRyQ5GRjirhNGZCYzXkLpl_SCIREvBPW-tRD5_Do5xY7Yk_CICHNipZuMKLG5BP1KJiQTZiDqi2OaA=s1369"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhez_nSAtU5iw1brXV_RrJDfa-4lsZ_4irn0rb6gcGETZAF2AIE1wl3pCbQ94wcKS2p1-VhrWT8BOnaFq2quSkE8ATFdAAo1HLQN2qmXasz-to3rRyQ5GRjirhNGZCYzXkLpl_SCIREvBPW-tRD5_Do5xY7Yk_CICHNipZuMKLG5BP1KJiQTZiDqi2OaA=w400-h266" /></a><br /><br />Quando senti ela coroar pude sentir o círculo de fogo intensamente, e através da respiração consciente consegui ajudar o processo de descida. Notei que por 2 vezes ela subia no relaxamento, quando então concentrei toda minha energia na ativação abdominal para que no intervalo das contrações ela não voltasse a subir. Me disseram que o expulsivo durou mais ou menos 30 minutos; o médico sugeriu que eu a sentisse, pude tocar seus cabelinhos, o que meu deu muita garra para continuar o processo. Em pouco tempo saiu a cabeça e o tórax, onde já podemos ouvir o seu chorinho, mais uma contração e eu a recebi com minhas próprias mãos; o médico apenas guiou sua saída.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjKQOVfGVPzdIN7-tuESbRSa9nIRMawEnwLB8tKnGkj6sNB8KORQp-6uY8n-kTyKaPYYUhO2kKEidpsNjE_j6f0lyYLlXltyO4jjsRN_sg08rPHmBYn_koknuEMgoBqOpvYeoEMHGLZW6XKcFL0PlmCCrqzl8xxqrsxeeqp6kI3-d1UbEc6-ejmVqWIcg=s1369"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjKQOVfGVPzdIN7-tuESbRSa9nIRMawEnwLB8tKnGkj6sNB8KORQp-6uY8n-kTyKaPYYUhO2kKEidpsNjE_j6f0lyYLlXltyO4jjsRN_sg08rPHmBYn_koknuEMgoBqOpvYeoEMHGLZW6XKcFL0PlmCCrqzl8xxqrsxeeqp6kI3-d1UbEc6-ejmVqWIcg=w400-h266" /></a><br /><br />Senhor, emoção maior não há!!! Pensei, sou mãe de duas, eu consegui novamente! Ficamos ali nos conhecendo por uns 15 minutos, nos sentindo, nos tocando e nos cheirando. Somente com o cordão totalmente flácido após ela ter recebido todo o sangue necessário da placenta, e que o papai cortou o que nos uniu por 10 meses!<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjV0ag_sc0QjrGycL7kqC2a-LGiXAm6mvfAcjTZqYU9Itom9HBEe8-PlQM8NUQ7x1lveRyP8ycs_JR-u0PnKL-fPp0OEvB1W4zsUc9BoLbh9NbOXqrQPCEEEv66iG1s6eH9YtJBhQMVVoKQX2QoxTGjrJUqdZlBXgG3G3V8NmyhuRWHul_fKHImP4YHlA=s912"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjV0ag_sc0QjrGycL7kqC2a-LGiXAm6mvfAcjTZqYU9Itom9HBEe8-PlQM8NUQ7x1lveRyP8ycs_JR-u0PnKL-fPp0OEvB1W4zsUc9BoLbh9NbOXqrQPCEEEv66iG1s6eH9YtJBhQMVVoKQX2QoxTGjrJUqdZlBXgG3G3V8NmyhuRWHul_fKHImP4YHlA=w426-h640" /></a><br /><br />Fabrício esteve comigo cada minuto, mais uma vez foi suporte físico e emocional, achei que por já termos vivido esse processo, ele estaria mais tranquilo... que nada! Ansiedade à flor da pele, muitos cafés, o chão quase abria buraco de tanto que ele andava, estava de prontidão pra tudo que precisei e segurou o choro até nossa Gabriela chegar, quando então desabou! Segundo ele para me dar a força necessária! Obrigada por mais essa travessia juntos meu anjo!<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj5MIinFGKf1UOS55TE03QM3QAQ2CssnvFSUrZp4u-AlMKmOR1Y2kvpx9MpBz9S53y4UCb65ZlgJEOYmyVwC7EG-vEPVGz0xWBcdqz0B2Z9C3mDTrX3enuFXV1wvIVRU3Y4BxcSCWBVbAKUT2nKAmVnObLP4D_gnJ3cOoHVm3JiJ9EvHPm933GUMofXzw=s912"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj5MIinFGKf1UOS55TE03QM3QAQ2CssnvFSUrZp4u-AlMKmOR1Y2kvpx9MpBz9S53y4UCb65ZlgJEOYmyVwC7EG-vEPVGz0xWBcdqz0B2Z9C3mDTrX3enuFXV1wvIVRU3Y4BxcSCWBVbAKUT2nKAmVnObLP4D_gnJ3cOoHVm3JiJ9EvHPm933GUMofXzw=w426-h640" /></a><br /><br />Minha bebê nasceu as 09:52h, no dia 22 de dezembro de 2022, pesando 3.660kg e medindo 51.5 cm, períneo íntegro novamente e uma sensação de que tudo posso: mulher maravilha mesmo! Deus me presenteou com mais uma experiência divina, me deu a oportunidade de ser mãe novamente e ressignificar muitos conflitos... Gabriela assim como eu fui é a segunda gestação, só esse fato já me despertou muito!<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiTSe0VrOGWDvJ3sXkiRrYuzMKoXWqdafiVSojIqyeTa5Mb_p5QPUpZ4Va2yi-7itS81Agt-6DPNwei95a7Yjg-ydbfOsa2WgneJrwIGEpULIZ9aq4vtClpeRu5ABuU6zrIOb6fyyPMuwcqGFwpAWAb1SG6jadu62MNXUUjO9gyRqcmMdk2UPFQSXb3Rw=s912"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiTSe0VrOGWDvJ3sXkiRrYuzMKoXWqdafiVSojIqyeTa5Mb_p5QPUpZ4Va2yi-7itS81Agt-6DPNwei95a7Yjg-ydbfOsa2WgneJrwIGEpULIZ9aq4vtClpeRu5ABuU6zrIOb6fyyPMuwcqGFwpAWAb1SG6jadu62MNXUUjO9gyRqcmMdk2UPFQSXb3Rw=w266-h400" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj5vim8bZ4rBH9ebvB3Utn1mZyLG-5_cY59DEzPtuOfpCVXCElA5ybJKm2nMeDmRKpKttlncMI4XX4ngSMaFNql_o4Wuns5RZZi1frwLsouojMumk5-PPe0gYkhlhL_SzgAhi9SdUX4--pVkqZTDRrsIYchuquf-XPzI8gja133ScroF6nzvseAl2h3pw=s912"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj5vim8bZ4rBH9ebvB3Utn1mZyLG-5_cY59DEzPtuOfpCVXCElA5ybJKm2nMeDmRKpKttlncMI4XX4ngSMaFNql_o4Wuns5RZZi1frwLsouojMumk5-PPe0gYkhlhL_SzgAhi9SdUX4--pVkqZTDRrsIYchuquf-XPzI8gja133ScroF6nzvseAl2h3pw=w266-h400" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh3Wj2d-xhfAtwsNgn84FIvBOIhaBnrP68_d0ISbB_PEvRjfF7M5E_6EZK2wIE_lqXGtM-XS_GA2b14YPlERP9HbKBeZZIlW-Di2JQLeW40SOsDijang3_ccBx0YD33OgT-ZsyDzEuKEa3-akeKLHvPc0x1gt5V1vd7ZL_j8Qs-y8jAbB9d4Q1bQ9NZGw=s1369"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh3Wj2d-xhfAtwsNgn84FIvBOIhaBnrP68_d0ISbB_PEvRjfF7M5E_6EZK2wIE_lqXGtM-XS_GA2b14YPlERP9HbKBeZZIlW-Di2JQLeW40SOsDijang3_ccBx0YD33OgT-ZsyDzEuKEa3-akeKLHvPc0x1gt5V1vd7ZL_j8Qs-y8jAbB9d4Q1bQ9NZGw=w640-h426" /></a><br /><br />Fui privilegiada em ter uma equipe maravilhosa que em todo momento respeitou e contribuiu para que o protagonismo do parto fosse apenas meu! Manuela chegou poucos minutos depois do nascimento, havia dormido na casa dos avós e dizia o tempo todo: "Vamos vovó! Estou desesperada pra conhecer minha irmã!". E esse encontro foi o mais lindo que já vivenciei em toda a minha vida! E então, ali minha família se completava!<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjmEQUgpFJLMr523H_0_z3cbv-I6VKsFoKLG3ICUEEAXneQInSv5qei_LJR3ktyCsl6mlkHWCkTRRD13SrDeQmPy2AmDtxsMSiyHajWBxujV2Vu0TleR0JjxcIVPWz36d-ZKKg5GxUu7XwBTybGLYj5EeNNgAurE5oD_33zhS_bO1yJr25BJ10jzDs6Lg=s1369"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjmEQUgpFJLMr523H_0_z3cbv-I6VKsFoKLG3ICUEEAXneQInSv5qei_LJR3ktyCsl6mlkHWCkTRRD13SrDeQmPy2AmDtxsMSiyHajWBxujV2Vu0TleR0JjxcIVPWz36d-ZKKg5GxUu7XwBTybGLYj5EeNNgAurE5oD_33zhS_bO1yJr25BJ10jzDs6Lg=w400-h266" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjkoFq0HBe7qeVnEFOM15LCiRe04-l28hrmp8PSFkE-dd1wqaE9oBlCusyd5QSfc3xaNAMNLebghreVHIR0BC9phO8OL3Ru8eCsGIdDW6tb428ys41vI3S2U8dDIOzBU_HGi1NZRYYsyNxGbpZWVDYa_RUqL9G4-z9VSaeUrbBcjTtAOOfRSuqBVcPugQ=s1600"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjkoFq0HBe7qeVnEFOM15LCiRe04-l28hrmp8PSFkE-dd1wqaE9oBlCusyd5QSfc3xaNAMNLebghreVHIR0BC9phO8OL3Ru8eCsGIdDW6tb428ys41vI3S2U8dDIOzBU_HGi1NZRYYsyNxGbpZWVDYa_RUqL9G4-z9VSaeUrbBcjTtAOOfRSuqBVcPugQ=w400-h266" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhMFh3HPRD6-M9CFdkpnfm62UqaR_wgw0Dhik3ND-r19ObpK_0xC5FTaI_GngW_wsVixC32PTt1hH5c0T6QkMVNZ7yZmryG3HuUqQ6W1J3EIuqg9mOHb2cU4pUJ-1NFjA-SOS4ilVU38JJb7lfmPJrIsSKyGUSaCiY-b89hlK_FhiM8h9qnp0hnwEm9SA=s1600"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhMFh3HPRD6-M9CFdkpnfm62UqaR_wgw0Dhik3ND-r19ObpK_0xC5FTaI_GngW_wsVixC32PTt1hH5c0T6QkMVNZ7yZmryG3HuUqQ6W1J3EIuqg9mOHb2cU4pUJ-1NFjA-SOS4ilVU38JJb7lfmPJrIsSKyGUSaCiY-b89hlK_FhiM8h9qnp0hnwEm9SA=w400-h266" /></a><br /><br />Fotos por Camila Correia. Minha fotógrafa mais assistente de parto que existe!!!<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiX0ciCZ69En1mgu3fpGe9pZWhD3D03PA0TlkPaRdzl0ZrMe2cbEIZDIRAqIIe9wSeFiVq_LFpm4azbKOzsrEyTSH-Kzcn7VWUibNX9qON3JHfxjR3c_yuzcb7vRWy8wTuD5PONX7Gz3wIi2dLXn2CRrrJIcEx7X9PvT8t_eR1SJkHnvIf8BEbyoFdf-A=s1455"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiX0ciCZ69En1mgu3fpGe9pZWhD3D03PA0TlkPaRdzl0ZrMe2cbEIZDIRAqIIe9wSeFiVq_LFpm4azbKOzsrEyTSH-Kzcn7VWUibNX9qON3JHfxjR3c_yuzcb7vRWy8wTuD5PONX7Gz3wIi2dLXn2CRrrJIcEx7X9PvT8t_eR1SJkHnvIf8BEbyoFdf-A=w640-h426" /></a><br />Na foto: Camila Corrêa (fotógrafa). Fernanda (enfermeira obstetra). Jonatan (obstetra). Mayara, Gabriela, Manuela e Fabrício.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjd-uC1Eiu7sR9iN7L7UKvUTI4V6ZB9gKrjJDZ4Cfst56SzlDrWZY2xWgnL7wrTIOH6t33ufNp1TugvtrAsWJ4zJeGQxzlQrtGXYrskQnDbnP-F33RTXDPszL7mv_WMHnuLvcG1XBgS_Aoci5U6XDjHfTSg6BlJ2tdqUZHnbpo7yyAh0JCQpst2QkoSkg=s1369"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjd-uC1Eiu7sR9iN7L7UKvUTI4V6ZB9gKrjJDZ4Cfst56SzlDrWZY2xWgnL7wrTIOH6t33ufNp1TugvtrAsWJ4zJeGQxzlQrtGXYrskQnDbnP-F33RTXDPszL7mv_WMHnuLvcG1XBgS_Aoci5U6XDjHfTSg6BlJ2tdqUZHnbpo7yyAh0JCQpst2QkoSkg=w400-h266" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjmNCLkeamO-pWiQH1_KPv_7FakU2WJS6shb7al0rxRdpXKgx6UB8aofPmUxHcWVngep-2QWfXqYyF8dzfYvnxvpxddjq97T21sbsTuE28cvXy5GDlYQ6sgO-FEdjrKw6atcz5V3sQTvMs40Lk7i5yISqZ35cWkSZSnuWBfIDJrYCZD9dPDWSofCkspbg=s1369"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjmNCLkeamO-pWiQH1_KPv_7FakU2WJS6shb7al0rxRdpXKgx6UB8aofPmUxHcWVngep-2QWfXqYyF8dzfYvnxvpxddjq97T21sbsTuE28cvXy5GDlYQ6sgO-FEdjrKw6atcz5V3sQTvMs40Lk7i5yISqZ35cWkSZSnuWBfIDJrYCZD9dPDWSofCkspbg=w400-h266" /></a><div><br /></div><div><br /></div><div style="text-align: center;">💗</div><div><br /><br />Aqui você pode conhecer o relato de <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2018/08/relato-de-parto-da-mayara-parto-normal.html?m=1">parto do nascimento da Manuela</a>, primeira filha.<br /><div>Aqui você segue o <a href="https://www.instagram.com/partoemrondonia/">Parto Em Rondônia no Instagram.</a></div><div>Aqui você participa do grupo <a href="https://www.facebook.com/groups/partoemrondonia/?fref=ts">Parto Em Rondônia no facebook</a>. </div><div>Aqui você participa da <a href="https://chat.whatsapp.com/FqwTC3izt3DKAcmRPRVLWJ">Roda de Gestantes</a>.</div><div><br /></div></div>Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-9722291803384936532021-09-16T07:10:00.016-07:002021-10-18T08:58:36.938-07:00Relato de parto da Isabela: parto domiciliar em Buritis<div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgATp1MG3Ty9ncbsVXtE1qg0k8keWtZYfnWpbRn-jNyC9ax01TltsofCEzzNgxl20Kyvv1cp8x9n5P6-Wgqjvfaog6iGddaotJbkNT1FqOxzRKpLCQEDkRaePZogoLG4XTShCp9lcCgEvAK/s1600/13.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgATp1MG3Ty9ncbsVXtE1qg0k8keWtZYfnWpbRn-jNyC9ax01TltsofCEzzNgxl20Kyvv1cp8x9n5P6-Wgqjvfaog6iGddaotJbkNT1FqOxzRKpLCQEDkRaePZogoLG4XTShCp9lcCgEvAK/w300-h400/13.jpg" /></a><br /><span style="font-size: x-small;">Foto: arquivo pessoal. Isabela, Rebeca e William</span><br /><br /><br /> <b>Em <a href="https://www.blogger.com/#">Buritis</a>, interior de Rondônia, também tem parto domiciliar... vamos conhecer a história linda da Isabela parindo em casa sua filha, Rebeca.</b><br /><br /><br /><br /><br /></div><div style="text-align: center;">por Isabela Cristina Moreti<br /></div><div><br /><br /> Poucos meses após Matheus nascer, as pessoas já me perguntavam se eu planejava mais um filho e a resposta era: NÃO! E de fato, não cogitava outro, aliás, nas minhas convicções um filho era suficiente para um casal. Além disso, outros fatores envolviam minha decisão, entre eles o puerpério. Gente, fala sério, ninguém disse que seria fácil, mas nunca imaginei o quanto era difícil. Noites intermináveis, madrugadas geladas e solitárias acompanhavam as mamadas, era peito cheio, vazando, doendo, um cansaço sem fim. Tomar um banho e lavar os cabelos era uma raridade nos primeiros dias. Eu não tive aquele negócio de vovó coruja ajudando, era marido e eu. Graças a Deus minha amiga Denise que cuidava da casa me dava umas dicas, tentava me acalmar, ela foi meu único apoio, mas eu sinceramente não sabia nem trocar uma fralda. O bebê chorava, eu queria chorar também e chorava. Tinha medo de dar banho, trocar roupas e até do cocô e, diga-se de passagem, no quesito sujar fraldas Matheus “entendia” muito bem. Tive medo do coto umbilical e aquela de instinto materno não sei onde foi parar, porque comigo não rolou. E cá entre nós não estou reclamando, nem poderia. Tive um excelente trabalho de parto, a recuperação foi muito bem. Meu filho nasceu lindo, perfeito e saudável. Foram poucos episódios de cólicas, mas isso não anula o fato de que sim, é difícil maternar, você vence uma fase e logo surgirá um novo desafio. <br /><br /> Mas se tem algo que me ajudou muito nessa caminhada foram as Rodas, inclusive falei dela no relato de parto do Matheus. Após a chegada dele continuei participando, era prazeroso, diria ainda um grande privilégio estar com mulheres/mães tão incríveis, partilhando de experiências, contando as vitórias e as frustrações que permeiam esse mundo. Lá eu sabia que não estava só, todas passavam por desafios e o acolhimento nos fortalecia. <br /><br /> Bastou apenas 02 anos e sim, eu havia mudado de ideia quanto a ter mais um bebê e de certa forma a nossa Rede de Mães e Amigas me influenciou, pois em uma conversa mencionei um motivo pessoal em não planejar mais uma gravidez, mas uma das meninas me fez refletir em outra perspectiva, a partir dali nascia em mim o desejo de gestar outra vez. Retirei meu Implanon, aliás, me arrependi demais em ter usado ele como método contraceptivo por mais de um ano, pois deixou meu ciclo todo confuso. <br /><br />GESTAÇÃO<br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWKqmTMKDHZt9yphnnd2lAjESmNyv98JGDHL3Fivqv9hT5OfO2v5u3P06QxhFJWdrA856M2zjTwIkL9y2oeBdKKtJn37gyFO6e72rfuIR1H6HwUdw67YmbCxwfdJ0qMoRmyrQFj4PwuH-F/s1280/6.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWKqmTMKDHZt9yphnnd2lAjESmNyv98JGDHL3Fivqv9hT5OfO2v5u3P06QxhFJWdrA856M2zjTwIkL9y2oeBdKKtJn37gyFO6e72rfuIR1H6HwUdw67YmbCxwfdJ0qMoRmyrQFj4PwuH-F/w300-h400/6.jpg" /></a><br /><span style="font-size: x-small;">Foto de <a href="https://www.instagram.com/adriana.lealfotografias/?utm_medium=copy_link" target="_blank">Adriana Leal</a>. Isabela</span><br /><br /> Quando descobrimos a gestação, pedi ao meu marido para aguardar um tempo, fazermos exames, USG e só depois dar a notícia. Nunca gostei de já sair divulgando a esse respeito. Tudo bem, quem faça, mas considero uma decisão bastante particular e está tudo certo, mas eu, Isabela, não gosto. Nossa primeira gestação foi anembrionária, e este foi um fator que influenciou na minha decisão de me resguardar algumas semanas, para só depois falar. <br /><br /> Durante o período que ainda esperávamos para contar a novidade tive um escape e aquilo já foi motivo de pânico, mas a enfermeira obstetra - <a href="https://www.instagram.com/michelejanaina79/?utm_medium=copy_link" target="_blank">Michele Gadelha</a>, que me acompanhou no pré-natal, me pediu para fazer repouso durante alguns dias e observar. Graças a Deus não passou de um susto, mas acabamos adiando a novidade. <br /><br /> Quando estávamos com 14 semanas contamos nosso “segredo” e assim como na gestação de Matheus está também estava super tranquila, sem enjoos, pressão arterial normal, apenas sentia-me mais cansada com os afazeres da casa e uma criança de 03 anos que demanda atenção e cuidados, além da falta de sono e dor pélvica que também incomodaram já no segundo trimestre. <br /><br /> Ao completar 22 semanas, descobrimos que estávamos à espera da Rebeca. Inicialmente até pensei que seria outro menino, mas conforme as semanas iam avançando passei a suspeitar de que era uma menina, principalmente por notar mudanças na aparência da minha pele e eu estava certa no meu palpite. </div><div> </div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOPvMkNUot7-2FWth9TiDjRmk9q6a7V_Y9UR1TJ6C8gdoev6jIO8mtBqXRDKHHMVJk2jFxroCLmTDvzqlTBjmg0AcyiOikXADrOw8g7mHqr4yYECYKavcUdUbwh8IJjKLO1fx8cYBw5gAg/s750/243994336_140569824964772_643607094463898554_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="750" data-original-width="563" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOPvMkNUot7-2FWth9TiDjRmk9q6a7V_Y9UR1TJ6C8gdoev6jIO8mtBqXRDKHHMVJk2jFxroCLmTDvzqlTBjmg0AcyiOikXADrOw8g7mHqr4yYECYKavcUdUbwh8IJjKLO1fx8cYBw5gAg/w300-h400/243994336_140569824964772_643607094463898554_n.jpg" width="300" /></a></div> </div><div>Confesso que deu um medinho, era algo totalmente novo: “um mundo cor de rosa”. O que não diminuiu nossa alegria, aliás, essa coisa de preferir sexo nunca foi um problema pra mim, acho Deus tão grandioso em nos presentear com um filho perfeito e saudável que nunca me senti digna em exigir nada. Além disso, a Iza iria finalmente realizar o sonho de ter uma irmã. </div><div> </div><div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLibprkH4UhOK4gD9s8k5OvatKZb26eQsMTUFa1Oh0grTQKuZFEM2EcGQudPyhPY_geY0zLViTpShZfOlmd8US3yz8aeqQsVBqzGyGFjVoP6kOaYwlQMPEAUZiZlp7GYaGjqKK30c9aEGH/s720/241985430_2705440053091824_2193286943965328810_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="545" data-original-width="720" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLibprkH4UhOK4gD9s8k5OvatKZb26eQsMTUFa1Oh0grTQKuZFEM2EcGQudPyhPY_geY0zLViTpShZfOlmd8US3yz8aeqQsVBqzGyGFjVoP6kOaYwlQMPEAUZiZlp7GYaGjqKK30c9aEGH/w400-h303/241985430_2705440053091824_2193286943965328810_n.jpg" width="400" /></a></div><div><span style="font-size: x-small;"><span>Foto de <a href="https://www.instagram.com/adriana.lealfotografias/?utm_medium=copy_link" target="_blank">Adriana Leal</a>. Isabela<br /></span></span></div><div> </div><div> Com 34 semanas recebi uma deliciosa surpresa de algumas amigas da igreja e Rebeca ganhou muitos mimos, fiquei tão feliz, coração cheio. É muito bom ser surpreendido por pessoas especiais e eu dou valor a detalhes, coisas simples, mas que por trás tem gesto de amor e carinho me ganha. Uma semana mais tarde fui mais uma vez surpreendida, desta vez as meninas da Rede Mães e Amigas. Gente, eu fiquei tão feliz e emocionada! Já participei de vários chás surpresas com elas, mas estar no lugar da gestante é algo inexplicável e essas meninas da Rede transbordam amor, empatia, acolhimento. Sou muito honrada em fazer parte, amo e aprendo muito com cada uma. Receber tanto carinho assim foi uma injeção de ânimo a essa altura da gestação. </div><div> </div><div></div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIgCBH3opB-SagQImb-UlOLpryDrb73cRQNs9M0jCjpi7MOQyK8e_hJLRDrtYBl6nRfokdkM40G89ndodVXlwDYo1uCTWnDgY1w-JoXbe9C2FVkNOYFlJbzGDLhE-pvETpJDXjwsF4JnSO/s1280/5.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="1280" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIgCBH3opB-SagQImb-UlOLpryDrb73cRQNs9M0jCjpi7MOQyK8e_hJLRDrtYBl6nRfokdkM40G89ndodVXlwDYo1uCTWnDgY1w-JoXbe9C2FVkNOYFlJbzGDLhE-pvETpJDXjwsF4JnSO/w400-h300/5.jpg" width="400" /></a><br /></div><div><span style="font-size: x-small;"><span>Foto de <a href="https://www.instagram.com/adriana.lealfotografias/?utm_medium=copy_link" target="_blank">Adriana Leal</a>. Isabela e Matheus</span></span></div><div><span style="font-size: x-small;"> </span><br /> Minha Rebeca foi uma bebê muito ativa durante a gestação, ela literalmente dançava na barriga, a DPP era para 29 de agosto, no entanto esse fator me fazia acreditar que ela anteciparia, além disso ela estava bem insinuada. Como não gosto de deixar nada para depois, tratei de organizar nossas malas e por volta das 37 semanas já estava tudo certo à espera da nossa pequena. <br /><br /> Erramos nas previsões e suposições. Até brinquei que “a lua me traiu”, pois passou a virada de lua cheia, e nada. Rebeca plena no lugarzinho dela, sem pressa alguma em deixar seu cantinho que apesar de apertado, naquele momento era o lugar que ela estava se sentindo mais segura. <br /><br /> Completamos 39 semanas e eu estava me sentindo tão bem. Pleníssima, eu diria. Propus à fotógrafa Dri (<a href="https://www.instagram.com/adriana.lealfotografias/?utm_medium=copy_link" target="_blank">Adriana Leal</a>), fazermos um novo ensaio para registrar a barriga. A Dri é uma profissional incrível, dona de um coração enorme. Passei a admirá-la no ensaio de newborn do Matheus, ela também faz parte da nossa Rede e é a melhor fotografa da nossa cidade, diria da região, muito dedicada ao que se propõe fazer. <br /> <br /> IMPORTÂNCIA DA REDE DE APOIO <br />No dia 25 de agosto/2021, decidimos fazer uma “Roda” de última hora na casa da Enfermeira <a href="https://www.instagram.com/crisfigueiredomg/?utm_medium=copy_link" target="_blank">Cris</a>. Não planejamos nada, só combinamos horário, local e quem tinha a tarde livre se juntou a nós. Que tarde/noite foi aquela? Nossa, muito agradável! Rimos, choramos, comemos muito, eu comi muito (com direito ao pão de queijo da mineirinha Cris, depois de anos nos prometendo... Hahaha)! Conversamos sobre assuntos diversos relacionados à maternidade e fiquei muito à vontade, tinha ocitocina no ar e sempre que nos reunimos não é diferente. <br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeiaEW1bmu4QGuCZ8HVLbJA2fGZH4oHQInxBh3tjGbvWxMhFnrVsqr1CK5V2hFV_CQcUYMZt6sgK7DdT1x8wyp6JhKMqkbEuXvxsS9U_GUpLlG1t0xod9RWHGP0k8bVwM5cEUg7XQRJnkQ/s528/242053116_411246810348893_2647062439079098828_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="297" data-original-width="528" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeiaEW1bmu4QGuCZ8HVLbJA2fGZH4oHQInxBh3tjGbvWxMhFnrVsqr1CK5V2hFV_CQcUYMZt6sgK7DdT1x8wyp6JhKMqkbEuXvxsS9U_GUpLlG1t0xod9RWHGP0k8bVwM5cEUg7XQRJnkQ/w640-h360/242053116_411246810348893_2647062439079098828_n.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-size: x-small;">Foto: arquivo pessoal. Adriana Leal, </span><span style="font-size: x-small;"><span>enfermeiras Cris e Keila e Denise, Fernanda, Jóice, Jeane, Nauanny e Débora</span></span><br /><br />O PARTO – 26/08/2021 <br /> Já de volta em casa, fizemos toda rotina normal com Matheus e fomos dormir. Por volta de 00:00 acordei com uma dorzinha chata nas costas parecido cólica menstrual, me levantei, fui ao banheiro e “nadica”. Estava tudo na mais perfeita ordem “lá embaixo”. Ainda fiquei algum tempo deitada no sofá, mas acabei voltando para cama. Dormi profundamente. <br /><br /> Acordei novamente era quase 02:00 sentindo a mesma dorzinha chata, fui novamente ao banheiro e sim! Sim, estava acontecendo. O meu corpo estava dando sinais que nosso momento estava chegando. Me deitei alguns poucos minutos no sofá, Rebeca fez um movimento forte, senti e ouvi um “poc”, era a bolsa rompendo. Fui ao banheiro e logo avisei a Cris, ela estava bem atenta a mim, pois me respondeu imediatamente e em seguida, ela se encarregou de avisar a <a href="https://www.instagram.com/keilafreiredasilvab/?utm_medium=copy_link" target="_blank">Enfermeira Keila</a>. Nesse instante as contrações estavam leves e uma a cada dez minutos. Uns 20 minutos depois as contrações estavam mais intensas e duas, a cada dez minutos. <br /><br /> A Keila me avisou que se deslocaria até a clínica para pegar alguns materiais necessários e já seguiria para minha casa. Enquanto ela estava a caminho, aproveitei para acordar o papai e contar que estava em trabalho de parto. Ele ficou todo feliz, se levantou e tratou logo de se arrumar. Ficamos aguardando e por volta das 03:15 ela me ligou para se certificar do endereço. Quando ela chegou, eu já nem sabia ao certo como estava à frequência das contrações, sei dizer apenas que eram constantes e mais doloridas. Eu pedia incessantemente para meu marido fazer massagem nas costas(no outro dia senti que o local ficou beeem dolorido, porque eu pedia para massagear com força). A Keila fez a ausculta e pedi apenas para tomar um banho gelado, foi extremamente rápido, pois ela precisava me avaliar. <br /><br /> Fomos para o quarto, lá a Keila me avaliou e eu perguntei como estava a evolução da dilatação, ela respondeu: “-Isa, sua neném já vai nascer! dilatação total”. Eu quase nem acreditei, fiquei muito surpresa mesmo, pois havia pouco mais de 1 hora que eu havia sentido as primeiras dores. Fiz um carinho na barriga e disse: “- Filha pode vir, mamãe está pronta pra te receber!” Por alguns instantes fiquei curtindo aquele momento. Enquanto isso, o papai havia ido ao carro buscar uma caixa a pedido da Keila. Comecei sentir uma dor muito forte e uma pressão, desci da cama me abaixei ali no chão mesmo, veio a primeira contração e vontade de fazer força, então toquei e senti a cabeça, a Keila apressou o papai, pois ela já estava nascendo, ele também ficou muito surpreso, pois estava acontecendo tudo muito rápido. Veio a segunda contração e nossa pequena Rebeca chegou! Chegou, chegando. Choro forte, alto, a Keila apenas amparou e ela veio para meu colo. Ali ficamos papai, ela e eu, conferimos cada detalhe. Linda, perfeita! Nossa menina nasceu às 03h40 medindo 50cm e pesando 3,525kg. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe-J0_oXaMqCJNZ-uFDdakR1o7LL-3EGqtbrpznw69Shbonouyp8LHsANAidQo32UABcEvM8sOqTMjJIQvKt3M6XwyEhBxlhLFDfmT51HmclYId5KD4NQafcjdFz2ddUkt6Mc8C7fxCN-W/s1152/11.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe-J0_oXaMqCJNZ-uFDdakR1o7LL-3EGqtbrpznw69Shbonouyp8LHsANAidQo32UABcEvM8sOqTMjJIQvKt3M6XwyEhBxlhLFDfmT51HmclYId5KD4NQafcjdFz2ddUkt6Mc8C7fxCN-W/w400-h300/11.jpg" /></a><br /><span style="font-size: x-small;"> Foto: arquivo pessoal. Isabela e Rebeca.</span><br /><br />O papai trouxe nosso menino para ver a novidade que ele tanto esperava. Após 39 semanas e 04 dias a Rebeca finalmente havia chegado e ela veio no aconchego do nosso lar, no nosso quarto.</div><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwuEsyvKkeVC2FHGlSKmUhyphenhyphen-45kbQ3v6huIpFQ78GbGZ1D5PnoLZlxzN4U4-KvpqneQ9dfvq7gzMU_5v7l_logzfHNS3VWlLN-iRHuD3o7OnGsXnQcXQYurDuGnUZ8Bj8jgPySQ5pctTOg/s1172/9.jpg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwuEsyvKkeVC2FHGlSKmUhyphenhyphen-45kbQ3v6huIpFQ78GbGZ1D5PnoLZlxzN4U4-KvpqneQ9dfvq7gzMU_5v7l_logzfHNS3VWlLN-iRHuD3o7OnGsXnQcXQYurDuGnUZ8Bj8jgPySQ5pctTOg/w246-h400/9.jpg" width="246" /></a> <br /><span style="font-size: x-small;">Foto: arquivo pessoal. Isabela, Rebeca e Matheus</span><br /> <br /> Quando a Cris chegou, ela já havia nascido, mas ficou ali e seguiu com os procedimentos juntamente com a Keila. Aguardamos o nascimento da placenta e diferente do parto do Matheus, desta vez as contrações foram bastante doloridas, me fez até perder a conexão com minha filha por algum tempo, mas graças a Deus não demorou muito. Foi um alívio quando nasceu e após ser avaliada a Keila constatou períneo integro. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgACwU8ZM-N7j2DlLzmtFr3CiKb1NumIEAoWIc4bCFlTVc5KND3OFsVnc-rhPUZw9Gr1IUJnzWC3xQc7e-C0yauGt-uHxXQ8vpL0QbKhCE8UB7Mw_Nzwax2KKcTL4p_ykbML9UXLg4adnd9/s1152/12.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgACwU8ZM-N7j2DlLzmtFr3CiKb1NumIEAoWIc4bCFlTVc5KND3OFsVnc-rhPUZw9Gr1IUJnzWC3xQc7e-C0yauGt-uHxXQ8vpL0QbKhCE8UB7Mw_Nzwax2KKcTL4p_ykbML9UXLg4adnd9/s320/12.jpg" /></a><br /><span style="font-size: x-small;">Foto: arquivo pessoal. Isabela, Rebeca e a enfermeira Keila</span><br /><br /> O fato de ter sido assistida apenas pela Keila não foi um problema, muito pelo contrário, depois entendemos que Deus nos deu uma nova oportunidade de ressignificar para ambas. Pois como já mencionei no relato de parto do Matheus, ela nos acompanhou durante toda madrugada e quando eu já estava com dilatação total fizeram uma solicitação extra sobre serviços da clínica e ela teve que sair do quarto onde estávamos. Matheus acabou nascendo e ela não estava conosco no momento. De certa forma, aquilo me machucou e inconscientemente me senti ingrata. No fundo sei que havia marcado a ela também. Então desta vez, fomos apenas nós e foi lindo, perfeito!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVqN53Qpq5it-1ufhS0tgjHbS4A6GA1jgF8G3EBaC_Lh9qYDepNFAiHJSHwvRPQhEE5Wl7xqM7gWvbz7kPdbAJxc2jQjvYqPYddRXzmtIxt13_XGwjLwCVLbpnC9uEkXg7LEUgpMsosH2C/s1280/2.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVqN53Qpq5it-1ufhS0tgjHbS4A6GA1jgF8G3EBaC_Lh9qYDepNFAiHJSHwvRPQhEE5Wl7xqM7gWvbz7kPdbAJxc2jQjvYqPYddRXzmtIxt13_XGwjLwCVLbpnC9uEkXg7LEUgpMsosH2C/w426-h640/2.jpg" /></a> <br /><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">Foto de <a href="https://www.instagram.com/adriana.lealfotografias/?utm_medium=copy_link" target="_blank">Adriana Leal</a>.</span> Rebeca, Matheus, William e Isabela</span><br /><br /><br /> GRATIDÃO <br /> Eu sonhava receber minha filha de forma natural e humanizada e Deus sabia disso, Ele conhecia o desejo do meu coração e mais uma vez me surpreendeu em detalhes, quando amanheceu o dia Ele me fez lembrar esta canção: <br /> <br /><br /><div style="text-align: center;">“O nosso Deus é poderoso pra fazer <br /><br />infinitamente mais <br /><br />do que tudo <br /><br />do que tudo que pedimos <br /><br />do que tudo que pensamos <br /><br />do que tudo que sonhamos <br /><br />e esperamos...”♥ <br /></div><br /><br /> </div><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYdkLrKjw9qI-GHZV3YvPUh3gTSrT-mK54Fow4-IYiozhTt8n03jeVCw7na8IYl2BL6j9vKnnH9JQqh0aJSb4MAZpuUWJ0LRDwSaBLiU33pvcds7QCCs37fPPKz7f1TJoRA0iTT2q3dTaU/s1280/8.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYdkLrKjw9qI-GHZV3YvPUh3gTSrT-mK54Fow4-IYiozhTt8n03jeVCw7na8IYl2BL6j9vKnnH9JQqh0aJSb4MAZpuUWJ0LRDwSaBLiU33pvcds7QCCs37fPPKz7f1TJoRA0iTT2q3dTaU/w400-h300/8.jpg" /></a><br /></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">Foto de <a href="https://www.instagram.com/adriana.lealfotografias/?utm_medium=copy_link" target="_blank">Adriana Leal</a>.</span> William, Matheus, Isabela e Rebeca </span><br /></div> <br /> </div><div style="text-align: left;"><b>Como Deus é lindo! </b><br /><br /> Nada do que aconteceu foi por merecimento meu, mas sua graça e sua misericórdia não têm fim, Ele nos ama, Ele me ama e cuida dos meus. <br /><br /> Gratidão pelo amor e cuidado dEle. <br /><br /> Ao meu marido por estar ao nosso lado mais uma vez, sua presença foi essencial, sem ela não teria me sentido segura e mais forte. Ao nosso filho também, que apesar de ainda ser um bebê ele estava muito feliz e ansioso para conhecer a irmã. <br /><br /> À enfermeira obstetra Michele Gadelha que não mediu esforços para nos atender fazendo com carinho e amor nosso pré-natal. <br /><br /> Às meninas da Rede Mães e Amigas. Amor, empatia, disponibilidade é o que nos une, amo cada uma. Em especial a Adriana Leal que apesar de ter chegado após o parto, ela eternizou com registros lindíssimos minha gestação e fotos pós-parto. Gratidão. <br /><br /> À enfermeira obstetra, consultora em amamentação e doula Cristiane de Figueiredo e enfermeira graduanda em obstetrícia Keila Becker pelo amor e carinho incondicional naquilo que fazem. A Cris me acompanhou nas últimas semanas e a cada encontro/consulta ela me motivava, riamos e chorávamos juntas, me passava segurança de que tudo daria certo, e deu. E a Keila é o anjo que Deus colocou na minha vida para estar comigo nos momentos mais importantes da minha vida, sou grata e amo demais. Sabem qual o segredo delas? Colocar Deus sempre à frente para que tudo dê certo. <br /><br /> E gratidão também a cada amiga que estava orando e intercedendo por mim e pela minha família neste momento tão único e especial para nós. <br /><br /> Se me perguntassem como fiz para viver está experiência, diria: Orei a Deus, busquei informações, uma boa assistência com profissionais capacitados e comprometidos e desejei muito, mais do que tudo. Eu tinha um histórico de gestação muito bom então fui apenas um portal, uma passagem trazendo Rebeca para o lado de cá. <br /> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkUd6LOkZFwI5YzuLoRTqrVimSVRTkg-V9SMLAJYDKVX0xJTw-7hqvAo5fj84MmrmUq7rozPIhV5o8fbwP6XCyWt_-vbJiGRkGas3tZ40S0EA80gh2ZyKRqMYWzPk08wBM48rrXdG304pK/s1280/4.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkUd6LOkZFwI5YzuLoRTqrVimSVRTkg-V9SMLAJYDKVX0xJTw-7hqvAo5fj84MmrmUq7rozPIhV5o8fbwP6XCyWt_-vbJiGRkGas3tZ40S0EA80gh2ZyKRqMYWzPk08wBM48rrXdG304pK/w400-h266/4.jpg" /></a><br /><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">Foto de <a href="https://www.instagram.com/adriana.lealfotografias/?utm_medium=copy_link" target="_blank">Adriana Leal</a>.</span> William, Rebeca e Matheus</span><br /><br />O milagre da vida aconteceu, Rebeca nasceu de mim e eu renasci dela. Renasceu uma nova mãe, desta vez mais segura, forte e corajosa, não melhor do que outra mãe, mas a melhor versão de mim para eles. <br /><br /> Tenho plena consciência de que essa nova etapa na minha vida será de grandes desafios, mas também de oportunidades para crescer e aprender com meus filhos. E se alguém me perguntasse se quero ter mais filhos, a resposta seria: NÃO! Mas o amanhã não me pertence, hoje tenho esse pensamento, as opiniões mudam e quem sabe isso aconteça daqui algum tempo.” <br /><br /> <br /> Sou Isabela Cristina, 32 anos, esposa do ‘papai’ William Moreti e mamãe do Matheus de 03 anos e da Rebeca. <br /> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcNHw1PNP19A96fANYmLJOHjSt-pdu4bSXskSc4YA8zdtPIzAsgo-Im2dwIsH1fkIBJaU0CA_sHeFLQcMFFb2hcvEZCalY4URK5FkrEXdmdVWU1vNGmo1aravYl8NHLSPboqbweUfDQOKd/s1280/7.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcNHw1PNP19A96fANYmLJOHjSt-pdu4bSXskSc4YA8zdtPIzAsgo-Im2dwIsH1fkIBJaU0CA_sHeFLQcMFFb2hcvEZCalY4URK5FkrEXdmdVWU1vNGmo1aravYl8NHLSPboqbweUfDQOKd/w400-h300/7.jpg" /></a><br /><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;">Foto de <a href="https://www.instagram.com/adriana.lealfotografias/?utm_medium=copy_link" target="_blank">Adriana Leal</a>. </span>Matheus, Isabela e Rebeca </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span><br /></div>Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-19658618454068542442021-09-09T06:59:00.000-07:002021-09-09T06:59:00.928-07:00Ressignificando perdas<p></p><p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHRsUx3r58sLgsU6luo_UFGBJid83Rrgx5lnUjaE34mVwwGg2lkq4X5Vg2NTQUIZuAtAsLfceTf1mJuY7kQkwD5RNSmVVTrRINXNAA-3h0l8gdsiUCOR959jgdReJXoH8oFdwIj9hOCCvr/s1600/WhatsApp+Image+2021-09-09+at+09.52.56.jpeg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHRsUx3r58sLgsU6luo_UFGBJid83Rrgx5lnUjaE34mVwwGg2lkq4X5Vg2NTQUIZuAtAsLfceTf1mJuY7kQkwD5RNSmVVTrRINXNAA-3h0l8gdsiUCOR959jgdReJXoH8oFdwIj9hOCCvr/w400-h400/WhatsApp+Image+2021-09-09+at+09.52.56.jpeg" width="400" /></a><br /> <br /> Porto Velho, Rondônia. Dezessete de agosto de dois mil e seis.<br /><br />Eu me descobri grávida! Não que eu não tenha antes recebido um sinal de que meu filho estava a caminho. Lembro-me perfeitamente de vê-lo em sonho... ou seria em telepatia? Lembro do susto do resultado, de sentir o peso da palavra ‘mãe’ e de me sentir esquisita, como se tivesse aberto um vácuo no espaço-tempo da minha vida.<br />Naquela tarde, tive o exame de sangue – POSITIVO – e, no mesmo dia, fiz um exame de ultrassom... e aí começou uma história ainda não registrada.<br />No exame, a médica observou duas formas anecoidais e, talvez num rompante ignorante (que não importa mais julgamento), disse-me que poderiam ser gêmeos! Então, eu não estava somente grávida, mas estava grávida de gêmeos. Minha tia, que me acompanhou no exame, ligou para meu marido e contou a dupla novidade. Eu sorri, me senti especial, embora ainda estava atônita e com o ar suspenso no peito.<br />Dormi (?) com aquela festa de emoções... Conta para a família toda, respira a nova ideia e comemora. Cheguei a ganhar de presente um porta retrato com dois espaços para as fotos dos bebês.<br />Nove dias depois, outro exame de ultrassom... e, desta vez, só um saco gestacional. Silêncio.<br />Eu estava só neste dia. Eu e o médico que não me deixou reclamar da perda; logo tranquilizou-me dizendo que estava tudo em ordem e me deu os parabéns.<br />Voltei para a casa me sentindo confusa e indigna de lamento.<br />Chorei.<br />A tristeza durou pouco, é verdade. Pouco demais, vejo hoje. Não verbalizei a dor, não dei força para que ela ganhasse corpo e, enfim, saísse rumo ao canal milagroso onde são tratadas todas as dores que afloram à consciência.<br />Aqueles nove dias em que carreguei no ventre e na alma a imagem de que era uma recém mãe de dois filhos ficaram mascarados diante da chuva de novidades e alegrias vindas da espera do filho que ficou. O assunto foi perdendo corpo, foi ficando nebuloso, confuso mesmo, difícil de definir, de distinguir e, de acreditar. Restou-me a descrença. “Talvez nem eram dois” eu pensava, dando com os ombros. E, com esta frase, eu toquei quatorze anos de maternagem... veio mais um filho e mais outro e vieram muitas e muitas versões de mim.<br />Até que essa história começou a reclamar um lugar! Veio pedir guarida. Cobrar âncora.<br />Veio pedir espaço pois sabe que nada vivifica se ficar escondido e esquecido, sem a devida pomba, sem o destaque merecido. Nenhuma dor vai embora sem ser chorada. Nenhuma ferida cicatriza sem que olhemos para ela para ver o que precisa ser feito.<br />E o que precisava ser feito era o que mais me deixava longe de conseguir trazer à tona esse fato: sou mãe de 4 filhos. <br />Presa na minha prepotência, sempre foi mais fácil navegar pela razão e supor que não eram dois bebês não e que não perdi um filho, do que me colocar frágil diante da vida e chorar a partida. <br />Fui em busca dos mergulhos necessários. Mergulho em meu inconsciente. Pedi para sonhar... e veio o sonho! Nele a moça dizia que havia perdido um bebê há muito tempo atrás, que havia esse luto na vida dela, mas que tudo já estava bem. Suspiro...<br />Foi com uma mandala que eu soube deste sonho. Sim, aquelas formas geométricas concêntricas e que significam ‘círculo’, em sânscrito. Interessante que para a terapia junguiana, mandala é o círculo mágico que representa simbolicamente a luta pela unidade total do eu.<br />E eu me vi em luta mesmo a partir disto tudo. Fui rever os laudos – tenho todos – lia e relia, buscando freneticamente pela razão, o que só vemos pela emoção. Que tola! Veio então a lucidez... e lembrei que “só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”. Logo eu, que provei tão bem da fé no invisível... esse espaço-tempo mágico que conheço bem e que precisava alcançar novamente.<br />Era chegada a hora de eu vencer a luta, abandonar esta roupa que não me cabia mais de vergonha e indiferença e então acolher meu bebê. Não havia mais lugar para dúvidas e tira-provas.... ficou tudo irrelevante já que é certo que a coincidência é, na verdade, a flecha implacável da vida sabendo o que faz.<br />E foi assim.<br /><br /><br /><br />Filho, bem vindo! Eu te saúdo! <br />Que bom que você nos escolheu. Que bom que compartilhou do meu ventre com seu irmão por dias tão gloriosos. Eu te reverencio e te dou um lugar. Aquele dia de despedida não chorada agora ganha contornos de gratidão e fé na Vida infinita de Deus e, em nome Dele, serás lembrado sempre com alegria e harmonia como prova do amor de nossa família.<br />Toda paz.<br /><br />Cariny</p>Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-29971984305110973972021-05-31T14:57:00.009-07:002021-08-09T13:38:07.241-07:00Relato de parto de Dóris: parto natural pélvico em Rolim de Moura<p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVo5Ku44SjarQcwKLZF_DuuPCiHEQ-JRvgIPixNfW4c1BzVJzk_QuFNiFKvMpuPtexLPRJoWpOcJ7CSRt65lxv9h1toZ5FVfuUZC1w5u2C_kE9gMDMxUh8rTif2CLic8ERuta8vJ4r90Kk/s1280/WhatsApp+Image+2021-05-31+at+17.41.11.jpeg"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVo5Ku44SjarQcwKLZF_DuuPCiHEQ-JRvgIPixNfW4c1BzVJzk_QuFNiFKvMpuPtexLPRJoWpOcJ7CSRt65lxv9h1toZ5FVfuUZC1w5u2C_kE9gMDMxUh8rTif2CLic8ERuta8vJ4r90Kk/w400-h320/WhatsApp+Image+2021-05-31+at+17.41.11.jpeg" width="400" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXv47tpT48UqOg5XwAG8Hs4SA_VaFe1qG9emLeqc33bj3oAP2dGBExeJU1TAoBlkdnqpNumwI0xn2wq6K_bcLAsemwc19T-ECLEEB_4JbXGFDR5cMRgol8hDSTJW32otlghlcN15UdH5C_/s1280/WhatsApp+Image+2021-05-31+at+17.42.28.jpeg"></a><br /> <br />O relato abaixo me emocionou pela história da gestante e o quanto ela estudou e foi atrás, com uma adversidade bastante grande: o bebê sentado. Caminho de vitória que a <a href="https://www.blogger.com/#">Dóris</a> fez... vamos ao parto:<br /><br /> <br /><br />Sempre sonhei com um parto natural e há muitos anos estudo sobre o assunto através de relatos, perfis de obstetras e doulas. E aqui está o meu relato para incentivar as mulheres que sonham com o mesmo, assim como fui incentivada por outras, eis aqui minha contribuição. Sempre mencionei com meu esposo quando ainda namorávamos que se tivéssemos um filho gostaria que ele estivesse presente segurando minha mão na hora do parto. Antes de engravidar eu me preparei fisicamente, emocionalmente e psicologicamente. <br /><br />Já havia pesquisado sobre doula na região onde moro atualmente (<a href="https://www.blogger.com/#">Rolim de Moura</a>) e tive o prazer de acompanhar por muito tempo o trabalho da Doula Suelen, do <a href="https://www.blogger.com/#">Luz Do Nascer</a> e assim que soube da gravidez de 4 semanas eu já a contratei. <br /><br />Descobri a gestação em fevereiro e em março a pandemia começou... mas fiquei em paz pois creio que Deus sempre está comigo. Tive uma gestação super saudável, devido a pandemia eu sai da musculação e não pude ser a "grávida maromba" que eu queria...rsrs... mas fiquei firme no pilates com a <a href="https://www.blogger.com/#">Fisio Carvalho Reis</a> que realizou os atendimento em domicílio (minha gratidão!). <br /><br />Durante toda a gestação, a minha doula me muniu de informações, com indicações de leitura, documentários (assisti o <a href="https://www.blogger.com/#">renascimento do parto 1, 2 e 3</a> e uma série sobre <a href="https://www.blogger.com/#">desenvolvimento de bebês</a>), li livros sobre parto, vi muitos vídeos e relatos no youtube. <br /><br />Meu marido <a href="https://www.blogger.com/#">Rodrigo</a> sempre comigo, me apoiando, ouvindo meus aprendizados e meus anseios (grata a Deus por ter colocado vc em minha vida). Com 33 semanas fiz um ultrassom, e o médico informou que o bebê estava pélvico e que dificilmente após esta semana ele viraria, fiquei preocupada e a doula me incentivou a fazer os exercícios (<a href="https://www.blogger.com/#">spinning babies</a>) para estimular a virada do bebê. Com 36 semanas imaginei que ele tivesse virado, afinal de 3 a 4% não viram. Conversei com a médica que até então me acompanhava e ela me disse para ficar tranquila, porque ela já tinha visto nestes anos de experiência o bebê virar na hora do parto com 40 semanas. Mas, continuei fazendo os exercícios e para minha surpresa no ultrassom de 37 semanas ele ainda estava pélvico (sentado) da mesma maneira que estava em todas as outras ultras anteriores e a primeira coisa que o médico falou foi: <br /><br />- Ih ta sentado, direto pra faca! <br /><br />Nossa, como fiquei triste, como chorei! Para muitas, a experiência do parto não faz nenhum sentido, mas para mim era necessário passar por isto, eu sentia que seria importante para a minha maternidade, além de todos os benefícios físicos para mim e para o meu filho. Bom, eu já tinha ouvido falar sobre parto natural pélvico, mas sabia também que são poucas equipes no país que se habilitam a fazê-lo, imagina, se já é difícil escolher o parto normal cefálico e ser ouvida, imagine estando pélvico. <br /><br />Me recordei que havia trabalhado com uma médica cubana que tinha tido dois partos normais hospitalares e que ambos os filhos dela estavam pélvicos e ainda me informou que em cuba este tipo de parto é comum, tem alguns parâmetros a serem analisados mas que em sua maioria é feito. <br /><br />Também já havia lido sobre a manobra cefálica externa, as vezes eu poderia optar por um dos dois. Enfim, entrei em contato com a minha obstetra até então e perguntei se ela faria parto normal pélvico, ela disse que não pois ela só faria se não fosse meu primeiro filho e que a equipe dela não estava preparada para um parto assim. Então perguntei sobre a manobra para virar o bebê ainda dentro da barriga e ela disse que não faria, pois julga ser perigosa. Perguntei a outro profissional e tive a mesma negativa. <br /><br />Foi então que duas amigas minhas maravilhosas (<a href="https://www.blogger.com/#">Andressa Pargmosselli</a> e <a href="https://www.blogger.com/#">Inara Moreno</a>) me falaram sobre a <a href="https://www.blogger.com/#">Livia obstetra</a> e pesquisando nos destaques do insta dela eu encontrei um storie sobre parto pélvico, então imediatamente agendei uma consulta e levei minha mãe junto, que não se conformava de maneira alguma com parto normal pélvico e a doula também se fez presente. Foram duas horas e meia de consulta, tiramos todas as nossas dúvidas, ela explicou sobre o parto pélvico, fez ultrassom para estimar o peso do bebê. Me explicou sobre os dois procedimentos (parto normal pélvico e <a href="https://www.blogger.com/#">VCE</a>) e então me decidi a aguardar o trabalho de parto. Então com 38 semanas, mudei de equipe médica. Mas continuei fazendo os exercícios para que ele virasse, fiz acupuntura com este fim também com Fátima Macedo em Cacoal. <br /><br />Já havia perdido uma parte do tampão mucoso com 37 semanas, e sempre saia mais um pedaço (sempre transparente) e eu brincava com a doula que o meu tampão deveria ser infinito. Chegamos nas 39 semanas e em alguns dias eu imaginava que entraria em trabalho de parto, começavam as contrações, parecia que ritmariam, mas depois sumiam completamente e nada. <br /><br />Chegamos nas 40 semanas e a mesma coisa, apenas alarmes falsos, comecei a ir todos os dias escutar o coração do bebê e a médica e a doula haviam me falado sobre algumas induções, inclusive a natural com chá. Então, quando completei 41 semanas, comecei a tomar o chá para indução do parto a cada 2h que a minha querida doula me trouxe. Quando foi 22:30 deste mesmo dia (15/10/20) as contrações começaram e eu comecei a cronometrar, parecia que estavam ritmando, entrei em contato com a doula e ela me informou para aguardarmos mais um pouco só para termos certeza que realmente era o trabalho de parto. Me incentivou a descansar, mas quem disse que dava? A cada contração... impossível relaxar, nem com banho quente. Então realmente era o trabalho de parto, eu sentia! Seria este dia que veria o meu filho! A doula chegou e comecei a agachar a cada contração para auxiliar na descida do bebê. <br /><br />Meu esposo me ajudava nos agachamentos e a doula me ajudava a me concentrar nas respirações certas, no relaxamento certo. Mas as contrações estavam muito desritmadas, tudo indicava um início de um longo trabalho de parto, mas as contrações estavam muito fortes, e eu pensava: -poxa, se isto é só o começo, que o Senhor me ajude a ir até o fim! Então, em uma das contrações eu senti um puxo e informei a doula, mas era algo tão impossível, afinal, as contrações não estavam em um ritmo de trabalho de parto! Tentei relaxar então, mas não consegui, porque na próxima contração eu senti mais dois<a href="https://www.blogger.com/#"> puxos</a> e fiquei aflita. Fui orientada então a ir no banheiro e me tocar, se sentisse algo diferente no local do colo do útero tomaríamos providência, do contrário, eu relaxaria enfim para que a dilatação continuasse. <br /><br />Quando me toquei senti algo que identifiquei como sendo a bolsa, e já bem perto da saída. A doula olhou e confirmou, sim, era a bolsa! Ligou para a médica e informou que não daria tempo de chegarmos a Cacoal, então ela viria. Quando deitei em minha cama para continuar o parto, agora já no expulsivo, sentindo o meu corpo fazendo força para que o bebê saísse, minha bolsa estourou e então estes puxos se tornaram mais frequentes, vocalizei bastante para auxiliar no relaxamento do períneo. Após alguns minutos a médica ligou dizendo que não conseguiria prestar o atendimento aqui caso acontecesse alguma emergência e então teríamos que ir. Mas como ir sabendo que não daria tempo? Neste momento um medinho bateu em mim, pensei mil e uma coisas. Meu esposo se manteve calmo, me auxiliou em todo o momento, me deu muito carinho e palavras de força! <br /><br />A minha querida doula Suelen, a calmaria em pessoa, conduziu tudo com muito amor, com muito respeito e com muita paz. Me incentivando, me acalmando. Entramos no carro e a poucos quilômetros de casa, após alguns puxos, quando me posicionei de cócoras, o nosso amado filho Heitor nasceu, sim, nasceu sentadinho, saiu primeiro o saquinho, bundinha, perninhas, corpinho e por último a cabeça às 4:45h do dia 16/10/20. <br /><br />Não entrei na <a href="https://www.blogger.com/#">partolândia</a>, fiquei o tempo todo bem consciente. Nasceu sem nenhuma intervenção médica, a todo momento a doula Suelen cuidando do meu períneo para minimizar alguma possível laceração que foi mínima, nem precisou de ponto. Nasceu bem corado, eu pude pegá-lo e trazê-lo ao meu colo, como sempre sonhei, estava acordado, me olhando com aqueles olhos arregalados que penetraram os meus e uma onda de amor, alívio, e muita, muita gratidão me inundou. Como me senti feliz em saber que segui o curso da natureza que o Senhor criou para o meu corpo. E esta era minha oração, pois ao contrário do que ouvi muito na gestação, que querer um parto normal pélvico era loucura, que era capricho. Posso dizer com todas as letras parto natural pélvico é natureza, é divino, é possível, a ciência mostra esta possibilidade, os profissionais que não estão atentos a isto que não sabem! <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXv47tpT48UqOg5XwAG8Hs4SA_VaFe1qG9emLeqc33bj3oAP2dGBExeJU1TAoBlkdnqpNumwI0xn2wq6K_bcLAsemwc19T-ECLEEB_4JbXGFDR5cMRgol8hDSTJW32otlghlcN15UdH5C_/s1280/WhatsApp+Image+2021-05-31+at+17.42.28.jpeg"><img border="0" height="512" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXv47tpT48UqOg5XwAG8Hs4SA_VaFe1qG9emLeqc33bj3oAP2dGBExeJU1TAoBlkdnqpNumwI0xn2wq6K_bcLAsemwc19T-ECLEEB_4JbXGFDR5cMRgol8hDSTJW32otlghlcN15UdH5C_/w640-h512/WhatsApp+Image+2021-05-31+at+17.42.28.jpeg" width="640" /></a><br /><br />Nós tivemos nossa <a href="https://www.blogger.com/#">Golden hour</a>, o papai que cortou o cordão umbilical lá no hospital! Chegamos em Cacoal e nós dois recebemos os cuidados médicos pós-parto necessários! Ficamos muito felizes com a chegada inusitada do nosso filho! Foi muito mais do que sonhei a experiência! Foi um parto super rápido (total de 5h de trabalho de parto ativo) e mega emocionante. <br /><br />Como sou grata a Deus por ter encontrado uma equipe médica que me incentivou, que me amparou. Que realmente entende todos os riscos inerentes a uma cesárea que por ter se tornado algo muito comum, muitos se esquecem. A cesárea pode salvar vidas, e louvo a Deus por esta possibilidade existir, mas acredito em indicações reais. <br /><br />Sei também que meu puerpério não seria o mesmo com uma cesárea nunca! E cada um sabe da sua realidade, neh! Quero dizer a você mulher, que a experiência de parto é única! Que vale a pena! Que seu corpo é capaz de parir e que seu bebê é capaz de nascer! Não permita que ninguém te desestimule se este for o seu desejo! <br /><br />Acredito que a decisão da mulher deve ser respeitada independente do parto que deseja, dentro do que for seguro para ambos! Parto natural requer preparo físico, emocional e espiritual! Espero que este relato te fortaleça! Se muna durante a gestação de muita informação e de uma equipe nota dez! Indico todos os profissionais que mencionei de olhos fechados! Meus agradecimentos ao meu Deus que me sustentou! Ao meu esposo que me apoiou em tudo na gestação e esteve ao meu lado ativo durante o trabalho de parto! À minha doula que acabou por ser parteira rsrsrs e que inclusive estava gestante na época! <br /><br />Como aquele carro ficou enorme pra caber nós duas lá atrás! <br /><br />À minha mãe que aprendeu muito sobre parto estudando comigo e que se faz muito presente em minha vida também! <br /><br />À dra Lívia por ser tão atualizada, como isto é bom! <br /><br />E à minha irmã que estava lá em casa e que mesmo ficando assustada se fez forte e me fortaleceu com palavras de incentivo! <br /><br />O que resume está experiência, é Gratidão!<br /><br /> <br /><br /> <br />(Dóris Mendes Costa Cardozo é mãe do Heitor, cirurgiã-dentista, casada e mora em Rolim de Moura.)<br /><br /><br /> <br /><br /> <br /><br /> </p>Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-78318694848061845052021-02-04T04:42:00.001-08:002021-02-04T04:59:19.347-08:00Relato de parto da Nayane: parto domiciliar em Pimenta Bueno<p style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKc5314S06UibbUaLn27qYSTV2zh0n6_GsQk1y1p8P47Yw0CC0I8b3g-DEjGZwKIwfyA-3uL5pN_nQd7UhJmE307X4YPWJdzQ8iiVW-a11GHSCr3roM3ny7NVnZdRocrfoqZgUUBcgRTxs/s1040/IMG-20210118-WA0114.jpg"><img border="0" height="409" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKc5314S06UibbUaLn27qYSTV2zh0n6_GsQk1y1p8P47Yw0CC0I8b3g-DEjGZwKIwfyA-3uL5pN_nQd7UhJmE307X4YPWJdzQ8iiVW-a11GHSCr3roM3ny7NVnZdRocrfoqZgUUBcgRTxs/w224-h409/IMG-20210118-WA0114.jpg" width="224" /></a><br /></p><p><br /> No dia 12/01 foi meu Chá de Bênçãos, preparado e organizado pelas minhas amadas <a href="https://www.instagram.com/mileferronato/">@mileferronato</a> @laismacielmatias @raquelnns, era virada de lua, Lua Nova, lua de concepção da Helena, e eu acredito muito na influência da Lua! Comecei com os <a href="https://blog.casadadoula.com.br/parto-normal/o-que-sao-prodromos-e-como-sobreviver-a-essa-fase/">pródromos</a> na quarta feira dia que mudou a lua, sentia algumas cólicas!Minha irmã teria que ir pra Ji-Paraná na quinta e só voltaria no sábado, queria muito que Helena esperasse ela, assim como no nascimento da Maria Clara, mas também entreguei nas mãos de Deus, se fosse pra Helena nascer sem ela aqui, que fosse feita a Sua vontade! Na quinta feira começou sair tampão, sexta mais um pouco e como percebi que a hora dela estava se aproximando, fui preparando o ambiente que ela nasceria do jeito que eu queria, o mais acolhedor e mágico possível! Titia Mile chegou no sábado, eu continuava em pródromos, mas nada de entrar em trabalho de parto, mas na minha cabeça eu imaginava que ela nasceria no domingo, dia que completaria 40 semanas e dia que Maria Clara também nasceu!<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2RgCB_Z8X1bBu3dHikRjOexDW-EacXUYzg5a8ILssrlCTEUS0cpZlKSxUpcv0d-STIOtQtORJEVg-IZG4NNmZDqxmMIqz3Wq_se25uqob4Q80vkY_oMcGHNFmvy4Lv9N83vjd859gBtdW/s1280/IMG-20210117-WA0075.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2RgCB_Z8X1bBu3dHikRjOexDW-EacXUYzg5a8ILssrlCTEUS0cpZlKSxUpcv0d-STIOtQtORJEVg-IZG4NNmZDqxmMIqz3Wq_se25uqob4Q80vkY_oMcGHNFmvy4Lv9N83vjd859gBtdW/s320/IMG-20210117-WA0075.jpg" /> </a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwDPgGL9znngLXfM0QyqbX7abQ6kQW91binIXfPhIbQVSD2CIWpqAL66PXihqEkfJuMx8DotP2Kn6FwDxLRAgZgRQs9tTA1l98uEh3Q_GnLyfZrlsowHkRbM2ieDkqMxwbfe_m1k451G0U/s1280/IMG-20210120-WA0010.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwDPgGL9znngLXfM0QyqbX7abQ6kQW91binIXfPhIbQVSD2CIWpqAL66PXihqEkfJuMx8DotP2Kn6FwDxLRAgZgRQs9tTA1l98uEh3Q_GnLyfZrlsowHkRbM2ieDkqMxwbfe_m1k451G0U/s320/IMG-20210120-WA0010.jpg" /></a> <br /><br />No sábado a noite, chamei meu marido no cantinho de oração que havia preparado e fizemos uma oração muito sincera, pedindo que ela viesse na hora dela e que Deus abençoasse o momento da sua chegada com muita saúde e ali me senti mais tranquila!Na manhã de domingo às contrações começaram a pegar um ritmo, a cada 5 minutos, me deu uma animada pensando que estava iniciando a fase latente, mas não durou muito tempo e perdeu o ritmo, não vou mentir que eu estava ansiosa porque as pessoas perguntavam o tempo todo, sabemos que não fazem por mal, mas isso atrapalha, também comecei a pensar que ela passaria muito das 40 semanas, que talvez não entrasse em TP e minha irmã teria que voltar pra Jí-Paraná às 05h30 da manhã de segunda! Tentei dormir e relaxar a tarde e por volta das 17h percebi que realmente entrei na fase latente, as contrações pegaram ritmo a cada 5 minutos e não pararam mais, eu estava muito tranquila, a dor era quase nada, fui caminha na quadra com a Lola, aguardando minha irmã, mãe e vó chegar lá em casa! Às 18h minha irmã fez um toque e estava com 4cm de dilatação, elas foram embora a noite e eu fui tentar dormir e quem consegue dormir, mesmo que as contrações eram muito suaves?Então por volta das 23h chamei minha irmã pra ficar aqui em casa comigo (ela estava na minha mãe), ela veio e madrugada a dentro o TP não pegava intensidade, verificamos o batimentos fetais a cada hora e tudo permanecia normal!Deitamos na sala e ela conseguiu dormir e foi aproximando a hora que ela teria que ir trabalhar, se não tivesse evolução ela teria que ir! Resolvi mais uma vez ir no cantinho de oração e pedi muito a Deus e Nossa Senhora do Bom Parto que evoluísse o TP, até porque já estava chato contrair a cada 5 min e não aumentar a intensidade.. rsrs...a dor não me incomodava nada, mas não conseguia dormir, então isso ficava exaustivo!<br /><br /> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKXAgxv1PgntFoGPV1GFubb-55orep3ZrfoO3A4IgEss_cnJUEiFNofF96t25-pUQYiROIP68oxROR6agMutqU8yOmwQis8tYO9Yk4KwpWc_-4jplWP8AjrKQmXgDFIptSQDO-_oW1CEJD/s1280/IMG-20210120-WA0022.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKXAgxv1PgntFoGPV1GFubb-55orep3ZrfoO3A4IgEss_cnJUEiFNofF96t25-pUQYiROIP68oxROR6agMutqU8yOmwQis8tYO9Yk4KwpWc_-4jplWP8AjrKQmXgDFIptSQDO-_oW1CEJD/s320/IMG-20210120-WA0022.jpg" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSDeg2O7OP913_UktZi5K3mXcgMxiRJKzNt53R5fAnLNQ9mlNOKuDgUQ8lK8dEkxLCw5JiLECmALwA9POatSe3zaFrM3ldl17QiffQMvZVV2CdAdlBRxbqIsL4Ify-gvJaEN0MoiltdDjP/s1280/IMG-20210120-WA0034.jpg"> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSDeg2O7OP913_UktZi5K3mXcgMxiRJKzNt53R5fAnLNQ9mlNOKuDgUQ8lK8dEkxLCw5JiLECmALwA9POatSe3zaFrM3ldl17QiffQMvZVV2CdAdlBRxbqIsL4Ify-gvJaEN0MoiltdDjP/s320/IMG-20210120-WA0034.jpg" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKXAgxv1PgntFoGPV1GFubb-55orep3ZrfoO3A4IgEss_cnJUEiFNofF96t25-pUQYiROIP68oxROR6agMutqU8yOmwQis8tYO9Yk4KwpWc_-4jplWP8AjrKQmXgDFIptSQDO-_oW1CEJD/s1280/IMG-20210120-WA0022.jpg"> </a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNi6RVYrsQhdK73m1o1BQsqJ-LQEN9Ggahfy7S6cqDD__4Yxj2VRC7UUevlbGB_0NNYwN-0MSZvYtLlzvlOr2bD56gaISZWrCUvX-IlSA_YoIIQgI05aPJjvEW1_A2OChJN7L_W0ofGyax/s1280/IMG-20210120-WA0008.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNi6RVYrsQhdK73m1o1BQsqJ-LQEN9Ggahfy7S6cqDD__4Yxj2VRC7UUevlbGB_0NNYwN-0MSZvYtLlzvlOr2bD56gaISZWrCUvX-IlSA_YoIIQgI05aPJjvEW1_A2OChJN7L_W0ofGyax/s320/IMG-20210120-WA0008.jpg" /></a><br /><br /> Comecei andar pela casa e percebi que as contrações estavam a cada 3min, mas sem intensidade, pedi a Mile fazer mais um toque, ela ficou receosa de fazer, com medo de não ter evoluído e eu ficar ansiosa! Só sei que as 05h ela então decidiu fazer, porque pedi muito, e eu lembro que falava mentalmente: Senhor tomara que já esteja uns 6 a 7cm de dilatação, e assim aconteceu, no toque ela constatou que estava 7cm e eu incrédula, até falei para ela como pode dilatar tanto sem eu sentir quase nada de dor? Liguei pra minha doula @laismacielmatias e pra @janetestocco... logo às 05h15 a Laís chegou e quando ela chegou a dor começou intensificar, mas ainda tudo tranquilo! Fomos nos preparando, conseguimos fazer umas fotos, ela me auxiliando nas massagens, exercícios, e ainda consegui dançar a música que queria "<a href="https://www.youtube.com/watch?v=Rvq7R9dwJ3U" target="_blank">É Hoje</a>" da Ludmilla...rsrs... e por uma hora a dor ficou a mesma! Meu marido não conseguiu ficar muito comigo, a Maria Clara acordou e ele foi ficar com ela, dando assistência quando preciso!<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5anpmIxKlC0EC6W2q7C8K9AvaHCf9jTP1IY-6NIH4o09aV51Uga7yIYzhuxugDgtgm8_1v-78MU0MXdM1T0DkTYyo5OQGgZ-6socUrO3rpGVFAaQmXQSz7hKNipmH_EqCOHg-ushBe_3J/s1280/IMG-20210118-WA0038.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5anpmIxKlC0EC6W2q7C8K9AvaHCf9jTP1IY-6NIH4o09aV51Uga7yIYzhuxugDgtgm8_1v-78MU0MXdM1T0DkTYyo5OQGgZ-6socUrO3rpGVFAaQmXQSz7hKNipmH_EqCOHg-ushBe_3J/s320/IMG-20210118-WA0038.jpg" /></a> <br /><br />Às 06h10 a equipe do @hospitalsantacecilia chegou, minha amiga @janetestocco e @borchardtaristeu, e com a chegada dela a dor intensificou mais ainda... eu imagino que eu estava com uma 8cm, e acreditem a dor estava muito tranquila até, mas consegui interagir com a equipe! </p><p>Janete e Aristeu muito tranquilos, observando, brincando com a Maria!Lembro que pedi a Laís que queria ir ao banheiro, ela me auxiliou, e ela ofereceu para ir pro chuveiro quente e foi ali quando agachei, foi que a dor intensificou daquele jeito, você tem a impressão que vai morrer, aliás, você sabe que vai morrer, porque na verdade você vai (re) nascer, é muita dor, e você se vê num beco sem saída, porque sabe que não tem como voltar atrás, é enfrentar a dor e se entregar!</p><p>Posição de 4 apoio no banheiro, senti um puxo (vontade involuntária de fazer força) pedi a Laís, minha doula, chamar minha irmã, ela tentou fazer um toque comigo de cócoras mas não conseguiu, fomos pra cama e então estava 9 pra 10cm, quase total, colo ainda não tinha apagado, e ela falou que pela bolsa íntegra, a bebê estava um pouco alta, talvez demorasse algum tempinho!<br /><br /> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb6mQvgyN4vQB5G_r5T6IKh5_PqagN7J5kloqdIcYond8D0kVKRGRd53s5UeV3GEwIavR5vndN2aS44qOb0GUxVxbRwHdlqtOVuQAytMLZJXTVXSWdSsgPFNcvRcg1Y285Gat2Dja74bE2/s1280/IMG-20210118-WA0025.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb6mQvgyN4vQB5G_r5T6IKh5_PqagN7J5kloqdIcYond8D0kVKRGRd53s5UeV3GEwIavR5vndN2aS44qOb0GUxVxbRwHdlqtOVuQAytMLZJXTVXSWdSsgPFNcvRcg1Y285Gat2Dja74bE2/s320/IMG-20210118-WA0025.jpg" /> </a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl7xHj2ZnmiO095PvQF482_TC5E6TSgEfPPc2DaN03xw1QCvy1pqfwnUNhCrjsUeXKiU6Ezic9x4KFpVITopy0aRcWV62dFxdipPDFMwG4vuSYfiNV-RCKw_esvQg27mkpmQA2iJGjbfzw/s1280/IMG-20210118-WA0039.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl7xHj2ZnmiO095PvQF482_TC5E6TSgEfPPc2DaN03xw1QCvy1pqfwnUNhCrjsUeXKiU6Ezic9x4KFpVITopy0aRcWV62dFxdipPDFMwG4vuSYfiNV-RCKw_esvQg27mkpmQA2iJGjbfzw/s320/IMG-20210118-WA0039.jpg" /></a><br /><br /> Mas as contrações eram uma atrás da outra, e os <a href="https://www.amigasdoparto.com.br/ac008.html">puxos</a> cada vez mais forte, a cada contração eu agachava e fazia força!Eu coloquei a mão e senti a bolsa no canal vaginal, foi quando a Laís me conduziu pra piscina, antes de entrar fiz mais umas 2 forças, entrei na piscina e escolhi meu cantinho, olhando pra parede e de cócoras (sempre imaginei parindo sentada na banheira, mas é o instinto na hora que faz você saber como quer parir)Escutei o barulho da bolsa rompendo, coloquei a mão e senti a cabecinha dela no canal vaginal e dali não tirei mais a mão, senti ela o tempo todo até sair, arde demais socorro, mais umas duas forças e ela saiu na minha mão, eu a retirei e trouxe para meus braços, nós duas ali concentradas, como um animal que vai parir quietinho, porque o parto é isso, é preciso desativar o o lado racional e ativar o lado primitivo! </p><p>Só sei que o desfecho final foi tudo tão rápido, minha irmã tinha acabado de sair pra ver algo, Saviano esquentando água, o momento que ela nasceu mesmo não deu pra filmar, quando falei que ela estava vindo, a Janete saiu correndo chamar todos.. rsrs! </p><p>Só sei que foi assim, a segunda maior emoção da minha vida, não tem explicação de como foi surreal! E às 06h50 do dia 18/01 ela nasceu de mim e eu renasci dela, Helena! Nasceu super bem, com 1 circular de cordão, pesando mais ou menos 3.350 (pesamos certinho no outro dia), 50cm, já mamou bem lindinha no tetê da mamãe!!!<br /><br />Mamãe Nayane Cristina S. Ferronato<br /><br />Papai Saviano Fuzari de Abreu<br /><br />Maninha Maria Clara!<br />Equipe: Obstetra Delano Evangelista, Enf. Obstetra Camile Ferronato, Doula Laís Stefani, Enf. Janete Stocco e Tec. Enf Aristeu Borchardt<br /></p><p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC-ErV0yMibaDyMHaikP4w2GmQJBm-xtByiLnTV4Iv9PNMWeyo1rp_NfXEpVeO2W-cBAm0FLVVUdeovVfKgrjzqIoS_YCMr5XvBrPSc9F2jpIUz8aZraFi0HaQlBz8XtI6uZfbUE1xFwr9/s1280/IMG-20210118-WA0054.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC-ErV0yMibaDyMHaikP4w2GmQJBm-xtByiLnTV4Iv9PNMWeyo1rp_NfXEpVeO2W-cBAm0FLVVUdeovVfKgrjzqIoS_YCMr5XvBrPSc9F2jpIUz8aZraFi0HaQlBz8XtI6uZfbUE1xFwr9/w497-h280/IMG-20210118-WA0054.jpg" /></a><br /></p><p></p><p><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinvbIQsFdRFNLrUl6VT4LFIfckHWDNs7MpHaVFJu3bXgpnoYSIJPXQcD6_DjXJVvtRQ4WTqSewsCLIgGVeQB2nfGL2rfn5AGgEYYr0M6eQSwGLSWZAjZRS10nSDVxZZ0a6Ex8NgnvkgoCY/s1152/IMG-20210118-WA0065.jpg"><img border="0" height="377" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinvbIQsFdRFNLrUl6VT4LFIfckHWDNs7MpHaVFJu3bXgpnoYSIJPXQcD6_DjXJVvtRQ4WTqSewsCLIgGVeQB2nfGL2rfn5AGgEYYr0M6eQSwGLSWZAjZRS10nSDVxZZ0a6Ex8NgnvkgoCY/w503-h377/IMG-20210118-WA0065.jpg" width="503" /></a><br />Períneo íntegro! <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNi6RVYrsQhdK73m1o1BQsqJ-LQEN9Ggahfy7S6cqDD__4Yxj2VRC7UUevlbGB_0NNYwN-0MSZvYtLlzvlOr2bD56gaISZWrCUvX-IlSA_YoIIQgI05aPJjvEW1_A2OChJN7L_W0ofGyax/s1280/IMG-20210120-WA0008.jpg"></a><br /> <br /><br /><br /><br /> <br /><br /> </p>Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-63009659778489993032021-02-02T15:04:00.003-08:002021-02-02T15:06:49.224-08:00Relato de parto da Nayara: parto domiciliar em Cacoal<p> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirbPI8Z_RhmmFbPDsG8ztSRCr70T_dEryyYQZB-BD8_Z5t6HLsXy-LK-VVfSKr9NgNIPYFtb5N71RxOJXXbNQtjhLNfoNE2mQJBbgi11xQQcjN5IznA-Ryx_BgXRGPENQKVvhPX8WGFPEe/s320/IMG-20201127-WA0014.jpg" /><br /></p><p></p><p></p><p>Olhando para o dia 21/11/2020 ainda não consigo acreditar que ele aconteceu, vou começar agradecendo a Deus por tudo e por todos que estiveram ao meu lado. <br /><br />Desde que me lembro sempre imaginei que teria um parto normal, pois uma cirurgia seria uma saída de emergência. Quando descobri a gravidez, descobri também que não sabia nada sobre o que era um parto. <br /><br />Durante as 38 semanas foram horas estudando livros, vendo depoimentos de outras mulheres e assistindo documentários (Meu marido viu todos tbm), enfim estávamos teoricamente preparados. <br />Ao longo das consultas do pré-Natal conhecemos o parto domiciliar planejado, e após apoio da GO Dra Livia, contratamos um enfermeiro obstetra para nos acompanhar. Confesso aqui que não manifestei interesse em contratar uma doula. (já adianto, um erro meu).</p><p>Chegamos então na sexta-feira 20/11 por volta das 17 horas, Foi onde percebi que as contrações de treinamento estavam ficando diferentes, mas vida que segue, achei que iria passar, mas elas foram aumentando a intensidade, a 01 hora da manhã de sábado acordei com uma contração mais forte, fui ao banheiro e o tampão tinha saído, voltei pra cama e cada contração ia para o banheiro, pq sentada no vaso eram mais leves. <br /><br /> As 06 da manhã mandei mensagem pra a Dra Livia e para o Enfermeiro Jonathan avisando do tampão e das contrações. Dra Lívia me disse que poderia ser os pródomos, fiquei tranquila, pq sabia que isso podia demorar, porém as 10 horas às contrações estavam mais intensas e eu já estava no chuveiro, lembro de dizer ao meu marido: agora sei pq algumas mulheres pedem pela Cesárea. <br /><br />Nessa altura eu pensava: quando forem me avaliar se a dilação tiver em 3 cm eu vou pedir para ir pro hospital kkkkk, Cleverson ligou para Enf. Jonathan, que chegou perto das 12 horas, me avaliou e para a minha surpresa já estava com 7cm de dilatação, a Dra Lívia foi acionada e eu voltei pro chuveiro, pois deitada na cama as contrações eram muito mais dolorida. <br /><br />Nesse meio tempo o Cleverson foi comprar o almoço e buscar a minha irmã, que não sabia de nada. O Jonathan tocou violão e cantou, me relaxando ainda mais entre uma contração e outra. <br /><br />Minhas pernas já estavam ficando cansadas. Voltei ao vaso sanitário e entre uma contração e outra comi açaí, Dra Lívia chegou e ao avaliar estava com 9 cm, disse que estávamos quase lá e perguntou se podia chamar a doula. <br /><br />Quando a <a href="https://www.instagram.com/cibeles.doula/">Cibele</a> chegou foi tão atenciosa, fez massagens durante as contrações, acupuntura, foi de enorme ajuda, me disse para tentar outras posições, um suporte tão importante que como eu disse nem imaginava a diferença que faz. <br /><br />Cleverson foi um verdadeiro companheiro, meu suporte, sempre me apoiando literalmente, te amo ainda mais.</p><p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguybVqQr5KbCXym0nAzVEk8TBGBCecQX76fUNv0wEu6jrTFoel8gKhPdZWoRwLmMkruzFQZHaf4fwGo8hzn3XzQ9WdtzpgwpMxytmmY2c3iBmPBW-nbh80GTaY18rbCNm9e87Md3sOnRVe/s798/IMG_20201126_183956_866.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguybVqQr5KbCXym0nAzVEk8TBGBCecQX76fUNv0wEu6jrTFoel8gKhPdZWoRwLmMkruzFQZHaf4fwGo8hzn3XzQ9WdtzpgwpMxytmmY2c3iBmPBW-nbh80GTaY18rbCNm9e87Md3sOnRVe/s320/IMG_20201126_183956_866.jpg" /></a> <br /><br /> Nessa altura alguém perguntou se eu queria entrar na piscina e eu disse sim, entre uma contração e outra a gente fica meia dopada rsrsrs, e lá se foi a equipe encher a piscina, eram umas 15 horas, nesse momento a bolsa estourou. <br /><br />Cibele me disse: as contrações vão ficar mais fortes e realmente ficaram. Durante todo o dia eu só pensava até que ponto vai aumentar a dor, então eu descobri, e desisti da piscina, voltamos ao chuveiro, estávamos todos lá no meu banheiro, médica, enfermeiro, doula, meu esposo e minha irmã. <br /><br />Meu marido sentou em um banquinho e eu fiquei apoiada nele e de cócoras, a cada contração eu era motiva mais e mais, até que ao colocar a mão senti os cabelos da minha filha. Faltava pouco. <br /><br />Então tudo começou a arder muito, o tal do círculo de fogo estava queimando, ainda não sei como minhas pernas estavam respondendo. <br /><br />Então as 16:21h de um sábado a tarde, no banheiro da minha casa, Clara veio ao mundo pesando 3035kg, 49cm, apgar 9/10, do meu ventre pros meus braços, cercada de amor, uma emoção sem fim. Papai cortou o cordão, ficamos ali por um tempo precioso, quando a placenta saiu ainda estávamos em êxtase.</p><p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3VEzT_SRPVkpoy5FVL4-YbOPU-V-fU4y8VcCIIVsL4zXrCHO5ugQyGSkCV3iwo2BQ9rfS4RWBHBg4A_3xK2dH-fDTaP83dzQhVp93sv71lLAWpn7JXMZoJ-lkvDuoYW1wx5DOcaCx4P0d/s1024/IMG-20201121-WA0023.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3VEzT_SRPVkpoy5FVL4-YbOPU-V-fU4y8VcCIIVsL4zXrCHO5ugQyGSkCV3iwo2BQ9rfS4RWBHBg4A_3xK2dH-fDTaP83dzQhVp93sv71lLAWpn7JXMZoJ-lkvDuoYW1wx5DOcaCx4P0d/s320/IMG-20201121-WA0023.jpg" /></a> <br /><br />Tomei um banho com a ajuda do marido, enquanto a equipe cuidava da Clara, depois comi uma panqueca, Clara ficou nos braços do papai, e a equipe celebrou com guaraná Jesus Rsrsrs . <br /><br />A frase da minha irmã resume bem o que é um parto: foi feio (leia-se gritos e dores) mas foi lindo. Eu não mudaria nada, pra mim o dia passou tão rápido que ainda não consigo acreditar. Obrigada a todos sem vocês nada disso teria sido possível. <br /><br /> <br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3FxgJTGWHB-zOjYAaUlekF08M-cSMxvEcJL3xj-hdAprW1B9IztFZnaOT6VV8S7lZEFQdhnhNPu6Ly8grZPHm7163CGAgNqWAChkURzm-u9EbpP-6eo9DliwJHap-lGCDS3e1ESH12ozu/s1280/IMG_20201127_124818_850.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3FxgJTGWHB-zOjYAaUlekF08M-cSMxvEcJL3xj-hdAprW1B9IztFZnaOT6VV8S7lZEFQdhnhNPu6Ly8grZPHm7163CGAgNqWAChkURzm-u9EbpP-6eo9DliwJHap-lGCDS3e1ESH12ozu/w259-h461/IMG_20201127_124818_850.jpg" /></a><br /><br /><br /> <br /><br /> <br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirbPI8Z_RhmmFbPDsG8ztSRCr70T_dEryyYQZB-BD8_Z5t6HLsXy-LK-VVfSKr9NgNIPYFtb5N71RxOJXXbNQtjhLNfoNE2mQJBbgi11xQQcjN5IznA-Ryx_BgXRGPENQKVvhPX8WGFPEe/s1280/IMG-20201127-WA0014.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /> </a></p>Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-28285930223831243662021-02-02T14:48:00.003-08:002021-02-02T14:48:49.301-08:00Relato de parto da Gabriela: parto domiciliar em Pimenta Bueno<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMUqBSKM_ooi5H55SJBVyUo869bndtt8dk1uqgHu19jHUvXg2tREPdKVy5iCt9mYuPYrt3meD4Vr2zxUAhDWlMUGTxBwzNyv2Tui04ZIhSehNDhVlHsXpKktedc_uI-xw1lusdN2K_M_YS/s640/image0.jpeg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMUqBSKM_ooi5H55SJBVyUo869bndtt8dk1uqgHu19jHUvXg2tREPdKVy5iCt9mYuPYrt3meD4Vr2zxUAhDWlMUGTxBwzNyv2Tui04ZIhSehNDhVlHsXpKktedc_uI-xw1lusdN2K_M_YS/s320/image0.jpeg" /></a><br /><br /> Histórias de quem nasce entre os lençóis de casa... Rondônia tem parto domiciliar assistido!!! E a Gabriela é doula, então sabe bem a razão de ser desta forma de nascer. ❤<br /><br /><br /> <br /><i>Bom tudo começou na manhã de terça-feira as:<br /><br />07:00 acordei com uma leve cólica que vinha e ia, levantei para ir ao banheiro fazer xixi. Quando desci da cama escorreu pela perna um pouco de líquido (ERA A BOLSA, que até então achei que era o xixi vazando 🤭). Voltei a deitar pra ver se passava.<br /><br />08:00 recebi a esteticista para fazer a depilação que já estava marcada e as cólicas permaneciam... eu achando que já passariam e seriam apenas pródomos.<br /><br />09:00 tomei um banho, fui fazer um leite com aveia para tomar e elas estavam bem mais intensas. Fui ao banheiro e o tampão saiu um pouco. Comecei a sentir uma alegria misturada com frio na barriga, andei pela casa conversando com o Leo, sem crer que estava perto!<br /><br />09:30 mandei mensagem pra minha Doula Cibele e para a Fernanda, enfermeira do meu obstetra Dr Jonatan, que havia acordado diferente e que teve saída de tampão. Mas que estaria monitorando no decorrer do dia e avisaria se evoluíssem. As contrações já estavam vindo de 3 a 2 minutos, mas eu não acreditava que iriam permanecer nesse ritmo, estava esperando elas acalmarem ainda e aí eu organizaria as coisas que estavam faltando. Mas esses espaços não chegavam...<br /><br />10:00 mandei mensagem para o Cássio que quando pudesse vir do serviço pra casa pois estava com sintomas de TP. Chegou na mesma hora. As contrações permaneciam 3 a 2 minutos e bem mais fortes.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhimOEPhXbwe31UEJJ4aOER_7ohPsz-nkSTOcZa-fD2t4_vVV5J9mTzD8ELQ-Sx9FY-weNYqpTLOIVlKuFkyRwwIYFev8ID5AuYbf0C4MZRpJvxcjDd5nxAQlgZmQ0hUsIzhE-E7I3565EM/s640/image2.jpeg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhimOEPhXbwe31UEJJ4aOER_7ohPsz-nkSTOcZa-fD2t4_vVV5J9mTzD8ELQ-Sx9FY-weNYqpTLOIVlKuFkyRwwIYFev8ID5AuYbf0C4MZRpJvxcjDd5nxAQlgZmQ0hUsIzhE-E7I3565EM/s320/image2.jpeg" /></a><br />10:30 Sentei no tapete do chão do quarto com o Cássio e já estava pra lá de baguida. Ele até sugeriu chuveiro, mudanças de posições, mas eu já não respondia por mim e não conseguia sair dali. Apenas queria ele ali comigo... Pedi pra que ligasse pra doula e a equipe avisando que eu realmente estava em trabalho de parto ativo e que eles poderiam vir.<br /><br />10:45 eu fui ao ápice e falei: CASSIO LIGA PRA TODO MUNDO DE NOVO! CHEGOU A HORA!<br /><br />Eu já estava com vontade de fazer força incontrolável! Sentia um pressão em baixo! Vocalizando com a contração! Assustei real!<br /><br />Cassio ligou novamente para a equipe e ligou para minha mãe que em 5 minutos estava aqui e me abraçou jogando um balde de energias!<br /><br />11:15 equipe chegou. UFA! Dr Jonatan conversou comigo ali no chão com toda calma e tranquilidade e depois pediu pra eu me deitar na cama pra me avaliar eeeeee Gabi bebê tá aqui em baixo! Agora é só a força e ele nasce. Todo mundo começou a pegar as coisas e eu passada! Pedi pro Cassio pegar a caixinha de som e meu celular para eu por minha playlist que não tinha colocado ainda <img src="https://mail.google.com/mail/b/ALGkd0wKnmTuSA0BfN89a-xB78yKQJPZD5OMojuLms0LAp90OQcX/e/1f602" /><br /><br /><br />E então concentrei no maior encontro da minha vida, me atentei que chegamos ali trabalhando juntos! Que orgulho desse bebê! agora era mais uma etapa e eu e ele e seu pai nos conheceríamos...<br /><br />No intervalo das contrações pegava forças no olhar do Cassio que apoiada sobre ele me lembrava que o Leo estava chegando.<br /><br />A feição da minha mãe de alegria de que a vida e o Espírito Santo estavam ali!!!<br /> <br />Dr Jonatan que passou toda segurança que estava indo tudo lindo e bem <img src="https://mail.google.com/mail/b/ALGkd0wKnmTuSA0BfN89a-xB78yKQJPZD5OMojuLms0LAp90OQcX/e/1f60d" /><br /><br />11:45 Chamei ele e então, Leo chegou! E com todo respeito veio para meus braços, no calor do seu lar, eu, ele e seu pai nos apresentamos com o som mais lindo do mundo, chorou!<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ0aRFkkIQJ49TUSd9uhTCP_KfLyLcAsHCKCQFW5IeXfv6DvVKHdyACdyAnlyF5nwnPtcXqhkdFrdNNo-3wgXgrMd5xgtia7itkXbfWRCDoqa-Ed3z65gRsvJCBusxeaeW92a-Zie1d2YK/s640/image4.jpeg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ0aRFkkIQJ49TUSd9uhTCP_KfLyLcAsHCKCQFW5IeXfv6DvVKHdyACdyAnlyF5nwnPtcXqhkdFrdNNo-3wgXgrMd5xgtia7itkXbfWRCDoqa-Ed3z65gRsvJCBusxeaeW92a-Zie1d2YK/s320/image4.jpeg" /></a><br />Acredite, mulheres sabem parir e bebes sabem nascer! <img src="https://mail.google.com/mail/b/ALGkd0wKnmTuSA0BfN89a-xB78yKQJPZD5OMojuLms0LAp90OQcX/e/2764" />️ <br /><br /> <br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxHTBQK1SSrXtR5nofivyemC7bJ6DeWQOtV_4NFEF0rXVeV2RlvzaUq35KQRvP-OeZnOSnfuE95LouIJozP_g2UyQWqqfJip-uK7qb-Nfgj1nyXXV_GnZLnkgPVj4NK7XcfBVnwpwvyFc9/s640/image5.jpeg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxHTBQK1SSrXtR5nofivyemC7bJ6DeWQOtV_4NFEF0rXVeV2RlvzaUq35KQRvP-OeZnOSnfuE95LouIJozP_g2UyQWqqfJip-uK7qb-Nfgj1nyXXV_GnZLnkgPVj4NK7XcfBVnwpwvyFc9/s320/image5.jpeg" /></a> <br /> <br />Gabriela Stocco, Pimenta Bueno-RO<br />Parto Domiciliar Planejado<br />Equipe do <a href="https://www.facebook.com/HospitalSantaCecilia/">Hospital Santa Cecília</a> Obstetra: Drº Jonatan Peres <br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwG3Kc0_HxqeQlbZvZsX44CLXiGZCYmmGRi4JMlfBQv2Nm77GU5n6uFuGk0Etq1UstvuIsVwt5xQtZWxrh-dK0Usn29Cphy105Kr02uqvDay_ABZvGrwiPG0l1uNT_gMop_dh4JY4OfbP7/s640/image3.jpeg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwG3Kc0_HxqeQlbZvZsX44CLXiGZCYmmGRi4JMlfBQv2Nm77GU5n6uFuGk0Etq1UstvuIsVwt5xQtZWxrh-dK0Usn29Cphy105Kr02uqvDay_ABZvGrwiPG0l1uNT_gMop_dh4JY4OfbP7/w469-h312/image3.jpeg" /></a><br /><br /><br /> </i><br />Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-52717277217387232222021-02-02T14:18:00.001-08:002021-02-02T14:20:09.864-08:00Relato de parto da Kamilla: parto normal domiciliar-hospitalar em Villhena<p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYJys_12EpfIfHoxyWY-QBDPszxhroiuaUF3wFRfY5TyMSiHfXq0FUpkGeFn6cKPz3oZhwFRWQZFtGOZgYGjhpzmBQtvUU8ujyWFsShmmCdDQL7sWRan-EqiQIajh2TvPrV4EFIGV4Mlun/s1280/f453644a-6bf6-4412-9b34-3a33f6b3103f.jpg"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuB6N6D_3pfo-5Kc2ijF4fCjyR9FR_XQ8bNIp1nB-14nDh5vtLBKsdnQvjawK6bfXEfGsMpExtG_gmBQPizj8aBNuXLgKeWUgoZunBSg14kT4zS5m1pQ3Cx1Faz26dAzB8TTCsboqZC2QM/s1280/1a1bb2af-da8f-48ea-8f79-11753a6015cc.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuB6N6D_3pfo-5Kc2ijF4fCjyR9FR_XQ8bNIp1nB-14nDh5vtLBKsdnQvjawK6bfXEfGsMpExtG_gmBQPizj8aBNuXLgKeWUgoZunBSg14kT4zS5m1pQ3Cx1Faz26dAzB8TTCsboqZC2QM/s320/1a1bb2af-da8f-48ea-8f79-11753a6015cc.jpg" /></a> <br /> <br />Eu me apaixonei por esta história de parto quando o li no grupo <a href="https://www.blogger.com/#">Parto em Rondônia do Facebook</a>. Fico feliz que a Kamilla tenha compartilhado... que inspire e emocione! Vamos ao relato...<br /><br /><i>Sabe aqueles partos de novela, que a mulher já chega parindo no hospital...assim foi o meu! Se eu for relatar apenas o parto ia dar algumas poucas palavras, por isso decidi relatar o dia inteiro do parto.<br /><br />Dia 23 de Abril de 2019, Vilhena/RO.<br /><br />Durante toda a gestação continuei com a minha rotina de exercícios e alimentação saudável, e no dia do parto não foi diferente. Acordei cedo, arrumei as crianças (já tenho 2 meninos) para a escola e demais atividades, tomei meu café e fui para academia, e neste dia estava mais animada do que nunca, decidi andar 3 km na esteira, e não 2 km como de costume, fiz uma serie de agachamentos, me alonguei e fui embora satisfeita...de la fui direito para o trabalho, como faltava apenas 1 dia para 40 semanas (não achava que a gestação ia tão longe desta vez) já havia deixado muito coisa resolvida e encaminhada no escritório, então passei algum tempo ali e logo fui fazer outras coisas relacionadas a rotina de mãe e esposa...Almocei e passei a tarde em casa com o filho mais novo (até então). <br /><br />Final da tarde Dr° Nilton mandou mensagem pedindo para dar um pulinho no hospital para monitorar o bebê...chegando lá, ele pediu minha autorização para fazermos um “toque”, pra ver como estava o colo do útero, ate então nunca havia feito este procedimento, mas foi claro ao dizer que se não quisesse esperaríamos o momento do início do trabalho de parto...eu autorizei, e para nossa surpresa já estava com 4 para 5 de dilatação, e Dr. Nilton disse que não demoraria muito para o trabalho de parto começar e que ele achava que seria um parto rápido e fácil, nos aconselhou a ir para casa fazer uns agachamentos e caminhar. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcAlYP0UidnpRj4D0kRRF_QmN6f_cVtr3QZCpOtHe1lQsQA-i8VUqlXOtZjis8a05REFR9UpC-OfqwwZBzHhW-xnAltCwN0Z-KEp3K6zUTHGr7Ia6sDi4vvw0VKM9tlCTC8JCcGssfN7eC/s1280/e2211baf-2798-4cde-94c0-13522aa52099.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcAlYP0UidnpRj4D0kRRF_QmN6f_cVtr3QZCpOtHe1lQsQA-i8VUqlXOtZjis8a05REFR9UpC-OfqwwZBzHhW-xnAltCwN0Z-KEp3K6zUTHGr7Ia6sDi4vvw0VKM9tlCTC8JCcGssfN7eC/s320/e2211baf-2798-4cde-94c0-13522aa52099.jpg" /> </a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8P8ry4kIBGlDCzxGblTDRWYwiZkl7wuJJpTWYkoVnx0SBGS5oue3frryy4Y8uGe-Qbhyphenhyphenz0ACuOphMl3o0vLPTJCxkqCrFkilP5kD4Pt-27K8xKbY5eyFIP8s2EMOL0KxWmDkIeE4eydyK/s1280/b27d874f-f1f5-4b51-b9e7-a70cd1092fd1.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8P8ry4kIBGlDCzxGblTDRWYwiZkl7wuJJpTWYkoVnx0SBGS5oue3frryy4Y8uGe-Qbhyphenhyphenz0ACuOphMl3o0vLPTJCxkqCrFkilP5kD4Pt-27K8xKbY5eyFIP8s2EMOL0KxWmDkIeE4eydyK/s320/b27d874f-f1f5-4b51-b9e7-a70cd1092fd1.jpg" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisMlisH2KqbbarDRxkm1hTGcg6Gj9d-DmhCp4u05-IvHVJuWplMF5ZAX6YfZxPCmrtylUwicBArjrvDdoCGkcERqZScLsK2IJtTM5u2qIdkIscnadNknpQBQst50K9GfXag5VBUHncINcj/s1280/a2454876-0c16-429c-86e7-1eed562f7954.jpg"> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisMlisH2KqbbarDRxkm1hTGcg6Gj9d-DmhCp4u05-IvHVJuWplMF5ZAX6YfZxPCmrtylUwicBArjrvDdoCGkcERqZScLsK2IJtTM5u2qIdkIscnadNknpQBQst50K9GfXag5VBUHncINcj/s320/a2454876-0c16-429c-86e7-1eed562f7954.jpg" /> </a> <br /><br />Apesar de termos ficado animados, meu marido tinha um compromisso no outro dia de manha e não queríamos que o trabalho de parto iniciasse naquela noite, então tentei ficar quietinha, mas ser mãe de 2 meninos não me permite esse luxo, fui dar banho nas crianças enquanto o marido preparava o jantar.<br />La pelas 20:30h comecei a sentir que as contrações de treinamento se intensificaram e estavam mais ritmadas, comecei a desconfiar que o trabalho de parto ia começar...colocamos as crianças para dormir, organizamos a cozinha e sentia as dores cada vez mais fortes.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLYKVws-F5q2hcMLNnHlTwgY-95Rc9cpAdRZK_1a2ZxhIeqLMVy6_uBHMd59mZxIW0wW4mb2_dItq3s8kIu1lEn7xl97ui2hyAA0tMrv7-9Va2Z7sK1JUw-j3Hj2iLXqhdEoNPTz-k-ezR/s1280/7330d5e4-20b5-4c84-9e5f-0595a4ca2a17.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLYKVws-F5q2hcMLNnHlTwgY-95Rc9cpAdRZK_1a2ZxhIeqLMVy6_uBHMd59mZxIW0wW4mb2_dItq3s8kIu1lEn7xl97ui2hyAA0tMrv7-9Va2Z7sK1JUw-j3Hj2iLXqhdEoNPTz-k-ezR/s320/7330d5e4-20b5-4c84-9e5f-0595a4ca2a17.jpg" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi40JEthBZhiyAawVWsGthy27o2S8is-J0y8LOPYf9eJwU_-SSpC1cTHNTFNfc5ioxQs160YefXB2ZyJ3SsQn0kjTSp8PKDdS2dsHOOzuG468Of0vLYS43WEU_ZYbXAbV7YhuSLcA5isTPj/s1280/479ce7c7-9f9e-4146-9bc0-0fcbab4b5994.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi40JEthBZhiyAawVWsGthy27o2S8is-J0y8LOPYf9eJwU_-SSpC1cTHNTFNfc5ioxQs160YefXB2ZyJ3SsQn0kjTSp8PKDdS2dsHOOzuG468Of0vLYS43WEU_ZYbXAbV7YhuSLcA5isTPj/s320/479ce7c7-9f9e-4146-9bc0-0fcbab4b5994.jpg" /></a><br /><br />As 21:30h resolvi ligar para o Jonathan, nosso enfermeiro obstétrico, naquela altura já sabia que o trabalho de parto tinha dado início. A última coisa que eu queria era entrar em TP (trabalho de parto) a noite, não queria passar a madrugada sentindo dor, tenho a impressão que a noite todas as dores se intensificam e o tempo demora mais a passar. Mas como não temos controle de tudo, me conformei e mergulhei de cabeça neste momento.<br /><br />Jonathan chegou as 22h, fez o toque, e apesar das contrações estarem fortes e bem ritmadas, ainda estava com 5 de dilatação, disse que faríamos uma nova avaliação as 23 h, então imaginei que a noite seria longa...ficamos na sala de casa, eu, o marido e Jonathan partejando, assistindo o renascimento do parto...o marido fazendo massagem nas costas, Jonathan monitorando o bebê...resolvi chamar a fotógrafa que já estava de sobreaviso e logo ela chegou. Liguei para minha mãe vir ficar com os meninos, porque provavelmente ia para o hospital continuar o trabalho de parto por lá.<br /><br />A cada contração sentia que as dores se intensificavam, e elas viam a cada 2 a 3 minutos...e quando faltava alguns poucos minutos para as 23h relatei que a vontade de fazer força havia chegado, Jonathan pediu pra avaliar e para nossa surpresa, estava com dilatação total e bebê no expulsivo, Jonathan pediu pra irmos urgentemente para o hospital. E eu, na maior cara de pau e paciência do mundo, pedi pra ganhar em casa, mas ele não me permitiu rsrsrsrs. Na próxima contração a bolsa estourou. Marido se apressou em pegar as malas e enquanto esperávamos no jardim ele sair da garagem outra contração, achei que Bento ia nascer ali mesmo...dentro do carro a vontade de fazer força era enorme, e tive que me controlar muito pra não nascer ali, se fosse durante o dia, onde o trânsito se torna mais lento, acho que teria nascido dentro do carro...mas enfim, chegamos ao hospital e no corredor eu me agachei, não conseguia mais andar, e Jonathan viu que o bebê estava coroando, e que iria nascer ali mesmo...mas o marido me pegou no colo e me colocou na maca, naquela fria de alumínio mesmo, e fomos correndo para a sala da maternidade...correndo não, voando...e em menos de 30 segundos, as 23h10 Bento nasceu...ja chegou fazendo um show, do jeito que eu gosto, pura emoção e adrenalina...porque se eu gostasse de monotonia e previsibilidade tinha feito uma cesárea por opção.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJCeDra6QEwM11LjxfnXRF8DCyi0dUgUPi3tMXV0PrSupCLjh9Yw8l5RLu3C2vt7ZXVglOjpoM1Plu32sZ68-DdOzx4gV9WES8bH6qdEAaNiwLOFCFNd5xLmRM_F3XLxmXAqvqDgXVaa47/s1280/12753223-cab9-40bb-848a-bd95cf31cce7.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJCeDra6QEwM11LjxfnXRF8DCyi0dUgUPi3tMXV0PrSupCLjh9Yw8l5RLu3C2vt7ZXVglOjpoM1Plu32sZ68-DdOzx4gV9WES8bH6qdEAaNiwLOFCFNd5xLmRM_F3XLxmXAqvqDgXVaa47/s320/12753223-cab9-40bb-848a-bd95cf31cce7.jpg" /> </a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbJuxd52FThKOmJo3jHkHx3mlb1EoTR3ysYK6wPEv0Gr2D2yXCQGKZTpDYJH32dAISm6iVlzO0GBUjQhvXEmSKggbEVFPIvoxEnLV7G6u3BBZVj0DvkWmFoVqZpUw2nT73u6Ha0mVs1u9q/s1280/e1eb1e83-cf8b-4b86-9631-f9d52c7f9e94.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbJuxd52FThKOmJo3jHkHx3mlb1EoTR3ysYK6wPEv0Gr2D2yXCQGKZTpDYJH32dAISm6iVlzO0GBUjQhvXEmSKggbEVFPIvoxEnLV7G6u3BBZVj0DvkWmFoVqZpUw2nT73u6Ha0mVs1u9q/s320/e1eb1e83-cf8b-4b86-9631-f9d52c7f9e94.jpg" /></a> <br /><br />Colocaram ele no meu colo/peito e ficamos ali conectados durante um tempo, Dr. Nilton, que estava em outro parto na hora que cheguei no hospital, foi ao nosso encontro pouco tempo depois de o Bento nascer. Quando enfim a placenta parou de pulsar o marido cortou cordão, e ficamos ali nos 3, sentindo aquela emoção, deixando a ocitocina nos envolver.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5HJvudqitTJV8IYcoVXoo0HJwr5-xtVEFjJYu1MgNtLLGSFmjNgfKZ0dd0IkzC4D87lNf_hxVCAb_RU2ZozTiY2kJbETXbr_5xal4F84naiu3eWPXPHCz3seFWjJBZ37HsBEXCdPbzPa9/s1280/71f94edc-2db5-4a8f-b64d-dd2885118ef9.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5HJvudqitTJV8IYcoVXoo0HJwr5-xtVEFjJYu1MgNtLLGSFmjNgfKZ0dd0IkzC4D87lNf_hxVCAb_RU2ZozTiY2kJbETXbr_5xal4F84naiu3eWPXPHCz3seFWjJBZ37HsBEXCdPbzPa9/s320/71f94edc-2db5-4a8f-b64d-dd2885118ef9.jpg" /> </a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoOhh-A8adaVqACRzpNey_itOXCVvxbAgiKoy6lqnG3RlgTDRRdElSfkbbGAm7fcYm9nrZ5mhAIQrv_LtbQe7sl4hANWrpsiYhKfnZMPj4mh8Tin2sJxCvAUO3eFUTR1pduPKuuqqiQNdB/s1280/d94ca17c-632c-418e-8ac5-909fb3be7d2b.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoOhh-A8adaVqACRzpNey_itOXCVvxbAgiKoy6lqnG3RlgTDRRdElSfkbbGAm7fcYm9nrZ5mhAIQrv_LtbQe7sl4hANWrpsiYhKfnZMPj4mh8Tin2sJxCvAUO3eFUTR1pduPKuuqqiQNdB/s320/d94ca17c-632c-418e-8ac5-909fb3be7d2b.jpg" /></a><br /> </i></p><p><i>Não houve <a href="https://www.blogger.com/#">episio</a>, porém houve uma pequena laceração. No momento em que Dr. Nilton avaliava e dava os pontinhos necessários, Bento foi avaliado pelo pediatra...nasceu com 51 cm e 3.720 kg.<br /><br />Pouco tempo depois já estávamos no quarto e ficamos ali a noite inteira contato pele a pele, entre mamadas e cochilos. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTquwvCHw22HjyPmQYJcuQpQxWjKa64p6M0lGpNliURTYIZtQwv3p-hcxTYoMgBzk2ffnHH1quu8IrsARDk3u9CzlkgApe6LkNC1A34ZeztP7jBQwCXCueW0P1k8ojj3QT25odeRye6rHD/s1280/1c12ba4d-2be2-4b42-a395-64a4f8ea860a.jpg"><img border="0" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTquwvCHw22HjyPmQYJcuQpQxWjKa64p6M0lGpNliURTYIZtQwv3p-hcxTYoMgBzk2ffnHH1quu8IrsARDk3u9CzlkgApe6LkNC1A34ZeztP7jBQwCXCueW0P1k8ojj3QT25odeRye6rHD/w294-h196/1c12ba4d-2be2-4b42-a395-64a4f8ea860a.jpg" width="294" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNJdlxWr_9hUDccl3c0a5M5EY8T53m6ROxEYUtNT8YxZ3iWtfKfCHI4WzaS0yK-ICs5Xmfz8Y2xPXi13koAlz-tLZanoN0xF79KuSuMXd5WF-Xp05_yMAv6JGOdsYTT508osT8KKqyEp_x/s1280/e41c9955-4802-4a6c-9083-48e570af0a94.jpg"><img border="0" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNJdlxWr_9hUDccl3c0a5M5EY8T53m6ROxEYUtNT8YxZ3iWtfKfCHI4WzaS0yK-ICs5Xmfz8Y2xPXi13koAlz-tLZanoN0xF79KuSuMXd5WF-Xp05_yMAv6JGOdsYTT508osT8KKqyEp_x/w297-h198/e41c9955-4802-4a6c-9083-48e570af0a94.jpg" width="297" /></a><br /><br />Em nenhum momento foi necessário suplementação com leite artificial, o contato pele a pele foi imprescindível para a <a href="https://www.blogger.com/#">apojadura</a> (descida do leite).<br /><br />Na minha primeira gestação o puerpério foi terrível, na segunda um pouco menos, na terceira passou batido...é claro que a maturidade e experiência nos tornam mais traquilas, mas este parto foi um das maiores realizações da minha vida. Me sinto realizada, segura e empoderada.<br /><br /><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv-TexFty7F04tPWboZd7rkifzL5ayh1BQnQiuOAlrfRkHs0s_zmUY_U2l4UVjvCKxBHZveEoTFvyx0UyI8ISowdOGr4KaAD1tx31knOky1eYmYgd2hyphenhyphenGKLmylBYX8x5GYyX9kEAz0S4eC/s320/d7bd6365-ccba-4672-a6cb-5a9656a9d3d7.jpg" /> <br /><br /> Quando me perguntam o que eu fiz pra ter um parto assim, minha resposta é...busque o apoio do marido/pai do bebê, seja acompanhada por um bom profissional da saúde que te oriente com a verdade e não pensando em interesses próprios, tenha uma boa alimentação, faça exercícios físicos regulares e pra finalizar...seja positiva, acredite que tudo dará certo, que o seu corpo esta preparado, não existe nada mais empoderador do que acreditar na própria capacidade. Eu mentalizei e rezei para que este parto fosse assim...e Deus atendeu o meu pedido.<br /><br />Mãe: Kamilla Bagattoli Rodrigues<br />Pai: Jean Fagner Rodrigues<br />Bebê: Bento Bagattoli Rodrigues<br />Enfermeiro Obstétrico: Jonathan Souza<br />Médico Obstétra: Dr. Nilton Nilo<br />Hospital: Regional de Vilhena/RO<br />Fotografia: Fran Bona<br /><br /> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBdc9d1QTbSyB3vNU_ZjJjAlLUzN-KR_QxyfHho4JKqeQbj1HokqXG9AOS-lDbdeZ347kal2c3fADlAX4BSDt3tVpRYT3Ks4iXyiPQXt9eeJWkTvBzRpWjSWGp5Vyr1RIMA_R2aTxEq_JQ/s1280/a9c6f244-f793-44f4-bb20-77da64dd9276.jpg"><img border="0" height="309" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBdc9d1QTbSyB3vNU_ZjJjAlLUzN-KR_QxyfHho4JKqeQbj1HokqXG9AOS-lDbdeZ347kal2c3fADlAX4BSDt3tVpRYT3Ks4iXyiPQXt9eeJWkTvBzRpWjSWGp5Vyr1RIMA_R2aTxEq_JQ/w464-h309/a9c6f244-f793-44f4-bb20-77da64dd9276.jpg" width="464" /></a><br /><br /><br /></i><br /> </p>Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-55662320364565378612020-04-11T11:12:00.003-07:002020-04-11T11:21:58.134-07:00Relato da Patrícia: parto normal hospitalar com doula em Cacoal <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfIkietjqNtb6HQqgXAY4C0B9LeyXu_8OMrU952NHW7gHJkRATnpfGDo2gbOim76xHCCixDj0Xg_TTF8mKxKM0mP_Jg1fWPNEwKC9Fg3_vmz7t1youVcp8N3xVyVgzSvkRsSlwjjUNZ8KG/s1600/WhatsApp+Image+2020-03-06+at+10.01.29+%25287%2529.jpeg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfIkietjqNtb6HQqgXAY4C0B9LeyXu_8OMrU952NHW7gHJkRATnpfGDo2gbOim76xHCCixDj0Xg_TTF8mKxKM0mP_Jg1fWPNEwKC9Fg3_vmz7t1youVcp8N3xVyVgzSvkRsSlwjjUNZ8KG/s320/WhatsApp+Image+2020-03-06+at+10.01.29+%25287%2529.jpeg" /></a><br />
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Desde minha adolescência, sempre falava com minha mãe que quando tivesse um filho seria parto normal e eu iria amamentar. O tempo passou, cresci, amadureci, e Deus me apresentou alguém muito especial, o Paulo, meu esposo. Nos conhecemos em um projeto da igreja em agosto de 2015, começamos a namorar em fevereiro de 2016 e, pouco tempo depois, já sabia que este namoro resultaria em casamento. No dia 10 de junho de 2017, nos casamos e iniciamos nossa família, cheios de planos e sonhos, e um deles era ter filhos. Adiamos por 1 ano e meio, até que em novembro de 2018 decidimos parar com o anticoncepcional e, para nossa surpresa, no dia 11 de janeiro de 2019, descobri que estava grávida. <br />
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Comecei a busca por informações a respeito de parto natural, amamentação e também um médico experiente, em quem eu realmente confiasse, mesmo se houvesse a indicação de cesárea. Foi um turbilhão de emoções, não esperava que aconteceria tão rápido. Mas era real, nosso bebê já estava a caminho. Nas primeiras semanas tive enjoos esporádicos, mas logo não senti mais nada. Com o passar dos dias, percebia meu corpo se adaptando ao novo ser que Deus formava dentro de mim. No dia 01 de abril descobrimos que era nosso príncipe Samuel que estava a caminho. Depois de pesquisar e avaliar a opinião de mulheres que tiveram seus bebês acompanhadas por um obstetra de Cacoal, marquei uma consulta com ele e decidi mudar de obstetra com 31 semanas. <br />
Iniciamos a contagem regressiva para o grande dia. Eu estava com 39 semanas e 4 dias, era noite de lua cheia. Comecei a sentir contrações por volta de 2h da manhã do dia 15/09. Fui pra debaixo do chuveiro quente com a “bola de pilates", pra ver se amenizavam as dores, mas as contrações só aceleraram e os intervalos diminuíram. Meu esposo começou a cronometrar pelo aplicativo e, como os intervalos ficaram mais curtos e as contrações ritmadas, pedi pra ele chamar minha <a href="https://pt-br.facebook.com/cibeleschuindt">doula Cibele</a>. Quando ela chegou, as contrações estavam muito fortes, então ela começou a realizar massagens e orientar meu esposo sobre como ele poderia ajudar a aliviar um pouco as dores. <br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhi7AwNE9Hfv3QZmg2tGFZ3liEaQsaXVfY3ymLoq8AaMnxUKsLa0G5U8RxpUU9irQRDzHi6uL2JoNR4NbBWpludPPqc0eJMIgWMUSGYylhRsjrMpg0ZuE67Ep6pBn64hHAP9dp2DX7zZAy/s1600/WhatsApp+Image+2020-03-06+at+10.01.29+%25281%2529.jpeg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhi7AwNE9Hfv3QZmg2tGFZ3liEaQsaXVfY3ymLoq8AaMnxUKsLa0G5U8RxpUU9irQRDzHi6uL2JoNR4NbBWpludPPqc0eJMIgWMUSGYylhRsjrMpg0ZuE67Ep6pBn64hHAP9dp2DX7zZAy/s320/WhatsApp+Image+2020-03-06+at+10.01.29+%25281%2529.jpeg" /></a> <br />
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Por volta de 03h30min, o Paulo ligou para o médico, explicou como eu estava e ele falou para irmos para o hospital. Chegamos lá e o doutor chegou em seguida, fomos para o consultório, ele fez o toque e eu já estava com 8cm de dilatação, então ele me encaminhou para o quarto, onde fiquei durante o trabalho de parto e parto. Fui internada às 04h, Paulo ficou o tempo todo comigo, me apoiando, dando todo suporte, me incentivando, em alguns momentos pensei que fosse desmaiar, olhava para ele e dizia: estou sem forças, não aguento mais, e ele respondia: aguenta sim! Ele foi incrível, tenho certeza que sem ele não conseguiria.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP6RTnhub6iosx_epmTpi7zl9FM01e030YwDwfB6VGZnO-ow1dsFU9jp3jCEmpv010fBAbp1ji7KH4R5bv9aumholfuAmmMCwOPQaLHapdyWbbHzNelRxA8wMat6Zw51nfWEAdAauvVB8L/s1600/WhatsApp+Image+2020-03-06+at+10.01.29+%25288%2529.jpeg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP6RTnhub6iosx_epmTpi7zl9FM01e030YwDwfB6VGZnO-ow1dsFU9jp3jCEmpv010fBAbp1ji7KH4R5bv9aumholfuAmmMCwOPQaLHapdyWbbHzNelRxA8wMat6Zw51nfWEAdAauvVB8L/s320/WhatsApp+Image+2020-03-06+at+10.01.29+%25288%2529.jpeg" /></a><br />
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A doula também ficou o tempo todo com a gente e foi essencial para que a chegada do nosso primogênito fosse tão linda. Durante a parte mais intensa do trabalho de parto (hora da expulsão), foi um misto de sensações, tive medo de não conseguir, mas também uma força interior que eu nem imaginava ter, tomou meu corpo e me fez empurrar Samuel para fora. <br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrqy4mmasiT3inAtcj3eNyct2sj15I1ZJNs-1B78U2z9_fo6rZFHPbylMWNBI2wVwo1LsBloXYb0mIJY_4Lloqc5HYbb_aL7y_XNbFmd3JU1QToDnfGycq7BzKzWU2QoxCvmNq_uyNeRa8/s1600/WhatsApp+Image+2020-03-06+at+10.01.29+%25285%2529.jpeg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrqy4mmasiT3inAtcj3eNyct2sj15I1ZJNs-1B78U2z9_fo6rZFHPbylMWNBI2wVwo1LsBloXYb0mIJY_4Lloqc5HYbb_aL7y_XNbFmd3JU1QToDnfGycq7BzKzWU2QoxCvmNq_uyNeRa8/s320/WhatsApp+Image+2020-03-06+at+10.01.29+%25285%2529.jpeg" /></a><br />
E esse foi o momento mais emocionante, quando vi aquele serzinho tão aguardado e tão amado sair de mim. E, apesar de todo o cansaço, foi uma explosão de alegria. As 08h05min, Samuel nasceu e veio direto para os meus braços. Foi o momento mais emocionante, encantador e indescritível que vivi!!!<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSEQuPPFKhfxCO6Jlv25Opfl2dPzZO5M9LkwnAuKEvjbgyxF4sX1NV_xNCIxdOztoqtdJub9GbfSyHuZ94I4LQ83lLkUT-UNFfwZ55_W-NC2SWivyzeZ9WstRVHEt8sGOuG-zDgJeLKStt/s1600/WhatsApp+Image+2020-03-06+at+10.01.29.jpeg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSEQuPPFKhfxCO6Jlv25Opfl2dPzZO5M9LkwnAuKEvjbgyxF4sX1NV_xNCIxdOztoqtdJub9GbfSyHuZ94I4LQ83lLkUT-UNFfwZ55_W-NC2SWivyzeZ9WstRVHEt8sGOuG-zDgJeLKStt/s320/WhatsApp+Image+2020-03-06+at+10.01.29.jpeg" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUXQ-d7W9AIR5wCH9wRbVrAKHvAKXv4sKK8M7BRzmfChWvcaHHrmrqRCaj_QMtjRI7h-fBTU0n6Yu7yBjkhDnsACjhx4eZnjeEMNRIAl6jYeDQbRUNg7k_6mWwGg8eo9IFkE1B8tXRrmNf/s1600/WhatsApp+Image+2020-03-06+at+10.01.29+%25284%2529.jpeg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUXQ-d7W9AIR5wCH9wRbVrAKHvAKXv4sKK8M7BRzmfChWvcaHHrmrqRCaj_QMtjRI7h-fBTU0n6Yu7yBjkhDnsACjhx4eZnjeEMNRIAl6jYeDQbRUNg7k_6mWwGg8eo9IFkE1B8tXRrmNf/s320/WhatsApp+Image+2020-03-06+at+10.01.29+%25284%2529.jpeg" /></a><br />
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Meu nome é Patricia (Patricia Rosa Oliveira Silva Lanes), sou servidora pública estadual e atuo no cartório eleitoral. Sou casada com o Paulo e mãe do Samuel<br />
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Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-23956789093078216252020-04-11T10:48:00.003-07:002020-04-11T10:56:12.665-07:00Relato da Ana Deise: Cesárea com doula impedida de atuar em Rolim de Moura<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEierB6XUn4qSopp5idP6Myv8K0_sXcYEA5s6vdDDVX6J0X475MzWSZElb1m2T10ntFBdtaE6-JOyOksL1gS9O3ZlNq60g2EMWcOFNjAPYddvD1KtTii8EvPFB-u330UGdIdX4sYiHUnOiIw/s1600/IMG_20200411_131742_583.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEierB6XUn4qSopp5idP6Myv8K0_sXcYEA5s6vdDDVX6J0X475MzWSZElb1m2T10ntFBdtaE6-JOyOksL1gS9O3ZlNq60g2EMWcOFNjAPYddvD1KtTii8EvPFB-u330UGdIdX4sYiHUnOiIw/s320/IMG_20200411_131742_583.jpg" /></a><br />
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<div style="text-align: center;">
***alerta de violência obstétrica***</div>
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Durante a gestação sempre fiquei tentando imaginar como que seria o meu relato de parto e hoje eu tenho a missão de escrevê-lo. Era madrugada do dia 12/01/2019, lembro-me de ter acordado por volta das 04:00 horas para uma ida rotineira ao banheiro, foi quando percebi que havia perdido o tampão mucoso. Só Deus sabe como fiquei feliz naquele momento, pois sabia que o momento que eu mais almejava estava chegando, tomei um banho e tentei descansar, pois sabia que precisava de forças para o trabalho de parto.<br />
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Por voltas das 05:00 da manhã comecei sentir fortes contrações, elas variavam em um espaço de tempo, então constatei que estava nos <a href="https://blog.casadadoula.com.br/parto-normal/o-que-sao-prodromos-e-como-sobreviver-a-essa-fase/">pródomos</a>. Minha alegria era imensa, primeiro avisei ao meu esposo, que tentou se manter calmo naquele momento e me dar todo apoio necessário, em seguida avisei minha doula <a href="https://www.facebook.com/watch/www.luzdonascer.com.br/">Suelen Leal</a> e logo em seguida minha amiga e também enfermeira Elisandra. Elas ficaram felizes e me passaram todo apoio e tranquilidade que eu precisava naquele momento e me pediram para descansar o máximo que eu pudesse.<br />
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Às 10:30 da manhã do dia 12/01 minha doula foi ver como eu estava, ouvimos os batimentos fetais que estavam em 147 por minutos, ela me examinou e viu que eu estava bem e feliz e o mais importante, meu bebê estava muito bem. Ela disse: “Deise, sabe que pode demorar então se alimente e descanse, logo você entrará em trabalho de parto, precisará estar bem”. E foi o que fizemos, almocei, descansei e até dormi um pouquinho, eu estava tranquila afinal, tínhamos nos preparado para aquele momento.<br />
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Às 15:00 minha amiga Elisandra chegou em minha casa. É importante ressaltar que houve sim um planejamento de parto, tanto que eu tinha uma doula e uma enfermeira me dando suporte. Faríamos o trabalho de parto em casa e só iríamos para o hospital na fase latente do trabalho de parto. Assim que a Elisandra chegou ouvimos os batimentos do bebê e ele estava muito bem, se mexia com frequência, era como se quisesse me dizer que aquele era o momento. Logo em seguida minha doula chegou, sentamos, conversamos e demos risadas, o momento era de felicidade, todos estavam com o coração cheio de alegria.<br />
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Foi então que as contrações ritmadas começaram, e junto com elas o trabalho da Suelen que era me orientar e me apoiar em relação a tudo que eu devia fazer naquele momento. A cada contração eu agachava e minha doula fazia massagens em minhas costas, isso me ajudava relaxar, mas não parava por aí, em todo momento eu estava ativa, caminhei, agachei, fiz exercícios com a bola, tomei banho morno, descansei, comi... Ufa, como trabalhamos! Mas em meio a tudo isso, não havia tristeza, sofrimento, angustia e desespero, pelo contrario, era só felicidade.<br />
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Meu filho estava chegando e durante os nove meses de gestação eu havia me preparado para aquele momento, fiz o possível com relação ao que se tratava de saúde e de preparo. Durante a gestação me alimentei corretamente, fiz atividade física e sempre pensei em fazer o melhor para o meu filho, tanto que esperei o momento dele.<br />
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Por volta das 20:30 da noite o processo do trabalho de parto já estava significativamente evoluído, então resolvemos que era o momento de irmos para o hospital. Tomei um banho morno e relaxei meu corpo, meu esposo e a enfermeira colocaram as malas no carro. Eu me troquei, penteei o cabelo, então disse “estou pronta”! Não consigo descrever o que se passava na minha mente naquele momento, era uma mistura de dor das contrações com alegria do momento de ver meu filho chegando.<br />
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Então as 21:00 horas da noite demos entrada no hospital, passamos pela triagem e logo em seguida fomos encaminhados para a ala das gestantes, e foi ali que toda minha tranquilidade e felicidade acabaram. O medo, pavor e angustia tomaram conta de mim em frações de segundo. A enfermeira que estava no plantão chamou pelo meu nome para o médico me examinar, minha doula, que tem entrada permitida pela <a href="https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=306138">Lei Das Doulas</a>, entrou comigo. Porém, assim que entramos e o medico a viu.. o circo dos horrores começou.<br />
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Primeiro, que a falta de educação era maior que qualquer coisa e, segundo, que quando entrei na sala de parto o médico não me cumprimentou, apenas me disse para tirar a calcinha e deitar para ele me examinar. Então eu disse: “Boa noite Dr., eu já estou em trabalho de parto”. Ele, como se não tivesse me ouvido, olhou para a doula e disse grosseiramente, “Quero que você saia e fique lá fora, pois eu preciso trabalhar”. Ela disse: “Dr. eu sou a doula dela, posso acompanhá-la”. Ele muito friamente, sem se importar em me respeitar, sem se importar com o que eu estava sentindo disse: “Não me importa o que você é, só quero que saia”. Eu que já estava deitada na maca para ser examinada indaguei: “Mas Dr. ela é minha doula, deixa ela ficar”, mas ele continuou dizendo que se ela continuasse, ela que faria meu parto, queria até que ela assinasse que ela era responsável por mim e pelo meu parto.<br />
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Juro que tentei me manter calma, mas pelo teor da situação, naquele momento o medo já havia tomado conta de mim, eu fiquei com medo do que ele poderia fazer comigo ou com meu bebê. Porém não havia mais para onde ir, nem o que se fazer. Deixei-o me examinar e ele por pura implicância disse que eu só havia dilatado 2 cm e que seria impossível eu ter parto normal. O único alivio foi ouvir o coraçãozinho do meu bebê, que se mantinha normal e saudável.<br />
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Assim que saímos da sala do médico, cogitamos a ideia de ir para outra cidade, mas vários medos rondavam minha cabeça, as contrações já eram bem fortes e eu tinha medo de não conseguir chegar até outro hospital. Eu já não era mais a mesma, meu corpo deu os sinais de que havia algo de errado comigo. A adrenalina tomou conta de mim e toda minha tranquilidade começou ir embora.<br />
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A adrenalina ativa a atividade do neocortex e inibe o processo de parto! O desencadeia a adrenalina? Medo, mau humor, conflitos, dúvidas, inseguranças, excesso de toques, preocupações e etc.<br />
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Foram todos esses sentimentos que começaram a me assombrar naquele momento. Demos entrada no leito, porém uma crise de choro tomou conta de mim, eu sentia medo de toda aquela situação. Comecei chorar e uma crise de tremores se espalhou pelas minhas pernas, eu não conseguia controlar aquele tremor, fiquei assim por mais ou menos 1 hora, sendo assim, meu trabalho de parto retroagiu, minhas contrações simplesmente pararam. Eu me lembro de ter cochilado por um tempo, o tremor havia passado e as contrações voltaram, foi então que decidi continuar lutando.<br />
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Porém eu não conseguia mais fazer o trabalho de parto como antes e, sabe, eu me culpava muito por isso, mas não era culpa minha, eu havia perdido toda energia na sala daquele médico. Minha doula Suelen tentava me acalmar e me animar e me dar forças, minha amiga Elisandra fazia o mesmo. Assim seguimos madrugada adentro, ali sozinhas, eu contava apenas com o apoio delas, meu esposo, coitado, não podia entrar, estava lá do lado de fora, o médico sei lá por onde andava, e as enfermeiras não gostavam da presença da doula ali.<br />
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Eu necessitava daquele momento de respeito à fisiologia do meu corpo, precisava me sentir protegida, segura, apoiada, confortável e relaxada, precisava sentir que era ali que eu devia estar, que era ali que meu filho nasceria, mas era tudo confuso. Às 02:00 da madrugada escutamos os batimentos cardíacos do bebê e estava tudo bem, 140 batimentos por minuto, e o médico fez o toque, com a rispidez de sempre e disse que estava apenas 5 cm.<br />
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Voltei para o quarto e lutei bravamente para não desistir, fiz todo o possível, não incomodamos ninguém, apenas seguimos no trabalho de parto, claro que eu já não estava como antes, com toda aquela felicidade, pois era tudo muito confuso, mas o propósito era o mesmo, eu acreditava bravamente que era possível sim meu filho nascer de um parto normal. Não era capricho, era apenas respeito ao nascimento, ao ato de parir.<br />
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Às 07:00 da manhã do dia 13/01 já na troca de plantão, uma enfermeira chegou e disse: “Nossa! Ela esta muito cansada, coitada, onde esta o médico que ainda não examinou?” Ela me levou para uma sala de espera que ficava ao lado da que o médico examinava as pacientes. Novamente ele, o médico, expulsou minha doula, meu Deus que tristeza! Que desespero eu sentia naquele momento, eu precisava de alguém comigo, precisava de um apoio, porém o médico disse para a doula sair, ele disse: “Vamos, saia daqui! Não te quero aqui! Se não sair eu não vou fazer o meu trabalho, eu não vou fazer o parto dela”.<br />
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Para não causar mais conflitos, a doula olhou com muita tristeza para mim e disse: “Deise, eu vou ter que sair, pois tenho medo do que ele pode fazer com você”. Eu estava apavorada, mas tive que aceitar, não tinha para onde ir, nem o que fazer. Então o médico mais uma enfermeira me levaram para a maca para poder ser examinada, eu mal tinha forças para subir na maca, estava apavorada, mas o sentimento de trazer meu filho ao mundo era maior.<br />
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É importante dizer que, não tenho nada contra a cesárea, assim como não tenho nada contra o parto natural, sou a favor de todas as mães terem seus filhos da forma que desejam, com respeito e sem serem coagidas.<br />
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Novamente o médico fez o toque e ele me disse que estava 9 cm dilatado, faltava apenas 1 cm, eu sentia muita dor, mas a felicidade era maior, pensei “meu Deus, sou capaz de conseguir, falta somente 1 cm”. Porém novamente ele veio com sua negatividade e disse: “Eu acho que não vai dar certo, vamos ver, não sei”. Pensei: "porque ele esta fazendo isso comigo, o que eu fiz para ele? Como pode alguém que estuda para ajudar as pessoas fazer isso?".<br />
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Ele pediu uma pinça para enfermeira e sem me informar nada, rompeu minha bolsa, assim, do nada, invadiu meu corpo como se eu não estivesse ali. Então me levaram para o quarto ao lado, o médico mandou eu deitar e apoiar os pés na cabeceira da cama, eu pensei: como assim? É aqui que fazem os partos normais? Não há uma sala separada e preparada? Pois é, não havia! Seria ali mesmo, o médico olhou para mim e disse: “olha, não sei se vai dar certo, mas você pode continuar tentando, você fez suas escolhas, preferiu ficar com elas (doula e amiga enfermeira), elas fizeram tudo errado com você e agora você terá que sofrer as consequências, talvez o seu útero tenha rompido e o seu feto não consiga". Eu super assustada perguntei se podíamos ouvir o bebê e ouvimos, estava tudo bem com o bebê, ele era forte e os batimentos cardíacos estavam em 140 por minuto.<br />
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Mas isso não foi o suficiente para o Dr. ele continuou indagando: “Olha já vou te falar, teremos que fazer a episiotomia se não você pode se rasgar toda”, a enfermeira disse a mesma coisa e ainda completou: “O seu bebê é grande será impossível não fazer”. O médico continuou dizendo: “Eu tenho mais estudo que essa menina (ele se referia a doula), tenho livros e livros de estudo e ela o que tem?"<br />
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Agora eu te pergunto, aonde foi que ele estudou que aprendeu a tratar uma paciente assim? Aonde ele aprendeu fazer uma cirurgia assim?<br />
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Enquanto eles falavam todas essas coisas, eu estava ali gritando de dor, eu pedi varias vezes para levantar, eu queria levantar, eu queria agachar, sentia meu corpo pedindo isso, então ele veio e de novo fez o toque, meu Deus eu já havia perdido as contas de quantas vezes ele já havia feito e de como era horrível, então ele disse: “Seu colo do útero ainda esta duro, não vai dar tempo, vamos ter que fazer cesárea”. Como assim, colo do útero duro? Eu não compreendia nada naquele momento, mas não tinha mais para onde ir, a não ser a mesa de cirurgia.<br />
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Fui carregada para o centro cirúrgico, lá eu mal consegui subir na mesa de cirurgia, sentia muita dor e o desespero era maior que qualquer outra coisa. Eu chorava, mas tive que engolir o choro e me calar. Lembro-me perfeitamente de ter apenas três pessoas na sala, a enfermeira, o médico e outro médico auxiliar. Foi o mesmo médico que aplicou a anestesia em mim, achei estranho, mas naquele momento a única coisa que eu queria era ver o fim de tudo aquilo, era ver meu filho bem.<br />
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Ele disse: “Fique quieta se não eu posso te machucar”, logo depois me deitaram, eu tremia muito, já na mesa de cirurgia, era uma mistura de sentimentos, lembro de que assim que me abriram ouvir o médico auxiliar disser: “Estava ou não encaixado?” Pela minha conclusão ele quis dizer que sim, quis dizer que meu filho já estava nascendo, só precisava de tempo e eu, de apoio, de ajuda.<br />
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Quando ouvi o choro do meu bebê, eu só queria velo, ver se estava bem, logo à enfermeira o levou e eu não via a hora de tudo terminar para eu sair dali e ver meu filho, ver como ele estava. Meu esposo que foi impedido de entrar, mesmo tendo um documento e assinado e protocolado pelo diretor do hospital, onde era permitido a sua entrada, mas é claro, isso também não foi respeitado, ele estava do lado de fora, desesperado em saber noticias nossas.<br />
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Era tão desesperador, quando sai, me senti derrotada, culpada, fracassada. Olhei para o meu esposo e chorei, pedi perdão por não ter conseguido, ele me olhou e disse: “Calma meu amor, você foi guerreira e o nosso filho é lindo”. Eu não queria encarar ninguém e dizia à todo tempo “eu não consegui, me perdoem”.<br />
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Tinha que lidar com tanta coisa, um momento era para ser de total felicidade, na minha cabeça era de total fracasso. Estava feliz e aliviada de ver meu filho bem, mas como mulher e mãe, me sentia um fracasso. No mesmo dia, muitas enfermeiras foram até o meu quarto, perguntaram sobre o parto e quando eu contava o ocorrido elas não se surpreendiam, diziam que para haver um parto ali com respeito, precisava de muita mudança.<br />
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A enfermeira que estava com o médico quando dei entrada no hospital me visitou no dia seguinte, ela me relatou que sabia que o medico não faria a cesárea só de pirraça, pois não gostava da doula e que ele me deixaria sofrer ate o último momento e depois faria à cesárea, disse também que isso já havia acontecido outras vezes e que já ate tiveram que empurrar a cabeça de bebés que estavam coroando, eu fiquei sem palavras. Quando ela saiu eu pude concluir que eu não era a primeira e não seria a última vitima a passar por todas essas atrocidades, muitas mulheres passam por coisas terríveis dentro daquele hospital, triste a nossa realidade.<br />
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Quando você passa por algo tão traumático é uma luta diária para superar, você tem que lidar com muitas dores, mais a dor maior é a da alma, essa é a mais difícil de ser curada, essa dor lateja todos os dias dentro de você. Nos primeiros dias eu chorava a todo tempo, chorava escondido porque não queria que me vissem sofrer. Olhava para aquela cirurgia horrorosa e me sentia um grande fracasso, demorei a entender que a culpa não era minha, e que na verdade eu era a grande vitima. Todo dias peço a Deus para vencer cada novo dia, fico pensando até quando vamos ser desrespeitadas e maltratadas dessa forma? Infelizmente esse não foi o relato que sonhei escrever, mas foi o que me obrigaram.<br />
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Ana Deise Félix Oliveira tem 29 anos, mora em Rolim de Moura e é casada. Tem um filha fruto de um relacionamento anterior e o Heitor, cuja história de nascimento trazemos aqui.</div>
Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-67134869312761367772019-05-24T05:54:00.001-07:002019-05-24T06:06:38.257-07:00Relato de parto da Márcia: parto normal hospitalar com doula em Cacoal <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFzs5296OKJCDzS6hH6MPOMbTEqUU1Fz7S8FYXxZdfHNuvDnlICSX8gKGvTQ8fLL9zCIUEAnDM2dqFstg_-pWbON0tPZL3PF-q1ZKAnqfHPVDqV5ywxUIrfw_GLJgYE_BTAaoioHk3nch3/s1600/unnamed+%25281%2529.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFzs5296OKJCDzS6hH6MPOMbTEqUU1Fz7S8FYXxZdfHNuvDnlICSX8gKGvTQ8fLL9zCIUEAnDM2dqFstg_-pWbON0tPZL3PF-q1ZKAnqfHPVDqV5ywxUIrfw_GLJgYE_BTAaoioHk3nch3/s400/unnamed+%25281%2529.jpg" /></a><br />
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Olá sou Marcia Nascimento, oficial psicóloga da Polícia Militar de Rondônia e docente do ensino superior, tenho 33 anos, casada com Leandro Teles. Acreditava que não podia engravidar até Deus me presentear com o Álvaro. Quando descobri que estava grávida começou minha busca em ter um filho saudável e buscar um parto natural para nós.<br />
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Bem, inicialmente, não compreendia muita coisa sobre o assunto, mas assisti o documentário "O R<a href="http://www.adorocinema.com/filmes/filme-223163/">enascimento do parto</a>" que foi o suficiente pra eu saber que se eu queria um parto natural precisaria buscar mais informação. Iniciei minha busca, minhas pesquisas, acionei uma doula, <a href="https://pt-br.facebook.com/cibeleschuindt">a Cibele</a>, e me faltava um médico em quem eu confiasse realmente, que eu não duvidasse que iria querer me submeter a uma cesária e que tivesse em seu currículo boas experiências em parto natural.<br />
<br />
Foi quando a Cibele me falou sobre a médica Lívia, obstetra recém chegada na cidade e que fazia parto humanizado. Marquei consulta e foi amor à primeira vista (rsrsrsrsrs)! Com 32 semanas mudei de obstetra. Senti confiança e sabia que estava diante de uma profissional que transmitia transparência e respeito ao protagonismo da mulher no parto.<br />
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A previsão de parto era para o dia 19/04/18 (segundo a ultrassom), mas no dia 03/04/18 por volta das 6 horas comecei a sentir cólicas que foram aumentando ao longo do dia, as quais julguei serem <a href="http://crisdoula.com/o-que-sao-prodromos/">pródromos</a>.<br />
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A Cibele tinha me orientado a ficar no chuveiro porque iria melhorar se fossem pródromos ou iria ganhar mais ritmo se fosse trabalho de parto. Às 14 horas fui para o chuveiro quente e eis que às 15h30 mandei mensagem pra a doula, pois minhas contrações já estavam durando em média 40 segundos num intervalo aproximado de 3 minutos... retornei para o chuveiro e às 16h20, meu tampão mucoso saiu com um pouco de sangue e a Cibele disse que provavelmente tinha uma dilatação acontecendo e foi para minha casa.<br />
<br />
Quando a Cibele chegou eu tinha me transformado na louca do agachamento, pois era a única coisa que aliviava e meu esposo arrumando a mala da maternidade (porque, claro, gostamos de viver perigosamente e não tínhamos preparado-a rsrrsrsrsr. <br />
<br />
Pouco tempo depois a médica chegou (sim, ela foi à minha casa), verificou os batimentos do bebê e fez o exame de toque que já estava com 9 cm de dilatação, a emoção tomou conta de mim e foi quando comecei a acreditar q estava em trabalho de parto ativo, pois até então estava subestimando.<br />
<br />
A dra. Lívia saiu para mobilizar pediatra, equipe do hospital e os outros materiais. A doula e eu continuamos com agachamento, massagem, chuveiro até que minha bolsa estourou e o líquido saiu escuro, para mim estava tudo tranquilo (já que nunca tive uma bolsa estourada), mas a Cibele, sabiamente, para que eu não ficasse preocupada, ligou para a dra. Lívia longe de mim e avisou sobre a presença de mecônio no líquido. Algum tempo depois a Dra Lívia retornou a minha casa e fez novamente o exame comigo em mim, eu em pé no banheiro mesmo, sem necessidade de deitar, e orientou a irmos para o hospital. (Para saber mais: <a href="http://crisdoula.com/meconio-e-sinal-de-sofrimento-fetal/">Mecônio é sinal de sofrimento fetal?</a>)<br />
<br />
Às 18h22 fomos para o hospital todos num carro só e quando chegamos na porta da emergência um taxista parou para pegar duas pessoas e demorou para sair, meu esposo começou a pedir para sair porque o filho dele estava nascendo e o taxista ao invés de sair rápido abriu a porta do carro para discutir (Affs, taxistas, não façam isso!)<br />
<br />
Já dentro do hospital, fui recebida pela equipe de enfermagem e tive a feliz notícia de que o pediatra que eu queria para acompanhar meu parto, Dr Paulo Brasil, ainda estava no hospital. Fui levada direto para o centro cirúrgico e quando vi a maca perguntei onde eu ia ficar e o enfermeiro disse que eu poderia deitar na maca, mas não quis.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizKruNNLuOydcwCeiTAd_LHE13ZOTS5plnaiQEQOa41JzZF-AYJcQRpjzHZYmEgEnZxAY-GGQgcBWrQTPNQCmUm7C6XuPZ_rgqSXXoRKL6e8FnDqTxdO4RJ0CD7Gga51DIAlYAukB5hkuc/s1600/unnamed+%25283%2529.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizKruNNLuOydcwCeiTAd_LHE13ZOTS5plnaiQEQOa41JzZF-AYJcQRpjzHZYmEgEnZxAY-GGQgcBWrQTPNQCmUm7C6XuPZ_rgqSXXoRKL6e8FnDqTxdO4RJ0CD7Gga51DIAlYAukB5hkuc/s320/unnamed+%25283%2529.jpg" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir9FJRfKrnuclMk_X6lN4E5yYQL9YsVVGMC3LX09KFbXrm5owjkPNxy9AQwmQyED8HByH0uPWEwZWCz6X3LUiMfLYThJbk_dVBi6xCOkV51dBF2sB27LfTsK3O-9vjfy5T0CVZ0Qsxrd0y/s1600/unnamed.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir9FJRfKrnuclMk_X6lN4E5yYQL9YsVVGMC3LX09KFbXrm5owjkPNxy9AQwmQyED8HByH0uPWEwZWCz6X3LUiMfLYThJbk_dVBi6xCOkV51dBF2sB27LfTsK3O-9vjfy5T0CVZ0Qsxrd0y/s320/unnamed.jpg" /></a><br />
<br />
A Dra Lívia chegou já com os forros e começou a forrar o chão e em mais uma contração e claro mais um agachamento, não levantei mais. Nesse momento senti uma pressão diferente, mais forte, era o neném avisando que seria aquela hora. Por isso fiquei ali de cócoras, meu esposo atrás de mim me segurando e a cada nova contração eu sabia que era menos uma para ver meu filho, que eu precisava apenas relaxar, não fazer força e deixá-lo nascer. <br />
<br />
<div>
Às 18:53 meu pequeno Álvaro estreou no mundo!<br />
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Meu nobre guerreiro e a emoção tomou conta do centro cirúrgico. A primeira vez que aquele piso tinha sido o palco do milagre da vida, de um parto natural, sem intervenção. Ficamos ali, meu esposo, meu filho e eu. O cordão umbilical ainda pulsando e nós admirando nosso filho.<br />
<br />
Toda a equipe ali olhando, sem nos apressar, esperando e apoiando nosso momento. Após um tempo que não sei dizer quanto, cortei o cordão umbilical e o pediatra foi fazer os procedimentos com o bebê e o meu esposo acompanhando. A médica, a doula e eu ficamos ali no chão esperando até a placenta se soltar. Depois que meu esposo retornou com nosso filho fomos todos para o quarto.<br />
<br />
Eu, parida, realizada, <a href="http://crisdoula.com/como-evitar-laceracoes-no-parto-2/">sem lacerações,</a> sem episiotomia, com um parto humanizado, que respeitou o meu protagonismo e o do meu filho, que colocou o nosso bem-estar acima de tudo.<br />
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Alguns aspectos foram essenciais para que meu parto fosse como foi: O apoio incondicional do meu esposo, o conhecimento que busquei durante a gestação; autocuidado com minha saúde, mas, acima de tudo, a confiança nos profissionais que me assistiram de tal modo que se a Dra Lívia me dissesse da necessidade de uma cesárea eu não duvidaria, saberia que era realmente necessária como toda cesárea deve ser, para exceções.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMVdERZzbId1u0sAIQaYBYKqday-88-WIxGX70iF3klPTeTz8nWLLW3Q_RjLKQ_6EcT6Qe7FP68j2v7pU4Oba7g29xLxfEfYopZdrpDKP41MluAjMzcDqURrvrHcKvRvv-g9Di78pC2-mX/s1600/unnamed+%25282%2529.jpg"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMVdERZzbId1u0sAIQaYBYKqday-88-WIxGX70iF3klPTeTz8nWLLW3Q_RjLKQ_6EcT6Qe7FP68j2v7pU4Oba7g29xLxfEfYopZdrpDKP41MluAjMzcDqURrvrHcKvRvv-g9Di78pC2-mX/s400/unnamed+%25282%2529.jpg" width="400" /></a><br />
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Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-63466138763224495022019-04-02T06:17:00.000-07:002019-04-02T12:32:57.397-07:00Relato de parto da Juliane: parto normal hospitalar com doula em Cacoal <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPDaT4Bspoi7FqWSJpAGiJdOX2rh32_SrqetMeLcbcouAyXPJIe3o8yzTHEN1a_JCOZrhKoI3lK6qYqzfSDUtQR-zKywBKpL-4YvplYarol8hCXcNf8cOIV_bHExwgzOvfbvs8yGVUTiuj/s1600/WhatsApp+Image+2019-03-01+at+14.39.04.jpeg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPDaT4Bspoi7FqWSJpAGiJdOX2rh32_SrqetMeLcbcouAyXPJIe3o8yzTHEN1a_JCOZrhKoI3lK6qYqzfSDUtQR-zKywBKpL-4YvplYarol8hCXcNf8cOIV_bHExwgzOvfbvs8yGVUTiuj/s400/WhatsApp+Image+2019-03-01+at+14.39.04.jpeg" width="266" /></a><div>
arquivo pessoal<br /><br /><br />Parto da Juliane e nascimento do Tito<br /><br /><br />Passados mais de um ano e só agora parei para escrever o meu relato de parto. Eis que agora só 10 meses após estou aqui, tentando com o meu relato ajudar e encorajar outras mães. <br /><br />Eu morava em Brasília e a pouco tinha voltado a morar em Cacoal, me mudei para cá já grávida e com um menino de 2 anos (Arthur que nasceu de parto normal também). Confesso que quando me vi grávida durante essa mudança começou em mim muitos medos: medo de não conseguir médico que fizesse meu parto natural, medo de não achar uma doula, medo de precisar de uma UTI neonatal medo e mais medo... <br /><br />Mas aos poucos fui ficando mais tranquila e os medos foram sumindo. No trabalho uma amiga minha me falou que uma colega dela era doula, essa colega era a Cariny, ela me adicional no grupo de gestante e logo vi que eu poderia sim ter um parto muito bom aqui em Cacoal. <br /><br />Logo de inicio já procurei o dr. Donizete do HGO por indicação de uma amiga que tinha tido parto normal com ele. Gostei tanto dele que nem fui em outros. Ele me ajudou muito me passando confiança e aceitando e respondendo todas as minhas dúvidas. <br /><br />Com 30 semanas, Gustavo (marido) e eu levamos o plano de parto para o Dr. Donizete ver e ajustarmos nossas vontades com as determinações e procedimentos dele como obstetra. Ele concordou com tudo que colocamos no nosso plano de parto e assim eu ainda fiquei mais feliz. Eu também fiz uma consulta pré-parto com a neonatologista do hospital a Dra. Sandra Lopes levando também um plano de pós-parto para o Tito, ela recebeu muito bem nossos pedidos. <br /><br />No dia do parto.... <br /><br />No sábado dia 12 de agosto de 2017, véspera de dia dos pais, eu brinquei com o meu marido: <br /><br />-Vou te dar o Tito de presente de dia dos pais. Dito e feito, eu que não sentia nenhuma dor ou contração, apenas dores na costa e nervo ciático (terríveis), no início da manhã de domingo <br /><br />(Dia dos Pais) entrei em trabalho de parto ativo. <br /><br />De início era um sangramento, pouco, mas me deixou alerta, era o tampão. Ligamos para o médico e avisamos que talvez iria ser hoje. Avisei minha mãe para ela não ir para a igreja porque talvez eu iria precisar da ajuda dela, que alias logo já estava na minha casa, minha tia também chegou para levar o Arthur para a casa dela, mas ele não quis sair de casa. <br /><br />Nessa gravidez eu não fiz exercício nenhum, não pude fazer pois tinha hematoma. Então me dediquei à massagem do períneo, após a 37ª semana, e à respiração. Sim a respiração!!! Santa respiração! Das 07:30 até as 9:30 eu controlava muito bem a dor e as cólicas que iam e vinham, depois desse horário eu chamei meu marido para, com um aplicativo de celular, acompanhar as contrações e ver se elas tinham ritmo, e tinham!<br /><br />Exatamente como vemos nos filmes e novelas... uma surpresa para mim, porque no meu primeiro parto minhas contrações eram muito irregulares. Quando as dores da contração vinham eu abraçava meu marido... <br /><br />Estávamos só nos dois no quarto. Minha mãe e minha tia estavam com o Arthur, meu primeiro filho, na sala e eu passei esse tempo no quarto... respirando e me concentrando com os olhos fechados, nem vi esses momentos passarem. <br /><br />Quando era por volta 11 da manhã, as contrações já eram fortes, mas eu ainda conseguia controlar a dor com a respiração e falava para o meu marido: "não esqueça de mandar eu fazer a respiração!"<br /><br />Acabou que eu não esqueci e ainda brincava: você não está mandando eu respirar!<br /><br />Quando deu meio dia, eu chamei a doula, as contrações estavam fortes e eu não conseguia sequer sentar. A <a href="https://www.facebook.com/fabimenedias?__tn__=K-R&eid=ARBkpLYaxcA6VXKLkrtFZwxpANhIlSBUz22Jwbc-ulmGIDAq1laJsonZMfX9tpS6xIN3sADmAULq8ORw&fref=mentions&__xts__[0]=68.ARAQWsxOH7R37fp0QBpM80lTskHZr2mh80uzC1OapLAwVeXVpgcC2vTowEK4PWBjup8bCbJYt5qEX-AOYwvigxkKebZuah4aRfyVhJO1Hk-3MwfxWVzZU19iLsPNiOjTSsnsTRWIlhJ06eJrcmvG_Dzezan0-7kQDe2weQqchgiyKppLns_4X32-tgP1uG5_-IILBgzuU8zeu8a0zfrD1DPuhKF6UeXpVjJU1OzQ9bqEAqHxQeSttwgZIW2qV5tdoquUGFp0hhAnzdUSJ2woipaqS_uBVTnza8X5ybEFw4pwMon8nZay5hE5ajLKE_IpqGs">Fabiola (doula)</a> chegou rápido e com suas mãos santas me ajudou muito a suportar o insuportável. <br /><br />Em pouco tempo chamei também uma enfermeira que fez um toque pois eu não queria ir ao hospsital sem muita dilatação. Mas minha dor já era tamanha que eu já não estava mais aguentando. Quando ela fez o toque falou que era mais de 6 centímetros, eu fiquei feliz e falei "vamos para o hospital porque eu não aguento mais não, já cheguei no meu limite e dei tudo que meu corpo poderia dar, estou em paz e seja o que Deus quiser". <br /><br />Ligamos para o médico avisando que estávamos indo. Quando estava entrando no carro eu tive o aviso mais motivador do mundo, eu tive uma vontade de fazer coco! A contração da expulsão, falei para a Fabíola, vamos que o bebê vai nascer! <br /><br />Durante a ida para o hospital eu sentia dor e felicidade, vou pegar meu filho nos colos daqui a pouco. Quando cheguei no hospital o centro cirúrgico estava ocupado e eu teria que ganhar no quarto, fiquei mais feliz ainda. <div>
<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPZ6cngQAUYYDBmo1KpW6GbU7sw3pV-fGMstxzcHSeP6tscE1znurghA7HJYe16hDyMNmI8gscPL2baFUPfGabvfRsYTVLg8LnjwfXzVkmBZL_TGCQhKRNqfuuLTaH8ykBy1-Z_UbKTTQF/s1600/InkedWhatsApp+Image+2019-03-01+at+13.38.56_LI.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPZ6cngQAUYYDBmo1KpW6GbU7sw3pV-fGMstxzcHSeP6tscE1znurghA7HJYe16hDyMNmI8gscPL2baFUPfGabvfRsYTVLg8LnjwfXzVkmBZL_TGCQhKRNqfuuLTaH8ykBy1-Z_UbKTTQF/s400/InkedWhatsApp+Image+2019-03-01+at+13.38.56_LI.jpg" /></a><br />arquivo pessoal<br /><br />O Dr. me examinou e eu estava com 10 cm, o trabalho de parto deu uma parada, mas logo retomou com as contrações de expulsão, eu tive que me concentrar novamente, é muito comum estacionar o trabalho de parto se a gestante muda de ambiente. <br /><br />Eu foquei, respirei e deixei vir, não obedeci nenhum comando de faz força, eu simplesmente deixei as contrações virem e ai sim ajudava o meu corpo, Tito nasceu depois de umas 3 contrações, ficou preço pelos ombros, mas sabiamente o Dr. Donizete agiu com muita destreza de quem já fez mais de 7000 mil partos e assim o Tito saiu pelas mãos do Gustavo. Cumpri com a promessa, o melhor presente! <br /><br />Detalhe, meus dois partos foram de cócoras. Aluguei uma <a href="https://www.ilithia.com.br/banquetas.html">banqueta</a>, porque infelizmente os hospitais não possuem. Dois partos naturais, dois partos totalmente diferente. A dor é muita, muito mesmo, mas é uma experiência transformadora. Os profissionais do HGO foram fantásticos, fiquei 100% satisfeita. <br /><br />A forma como fomos atendidos sem burocracia já nos colocando no quarto foi maravilhosa. E minha doula Fabiola foi ótima! <br /><br /><br /></div>
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Juliane é servidora pública e diz: "fui totalmente transformada depois de novembro de 2013, data em recebi meu teste de gravidez. Eu me vi encantada pelo mundo da maternidade. Adoro assuntos relacionados à gravidez, partos e filhos. Aqui, compartilho uma das duas experiências mais marcantes da minha vida (nascimento do Tito)".<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></div>
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Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-25726715883382354212018-08-31T10:36:00.002-07:002018-08-31T10:39:41.335-07:00Relato de parto da Isabela: parto humanizado com doula em Buritis<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvV8lwQQY_5yGSXXaevLsKuml5WSatBUf-F80vOqsZewPhCWkjj3eTYjiRErK7B2e8GBdlAwWF_CH2ERem3lQLCcu2QFg4V5Zn0ZoHRj8gb1tMWNU1Kft4of7wGZb8EhVsxK2LysprlflO/s1600/IMG-20180623-WA0010%255B1%255D.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvV8lwQQY_5yGSXXaevLsKuml5WSatBUf-F80vOqsZewPhCWkjj3eTYjiRErK7B2e8GBdlAwWF_CH2ERem3lQLCcu2QFg4V5Zn0ZoHRj8gb1tMWNU1Kft4of7wGZb8EhVsxK2LysprlflO/s320/IMG-20180623-WA0010%255B1%255D.jpg" /></a><br />
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Primeiro relato de parto de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Buritis_(Rond%C3%B4nia)">Buritis</a>, interior de Rondônia!!!! Viva...<br />
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<span style="font-size: x-small;">sentaquelávemrelato<3sentaquelávemrelato</span></div>
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Parto Normal do Século XXI em Buritis(RO)<br />
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A alguns anos atrás não tinha nenhuma expectativa de gerar uma vida, porém em 2016 essa ideia começou a ser mudada, e começamos a nos preparar e projetar aumentar a família. Tratei logo de interromper com o anticoncepcional e em novembro descobri que estava gestante. Em dezembro fiz minha primeira USG com aproximadamente 8 semanas, no entanto não foi possível ver o feto. Neste momento fiquei bastante assustada, também era perceptível o temor nos olhos do meu marido que me acompanhava. Conforme orientados, retornamos uma semana depois, e ainda não foi possível ver o feto. A esta altura já sabia qual poderia ser o problema, mas o médico optou por não dar o diagnóstico e pediu mais uma semana.<br />
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Como se aproximava as festividades natalina, preferi retornar somente na primeira semana de janeiro, quando fui diagnosticada com uma gestação <a href="https://brasil.babycenter.com/x1500633/o-que-significa-uma-gesta%C3%A7%C3%A3o-anembrion%C3%A1ria">anembrionada</a>, uma semana depois decidi passar por uma AMIU. Fiquei triste, mas Deus me consolou e embora eu quisesse tanto, eu sabia que tudo seria no tempo dEle, e esta era a promessa que eu esperava ser cumprida em minha vida.<br />
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Fiquei tomando cuidado durante alguns meses, e quando passei a me descuidar qualquer atraso em meu ciclo, já era motivo de expectativa, mas ainda não era. Então resolvi fazer uma serie de exames ginecológicos, foi quando ao fazer o retorno em novembro de 2017, fiz uma USG e descobri que estava gestante. Ah aquele coração batendo tão forte fizeram as lagrimas rolar e sim, agora era de verdade! Meu filho, meu tão esperado filho estava sendo formado dentro de mim, obra de Deus!<br />
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Guardei a sete chaves meu maravilho segredo. Pouquíssimas pessoas sabiam, e as que sabiam respeitaram a minha decisão de não divulgar, mesmo porque no fundo ainda restava aquele medinho que a primeira gestação havia deixado. Somente a partir do terceiro mês fui deixando com que outras pessoas soubessem. Com 19 semanas fui tomada pela emoção de senti-lo mexer dentro de mim, passava minhas horas vagas na expectativa de ser privilegiada com aqueles gostosos movimentos, sensação única! A partir de então passei a fazer meu pré-natal com a Enfª obstetra Michele Gadelha, profissional sensacional que cuidou de mim com tanto carinho.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG3ZdfdrBep4-AoXldY2mRSw3aoGp2z5ZZTqOmtUsP8t16BDhVTCXz1ImQv5K6slH3kuOkmSEbmtsAb-x5I5tO88iB4lWuYZgWYcLs7XsYjSQgn75koic8ad6u_KJB6ZuYOugGRhoukjyc/s1600/Izabel+%252812%2529.jpg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG3ZdfdrBep4-AoXldY2mRSw3aoGp2z5ZZTqOmtUsP8t16BDhVTCXz1ImQv5K6slH3kuOkmSEbmtsAb-x5I5tO88iB4lWuYZgWYcLs7XsYjSQgn75koic8ad6u_KJB6ZuYOugGRhoukjyc/s400/Izabel+%252812%2529.jpg" width="266" /></a><br />
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Posso dizer que tive uma gestação privilegiada, além de não ter tido nenhum desconforto, como os temidos enjoos, sempre estive rodeada de profissionais incríveis, como a psicóloga Luciana Amaral(Luh) que passou a me convidar para as Rodas de Gestantes, não perdi um encontro se quer! Eram trocas de experiências maravilhosas, cada relato, cada orientação decisivos para prosseguir. E em uma das Rodas pautamos o tema via de parto, desde o inicio eu já tinha em mente que a minha primeira opção seria pelo parto normal, e meu marido era meu maior incentivador. Fui bombardeada! Sim, as pessoas ficam no maior espanto quando ouvem uma mulher dizer que quer parir.<br />
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Porque? Não tenho a resposta, mas sei que mesmo ouvindo tanta negatividade, não me deixei abalar, pois a pessoa de quem eu mais precisava de apoio, estava ao meu lado. Mas, e onde parir, como encontrar apoio profissional? E de novo a Roda me trouxe essa possibilidade. Conheci a Enfª obstetra Cristiane(Cris). Ela é do tipo que quando ouve uma mulher falar sobre desejar ter parto normal, os olhos dela brilham.<br />
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Com 37 semanas tivemos uma loooonga e proveitosa conversa. A Cris só fortaleceu ainda mais em mim a vontade e o desejo de parir meu Matheus. A minha única preocupação era o fato de que ela talvez não estivesse presente, pois estava de viagem marcada duas semanas mais tarde. Mas, ela me tranquilizou, me deu muitas informações sobre as etapas do trabalho de parto, e me apresentou o Enfº obstetra Roberto(Beto) e a Enfª Keila. Estes seriam os enfermeiros que me acompanhariam caso ela não estivesse. Após as 38 semanas começou bater aquela pequena ansiedade, a essa altura minhas férias já haviam acabado e tive que retornar ao trabalho. No dia 21 de junho tive um dia normal, fui para casa após o expediente, jantei e fui dormir. Mal sabia que aquela era a noite que meu filho começaria a dar os sinais de que sua chegada estava bem perto.<br />
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Por volta das 23:00h comecei a sentir algumas dores e a partir de então fui marcando, sim, era o inicio das famosas contrações. De tempo em tempo elas vinham e conforme fui orientada pela Cris, trabalhava minha respiração enquanto fazia agachamentos para que meu filho encaixasse. Notei que a 01:00h tive uma leve perca de liquido, me mantive tranquila e como as contrações ainda estavam bem espaçadas, achei melhor não acordar meu marido. Somente as 02:00h avisei o que estava acontecendo, ele ficou todo feliz e esboçou: O filho vai nascer!? Rsrs foi magnifico ouvir aquela expressão. Ainda ficamos mais um tempo em casa, mas logo seguimos para o hospital. <br />
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Fomos recepcionados pela plantonista e logo a Keila chegou, me examinou e esperamos pelo Beto que também me examinou, estava com praticamente 5cm de dilatação. Entramos madrugada a dentro, e pra mim não achei longa demais, pelo contrario, achei que passou bem rápido e tudo que queria era ter meu pequeno em meus braços. Contudo pra mim não funcionou bola e chuveiro com agua quente, ficar sentada ou deitada, mas o que faziam minhas contrações acelerar eram as caminhadas, quanto mais caminhava, mais frequentes eram, e isso pra mim foi de certa forma motivador, soube reconhecer os sinais em meu corpo.<br />
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Já era um lindo dia de sol quando havia chegado a dilatação total, e agora era só questão de tempo para o meu Matheus nascer. A partir de então, fui orientada a fazer força quando viesse as contrações. Nisso a Tec.em enfermagem Irene também já fazia parte do quadro de profissionais que me acompanhavam. As 08:00h estava começando o segundo jogo do Brasil, pedi para deixar a TV ligada, pois eu conseguiria ficar mais tranquila, afinal tinham dois homens ali na sala e não queria ter a sensação de que estavam com pressa de tudo aquilo terminar, para assistir. Embora eu tivesse certa de que naquele momento para o meu marido, o que menos importava seria esse tal jogo, e sim vermos o nosso pequeno.<br />
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As contrações deram uma sessada, mas logo viriam com força total, a esta altura já estava bastante esgotada, mas faltava tão pouco e não poderia recuar, mas nem por um momento pensei nisso, estava muito focada.<br />
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Escolhi a banqueta para chegada do meu filho e meu marido apoiando atrás.Comecei a chama-lo intensamente cada vez que vinha a vontade de fazer força. Esbravejei por diversas vezes: Vem Matheus, vem Matheus! Vem filho, vem filho! (era a força de que a Cris havia falado, uma força que nem sei explicar de onde vem). <br />
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E as 09:28h da manhã do dia 22 de junho meu filho enfim chegou pesando 3.560kg e 51 cm. Ele veio direto para meus braços, veio para meus seios receber o melhor alimento que eu poderia oferecer, e ele já sabia mamar muito bem, pega correta! Ah! e sim ele era lindo, perfeito! Tocava em seus pezinhos, suas mãozinhas conferindo cada detalhe desenhados por Deus. Meu coração não cabia em mim. Era tanta gratidão! E meu marido? Ah, ele estava a todo momento do nosso lado, um verdadeiro guardião e pudemos compartilhar os primeiros segundos de vida do nosso filho ali juntos, literalmente éramos um. Fiz questão de que ele cortasse o cordão umbilical que nos uniu durante 39 semanas e 05 dias. Agora o vinculo não era somente entre eu e meu Matheus, mas também com o papai.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzJ3TE8_Yd5PxnMTnMz5uyLs1CnYUQlFKgNw7GINMYhKCo475CvHkhADPVIvukVrT939nYaARQ1bS5GvPIwCCwWhxN8YEvNZculSicMaVfMQZhYXbRDA377uoZQEYxCCrnJNEjp4niLOIl/s1600/IMG-20180625-WA0004.jpg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzJ3TE8_Yd5PxnMTnMz5uyLs1CnYUQlFKgNw7GINMYhKCo475CvHkhADPVIvukVrT939nYaARQ1bS5GvPIwCCwWhxN8YEvNZculSicMaVfMQZhYXbRDA377uoZQEYxCCrnJNEjp4niLOIl/s400/IMG-20180625-WA0004.jpg" width="239" /></a><br />
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Posso dizer que tive um parto dos sonhos. Meu filho nasceu no dia e hora marcados por Deus e ele. Aprendi que nós temos o direito de fazer escolhas, e escolhi o que entendia ser melhor pra mim e para meu filho. Digo que as mulheres precisam saber que independente da via de parto, é bom que elas sejam autoras dessa escolha, e não outros. Orientação e acompanhamento com bons profissionais fazem toda diferença, mas é necessário estar convicta de tal decisão.<br />
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Minha gratidão primeiramente é a Deus por ter cumprido essa linda Promessa em nossas vidas. Ao meu esposo por todo apoio e amor, sem a qual acredito, não teria sido possível. A psicóloga Luciana Amaral(Luh) que com tanto amor sempre me dizia que eu deveria focar em meu objetivo, buscar informações e não permitir que frustrassem essa minha vontade e desejo. A Enfª obstetra Michele Gadelha por ter me encorajado a buscar por ajuda de quem poderia me propor um parto humanizado e ter cuidado de mim no pré-natal. A Enfª obstetra consultora de amamentação e doula Cris, por ter me acolhido e me orientado tão bem, mesmo estando em viagem ela estava lá de longe me apoiando. A Enfª Keila, poxa até me emociono, ficou comigo a madrugada toda, um cuidado e um amor que dinheiro nenhum pode pagar, obrigada! Ao Enfº obstetra Beto realmente Cris me deixou em boas mãos, e tive certeza disso todo tempo, ele me transmitiu essa segurança, super profissional. A Tec. Irene que estava auxiliando o Beto no momento que meu filho nasceu. A Tec. Maria que em plena madrugada foi quem nos recepcionou em seu plantão quando chegamos ao hospital. Ah, claro não poderia esquecer da Enfª Edilza, ela estava sempre presente nas Rodas, e absorvi muitas informações importantes.<br />
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Enfim, posso dizer sem medo que esta foi a maior e a mais linda experiência da minha vida. E digo ainda que você mulher é capaz! Seja você protagonista da sua história, faça valer sua decisão, sua escolha e permita-se viver intensamente a maneira como decidir trazer seu filho ao mundo, de maneira consciente sabendo que seu histórico e gestação caminham bem.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1kL42doV8mDGC1ZMHGJve1kDrG_lf4UUi7H6ORj0HR2JfYIufHCIH6C8AX3Hs4z1hzoODzNJfE2J3lGqwr0g7fNH4KrPhSgHKr3vVMpwgOqlXEi9vIe-0q9aFNSUNkantlMsKB-xWjIvZ/s1600/Matheus+%2528285%2529.JPG"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1kL42doV8mDGC1ZMHGJve1kDrG_lf4UUi7H6ORj0HR2JfYIufHCIH6C8AX3Hs4z1hzoODzNJfE2J3lGqwr0g7fNH4KrPhSgHKr3vVMpwgOqlXEi9vIe-0q9aFNSUNkantlMsKB-xWjIvZ/s400/Matheus+%2528285%2529.JPG" width="400" /></a><br />
Sou Isabela Cristina C. de M Moreti, 29 anos e mamãe de primeira viagem!<br />
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Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-9567736230707663352018-08-04T17:54:00.000-07:002018-08-04T18:24:36.014-07:00Relato de parto da Mayara: Parto normal hospitalar com doula em Cacoal <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIhhAzdrPkBC6EKxwSY4ptLmMU4l8UeP6ly_yrgaM9cYGWJKZskXO3GK11_3sI1szNuIQowXqh_-BoINfUnfWt_EQxzwF1yDOQKFRW636zX1Ibl9A4JTrjP1qtkP9-oNwNBs3SIcoyTeGO/s1600/20180721_105900.jpg"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIhhAzdrPkBC6EKxwSY4ptLmMU4l8UeP6ly_yrgaM9cYGWJKZskXO3GK11_3sI1szNuIQowXqh_-BoINfUnfWt_EQxzwF1yDOQKFRW636zX1Ibl9A4JTrjP1qtkP9-oNwNBs3SIcoyTeGO/s320/20180721_105900.jpg" width="267" /></a><br />
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Feliz demais em trazer para o blog a história de gravidez e parto da minha amiga e irmã de alma, Mayara, que eu tive o privilégio de doular (do verbo "ser doula" rsrsrsrsrs).<br />
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"Não basta ser amiga-irmã, confidente, terapeuta, massagista, não basta ser comadre... Tem que ser doulanda com parto relâmpago e em 6 horas trazer nossa Manuela". Foi assim que anunciei a chegada da bebê da Mayara e é assim que começo o relato aqui. Uma história de desencontros e reencontros que culminou em uma desfecho iluminado.<br />
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<span style="font-size: x-small;">sentaquelávemrelato💜sentaquelávemrelato</span></div>
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por Mayara Tassi</div>
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Desde de minhas memórias mais antigas lembro do meu desejo em ser mãe, sinto que tudo só estaria completo quando este momento chegasse, mas pelo fato de ser sempre tão racional, adiei esta vontade por algum tempo.<br />
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Me dedico ao tema “gravidez e parto” desde o início da faculdade em fisioterapia, há 12 anos. Acompanho a militância da minha amiga e doula Cariny sobre humanização do parto há quase o mesmo tempo, há 2 anos criamos uma roda de gestante para dividir experiências e informações de qualidade, e trabalho com pilates para gestantes há 4 anos. <br />
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Em fim esse assunto faz parte da minha vida há muito tempo!<br />
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Casei aos 20 anos, mas somente aos 27, mais especificamente em março de 2015 começaram as tentativas para engravidar. Desde a adolescência fui diagnosticada com S.O.P. (síndrome dos ovários policísticos), apresentava ciclos irregulares e longos períodos sem menstruar, tive ciclos de até 120 dias, o que não me dava a chance de saber se havia ovulado.<br />
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Comecei a buscar por informação a fim de conhecer o meu corpo, e conheci o método <a href="http://www.ladoocultodalua.com/2015/07/17/aprender-o-metodo-sintotermal/">sintotermal</a>. Aferi temperatura, muco e colo diariamente durante 1 ano. Passei a perceber, mesmo sem muitas expectativas neste período, apenas 3 ciclos em que havia chance de ovulação. Impossível não ficar ansiosa! Tudo que estudava era sobre S.O.P. e ovulação... mais de 2 anos e nada da gravidez, o ciclo mais curto foi de 40 dias, tratamentos e mais tratamentos naturais... <br />
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Por diversas vezes me senti só na tentativa em engravidar. Entendia a resistência do meu marido devido a sua sobrecarga de responsabilidades, o que fez com que me dissesse por algumas vezes que me apoiava, mas não compartilhava do mesmo desejo, me gerando muita insegurança, e me fazendo refletir sobre os mistérios do nosso inconsciente, os traumas, medos, e padrões repetitivos que herdamos... mas nada me tirava o imenso desejo de ser mãe... fazia planos, sonhava e vislumbrava cada momento com um bebê.<br />
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Após uma <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Constela%C3%A7%C3%A3o_familiar">constelação familiar</a>, muitas coisas se mobilizaram. Começara um movimento sutil e ao mesmo tempo avassalador. <br />
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Em abril de 2017 decidimos nos separar. Foi uma decisão de ambos, para que nossa relação fosse preservada, uma vez que sempre nos admiramos. Fomos apoio e porto seguro um ao outro há 9 anos. Terminamos com o desejo que em um futuro breve as coisas pudessem melhorar e talvez o nosso casamento ser resgatado. Foi um período muito difícil, cheio de dúvidas, medos e inseguranças. Após 3 meses ocorreram muitas mudanças em ambos, o amor falou mais alto, e nosso reencontro foi preparado por Deus. Fomos para a terapia, e dia 02 de agosto de 2017 tivemos a certeza que não poderíamos viver mais um sem o outro, e a primeira coisa que ele desejou para nós foi um filho!<br />
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Havia menstruado no dia 30/07/2017, mas com um ciclo irregular e há quase 3 anos de tentativa, gravidez não era uma possibilidade. Agora era eu que achava que não era o momento de ter filhos, muitas mudanças na área profissional, achei que era melhor esperar. Dia 01/09/2017, uma sexta-feira, tive um<a href="https://brasil.babycenter.com/a1500519/sangramento-vaginal-na-gravidez"> escape</a>, como já conhecia perfeitamente o meu corpo e meu ciclo, logo suspeitei de gravidez... seios doloridos e um sono incontrolável me deixaram ainda mais na certeza. <br />
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Fiz um teste de farmácia no dia seguinte, e como tantos outros... NEGATIVO. Na segunda feira, meu esposo percebeu que meus seios estavam maiores. Convicta depois do teste que deu negativo, respondi que deveria ser TPM. Contudo a dor nos seios não aliviavam, e nunca havia sido tão intensa. Resolvi comprar outro teste de farmácia uma semana depois, fiz logo no meio da tarde, e... POSITIVO! Uma linha forte de controle e outra clarinha, não acreditei! Imediatamente mandei mensagem para minha prima Luana e minha irmã Letícia, como em 2016 tive uma provável <a href="https://brasil.babycenter.com/x25006459/meu-positivo-sumiu-o-que-pode-ter-acontecido">gravidez química </a>(positivou o teste de farmácia e negativou o beta hcg) fiquei com medo de ter acontecido novamente, e logo providenciei o teste laboratorial.<br />
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Mas, no fundo, não me restavam mais dúvidas. Antes do resultado do exame de sangue, saí para comprar lembrancinhas pra fazer a surpresa pro papai! E pouco tempo depois chegam meus irmãos no meu trabalho com o resultado do exame... aos prantos, todos! Era muita felicidade! A noite fiz a surpresa para o meu esposo - que foi o último da família a saber. E ali no dia 11 de setembro de 2017 minha vida começava a mudar para sempre... eu, que tanto desejei, tanto esperei, não conseguia acreditar! Misto de sentimentos... parecia um sonho e eu tinha medo de acordar!<br />
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A ultrassom confirmava minha ovulação tardia, pois não coincidia com a data da última menstruação (D.U.M)... provavelmente ovulei 2 semanas depois do esperado de um ciclo normal, pelas minhas contas a concepção provavelmente ocorreu próximo ao dia 26/08/2017, saindo totalmente do meu controle e da minha racionalidade, pra quem era tão controladora, isso foi a prova de que as coisas precisavam fugir do meu domínio para então seguir seu curso natural.<br />
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Por volta da 7ª semana começaram os enjoos, no início até achamos engraçado, mas com o passar do tempo, fiquei muito indisposta, vomitava muito, principalmente de madrugada, achava que nunca mais fosse saber o que era conviver sem enjoos. Graças a Deus eles cessaram com exatas 14 semanas. Tirando esse detalhe, minha gravidez foi muito tranquila, e não tive nenhum contratempo. Com 9+2 dias realizei o exame de <a href="http://www.guiadobebe.com.br/sexagem-fetal/">sexagem fetal</a>, e após 8 dias, descobrimos e confirmamos o que eu e Fabrício intuíamos: é uma menina!!! <br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQDoavdfu4tt-N6tWzTlEMHCkOIHKRO1Dlr8-0JAsha4NhoShnC2D0w5iUYPp58hcH-d5sKRafJQfOBeVkD_0iFTjwjrb4e55dMzu8D8pwvU5uALqCENkbIM_l2pxB_yxhXjknnVC7VoFk/s1600/FB_IMG_1533310707999.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQDoavdfu4tt-N6tWzTlEMHCkOIHKRO1Dlr8-0JAsha4NhoShnC2D0w5iUYPp58hcH-d5sKRafJQfOBeVkD_0iFTjwjrb4e55dMzu8D8pwvU5uALqCENkbIM_l2pxB_yxhXjknnVC7VoFk/s320/FB_IMG_1533310707999.jpg" /></a><br />
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Meu médico desde o início apoiou as minhas escolhas e eu confiei em minha intuição, nunca me imaginei fazendo uma cesariana, nunca me preocupei com as dores do parto, inclusive me questionava se não subestimava as dores ou realmente estava preparada para enfrentá-las, depois de tudo que já havia estudado e acompanhado.<br />
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Me preparei emocionalmente para passar das 40 semanas, até para dar suporte à família e ao meu esposo, que era o mais ansioso. Com 38 semanas, meus padrinhos, que hoje assumem o papel dos meus pais, chegaram para ficar comigo... a ansiedade então só aumentava. Me mantive tranquila, tendo em mente que poderia chegar a 42. Minha madrinha, 2 meses antes, previu que seria na virada da lua nova, que era de fato a minha nona lua, dia 15/05/2018. Fabrício, meu esposo, desejava que ela viesse no dia 19/05 (aniversário dele e Data Provável do Parto - DPP), e eu confesso que não tinha palpite algum.<br />
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Dia 01/05/2018 percebi que minha barriga havia descido, assim de repente, da noite pro dia, a parte superior do abdômen estava mole, sinal que ela começava a encaixar.<br />
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Dia 13/05/18, domingo, 39 semanas e 1 dia, percebi um muco, pouca quantidade e sem rajadas de sangue, mas talvez fosse o tampão, foi o único sintoma pré-parto. Me sentia já bem cansada, mas ainda estava bem ativa, fazia meus exercícios na bola, ficava de cócoras, trabalhava na medida do possível e tentava namorar sempre que possível. Minha irmã mais velha, Tatiana, pressentiu que algo estava por vir. Fomos a chácara de uma amiga, Mariana (relato <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2018/04/relato-de-parto-da-mariana-parto-normal.html">aqui</a>), no intuito de tomar o famoso banho de bica, que trouxera Mateus, seu caçula, após 2 dias. <br />
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Dia 15/05/2018 virada da lua nova o dia amanheceu diferente, chuvoso e Fabrício anunciou a chegada da nossa pequena: disse que era o dia perfeito pro nascimento! Me sentia melancólica, não havia dormido nessa noite, mas me sentia disposta. Por volta de 11:30 ao falar com a minha irmã Tati pelo telefone, me dei conta que as contrações de treinamento estavam mais intensas, uma pressão diferente, mas ainda não classifiquei como dor. Contei apenas para o Fabrício, já enfatizando pra que não ficasse ansioso pois ainda poderia ficar dias em <a href="http://vilamamifera.com/mulheresempoderadas/sera-que-e-conheca-as-fases-do-trabalho-de-parto/">pródomos</a>. <br />
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Resolvi cronometrar e as contrações estavam ritmadas, 7/8 min com duração de 50 segundos em média, mas era apenas uma pressão diferente, sem dor. Informei minha irmã Tatiana, pois ela precisava viajar 220 km para acompanhar o parto como planejamos desde o início. <br />
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Informei meu médico às 14 horas que pediu pra me avaliar às 16 horas. Às 16:30 horas, o obstetra me avaliou, fizemos o toque sob meu consentimento. Ainda não estava em trabalho de parto, nenhum centímetro dilatado, e colo alto. Provavelmente não nasceria nesse dia... afirmou o médico. Chegando em casa tentei dormir para poupar energias e Fabrício foi trabalhar pra amenizar a ansiedade. <br />
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Às 18:00 horas chegava minha doula querida Cariny, com todo seu aparato! Achei engraçado pois achava que ainda era muito cedo para luzes, massagens, escalda pés... mas aproveitei o momento. Às 18:15 hs chega minha irmã Tatiana, rimos e relembramos os seus partos, enquanto minha madrinha preparava meu chá (<a href="https://www.facebook.com/nvinaver/">chá da Naoli</a>) e meu escalda pés. Às 18:30hs percebo que as contrações intensificaram, parei de conversar, começou a perder a graça. Às 19:00h as contrações ficaram realmente intensas, e logo chega meu marido, curtimos um tempo a sós, mas as contrações ficam tão fortes e doloridas a ponto de me fazer vomitar. <br />
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Tomei um caldo em meio às contrações que minha madrinha preparou com todo amor, me arrumei para ir ao hospital para ser reavaliada, mas as contrações quase não tinham mais intervalos. Durante o trajeto ao hospital pensava que se não estivesse em trabalho de parto, eu não aguentaria.<br />
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Paramos 3 vezes no trajeto, porque a dor era muito intensa. Chegando ao hospital mal conseguia deitar para auscultar os batimentos cardíacos fetais, e então o médico resolve fazer um novo toque, e para a surpresa de todos 4 cm de dilatação! Renovava então minhas forças. Fui encaminhada a outro hospital, pois não havia vaga no hospital que eu havia planejado. <br />
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Demos entrada as 21 horas na maternidade, logo na entrada, eu vomito novamente. As contrações não davam trégua. Às 21:30hs vou para o chuveiro com o meu esposo, fiquei por alguns minutos de cócoras e revezava entre sentar e ficar em pé com a água quente caindo sobre minha barriga. Enquanto Cariny e meus tios traziam de casa tudo que planejamos, bola, som, chá, luminária, travesseiros... As contrações eram todas no baixo ventre. Após 30 minutos de chuveiro só queria deitar, queria achar uma posição que doesse menos...<br />
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De repente comecei a sentir muita pressão no períneo, coincidindo com o momento da chegada do médico. Estávamos no apartamento, e por protocolo do hospital não poderíamos fazer o parto ali. Trouxeram uma cadeira para me levar ao centro cirúrgico, implorei para não ir, ela estava coroando, e eu não aguentava sair daquela posição!</div>
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As 22:14 senti o círculo de fogo, comuniquei ao médico que senti que ela havia coroado, ele confirmou com um exame de toque e ficou impressionado com a rapidez de tudo! Pude ouvir e sentir a comoção de todos presente, misto de euforia e felicidade. Ouço as palavras de incentivo da Cariny e da minha irmã que, juntas, seguravam a minha perna, pois achei mais confortável ficar deitada, e da minha outra irmã Letícia, que registrou o nosso momento... e, em especial, meu marido, que segurou a minha mão em cada fase, ria e chorava, me deu apoio e foi meu guia, senti que nunca estivemos em total conexão como neste momento, adivinhava meus pensamentos e respirava amor, jamais esquecerei da nossa sintonia... a bolsa rompeu durante o período expulsivo, eu gritei neste momento, um grito da alma, das entranhas, da profundeza dos meus sentimentos mais ocultos... foram mais 4 contrações, e em 15 minutos ela nasceu!<br />
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Neste momento meu mundo parou, a emoção mais visceral que senti na vida, lembro de sua pele quentinha escorregar em meus braços, o seu chorinho soar como música aos meus ouvidos, o coração explodir de amor e felicidade, meu corpo estremecer, e eu pensar a todo momento como eu nasci para ser mãe, e ser mãe da Manuela! Ela estava pronta, a nossa espera para vir a este mundo, no melhor momento, e em seu momento! O amor mais genuíno que alguém pode sentir. <br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMdghGF2eet_VAj2d8PYaglARfbpJHSqcQlh23XkG5ZCa1iCkoe9ZZYfyt8ouwDz49DmhUsaGqEu_qnp9lwFeQgkzZb_H_J4ANxx5fVAxVRZdkfwl6IcOhosCSM9ZaPCevym-fp1jdwc6n/s1600/Sem+t%25C3%25ADtulo.png"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMdghGF2eet_VAj2d8PYaglARfbpJHSqcQlh23XkG5ZCa1iCkoe9ZZYfyt8ouwDz49DmhUsaGqEu_qnp9lwFeQgkzZb_H_J4ANxx5fVAxVRZdkfwl6IcOhosCSM9ZaPCevym-fp1jdwc6n/s320/Sem+t%25C3%25ADtulo.png" /></a><br />
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Obrigada, minha filha, por me permitir essa experiência divina... através de você eu tive a oportunidade de renascer!<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl9N-CF8XMSS9gZ1LOz5meDhWTJ51G0-4Ss2tQx7uGKBZ1CpXssCaTwlbtG5aeiebrTn-7dOs6nXiLO4qrMZS4yxTdCBLZiX0bFpFVaowQyJr6WsqLc3Sw6XwRGUcxbyWBXOL1VQsCCu1g/s1600/IMG-20180516-WA0009.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl9N-CF8XMSS9gZ1LOz5meDhWTJ51G0-4Ss2tQx7uGKBZ1CpXssCaTwlbtG5aeiebrTn-7dOs6nXiLO4qrMZS4yxTdCBLZiX0bFpFVaowQyJr6WsqLc3Sw6XwRGUcxbyWBXOL1VQsCCu1g/s320/IMG-20180516-WA0009.jpg" /></a><br />
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Não poderia deixar de agradecer a minha incrível rede de apoio, como sou privilegiada por isso! A começar pelo meu marido que engravidou junto, sempre cuidadoso, disposto a me cuidar, e ser o melhor pai e marido para mim e Manuela. A minha doula, amiga e irmã de alma Cariny que sempre me guiou e dividiu suas experiências da maternidade há 11 anos, sonhando e planejando comigo cada detalhe deste dia. A minha família que esteve presente em cada momento, vibrando com cada novidade, sonhando junto, me apoiando em cada decisão e com muito amor e dedicação transformando-se em tio, tias, primo, prima, avô, avó, padrinho e madrinha. As minhas amigas, por cuidarem de mim, por cada gesto de carinho e preocupação, por compartilharem suas vidas e suas experiências. <br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8se9umzAjFf_3NnTQFNGQcLT22mUIrf5Px1WSdnClADwmceeO1wSnfLVD9ZCXe8jxpAJPmdVNC2_DrFLU3jfcixDMNMuFIrrqNG6p9vnxlngCU_eXna6wBAxCpqzj0Uh3kNAwRAfEGgRV/s1600/IMG-20180516-WA0152.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8se9umzAjFf_3NnTQFNGQcLT22mUIrf5Px1WSdnClADwmceeO1wSnfLVD9ZCXe8jxpAJPmdVNC2_DrFLU3jfcixDMNMuFIrrqNG6p9vnxlngCU_eXna6wBAxCpqzj0Uh3kNAwRAfEGgRV/s320/IMG-20180516-WA0152.jpg" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAuQ9ygnTk8N_31mKxp9uDOKgEydBMY9zMXrJcJjiPf6x1nYA_KShUEUcAPwwfuMKEC1ciFmWdAON3DECvWsOFShq356GO3s1V3h0Pwi2AA6pizlfT3_kXaomfhb5y9nf00iv4Uv8bxvqs/s1600/IMG-20180516-WA0187.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="763" data-original-width="576" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAuQ9ygnTk8N_31mKxp9uDOKgEydBMY9zMXrJcJjiPf6x1nYA_KShUEUcAPwwfuMKEC1ciFmWdAON3DECvWsOFShq356GO3s1V3h0Pwi2AA6pizlfT3_kXaomfhb5y9nf00iv4Uv8bxvqs/s320/IMG-20180516-WA0187.jpg" width="241" /></a></div>
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Ainda com nó na garganta por não poder dar esse presente aos meus pais, sei que eles estariam em êxtase junto com a gente, vibrando, chorando e amando ser avós, mas sei que em algum plano espiritual olham por nós, vocês serão sempre minha maior inspiração. Serei eternamente grata a vocês.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd_sBtYfJa38IKV7jtlZ5IPbSaHy_9W9k9j2s_83pY6-KhTh1CRXZuI_photunzPA45jyvdDf9gDzJRXyRxxmAO-L8YmdVN1vt4GUwFTFpqAsZyAcgf1th26GsryQUVTVax8hMnV-ik3qM/s1600/IMG-20180516-WA0066.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd_sBtYfJa38IKV7jtlZ5IPbSaHy_9W9k9j2s_83pY6-KhTh1CRXZuI_photunzPA45jyvdDf9gDzJRXyRxxmAO-L8YmdVN1vt4GUwFTFpqAsZyAcgf1th26GsryQUVTVax8hMnV-ik3qM/s320/IMG-20180516-WA0066.jpg" /></a><br />
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Mayara tem 29 anos, mora em Cacoal, onde trabalha como fisioterapeuta.<br />
Proprietária do <a href="https://www.facebook.com/Neopilates-Mayara-Tassi-1472337183011473/">Estúdio de NeoPilates Mayara Tassi.</a> Casada com Fabrício Klipel.<br />
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Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-77111004500770966692018-05-13T05:01:00.000-07:002018-05-13T05:04:56.113-07:00Relato de parto da Bianca: parto normal hospitalar com doula em Cacoal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiobs3gnHwkTFqc-MwSr0m0FrY2kP8PV33nnAwVElQzQifXXtghg53kevozJJjzeCHRmipYIecRgfptVpJcvBke422-fmQK5fxS6umbNmp2JF8HdPbkGrVeOOL_p5nCjxinnbwa9-V6xsyE/s1600/parto+bianca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiobs3gnHwkTFqc-MwSr0m0FrY2kP8PV33nnAwVElQzQifXXtghg53kevozJJjzeCHRmipYIecRgfptVpJcvBke422-fmQK5fxS6umbNmp2JF8HdPbkGrVeOOL_p5nCjxinnbwa9-V6xsyE/s400/parto+bianca.jpg" width="300" /></a></div>
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ESPECIAL DE DIA DAS MÃES</div>
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Quando estamos grávidas, <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2011/08/preparando-o-verdadeiro-enxoval-nove.html">procuramos nos preparar de várias formas</a>! Mas quem mergulha no universo do parto normal e sabe que, por mais preparação que faça, abrirá mão de todo controle, a gestação, o parto e o início de maternidade serão sempre uma surpresa! Uma louca e maravilhosa surpresa... uma exaustiva e feliz surpresa...</div>
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Contradição é o que vive nós, mães, quando nos aventuramos nesta delícia de perpetuar a humanidade.</div>
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Quando achamos que está tudo acertadinho e sob controle, a vida vem e mostra que quando o assunto é 'ser mãe' temos que abrir mão de expectativas, de planejamentos em excesso, da ansiedade desmedida, do apego... e haja desapego!</div>
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Portanto, em se tratando de maternidade:</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR2zpo7gVIItfOPIOgp60-cRkK5SAjpiDcVQZD0lP4XZmWs_XCFUpUdb2IbxmRwS5z1o4fcoOfDme5nLMkeXtcXWVTLbbH5gXSfUKd7v9zK5psj3d4AjDbqq65XwUiPOGCDjWtQ4-obFtP/s1600/anda+sob+controel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR2zpo7gVIItfOPIOgp60-cRkK5SAjpiDcVQZD0lP4XZmWs_XCFUpUdb2IbxmRwS5z1o4fcoOfDme5nLMkeXtcXWVTLbbH5gXSfUKd7v9zK5psj3d4AjDbqq65XwUiPOGCDjWtQ4-obFtP/s1600/anda+sob+controel.jpg" /></a></div>
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e se divirta</div>
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Feliz feliz dia das mães e que possamos ganhar aquelas 'coisas' que dinheiro nenhum compra: rede de apoio em casa e no trabalho, incentivo à amamentação, profissionais engajados com o aleitamento materno, valorização da maternidade real, vínculos profundos com quem amamos, respeito às nossas escolhas, informações de qualidade... </div>
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Para coroar o tema 'surpresas', trago o relato da Bianca... e a surpresa eu deixo para vocês descobrirem lendo a história dela!</div>
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Relato de parto da Biana, nascimento do Davi:</div>
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A espera de um serzinho que a gente não conhece, é um tanto desafiador. Ficamos nove meses esperando ansiosamente para entender o que se passa dentro de nós, como tudo funciona e se está tudo bem. E, somente na hora do nascimento descobrimos que,<b><u> quando nasce um bebê, nasce uma mãe e uma família</u></b>. Davi veio da maneira que ele quis, e no momento escolhido por ele, mostrando que cada parto e cada gestação são únicos.<br />
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Dia 19/05/2017 descobrimos que estávamos grávidos (eu e meu noivo). A gestação foi o mais lindo e perfeito presente surpresa que já ganhamos. A partir de então, começamos o famoso pré-natal (exames sanguíneos mensais, vacinas), cuidados com alimentação, corpo, e a mente. Literalmente uma maratona.<br />
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A gravidez foi bem tranquila. Fizemos muito pilates, hidroginástica, academia, dança e acompanhamento com a querida doula <a href="https://www.facebook.com/fabiola.doula">Fabíola Dias</a>. Estávamos sendo acompanhados por um médico muito experiente, e ele anotou nos laudos de ultrassom que a DPP seria dia 19/01/2018. Provavelmente seria uma cesariana, pois meu bebê permaneceu a gravidez inteira<a href="https://www.maternidadeativa.com.br/artigo7.html"> pélvico (sentado)</a>. Aceitar a cesariana foi um processo muuuuuuito frustrante e difícil. Acredito que em meu coração eu não havia aceitado, pois me preparei demais para o parto normal. Eu gostaria de viver aquilo. De um dia dizer “EU PARI”, “EU CONSEGUI”. Porém, as esperanças eram mínimas do neném virar. Mas, Deus antecipou esta data e fomos totalmente surpreendidos (em todos os sentidos).<br />
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Algumas mães relatam que sentem dores, contrações e “pontadas” na semana ou dias antes do parto, porém, EU não senti absolutamente NADA antes. Somente no dia. Era sábado, dia 06/01/2018, às 16h fui ao salão fazer as unhas (jamais imaginando que aquele seria o grande dia) e comecei a sentir cólicas suuuuuper leves (já havia sentido nos meses anteriores, então ignorei). Saindo do salão eu e meu noivo fomos fazer uma caminhada (como de rotina aos sábados), então eu senti que as cólicas estavam começando a incomodar e preferimos ir para casa. As 19h as cólicas estavam sendo mais frequentes e intensas, foi ai que procurei minha doula e ela pediu para marcar os intervalos entre as dores, sendo estes a cada 2 ou 3min. Mas, não estávamos crendo que este seria o dia do nascimento, então ela me pediu pra tomar um banho morno, e de nada adiantou. As “cólicas” já eram pródomos e nós nem imaginávamos. Após o banho, deitei na cama e em alguns segundos levantei novamente para fazer xixi, ao pisar no chão a bolsa rompeu. Imagina o susto!!! Era aquela “água clara” com muuuuito sangue vivo e muuuuita contração. Meu noivo ligou imediatamente para a doula Fabiola e ela disse “trabalho de parto ativo, corre para o hospital”. Assim fizemos. Eu moro no 4º andar de um prédio que NÃO tem elevador, e descer as escadas com FORTES contrações não foi nada fácil.<br />
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O caminho até o hospital parecia o mais longo possível. Ao chegar lá (20h), as enfermeiras me receberam e logo me deitaram na cama (enquanto aguardávamos a chegada do médico), deitada eu senti náuseas e a Fabíola me levantou. Instintivamente eu estava de cócoras e a cada minuto as contrações eram mais fortes. Eu gritava por uma anestesia logo, pois iria ser cesariana (já que meu bebê estava sentado e todos diziam ser impossível essa forma de nascimento normal). Graças a Deus, o médico não demorou, e em torno de 30min já estava no hospital. Eu lembro que ele me perguntou “como você está?” e eu disse “com muita vontade de fazer cocô, fazer força”, no mesmo momento corremos para a sala ao lado onde ele fez o toque (sinceramente não sei como eu andei até outra sala, tenho apenas leves lembranças, rs). </div>
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Ao me examinar ele disse para as enfermeiras “corre que está nascendo”. A partir de então eu não conseguia mais controlar a vontade de fazer força, e quando percebi, já estava na sala de cirurgia (não deu tempo nem de trocar de roupa), imaginando que iria fazer cesariana. Mas minha doula olhou pra mim e cheia de felicidade disse “você vai ter seu neném da forma que sempre quis”, do outro lado estava meu noivo segurando na minha mão e disse “nós conseguimos amor, vai dar certo, vc vai ter normal”. Nesse momento minha ficha caiu que eu milagrosamente conseguiria PARIR de forma NATURAL o meu anjinho que estava chegando. Foi aquela correria louca, o pediatra já recebendo meu Davi (ele dizia pro médico “corre que tá nascendo”), enquanto o médico ainda terminava de se paramentar, rs. Mesmo todos desacreditando, Deus foi generoso comigo. E eu só ouvia “força, força, tá quase”. E às 21:30h, eu já estava com meu anjinho em meus braços e mamando. Foi o momento mais emocionante da minha vida. Ele veio cheio de saúde, um meninão de 49cm e 3,050kg.<br />
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Minha mensagem para todas as mamães, é a seguinte: acredite no impossível, acredite em Deus, acredite em você. Tudo é possível quando você se prepara e quer MUITO algo. <a href="https://revistacrescer.globo.com/Curiosidades/noticia/2017/09/fotos-de-parto-pelvico-impressionam-internautas.html">Parto pélvico é possível SIM. Com muito cuidado e equipe médica preparada.</a><br />
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Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-78832478117396495812018-04-06T15:05:00.003-07:002018-04-06T15:05:39.117-07:00Relato de Parto da Mariana: Parto normal hospitalar com doula em Cacoal <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigoMOEi8xO3lqVWOlzuN0WqCl4zxI-S7SRpqYaLTZ93-R_f-T_szTmXn2foKSzLaWE-nxlSqMOlcDICG_zAYR9ewhaly1q3OuLR29WDF5sgQhpMaZhyMFd-amigtwRxzTJYmxAhIqRqynE/s1600/IMG-20180222-WA0023.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigoMOEi8xO3lqVWOlzuN0WqCl4zxI-S7SRpqYaLTZ93-R_f-T_szTmXn2foKSzLaWE-nxlSqMOlcDICG_zAYR9ewhaly1q3OuLR29WDF5sgQhpMaZhyMFd-amigtwRxzTJYmxAhIqRqynE/s400/IMG-20180222-WA0023.jpg" /></a><div>
Arquivo pessoal<br /><br />A Mariana já nos brindou com um relato lindo contando o nascimento da primeira filha, Alice, <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2014/12/relato-de-parto-da-mariana-parto.html">aqui</a> e nos emocionando com uma carta à filha sobre os desafios de amentar com <a href="https://amamentacao.wordpress.com/">relactação</a>, <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2015/01/maternidade-ativa-amamentacao-carta.html">aqui</a>. <br /><br />Em 2014, ela precisou viajar até Brasília para conseguir o tão sonhado parto. Agora, a história foi bem diferente, e vamos com ela, saber como foi! <br /><br /><br /><br />Relato de Parto da Mariana, nascimento do Mateus:<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzd79NcE1sPWFhDsg4hSgf19YO0kTtkP9gU04RCjVBCyTWjC3wL00ansPHUXxB6v3-hHAF95d6eV-wyrAn8Y9lB4pVC4LskIYOe2oQ1MZZfCfRIXqEEBMq-cy-3l4Ske6y4Vd7i-I2wqhv/s1600/IMG-20180222-WA0021.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzd79NcE1sPWFhDsg4hSgf19YO0kTtkP9gU04RCjVBCyTWjC3wL00ansPHUXxB6v3-hHAF95d6eV-wyrAn8Y9lB4pVC4LskIYOe2oQ1MZZfCfRIXqEEBMq-cy-3l4Ske6y4Vd7i-I2wqhv/s320/IMG-20180222-WA0021.jpg" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDnpdAZL7K_c8QTvxWO67aWDR3vGgxJZkYTyYKgUFb74ui3ryXIpD8S_CnTbZhI9jQMuRG0gFKYXpQvyC9nLvYUgv2DvfsK4iL5s_cctVB_rue_9Yg9HOud22YRqcUI17ozIGquBSAO5in/s1600/IMG-20180222-WA0025.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDnpdAZL7K_c8QTvxWO67aWDR3vGgxJZkYTyYKgUFb74ui3ryXIpD8S_CnTbZhI9jQMuRG0gFKYXpQvyC9nLvYUgv2DvfsK4iL5s_cctVB_rue_9Yg9HOud22YRqcUI17ozIGquBSAO5in/s320/IMG-20180222-WA0025.jpg" /></a><br /><br />O Mateus já veio pra mostrar que cada gravidez e parto é totalmente único... a começar pela gravidez prolongada, enquanto minha primogênita não chegou a 40 semanas, ele nasceu com 41+3 dias... e já vou falando que esperar depois que passa das 40 semanas é muito difícil, não só pra mim, mas pra toda família... ainda bem que meu marido e minha mãe me apoiaram nessa espera, mas a vovó no final começou a ficar preocupada - fez até promessa.<br /><br />Eu estava acompanhando com um médico aqui em <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Cacoal">Cacoal</a>, mas com antecedência ele me avisou que viajaria 2 de outubro e minha DPP era 4 de outubro. Fiquei perdida e resolvi acompanhar com uma médica de Ji-paraná. Bom, antes de completar 41 semanas a médica fez um procedimento chamado descolamento de membrana para induzir o trabalho de parto naturalmente ... cheguei à conclusão que não foi uma boa ideia para mim, pois passei a sentir pontadas no útero, tive pródomos, câimbras, comecei a perder tampão, tudo ficou desconfortavel e confuso depois disso, o que gerou mais ansiedade. Passei uns dias agradáveis em família em Ji-Paraná à espera de Mateus e como não nasceu e o médico voltou de viagem, voltei pra Cacoal.<br /><br />Na sexta feira, um dia antes do Mateus nascer, eu me senti muito desanimada com a gestação prolongada... tive enxaqueca a noite, me dei conta de algumas situações emocionais que podiam estar atrapalhando meu trabalho de parto de engrenar, foi uma noite muito difícil, onde eu já não sabia se conseguiria trazer meu filho ao mundo como sonhei ... no sábado eu tinha um ultra-som agendado, e sábado, 14 de outubro, foi o dia que meu marido fez questão de me acompanhar, apoiar, mostrar que estava realmente entregue a esse momento ... fizemos e estava tudo bem no ultra-som, saí de lá leve, mais animada, liguei para o meu médico e ele disse que então podíamos esperar mais tempo tranquilamente ... <br /><br />Em casa dei as boas notícias para todos e fomos almoçar... e lá começou a fase latente do meu parto, comecei a ter contrações suportáveis, e foi assim o dia todo, estava com medo de criar expectativas, mas achava que estava próximo. Por orientação de uma amiga, tomei um chá que é uma mistura de canela, Pimenta do reino, gengibre, chocolate em pó...para ajudar no trabalho de parto.<br /><br />Falei com <a href="https://www.facebook.com/fabioladias.doula/">Fabiola, minha doula</a>, ela me orientou a tomar um banho bem quente pois se fosse mesmo trabalho de parto iria engrenar... enrolei o dia todo e umas 19h fui para o banho quente. Daí pra frente as contrações começaram a tomar ritmo, ficaram intensas, por volta de 21:30h resolvi chamá-la para ir lá em casa.<br /><br />A doula chegou, me sugeriu dar uma volta no quarteirão, agachar, água quente, mas nessa altura eu não queria nada disso... a dor estava muito intensa, fomos para o meu quarto e com luz baixa, ela fazia massagens a cada contração... minha casa estava cheia, meus irmãos, os avós, todos esperando Mateus, mas todos respeitaram meu momento e tive privacidade. Minha mãe foi lá no quarto e perguntou se já tínhamos falado com o médico, foi quando decidi ligar e a doula falou com ele. Ele já pediu para nós irmos para o hospital,...graças a Deus no caminho não tive contração, mas assim que chegamos na porta do hospital veio uma forte, fomos então para a sala do médico, para fazer o toque, e mais contração, foi um sufoco deitar na maca para o toque ... e para a minha surpresa: 8cm de dilatação!!! Eu sabia que estava em TP mas não imaginava que estava tão avançado pois as contrações apesar de MUITO dolorosas, não chegavam a durar 1 minuto.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS_NU93kp7fpqZe47LbCuNV9vavbeS0tor3oKm4AkNRDNjEM_EWy7jnG609saZslp9qhvk4Nv9-A_Iw8YiyVVrl-nQ3TllMXdt486Cut95NSMwI_kpTpAKAHyQQF_XpYwso7SeNZvcIGv8/s1600/IMG-20180222-WA0024.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS_NU93kp7fpqZe47LbCuNV9vavbeS0tor3oKm4AkNRDNjEM_EWy7jnG609saZslp9qhvk4Nv9-A_Iw8YiyVVrl-nQ3TllMXdt486Cut95NSMwI_kpTpAKAHyQQF_XpYwso7SeNZvcIGv8/s400/IMG-20180222-WA0024.jpg" /></a><div>
Arquivo pessoal<br /><br />Fomos para o quarto, eu, minha mãe, meu marido, a doula e o médico. Lá fui para o chuveiro quente, o que parece ter acelerado ainda mais o trabalho de parto. Fiquei apoiada na bola de pilates, com a água quente caindo nas minhas costas, enquanto minha mãe segurava a bola para dar estabilidade, a doula massageava minhas costas, disse a ela qual jeito me aliviava mais, ela me disse palavras de incentivo, pois estava sendo muito intenso e rápido, o que acredito ter tornado MUITO doloridas as contrações. <br /><br /><div>
A pediatra chegou, e como já havia pedido pra doula, ela conversou com ela sobre não pingar o nitrato de prata, esperar o cordão pulsar, amamentar na primeira meia hora. E ela voltou me tranquilizando que estava tudo certo com a pediatra, que ela tinha aceitado. <br /><br />O médico veio na porta do banheiro e perguntou como estava e disse que na hora que eu começasse a ter vontade de fazer força, sair do chuveiro. Logo eu comecei a sentir e quis sair, me embrulharam numa toalha,desligaram o ar, o médico fez um toque (mega incomodo) e já estava com 10 cm!<br /><br />Ele me perguntou se queria ir para o centro cirúrgico ou ficar no quarto, optei ficar lá mesmo no quarto, e adorei a opção. Fiquei na cama apoiada na bola de pilates, tipo 4 apoios, mas a perna cansou e o médico tinha falado que se eu deitasse faria manobras pra proteção do períneo durante o expulsivo, mesmo com todas as informações sobre essa posição não ser favorável para ganhar bebe, achei confortável na hora e fiquei deitada, primeiro de lado com a perna apoiada e depois virei e fiquei deitada mesmo. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihAZPNa_8_x3QPnBiraUlTbt5PGZ-JX9jibUrQzDhULpBv2xv3vudnBTdPmaRRZFRkpbbUP7PL5X0eA-Vl7-cAPD9_wFjmc7qepWz7b4kxi-YHGWqufF-9yN1kxp2fsCqGgBQ-NUWIUCJu/s1600/IMG-20180222-WA0029.jpg"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihAZPNa_8_x3QPnBiraUlTbt5PGZ-JX9jibUrQzDhULpBv2xv3vudnBTdPmaRRZFRkpbbUP7PL5X0eA-Vl7-cAPD9_wFjmc7qepWz7b4kxi-YHGWqufF-9yN1kxp2fsCqGgBQ-NUWIUCJu/s400/IMG-20180222-WA0029.jpg" width="400" /></a></div>
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Arquivo pessoal<br /><br />A doula começou a colocar travesseiros nas minhas costas pra ficar mais vertical, usei uma bolsa de água quente no pé da barriga pra aliviar as dores das contrações e meu marido foi parceirão e segurou minha mão e me abanou com um leque, pois eu sentia frio e calor. Achei demorado o expulsivo, e não me toquei na hora que pode ter sido exatamente a posição, pois não tinha a gravidade ajudando. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYdbNcJlqX80BIW7L_8PumJ11Lx6W7OndpckAGx-ToEMenBXfjm_7wij6sdQ1NKNq1WT1prUokqrOrjJF83Q1VjerPAfQMbjNzlCk6yKTTR0keJbQTTAsFAOHhIR9MKYDDnLqeyR9phH-l/s1600/IMG-20180222-WA0020.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYdbNcJlqX80BIW7L_8PumJ11Lx6W7OndpckAGx-ToEMenBXfjm_7wij6sdQ1NKNq1WT1prUokqrOrjJF83Q1VjerPAfQMbjNzlCk6yKTTR0keJbQTTAsFAOHhIR9MKYDDnLqeyR9phH-l/s400/IMG-20180222-WA0020.jpg" /></a></div>
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Arquivo pessoal<br /><br />Depois de muita força, muita dor, quando meu bebe coroou, o médico ainda segurou a cabecinha para não sair de uma vez e preservar o períneo, mas eu pedi: “por favor, alguém me ajude!”. Aquilo não acabava nunca. Minha mãe disse: “coitadinha Dr”... depois que coroou, tinha uma circular de cordão, que tranquilamente o médico tirou e...<br /><br />De mãos dadas com meu marido, com o carinho da minha mãe, apoio da minha doula, meu caçulinha chegou ao mundo e veio para os meus braços. Alguns segundos de tensão até soltar seu primeiro chorinho, meu presente divino veio me transformando mais uma vez, renasci como mãe do Mateus, mãe de dois, mãe de menino, mãe de segunda viagem. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvwNLYnQSPMJpV3GW1h5_XBGycgUlxCy9O2TOqhTNYIT8-P8u8rI8DDh3oTp_K-TaM-qfjgUmOenrQlpU323r7IXukwMF1HlaaPmNvORg6twaeFCf-5zSfXCeN70qZAZqz44r2N3nhi1Ik/s1600/IMG-20180222-WA0022.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvwNLYnQSPMJpV3GW1h5_XBGycgUlxCy9O2TOqhTNYIT8-P8u8rI8DDh3oTp_K-TaM-qfjgUmOenrQlpU323r7IXukwMF1HlaaPmNvORg6twaeFCf-5zSfXCeN70qZAZqz44r2N3nhi1Ik/s400/IMG-20180222-WA0022.jpg" /></a></div>
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Arquivo pessoal<br /><br />Peguei meu pacotinho, disse “é a mamãe, filho”, ele me olhou nos olhos, nos conhecemos e reconhecemos ...o papai cortou o cordão: “agora é com você, filho”, amamentei na primeira meia hora, meu bezerro já sabia mamar, pega correta. Demorou ainda até que a placenta nascesse e eu levasse alguns pontos superficiais, enquanto o papai e a vovó o acompanhavam na pediatria, um meninão de 50cm e 3425kg, 14/10/2017, às 23:05h.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5Zr1a48NaYKXi2QCwpFV61IwSx9ENZU3Q9oiHGItvD1yF5209rsjZ2sXok_3oiX_hfQp_n3vTBS_iDzxhzjDYN4zMb0MhyphenhyphenxPd5uK32q5U5JZwb_Z9Jc7TAOcax0qKxatXVFFXE6pfTBTL/s1600/IMG-20180222-WA0018.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5Zr1a48NaYKXi2QCwpFV61IwSx9ENZU3Q9oiHGItvD1yF5209rsjZ2sXok_3oiX_hfQp_n3vTBS_iDzxhzjDYN4zMb0MhyphenhyphenxPd5uK32q5U5JZwb_Z9Jc7TAOcax0qKxatXVFFXE6pfTBTL/s320/IMG-20180222-WA0018.jpg" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi90HBoBc08vt-ptZT6gTALp7zuCCS1k-G7ITozIyJllounTHodDElgvPnwhaq3gC-Qt0PSY-yCSn7C832eGPtEoALRk4FGiklzvrGmesNEGQQ7YEL4vIEeWT2p9PKjtCrqH5O_Q-IuAJbW/s1600/IMG-20180222-WA0028.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi90HBoBc08vt-ptZT6gTALp7zuCCS1k-G7ITozIyJllounTHodDElgvPnwhaq3gC-Qt0PSY-yCSn7C832eGPtEoALRk4FGiklzvrGmesNEGQQ7YEL4vIEeWT2p9PKjtCrqH5O_Q-IuAJbW/s320/IMG-20180222-WA0028.jpg" /></a></div>
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Arquivo pessoal<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPS9jAM9GKJDoDBEyjQ-B00hX9OLtwZ6ux5UiL_2xHymM4UjZo1zdvFG0lhbuA9v7WH_8bsewjI1Z5vX-mbhP7I8GRHxiSyhCQKUg89zUtG-GbZ7pIb3u1JCnA0xXckGSaMNbE24kmIP3y/s1600/IMG-20180222-WA0019.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPS9jAM9GKJDoDBEyjQ-B00hX9OLtwZ6ux5UiL_2xHymM4UjZo1zdvFG0lhbuA9v7WH_8bsewjI1Z5vX-mbhP7I8GRHxiSyhCQKUg89zUtG-GbZ7pIb3u1JCnA0xXckGSaMNbE24kmIP3y/s400/IMG-20180222-WA0019.jpg" /></a><br />Arquivo pessoal</div>
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<br />E eu sou só gratidão, minha família está mais completa, tudo correu perfeitamente como planejado, ele encheu minha vida de amor, fé, leveza. Obrigada <br /><br />Deus, minha mãe Maria, minha mãe Laurinha maravilhosa e companheira de todos os momentos, meu marido que ficou ao meu lado de mãos dadas(como devemos seguir sempre), Fabíola pelo incentivo e conforto. Obrigada a minha família e a do marido que estava em peso à espera de Mateus. A todos os amigos que fizeram oração, vibraram e torceram por nós!!! Gratidão também aos médicos que me assistiram, por me respeitarem em minhas escolhas, pelo profissionalismo e competência!<br /><br />Minha familia, projeto de Deus!<br /><br />Obs.: como relatado antes, minha filha Alice nasceu em Brasília e toda minha experiência de empoderamento, meu e da família e busca por conhecimento, foi maior na sua gravidez. Como já estava mais segura e tranquila dessa vez, pois eu já tinha dado à luz uma vez, escolhi ficar na minha cidade e casa pra ganhar o Mateus. E como estamos no blog parto em Rondônia, posso afirmar seguramente para as gestantes empoderadas que buscam um parto natural, que minha experiência de nascimento do Mateus não deixou nada a desejar quando comparada a da Alice. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZoAS8N5v77COK6IIi8CQYEcgxmtTvSKh8I-kYo_a9AlXYGu9zbRU6T0owQco00jBPGME31j4ef838NruNg4H1lQPKpr2EDjVMwlzxl35LBX5ZkVdfQCnigxVk6205Ev1srAbNiWIpM1zH/s1600/IMG-20180222-WA0026.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZoAS8N5v77COK6IIi8CQYEcgxmtTvSKh8I-kYo_a9AlXYGu9zbRU6T0owQco00jBPGME31j4ef838NruNg4H1lQPKpr2EDjVMwlzxl35LBX5ZkVdfQCnigxVk6205Ev1srAbNiWIpM1zH/s320/IMG-20180222-WA0026.jpg" /></a></div>
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Arquivo pessoal<br /><br />Já estamos contando com médicos super adeptos ao parto humanizado, tive um excelente pré natal tanto com a médica em Ji-Paraná quanto com o médico em Cacoal, e um parto incrível e super respeitoso aqui. Dessa vez a pediatra não pingou o nitrato, o que era um grande desejo meu e o médico me ofereceu parir ali no quarto, o que também me deixou muito feliz e satisfeita de não ter que deslocar para o centro cirúrgico com tanta dor e por considerar um ambiente mais aconchegante do que o centro cirúrgico. <br /><br />Muito animada por ver a sementinha que nossa amiga Cariny, através da iniciativa desse blog e muitas outras iniciativas como a roda de gestantes absolutamente gratuita e rica em informações, e outras ações em prol da humanização do nascimento, dando frutos e hoje contamos com doulas super capacitadas no estado de Rondônia, como a Fabiola aqui em cacoal, médicos como esses que já citei aqui, que estão cada vez mais abertos, enfim! Orgulhosa por não precisar me descolar para ter mais uma vez essa vivência tão transformadora e especial!<br /><br />----------------------<br /><br /><br /><br />Obrigada, Mariana, você é INSPIRAÇÃO...<br /></div>
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Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-50001849554201358332018-02-22T07:38:00.001-08:002018-02-22T07:38:25.519-08:00Um ano de Novas Diretrizes Nacionais de Atenção ao Parto Normal: Como está em sua cidade?<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy3Pe1ymdjTvNEfoNUx16n2v1Lo2oyQJBnK7hFSDdISF7BLcvijmsinZxAfvyO-2FvI4l0SrtA3WRRdTJsXrEW0qtBA31NN_vSGdNTjrNOK6Suhsbi3W-inrRyT53ofyOFV0HdOvjtR0mx/s1600/download.jpg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy3Pe1ymdjTvNEfoNUx16n2v1Lo2oyQJBnK7hFSDdISF7BLcvijmsinZxAfvyO-2FvI4l0SrtA3WRRdTJsXrEW0qtBA31NN_vSGdNTjrNOK6Suhsbi3W-inrRyT53ofyOFV0HdOvjtR0mx/s400/download.jpg" width="283" /></a><br /><br />Fez um ano que o Ministério da Saúde expediu a PORTARIA Nº 353, aprovando as Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal! Segue aqui o sumário de recomendações. A íntegra oficial do documento pode ser conferida <a href="http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf">aqui</a> . Estas novas diretrizes são bem especiais porque ela faz referência à 'doula' pela primeira vez! (tá em negrito).<br /><br />E, ainda este mês, A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu novas diretrizes para estabelecer padrões de atendimento globais para mulheres grávidas saudáveis e reduzir intervenções médicas desnecessárias, nas quais recomenda que as equipas médicas e de enfermagem não interfiram no trabalho de parto de uma mulher de forma a acelerá-lo, a menos que existam riscos reais de complicações, <a href="https://www.sns.gov.pt/noticias/2018/02/20/parto-novas-recomendacoes-da-oms/">aqui</a>.<br /> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Pega o caderninho e vamos conferir como anda o cumprimento destas diretrizes em nossas cidades!<br /><br /><br /><br /><br />6 SUMÁRIO DE RECOMENDAÇÕES <br /><br />A seguir são apresentadas as recomendações de acordo com as seções das Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal. As Diretrizes na íntegra, com todas as tabelas, descrições e discussões das evidências, bem como todas as referências bibliográficas, estão disponíveis em . 6.1 <br /><br />Local de assistência ao parto:<br /><br />1 Informar às gestantes de baixo risco de complicações que o parto normal é geralmente muito seguro tanto para a mulher quanto para a criança. <br /><br />2 Informar às gestantes de baixo risco sobre os riscos e benefícios dos locais de parto (domicílio, Centro de Parto Normal extra, peri ou intra hospitalar, maternidade). Utilizar as tabelas 1, 2, 3 e 4 para tal. Informar também que as evidências são oriundas de outros países, e não necessariamente aplicáveis ao Brasil. <br /><br />3 As mulheres nulíparas ou multíparas que optarem pelo planejamento do parto em Centro de Parto Normal (extra, peri ou intra-hospitalar), se disponível na sua área de abrangência ou próximos dessa, e cientes dos riscos e benefícios desses locais, devem ser apoiadas em sua decisão. <br /><br />4 Informar a todas as gestantes que a assistência ao parto no domicílio não faz parte das políticas atuais de saúde no país. <br /><br />5 Informar às nulíparas de baixo risco de complicações que o planejamento do parto no domicílio não é recomendado tendo em vista o maior risco de complicações para a criança. Informar também que as evidências são oriundas de outros países e não necessariamente aplicáveis ao Brasil. <br /><br />6 Informar às multíparas de baixo risco de complicações que, tendo em vista o contexto brasileiro, o parto domiciliar não está disponível no sistema de saúde, por isso não há como recomendar. No entanto, não se deve desencorajar o planejamento do parto no domicílio, desde que atenda o item 8. <br /><br />7 As mulheres devem receber as seguintes informações sobre o local de parto: - acesso à equipe médica (obstetrícia, anestesiologia e pediatria); - acesso ao cuidado no trabalho de parto e parto por enfermeiras obstétricas ou obstetrizes; - acesso a métodos de alívio da dor, incluindo os não farmacológicos (banheira, chuveiro, massagens, etc.), analgesia regional e outras substâncias analgésicas; - a probabilidade de ser transferida para uma maternidade (se esse não for o local escolhido), as razões porque isso pode acontecer e o tempo necessário para tal. <br /><br />8 Assegurar que todas as mulheres que optarem pelo planejamento do parto fora do hospital tenham acesso em tempo hábil e oportuno a uma maternidade, se houver necessidade de transferência. <br /><br />9 Utilizar as tabelas 5, 6, 7 e 8 como instrumentos de avaliação das mulheres em relação à escolha do local do parto: - as tabelas 5 e 6 apresentam condições clínicas e situações onde existe um risco aumentado para a mãe e a criança durante ou imediatamente após o parto e a assistência em uma maternidade poderia reduzir este risco; - os fatores listados nas tabelas 7 e 8 são razões para aconselhar as mulheres a planejarem o parto em uma maternidade baseada em hospital, mas indica que outras situações sejam levadas em consideração em relação ao local do parto, tendo em vista a proximidade deste local com a maternidade e as preferências da mulher; - discutir os riscos e os cuidados adicionais que podem ser oferecidos em uma maternidade para que as mulheres possam fazer uma escolha informada sobre o local planejado para o parto. Profissional que assiste o parto <br /><br />10 A assistência ao parto e nascimento de baixo risco que se mantenha dentro dos limites da normalidade pode ser realizada tanto por médico obstetra quanto por enfermeira obstétrica e obstetriz. <br /><br />11 É recomendado que os gestores de saúde proporcionem condições para a implementação de modelo de assistência que inclua a enfermeira obstétrica e obstetriz na assistência ao parto de baixo risco por apresentar vantagens em relação à redução de intervenções e maior satisfação das mulheres. <br /><br />6.2 Cuidados gerais durante o trabalho de parto Informações e comunicação <br /><br />12 Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas com respeito, ter acesso às informações baseadas em evidências e serem incluídas na tomada de decisões. Para isso, os profissionais que as atendem deverão estabelecer uma relação de confiança com as mesmas, perguntando-lhes sobre seus desejos e expectativas. Devem estar conscientes da importância de sua atitude, do tom de voz e das próprias palavras usadas, bem como a forma como os cuidados são prestados. <br /><br />13 Para estabelecer comunicação com a mulher os profissionais devem: - cumprimentar a mulher com um sorriso e uma boa acolhida, se apresentar e explicar qual o seu papel nos cuidados e indagar sobre as suas necessidades, incluindo como gostaria de ser chamada; - manter uma abordagem calma e confiante, demonstrando à ela que tudo está indo bem; - bater na porta do quarto ou enfermaria e esperar antes de entrar, respeitando aquele local como espaço pessoal da mulher e orientar outras pessoas a fazerem o mesmo; - perguntar à mulher como ela está se sentindo e se alguma coisa em particular a preocupa; - se a mulher tem um plano de parto escrito, ler e discutir com ela, levando-se em consideração as condições para a sua implementação tais como a organização do local de assistência, limitações (físicas, recursos) relativas à unidade e a disponibiidade de certos métodos e técnicas; - verificar se a mulher tem dificuldades para se comunicar da forma proposta, se possui deficiêcia auditivia, visual ou intelectual; perguntar qual língua brasileira (português ou libras) prefere utilizar ou, ainda, para o caso de mulheres estrangeiras ou indígenas verificar se compreendem português; - avaliar o que a mulher sabe sobre estratégias de alívio da dor e oferecer informações balanceadas para encontrar quais abordagens são mais aceitáveis para ela; - encorajar a mulher a adaptar o ambiente às suas necessidades; - solicitar permissão à mulher antes de qualquer procedimento e observações, focando nela e não na tecnologia ou documentação; - mostrar à mulher e aos seus acompanhantes como ajudar e assegurar-lhe que ela o pode fazer em qualquer momento e quantas vezes quiser. Quando sair do quarto, avisar quando vai retornar; - envolver a mulher na transferência de cuidados para outro profissional, tanto quando solicitar opinião adicional ou no final de um plantão. <br /><br />14 Durante o pré-natal informar as mulheres sobre os seguintes assuntos: - riscos e benefícios das diversas práticas e intervenções durante o trabalho de parto e parto (uso de ocitocina, jejum, episiotomia, analgesia farmacológica, etc.); - a necessidade de escolha de um acompanhante pela mulher para o apoio durante o parto. Este acompanhante deve receber as informações importantes no mesmo momento que a mulher; - estratégias de controle da dor e métodos disponíveis na unidade, descrevendo os riscos e benefícios de cada método (farmacológicos e não farmacológicos); - organização e indicadores assistenciais do local de atenção ao parto, limitações (física, recursos disponíveis) relativos à unidade, bem como disponibilidade de certos métodos e técnicas; - os diferentes estágios do parto e as práticas utilizadas pela equipe para auxiliar as mulheres em escolhas bem informadas. Apoio físico e emocional <br /><br />15 Todas as parturientes devem ter apoio contínuo e individualizado durante o trabalho de parto e parto, de preferência por pessoal que não seja membro da equipe hospitalar. <br /><br />16 O apoio por pessoal de fora da equipe hospitalar não dispensa o apoio oferecido pelo pessoal do hospital. <br /><br /><strong>17 Uma mulher em trabalho de parto não deve ser deixada sozinha, exceto por curtos períodos de tempo ou por sua solicitação.</strong> <br /><br /><strong>18 As mulheres devem ter acompanhantes de sua escolha durante o trabalho de parto e parto, não invalidando o apoio dado por pessoal de fora da rede social da mulher <u><span style="color: #990000;">(ex. doula).</span></u> Dieta durante o trabalho de parto</strong> <br /><br />19 Mulheres em trabalho de parto podem ingerir líquidos, de preferência soluções isotônicas ao invés de somente água. <br /><br />20 Mulheres em trabalho de parto que não estiverem sob efeito de opióides ou não apresentarem fatores de risco iminente para anestesia geral podem ingerir uma dieta leve. <br /><br />21 Os antagonistas H2 e antiácidos não devem ser utilizados de rotina para mulheres de baixo risco para anestesia geral durante o trabalho de parto. <br /><br />22 As mulheres que receberem opióides ou apresentarem fatores de risco que aumentem a chance de uma anestesia geral devem receber antagonistas H2 ou antiácidos. Medidas de assepsia para o parto vaginal <br /><br />23 A água potável pode ser usada para a limpeza vulvar e perineal se houver necessidade, antes do exame vaginal. <br /><br />24 Medidas de higiene, incluindo higiene padrão das mãos e uso de luvas únicas não necessariamente estéreis, são apropriadas para reduzir a contaminação cruzada entre as mulheres, crianças e profissionais. Avaliação do bem-estar fetal <br /><br />25 A avaliação do bem-estar fetal em parturientes de baixo risco deve ser realizada com ausculta intermitente, em todos os locais de parto: Utilizar estetoscópio de Pinard ou sonar Doppler: - realizar a ausculta antes, durante e imediatamente após uma contração, por pelo menos 1 minuto e a cada 30 minutos, registrando como uma taxa única; - registrar acelerações e desacelerações se ouvidas; - Palpar o pulso materno se alguma anormalidade for suspeitada para diferenciar os batimentos fetais e da mãe. <br /><br />6.3 Alívio da dor no trabalho de parto Experiência e satisfação das mulheres em relação à dor no trabalho de parto <br /><br />26 Os profissionais de saúde devem refletir sobre como suas próprias crenças e valores influenciam a sua atitude em lidar com a dor do parto e garantir que os seus cuidados apoiem a escolha da mulher. Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto <br /><br /><strong>27 Sempre que possível deve ser oferecido à mulher a imersão em água para alívio da dor no trabalho de parto.</strong> <br /><br />28 Os gestores nacionais e locais devem proporcionar condições para o redesenho das unidades de assistência ao parto visando a oferta da imersão em água para as mulheres no trabalho de parto. <br /><br />29 Se uma mulher escolher técnicas de massagem durante o trabalho de parto que tenham sido ensinadas aos seus acompanhantes, ela deve ser apoiada em sua escolha. <br /><br />30 Se uma mulher escolher técnicas de relaxamento no trabalho de parto, sua escolha deve ser apoiada. <br /><br />31 A injeção de água estéril não deve ser usada para alívio da dor no parto. <br /><br />32 A estimulação elétrica transcutânea não deve ser utilizada em mulheres em trabalho de parto estabelecido. <br /><br />33 A acupuntura pode ser oferecida às mulheres que desejarem usar essa técnica durante o trabalho de parto, se houver profissional habilitado e disponível para tal. <br /><br />34 Apoiar que sejam tocadas as músicas de escolha da mulher durante o trabalho de parto. <br /><br />35 A hipnose pode ser oferecida às mulheres que desejarem usar essa técnica durante o trabalho de parto, se houver profissional habilitado para tal. <br /><br />36 Por se tratar de intervenções não invasivas e sem descrição de efeitos colaterais, não se deve coibir as mulheres que desejarem usar audio-analgesia e aromaterapia durante o trabalho de parto. <br /><br />37 Os métodos não farmacológicos de alívio da dor devem ser oferecidos à mulher antes da utilização de métodos farmacológicos. Analgesia inalatória <br /><br />38 O óxido nitroso a 50% em veículo específico pode ser oferecido para alívio da dor no trabalho de parto, quando possível e disponível, mas informar às mulheres que elas podem apresentar náusea, tonteiras, vômitos e alteração da memória. Analgesia intramuscular e endovenosa <br /><br />39 Os opióides não devem ser utilizados de rotina pois estes oferecem alívio limitado da dor e apresentam efeitos colaterais significativos para a mulher (náusea, sonolência e tonteira) e para a criança (depressão respiratória ao nascer e sonolência que pode durar vários dias) assim como interferência negativa no aleitamento materno.<br /><br />40 Diante da administração de opióides (EV ou IM) utilizar concomitantemente um anti-emético. <br /><br />41 Até duas horas após a administração de opióides (EV ou IM) ou se sentirem sonolentas, as mulheres não devem entrar em piscina ou banheira. <br /><br />42 Analgesia com opióides é acompanhada de aumento na complexidade da assistência ao parto, como por exemplo: maior necessidade de monitorização e acesso venoso. <br /><br />43 Uma vez que a segurança da realização de analgesia farmacológica no ambiente extra-hospitalar ainda não foi estabelecida, esta é restrita ao complexo hospitalar, seja bloco cirúrgico ou PPP (sala de pré-parto, parto e pós-parto). Analgesia regional <br /><br />44 A analgesia regional deve ser previamente discutida com a gestante antes do parto, e seus riscos e benefícios devem ser informados. <br /><br />45 As seguintes informações devem ser oferecidas à mulher: - a analgesia regional só está disponível no ambiente hospitalar; - é mais eficaz para alívio da dor que os opióides; - não está associada com aumento na incidência de dor lombar; - não está associada com primeiro período do parto mais longo ou aumento na chance de cesariana; - está associada com aumento na duração do segundo período do parto e na chance de parto vaginal instrumental; - necessita de nível mais elevado de monitoração e a mobilidade pode ser reduzida. <br /><br />46 Uma vez que a segurança da realização de analgesia farmacológica no ambiente extra-hospitalar ainda não foi estabelecida, esta é restrita ao complexo hospitalar, seja bloco cirúrgico ou PPP (sala de pré-parto, parto e pós-parto). A solicitação materna por analgesia de parto compreende indicação suficiente para sua realização, independente da fase do parto e do grau de dilatação. Isto inclui parturientes em fase latente com dor intensa, após esgotados os métodos não farmacológicos. <br /><br />48 A analgesia peridural e a analgesia combinada raqui – peridural (RPC) constituem técnicas igualmente eficazes para alívio da dor de parto. A escolha entre elas será influenciada pela experiência do anestesiologista com a técnica. <br /><br />49 Iniciar a analgesia peridural com as substâncias usuais (bupivacaína, ropivacaína e levobupivacaína) diluídas na dose: volume 13 a 20 ml em concentração de 0,0625% a 0,1%, acrescidos de fentanila (2 mcg/ml), ou opióide lipossolúvel em dose equipotente. <br /><br />50 Quando se pretende fornecer alívio rápido da dor, sem elevação da dose de anestésico, a via intratecal é a técnica de escolha. <br /><br />51 Quando se utilizar a RPC, adequar a dose ao momento do parto: - fase não avançada do parto (doses próximas a 15 mcg de fentanila intratecal ou outro opióide lipossolúvel em dose equivalente); - fase avançada do parto (bupivacaína 1,25 mg intratecal ou outro anestésico em dose equivalente, associada ao opióide lipossolúvel). <br /><br />52 A manutenção da analgesia via cateter peridural deve ser iniciada com a menor concentração efetiva de cada anestésico; como exemplo bupivacaína 0,0625% ou ropivacaína 0,1%, ambos acrescidas de fentanila (2 mcg/ml) ou doses equipotentes de outro opióide lipossolúvel. <br /><br />53 A manutenção da analgesia via cateter peridural deve ser iniciada com volumes próximos a 10 ml/h. <br /><br />54 A manutenção da analgesia via cateter peridural deve ser individualizada, levando em consideração a resposta à solução inicial, assim como particularidades da mulher. Mediante resposta insatisfatória na primeira hora de infusão, deve-se elevar a dose de anestésico, aumentando a taxa de infusão de forma escalonada até no máximo 20 ml/h. Mediante resposta persistentemente insatisfatória deve-se elevar a concentração do anestésico, após revisar posicionamento do cateter. <br /><br />55 A manutenção da analgesia peridural em bolus intermitente ou sob regime de PCA (“analgesia peridural controlada pela paciente”) são os modos preferidos de administração para a manutenção da analgesia peridural. <br /><br />56 A utilização de um ou outro modo dependerá da disponibilidade de recursos locais. <br /><br />57 Não se recomendam rotineiramente altas concentrações de soluções de anestesia local (0,25% ou acima de bupivacaína ou equivalente) para estabelecer ou manter a analgesia peridural. <br /><br />58 Antes da realização da analgesia regional de parto deve haver acesso venoso pré-estabelecido. <br /><br />59 Pré-hidratação não deve ser utilizada de forma rotineira mas apenas em casos selecionados. <br /><br />60 Toda gestante após analgesia regional deve ser avaliada quanto à ocorrência de hipotensão arterial, sendo a necessidade de hidratação ou suporte com substâncias vasoativas avaliada individualmente. <br /><br />61 A manutenção da hidratação deve obedecer a recomendação citada no ítem dieta no trabalho de parto. Convém ressaltar que, em função da administração de opióides, a oferta de dieta com resíduos é proscrita após anestesia regional. <br /><br />62 A gestante sob analgesia peridural, quando se sentir confortável e segura, deve ser encorajada a deambular e adotar posições mais verticais. <br /><br />63 A administração da solução peridural não deve ser interrompida no intuito de se otimizar desfechos, mas deve obedecer as necessidades e desejo materno, ainda que no período expulsivo. <br /><br />64 O cateter peridural, instalado durante o parto, poderá ser utilizado no terceiro estágio do parto, como, por exemplo, na reparação perineal. <br /><br />65 Após confirmados os 10 cm de dilatação, não se deve incentivar a gestante a realizar puxos, exceto se tardiamente (sugere-se no mínimo após 1 hora de dilatação total) ou quando a cabeça fetal se tornar visível. <br /><br />66 Os puxos devem ser sempre durante a contração. <br /><br />67 Após constatado 10 cm de dilatação, devem ser estabelecidas estratégias para que o nascimento ocorra em até 4 horas, independente da paridade. <br /><br />68 A administração de ocitocina após analgesia regional não é recomendada de rotina e deve obedecer as recomendações referentes ao uso de uterotônicos expostas nas seções específicas. <br /><br />69 A técnica de analgesia no parto deve visar o controle adequado da dor com o menor comprometimento possível das funções sensoriais, motoras e autonômicas. Para isto a iniciação e manutenção da analgesia com baixas concentrações de anestésico local constitui fator fundamental, particularmente importante para que as parturientes se mantenham em movimento. <br /><br />70 Toda gestante submetida a analgesia de parto deverá estar com monitorização básica previamente instalada (Pressão Arterial Não Invasiva - PANI a cada 5 minutos e oximetria de pulso). <br /><br />71 Estando sob monitorização, após 15 minutos da administração do(s) agente(s), a gestante deverá ser avaliada quanto à resposta (nível do bloqueio, sensibilidade perineal, testes de função motora , teste do equilíbrio e de hipotensão postural). Caso a avaliação seja desfavorável à mobilização ou se constate “estado de anestesia” (hiposensibilidade e bloqueio motor) a gestante deverá permanecer no leito sob vigilância constante até nova reavaliação. Caso a avaliação seja favorável, somente “estado de analgesia“, a gestante estará sem impedimentos para deambular e assumir a posição que desejar. <br /><br />72 Caso a avaliação seja desfavorável à mobilização ou se constate estado de anestesia (hiposensibilidade e bloqueio motor), os quais persistem mesmo após o terceiro estágio, a gestante deverá ser encaminhada a SRPA (Sala de Recuperação Pós-Anestésica) e permanecer no leito sob vigilância constante até alta pelo médico anestesiologista.<br /><br />73 A rotina de monitoração para iniciação da analgesia de parto deve ser repetida nos momentos de doses de resgate via cateter peridural. <br /><br />74 Se após 30 minutos do início da analgesia ou dose de resgate for constatada inefetividade, o anestesiologista deverá considerar falha técnica ou revisar individualmente as necessidades de alívio da parturiente. <br /><br />75 Uma vez realizada analgesia de parto, ainda que não ocorram doses de resgate, o anestesiologista deverá acompanhar a parturiente, com avaliação horária, até o terceiro período. <br /><br />76 Considerando a possibilidade de complicações, todo cateter peridural deve ser retirado pelo médico anestesiologista. A gestante não poderá receber alta do bloco obstétrico, unidade PPP ou SRPA com cateter instalado, exceto com a autorização do anestesiologista. <br /><br />77 Toda parturiente submetida a início de analgesia regional ou doses adicionais de resgate, seja qual for a técnica, deve sersubmetida a ausculta intermitente da FCF de 5 em 5 minutos por no mínimo 30 minutos. Uma vez alterado devese instalar CTG, assim como proceder a cuidados habituais como decúbito lateral esquerdo e avaliar necessidade de otimização das condições respiratórias e circulatórias. Caso não ocorra melhora, seguir diretrizes próprias para conduta no estado fetal não tranquilizador. <br /><br />78 Se ocorrerem anormalidades graves da FCF, não transitórias, considerar outra causa que não analgesia regional e seguir diretrizes próprias para conduta no estado fetal não tranquilizador. Ruptura prematura de membranas (RPM) no termo <br /><br />79 Não realizar exame especular se o diagnóstico de ruptura das membranas for evidente. <br /><br />80 Se houver dúvida em relação ao diagnóstico de ruptura das membranas realizar um exame especular. Evitar toque vaginal na ausência de contrações. <br /><br />81 Explicar às mulheres com ruptura precoce de membranas no termo que: - o risco de infecção neonatal grave é de 1%, comparado com 0,5% para mulheres com membranas intactas; - 60% das mulheres com ruptura precoce de membranas no termo entrará em trabalho de parto dentro de 24 horas; - a indução do trabalho de parto é apropriada dentro das 24 horas após a ruptura precoce das membranas. <br /><br />82 Até que a indução do trabalho de parto seja iniciada ou se a conduta expectante for escolhida pela gestante para além de 24 horas: - aconselhar a mulher a aguardar em ambiente hospitalar; - medir a temperatura a cada 4 horas durante o período de observação e observar qualquer alteração na cor ou cheiro das perdas vaginais; - se a mulher optar por aguardar no domicílio manter as mesmas recomendações anteriores e informá-la que tomar banho não está associado com um aumento da infecção, mas ter relações sexuais pode estar. <br /><br />83 Avaliar a movimentação fetal e a frequência cardíaca fetal na consulta inicial e depois a cada 24 horas após a ruptura precoce das membranas, enquanto a mulher não entrar em trabalho de parto, e aconselhá-la a comunicar imediatamente qualquer diminuição nos movimentos fetais. <br /><br /> 84 Se o trabalho de parto não se iniciar dentro de 24 horas após a ruptura precoce das membranas, a mulher deve ser aconselhada a ter o parto em uma maternidade baseada em hospital, com serviço de neonatologia. Eliminação de mecônio imediatamente antes ou durante o trabalho de parto <br /><br />85 Não se aconselha o uso de sistemas de gradação e classificação de mecônio para a conduta na eliminação de mecônio imediatamente antes ou durante o trabalho de parto, exceto quando se considerar a amnioinfusão ou como critério de transferência. Ver recomendações 87, 96 e 97. <br /><br />86 Tanto a monitoração eletrônica contínua da frequência cardíaca fetal, se disponível, como a ausculta fetal intermitente, seguindo técnicas padronizadas, podem ser utilizadas para avaliação do bem-estar fetal diante da eliminação de mecônio durante o trabalho de parto. <br /><br />87 Considerar a realização de amnioinfusão diante da eliminação de mecônio moderado a espesso durante o trabalho de parto, se não houver disponibilidade de monitoração eletrônica fetal contínua. <br /><br />88 Não existem evidências para recomendar ou não recomendar a cesariana apenas pela eliminação isolada de mecônio durante o trabalho de parto. <br /><br />6.4 Assistência no primeiro período do parto Diagnóstico do início do trabalho de parto e momento de admissão para assistência ou início da assistência no domicílio <br /><br />89 Incluir o seguinte quando da avaliação precoce ou triagem de trabalho de parto em qualquer local de assistência: - indagar à mulher como ela está e sobre os seus desejos, expectativas e preocupações; - indagar sobre os movimentos da criança, incluindo qualquer mudança nos mesmos; - oferecer informações sobre o que a mulher pode esperar na fase de latência do trabalho de parto e o que fazer se sentir dor; - oferecer informações sobre o que esperar quando procurar assistência; - estabelecer um plano de cuidados com a mulher, incluindo orientação de quando e com quem contatar posteriormente; - oferecer orientação e apoio para o(s) acompanhante(s) da mulher. <br /><br />90 Se uma mulher busca orientação ou assistência em uma maternidade ou unidade de parto extra, peri ou intra-hospitalar: • E não está em trabalho de parto estabelecido (≤ 3 cm de dilatação cervical): - ter em mente que a mulher pode estar tendo contrações dolorosas, sem mudanças cervicais, e embora ainda não esteja em trabalho de parto ativo, ela pode sentir que está pela sua própria definição; - oferecer apoio individual e alívio da dor se necessário; - encorajar e aconselhar a mulher a permanecer ou retornar para casa, levando em consideração as suas preocupações, a distância entre a sua casa e o local do parto e o risco deste acontecer sem assistência. • Estar em trabalho de parto estabelecido (≥ 4 cm de dilatação cervical): - Admitir para assistência <br /><br />Definição e duração das fases do primeiro período do trabalho de parto <br /><br />91 Para fins destas Diretrizes, utilizar as seguintes definições de trabalho de parto: • Fase de latência do primeiro período do trabalho de parto – um período não necessariamente contínuo quando: - há contrações uterinas dolorosas E - há alguma modificação cervical, incluindo apagamento e dilatação até 4 cm. • Trabalho de parto estabelecido – quando: - há contrações uterinas regulares E - há dilatação cervical progressiva a partir dos 4 cm. <br /><br />92 A duração do trabalho de parto ativo pode variar: - nas primíparas dura em média 8 horas e é pouco provável que dure mais que 18 horas; - nas multíparas dura em média 5 horas e é pouco provável que dure mais que 12 horas. Observações e monitoração no primeiro período do parto <br /><br />93 Registrar as seguintes observações no primeiro período do trabalho de parto: - frequência das contrações uterinas de 1 em 1 hora; - pulso de 1 em 1 hora; - temperatura e PA de 4 em 4 horas; - frequência da diurese; - exame vaginal de 4 em 4 horas ou se houver alguma preocupação com o progresso do parto ou em resposta aos desejos da mulher (após palpação abdominal e avaliação de perdas vaginais). <br /><br />94 Um partograma com linha de ação de 4 horas deve ser utilizado para o registro do progresso do parto, modelo da OMS ou equivalente. <br /><br />95 Transferir a mulher para uma maternidade baseada em hospital ou solicitar assistência de médico obstetra, se o mesmo não for o profissional assistente, se qualquer uma das seguintes condições forem atingidas, a não ser que os riscos da transferência superem os benefícios. • Observações da mulher: - pulso >120 bpm em 2 ocasiões com 30 minutos de intervalo; - PA sistólica ≥ 160 mmHg OU PA diastólica ≥ 110 mmHg em uma única medida; - PA sistólica ≥ 140 mmHg OU diastólica ≥ 90 mmHg em 2 medidas consecutivas com 30 minutos de intervalo; - proteinúria de fita 2++ ou mais E uma única medida de PA sistólica ≥ 140 mmHg ou diastólica ≥ 90 mmHg; - temperatura de 38°C ou mais em uma única medida OU 37,5°C ou mais em 2 ocasiões consecutivas com 1 hora de intervalo ; - qualquer sangramento vaginal, exceto eliminação de tampão; - presença de mecônio significativo; - dor relatada pela mulher que difere da dor normalmente associada às contrações; - progresso lento confirmado do primeiro e segundo períodos do trabalho de parto; - solicitação da mulher de alívio da dor por analgesia regional; - emergência obstétrica – incluindo hemorragia anteparto, prolapso de cordão, convulsão ou colapso materno ou necessidade de ressuscitação neonatal avançada. • Observações fetais: - qualquer apresentação anômala, incluindo apresentação de cordão; - situação transversa ou oblíqua; - apresentação cefálica alta (-3/3 De Lee) ou móvel em uma nulípara; - suspeita de restrição de crescimento intra-uterino ou macrossomia; - suspeita de anidrâmnio ou polihidrâmnio; - frequência cardíaca fetal (FCF) < 110 ou > 160 bpm; - desacelerações da FCF à ausculta intermitente. <br /><br />96 Se mecônio significativo (verde escuro ou preto, grosso, tenaz, contendo grumos) estiver presente assegurar que: -profissionais treinados em suporte avançado de vida neonatal estejam presentes no momento do parto. <br /><br />97 Se mecônio significativo estiver presente, transferir a mulher para uma maternidade baseada em hospital de forma segura desde que seja improvável que o parto ocorra antes da transferência se completar. Intervenções e medidas de rotina no primeiro período do parto <br /><br /><strong>98 O enema não deve ser realizado de forma rotineira durante o trabalho de parto. <br /><br />99 A tricotomia pubiana e perineal não deve ser realizada de forma rotineira durante o trabalho de parto.</strong> <br /><br /><strong>100 A amniotomia precoce, associada ou não à ocitocina, não deve ser realizada de rotina em mulheres em trabalho de parto que estejam progredindo bem.</strong> <br /><br />101 As mulheres devem ser encorajadas a se movimentarem e adotarem as posições que lhes sejam mais confortáveis no trabalho de parto. </div>
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Falha de progresso no primeiro período do trabalho de parto <br /><br />102 Se houver suspeita de falha de progresso no primeiro estágio do trabalho de parto levar em consideração: - o ambiente onde a mulher está sendo assistida; - a atitude da mulher, se postura mais ativa ou não; - estado emocional da mulher; - o tipo de apoio e suporte físico e emocional que a mulher estiver recebendo; - paridade; - dilatação e mudanças cervicais; - contrações uterinas; - altura e posição da apresentação; - necessidade de referência ou solicitação de assistência profissional apropriada. <br /><br />103 Se houver suspeita de falha de progresso na fase ativa do trabalho de parto considerar também para o diagnóstico todos os aspectos da evolução do trabalho de parto , incluindo: - dilatação cervical menor que 2 cm em 4 horas para as primíparas; - dilatação cervical menor que 2 cm em 4 horas ou um progresso lento do trabalho de parto para as multíparas; - descida e rotação do pólo cefálico; - mudanças na intensidade, duração e frequência das contrações uterinas. <br /><br />104 Diante da suspeita de falha de progresso no primeiro estágio do trabalho de parto, considerar a realização de amniotomia se as membranas estiverem íntegras. Explicar o procedimento e avisar que o mesmo irá diminuir o trabalho de parto por cerca de 1 hora e pode aumentar a intensidade e dor das contrações. <br /><br />105 Se a amniotomia for ou não realizada, realizar um exame vaginal após 2 horas e confirmar falha de progresso se a dilatação progredir menos que 1 cm. <br /><br />106 Se for confirmada falha de progresso no primeiro estágio do parto: - A mulher deve ser transferida para assistência sob responsabilidade de médico obstetra, se não estiver sob seus cuidados. O mesmo deverá realizar uma revisão e diagnosticar a falha de progresso e decidir sobre as opções de conduta, incluindo o uso de ocitocina. - Explicar que o uso de ocitocina após a ruptura das membranas irá diminuir o tempo para o parto mas não influenciará no tipo de parto ou outros desfechos. <br /><br />107 Se as membranas estiverem íntegras e o diagnóstico de falha de progresso for confirmado, aconselhar à mulher a ser submetida a uma amniotomia e repetir o exame vaginal 2 horas após, independente do estado das membranas. <br /><br />108 Oferecer apoio e controle efetivo da dor a todas as mulheres com falha de progresso no primeiro estágio do trabalho de parto. <br /><br />109 Informar às mulheres que a ocitocina irá aumentar a freqüência e intensidade das contrações e que a criança deverá ser monitorada continuamente ou com mais freqüência. <br /><br />110 Oferecer analgesia peridural, se disponível, se for indicado o uso de ocitocina. <br /><br />111 Se a ocitocina for utilizada assegurar que os incrementos na dose não sejam mais frequentes do que a cada 30 minutos. Aumentar a dose de ocitocina até haver 4-5 contrações em 10 minutos. <br /><br />112 Realizar exame vaginal 4 horas após o início da ocitocina: - se a dilatação cervical aumentou menos que 2 cm após 4 horas, uma revisão obstétrica adicional deve ser realizada para avaliar a necessidade de cesariana; - Se a dilatação cervical aumentou 2 cm ou mais após 4 horas, continuar observação do progresso do parto. </div>
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<strong>6.5 Assistência no segundo período do parto Ambiente de assistência, posições e imersão em água</strong><br /><br /> 113 Deve-se desencorajar a mulher a ficar em posição supina, decúbito dorsal horizontal, ou posição semi-supina no segundo período do trabalho de parto. A mulher deve ser incentivada a adotar qualquer outra posição que ela achar mais confortável incluindo as posições de cócoras, lateral ou quatro apoios <br /><br />114 Informar às mulheres que há insuficiência de evidências de alta qualidade, tanto para apoiar como para desencorajar o parto na água. </div>
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Puxos e manobra de Kristeller <br /><br />115 Deve-se apoiar a realização de puxos espontâneos no segundo período do trabalho de parto em mulheres sem analgesia, evitando os puxos dirigidos. <br /><br />116 Caso o puxo espontâneo seja ineficaz ou se solicitado pela mulher, deve-se oferecer outras estratégias para auxiliar o nascimento, tais como suporte, mudança de posição, esvaziamento da bexiga e encorajamento. <br /><br />117 Em mulheres com analgesia regional, após a confirmação da dilatação cervical completa, o puxo deve ser adiado por pelo menos 1 hora ou mais, se a mulher o desejar, exceto se a mulher quiser realizar o puxo ou a cabeça do bebê estiver visível. Após 1 hora a mulher deve ser incentivada ativamente para realizar o puxo durante as contrações. <br /><br /><strong>118 A manobra de Kristeller não deve ser realizada no segundo período do trabalho de parto.</strong> </div>
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Definição e duração do segundo período do trabalho de parto <br /><br />119 Para fins destas Diretrizes, o segundo período do parto deverá ser definido como: •fase inicial ou passiva: dilatação total do colo sem sensação de puxo involuntário ou parturiente com analgesia e a cabeça do feto ainda relativamente alta na pelve; •fase ativa: dilatação total do colo, cabeça do bebê visível, contrações de expulsão ou esforço materno ativo após a confirmação da dilatação completa do colo do útero, na ausência das contrações de expulsão. <br /><br />120 Se a dilatação completa do colo uterino for confirmada em uma mulher sem analgesia regional e não for identificado puxo, uma nova avaliação mais aprofundada deverá ser realizada em 1 hora para identificação da fase do segundo período.<br /><br />121 A distribuição dos limites de tempo encontrados nos estudos para a duração normal da fase ativa do segundo período do trabalho parto é a seguinte: • primíparas: cerca de 0,5–2,5 horas sem peridural e 1–3 horas com peridural. • multíparas: até 1 hora sem peridural e 2 horas com peridural. <br /><br />122 Para a conduta na falha de progresso do segundo período deve-se considerar a paridade, da seguinte maneira: • Nulíparas: - na maioria das mulheres o parto deve ocorrer no prazo de 3 horas após o início da fase ativa do segundo período; - a confirmação de falha de progresso no segundo período deve ser feita quando este durar mais de 2 horas e a mulher deve ser encaminhada, ou assistência adicional solicitada, a médico treinado na realização de parto vaginal operatório, se o nascimento não for iminente. • Multíparas: - na maioria das mulheres o parto deve ocorrer no prazo de 2 horas após o início da fase ativa do segundo período; - A confirmação de falha de progresso no segundo período deve ser feita quando este durar mais de 1 hora e a mulher deve ser encaminhada, ou assistência adicional solicitada, a médico treinado na realização de parto vaginal operatório, se o nascimento não for iminente. </div>
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Falha de progresso no segundo período do parto<br /><br /> 123 Se houver prolongamento do segundo período do trabalho de parto, ou se a mulher estiver excessivamente estressada, promover medidas de apoio e encorajamento e avaliar a necessidade de analgesia/anestesia. <br /><br />124 Se as contrações forem inadequadas no início do segundo período, considerar o uso de ocitocina e realização de analgesia regional. <br /><br />125 Para as nulíparas, suspeitar de prolongamento se o progresso (em termos de rotação ou descida da apresentação) não for adequado após 1 hora de segundo período ativo. Realizar amniotomia se as membranas estiverem intactas. <br /><br />126 Para as multíparas, suspeitar de prolongamento se o progresso (em termos de rotação ou descida da apresentação) não for adequado após 30 minutos de segundo estágio ativo. Realizar amniotomia se as membranas estiverem intactas. <br /><br />127 Um médico obstetra deve avaliar a mulher com prolongamento confirmado do segundo período do parto antes do uso de ocitocina. <br /><br />128 Após a avaliação obstétrica inicial, manter a revisão a cada 15-30 minutos.<br /><br /> 129 Considerar o uso de parto instrumental (vácuo-extrator ou fórceps) se não houver segurança quanto ao bem estar fetal ou prolongamento do segundo período. <br /><br />130 Reconhecer que, em algumas ocasiões, a necessidade de ajuda por parte da mulher no segundo estágio pode ser uma indicação para o parto vaginal assistido quando o apoio falhar. <br /><br />131 A escolha do instrumento para o parto instrumental dependerá das circunstâncias clínicas e da experiência do profissional.<br /><br />132 Por ser um procedimento operatório, uma anestesia efetiva deve ser oferecida para a realização de um parto vaginal instrumental. 133 Se a mulher recusar anestesia ou a mesma não estiver disponível, realizar um bloqueio de pudendo combinado com anestesia local do períneo durante o parto instrumental. <br /><br />134 Mesmo se houver preocupação com o bem-estar fetal, uma anestesia efetiva pode ser realizada mas, se o tempo não permitir, realizar um bloqueio de pudendo combinado com anestesia local do períneo durante o parto instrumental. <br /><br />135 Orientar a mulher e realizar uma cesariana se o parto vaginal não for possível. Cuidados com o períneo<br /><br />136 Não se recomenda a massagem perineal durante o segundo período do parto. <br /><br />137 Considerar aplicação de compressas mornas no períneo no segundo período do parto. <br /><br />138 Não se recomenda a aplicação de spray de lidocaína para reduzir a dor perineal no segundo período do parto. <br /><br />139 Tanto a técnica de ‘mãos sobre’ (proteger o períneo e flexionar a cabeça fetal) quanto a técnica de ‘mãos prontas’ (com as mãos sem tocar o períneo e a cabeça fetal, mas preparadas para tal) podem ser utilizadas para facilitar o parto espontâneo. <br /><br />140 Se a técnica de ‘mãos sobre’ for utilizada, controlar a deflexão da cabeça e orientar à mulher para não empurrar nesse momento. <br /><br /><strong>141 Não realizar episiotomia de rotina durante o parto vaginal espontâneo.</strong> <br /><br />142 Se uma episiotomia for realizada, a sua indicação deve ser justificada, recomendando-se a médio-lateral originando na fúrcula vaginal e direcionada para o lado direito, com um ângulo do eixo vertical entre 45 e 60 graus. <br /><br />143 Assegurar analgesia efetiva antes da realização de uma episiotomia. </div>
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<strong>6.6 Assistência no terceiro período do parto</strong><br /><br />144 Reconhecer que o período imediatamente após o nascimento é um período bastante sensível, quando a mulher e seus acompanhantes vão finalmente conhecer a criança. Assegurar que a assistência e qualquer intervenção que for realizada levem em consideração esse momento, no sentido de minimizar a separação entre mãe e filho. <br /><br />145 Para efeito destas Diretrizes, utilizar as seguintes definições: O terceiro período do parto é o momento desde o nascimento da criança até a expulsão da placenta e membranas. • A conduta ativa no terceiro período envolve um conjunto de intervenções com os seguintes componentes: - uso rotineiro de substâncias uterotônicas; - clampeamento e secção precoce do cordão umbilical; e - tração controlada do cordão após sinais de separação placentária. • A conduta fisiológica no terceiro período do parto envolve um conjunto de cuidados que inclui os seguintes componentes: - sem uso rotineiro de uterotônicos; - clampemento do cordão após parar a pulsação; - expulsão da placenta por esforço materno. <br /><br />146 Considerar terceiro período prolongado após decorridos 30 minutos. Seguir recomendações 164-172 no caso de placenta retida. <br /><br />147 Manter observação rigorosa da mulher, com as seguintes avaliações: - condição física geral, através da coloração de pele e mucosas, respiração e sensação de bem-estar; - perda sanguínea <br /><br />148 Se houver hemorragia, retenção placentária, colapso materno ou qualquer outra preocupação quanto ao bem-estar da mulher: - solicitar assistência de médico obstetra para assumir o caso, se este não for o profissional assistente no momento; - instalar acesso venoso calibroso e informar a puérpera sobre a situação e os procedimentos previstos; - se o parto ocorreu em domicilio ou unidade de parto extra ou peri-hospitalar, a puérpera deve ser transferida imediatamente para uma maternidade baseada em hospital. <br /><br />149 Explicar à mulher, antes do parto, as opções de conduta no terceiro período, com os riscos e benefícios de cada uma. <br /><br />150 Explicar à mulher que a conduta ativa: - encurta o terceiro período em comparação com a conduta fisiológica; - está associado a náusea e vômitos em cerca de 100 mulheres em 1.000; - está associado com um risco aproximado de 13 mulheres em 1.000 de uma hemorragia de mais de 1 litro; e - está associada com um risco aproximado de 14 em 1.000 de uma transfusão de sangue. <br /><br />151 Explicar à mulher que a conduta fisiológica: - está associada a náusea e vômitos em cerca de 50 mulheres em 1.000; - está associada com um risco aproximado de 29 mulheres em 1.000 de uma hemorragia de mais de 1 litro; e - está associada com um risco aproximado de 40 mulheres em 1.000 de uma transfusão de sangue. <br /><br />152 A conduta ativa é recomendada na assistência ao terceiro período do parto pois está associado com menor risco de hemorragia e transfusão sanguínea. <br /><br />153 Se uma mulher com baixo risco de hemorragia pós-parto solicitar conduta expectante, apoiá-la em sua escolha. <br /><br />154 Para a conduta ativa, administrar 10 UI de ocitocina intramuscular após o desprendimento da criança, antes do clampeamento e corte do cordão. A ocitocina é preferível, pois está associada com menos efeitos colaterais do que a ocitocina associada à ergometrina.<br /><br /><strong>155 Após a administração de ocitocina, pinçar e seccionar o cordão. • Não realizar a secção do cordão antes de 1 minuto após o nascimento, a menos que haja necessidade de manobras de ressuscitação neonatal. • Pinçar o cordão antes de 5 minutos após o nascimento para realizar a tração controlada do cordão como parte da conduta ativa. • Se uma mulher solicitar o clampeamento e secção do cordão após 5 minutos, apoiá-la em sua escolha</strong>. <br /><br />156 Após a secção do cordão realizar tração controlada do mesmo. <br /><br />157 A tração controlada do cordão, como parte da conduta ativa, só deve ser realizada após administração de ocitocina e sinais de separação da placenta. <br /><br />158 Documentar o momento do clampeamento do cordão tanto na conduta ativa quanto na conduta expectante. <br /><br />159 Mudar da conduta expectante para a conduta ativa se ocorrer: - hemorragia; - a placenta não dequitou 1 hora após o parto. <br /><br />160 Oferecer a conduta ativa, quando a mulher prefere encurtar o terceiro estágio do trabalho de parto. <br /><br />161 Não usar injeção de ocitocina na veia umbilical rotineiramente. <br /><br />162 As mulheres que apresentarem fatores de risco para hemorragia pós-parto devem ser orientadas a ter o parto em uma maternidade baseada em hospital, onde existem mais opções de tratamentos emergenciais; <br /><br />163 Se uma mulher apresentar fatores de risco para hemorragia pós-parto, isso deve ser registrado no seu prontuário e cartão de pré-natal, para que um plano de assistência no terceiro período do parto seja realizado. Retenção placentária <br /><br />164 Explicar para a mulher o que está acontecendo e quais serão os procedimentos necessários 165 Providenciar um acesso venoso calibroso.<br /><br />166 Não usar Ocitocina IV adicional de rotina para desprendimento da placenta. <br /><br />167 Usar Ocitocina IV adicional de rotina para desprendimento da placenta, se houver hemorragia. <br /><br />168 Realizar exame vaginal minucioso. Oferecer analgesia para este procedimento e providenciar, se a mulher demandar. <br /><br />169 Providenciar transferência antes da exploração uterina, se o parto ocorreu em uma modalidade extra-hospitalar. <br /><br />170 Não realizar remoção manual ou cirúrgica sem analgesia adequada. <br /><br />6.7 Cuidados maternos imediatamente após o parto </div>
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Observação e monitoração da mulher imediatamente após o parto <br /><br />171 Realizar as seguintes observações da mulher logo após o parto: - temperatura, pulso e pressão arterial; - lóquios e contrações uterinas; - examinar a placenta e membranas: avaliar suas condições, estrutura, integridade e vasos umbilicais; - avaliação precoce das condições emocionais da mulher em resposta ao trabalho de parto e parto; - micção bem sucedida. - Transferir a mulher ou solicitar assistência de médico obstetra, se este não for o profissional responsável, se qualquer das seguintes situações forem atingidas, a não ser que os riscos da transferência superem os benefícios: - pulso >120 bpm em 2 ocasiões com 30 minutos de intervalo; - PA sistólica ≥ 160 mmHg OU PA diastólica ≥ 110 mmHg em uma única medida; - PA sistólica ≥ 140 mmHg OU diastólica ≥ 90 mmHg em 2 medidas consecutivas com 30 minutos de intervalo; - proteinúria de fita 2++ ou mais E uma única medida de PA sistólica ≥ 140 mmHg ou diastólica ≥ 90 mmHg; - temperatura de 38°C ou mais em uma única medida OU 37,5°C ou mais em 2 ocasiões consecutivas com 1 hora de intervalo; - bexiga palpável e ausência de micção 6 horas após o parto; - emergência obstétrica – hemorragia pós-parto, convulsão ou colapso materno; - placenta retida ou incompleta; - lacerações perineais de terceiro e quarto graus ou outro trauma perineal complicado. </div>
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Cuidados com o períneo <br /><br />172 O trauma perineal ou genital deve ser definido como aquele provocado por episiotomia ou lacerações, da seguinte maneira: • Primeiro grau – lesão apenas da pele e mucosas • Segundo grau – lesão dos músculos perineais sem atingir o esfínciter anal • Terceiro grau – lesão do períneo envolvendo o complexo do esfíncter anal: - 3a – laceração de menos de 50% da espessura do esfíncter anal - 3b – laceração de mais de 50% da espessura do esfíncter anal - 3c – laceração do esfíncter anal interno. • Quarto grau – lesão do períneo envolvendo o complexo do esfíncter anal (esfíncter anal interno e externo) e o epitélio anal. <br /><br />173 Antes de avaliar o trauma genital: - explicar à mulher o que será realizado e o porquê; - ofereça analgesia adequada; - assegurar boa iluminação; - posicionar a mulher de maneira confortável e com boa exposição das estruturas genitais. <br /><br />174 Realizar o exame inicial de maneira gentil e sensível. Isto pode ser feito imediatamente após o parto. <br /><br />175 Se for identificado trauma perineal, uma avaliação sistemática do mesmo deve ser realizada. <br /><br />176 Na avaliação sistemática do trauma genital: - explicar novamente o que será realizado e porque; - providenciar analgesia local ou regional efetiva; - avaliar visualmente toda a extensão do trauma, incluindo as estruturas envolvidas, o ápice da lesão e o sangramento; - na suspeita de qualquer lesão da musculatura perineal, realizar exame retal para verificar se ocorreu algum dano ao esfíncter anal externo e interno. <br /><br />177 Assegurar que o momento para essa avaliação sistemática não interfira na relação mãe-filho exceto se houver sangramento que requeira medidas de urgência. <br /><br />178 Ajudar a mulher a adotar uma posição que permita uma visualização adequada do grau do trauma e para o reparo Manter essa posição apenas pelo tempo necessário para a avaliação sistemática e reparo do períneo. Se não for possível uma avaliação adequada do trauma, a mulher deverá ser assistida por médico obstetra, se esse não for o profissional que assistiu o parto. Se o parto ocorreu fora do hospital, a mesma deverá ser transferida para uma maternidade baseada em hospital. <br /><br />179 Solicitar avaliação de um profissional mais experiente se houver incerteza quanto à natureza e extensão do trauma Transferir a mulher (com a criança) para uma maternidade baseada em hospital, se o parto ocorreu fora da mesma e se o reparo necessitar de avaliação cirúrgica ou anestésica especializada. <br /><br />180 Documentar a avaliação sitemática e os seus resultados.<br /><br />181 Tanto as enfermeiras obstétricas ou obstetrizes, como os médicos obstetras envolvidos na assistência ao parto devem estar adequadamente treinados na avaliação e reparo do trauma genital, certificando-se que essas habilidades sejam mantidas. <br /><br />182 Aconselhar a mulher que, no caso de trauma de primeiro grau, a ferida deve ser suturada, a fim de melhorar a cicatrização, a menos que as bordas da pele estejam bem apostas. <br /><br />183 Aconselhar a mulher que, no caso de um trauma de segundo grau, o músculo deve ser suturado, a fim de melhorar a cicatrização. <br /><br />184 Durante o reparo perineal: - assegurar analgesia efetiva com a infiltração de até 20 ml de lidocaína 1% ou equivalente ou; - realizar nova dose de anestéscio peridural se a mulher estiver com catéter, ou realizar uma anestesia espinhal. <br /><br />185 Se a mulher relatar alívio inadequado da dor, a qualquer momento, levar isso em consideração imediatamente e providenciar método mais eficaz de alívio.<br /><br />186 Não há necessidade de sutura da pele se as suas bordas se apõem após a sutura do músculo, em trauma de segundo grau ou episiotomia. <br /><br />187 Se houver necessidade de sutura da pele, utilizar uma técnica subcutânea contínua . <br /><br />188 Realizar a reparação perineal usando uma técnica de sutura contínua para a camada de parede vaginal e músculo. <br /><br />189 Recomenda-se a utilização de material de sutura sintética absorvível para suturar o períneo. <br /><br />190 Observar os princípios básicos seguintes ao realizar reparos perineais. - Realize a reparação do trauma perineal utilizando técnicas assépticas. - Verifique os equipamentos e conte as compressas, gazes e agulhas antes e depois do procedimento. - Uma boa iluminação é essencial para identificar as estruturas envolvidas. - O trauma de difícil reparação deve ser reparado por um médico experiente sob anestesia local ou geral. - Inserir um cateter vesical permanente por 24 horas para evitar retenção urinária. - Certifique-se de que um bom alinhamento anatômico da ferida foi alcançado e que se dê atenção aos resultados estéticos. - Realizar exame retal após a conclusão do reparo em casos de trauma de difícil abordagem ou de 3o ou 4o graus, para garantir que o material de sutura não foi acidentalmente inserido através da mucosa retal. - Após a conclusão do reparo, documentar detalhadamente a extensão do trauma, o método de reparação e os materiais usados. - Dar a informação à mulher sobre a extensão do trauma, o alívio da dor, dieta, higiene e a importância dos exercícios do assoalho pélvico. <br /><br />191 Recomenda-se oferecer supositórios retais de anti-inflamatórios não esteróides rotineiramente após o reparo do trauma perineal de primeiro e de segundo grau, desde que esses medicamentos não sejam contraindicados. </div>
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6.8 Assistência ao recém-nascido Assistência imediatamente após o parto<br /><br />192 O atendimento ao recém-nascido consiste na assistência por profissional capacitado, médico (preferencialmente pediatra ou neonatologista) ou profissional de enfermagem (preferencialmente enfermeiro obstétrico/obstetriz ou neonatal), desde o período imediatamente anterior ao parto, até que o RN seja encaminhado ao Alojamento Conjunto com sua mãe, ou à Unidade Neonatal, ou ainda, no caso de nascimento em quarto de pré-parto parto e puerpério (PPP) seja mantido junto à sua mãe, sob supervisão da própria equipe profissional responsável pelo PPP. 1<br /><br />93 É recomendada a presença de um médico pediatra adequadamente treinado em todos os passos da reanimação neonatal. <br /><br />194 Em situações onde não é possível a presença de um médico pediatra, é recomendada a presença de um profissional médico ou de enfermagem adequadamente treinado em reanimação neonatal.<br /><br />195 Os estabelecimentos de saúde que mantenham profissional de enfermagem habilitado em reanimação neonatal no momento do parto, deverá possuir em sua equipe de retaguarda, durante 24 horas, ao menos um médico que tenha realizado treinamento teórico-prático em reanimação neonatal. <br /><br />196 Realizar o índice de Apgar ao primeiro e quinto minutos de vida, rotineiramente. <br /><br />197 Coletar sangue de cordão para análise de pH em recém-nascidos com alterações clínicas, tais como respiração irregular e tônus diminuído. Não fazer a coleta de maneira rotineira e universal. <br /><br /><strong>198 Não se recomenda a aspiração orofaringeana e nem nasofaringeana sistemática do recém-nascido saudável.</strong> <br /><br /><strong>199 Não se recomenda realizar a passagem sistemática de sonda nasogástrica e nem retal para descartar atresias no recém-nascido saudável.</strong> <br /><br />200 Realizar o clampeamento do cordão umbilical entre 1 a 5 minutos ou de forma fisiológica quando cessar a pulsação, exceto se houver alguma contra indicação em relação ao cordão ou necessidade de reanimação neonatal. <br /><br />201 A profilaxia da oftalmia neonatal deve ser realizada de rotina nos cuidados com o recém-nascido. <br /><br />202 O tempo de administração da profilaxia da oftalmia neonatal pode ser ampliado em até 4 horas após o nascimento. <br /><br />203 Recomenda-se a utilização da pomada de eritromicina a 0,5% e, como alternativa, tetraciclina a 1% para realização da profilaxia da oftalmia neonatal. A utilização de nitrato de prata a 1% deve ser reservado apenas em caso de não se dispor de eritromicina ou tetraciclina. <br /><br />204 Todos os recém-nascidos devem receber vitamina K para a profilaxia da doença hemorrágica. <br /><br />205 A vitamina K deve ser administrada por via intramuscular, na dose única de 1 mg, pois este método apresenta a melhor relação de custo-efetividade. <br /><br />206 Se os pais recusarem a administração intramuscular, deve ser oferecida a administração oral da vitamina K e eles devem ser advertidos que este método deve seguir as recomendações do fabricante e exige múltiplas doses. <br /><br />207 A dose oral é de 2 mg ao nascimento ou logo após, seguida por uma dose de 2 mg entre o quarto e o sétimo dia. <br /><br />208 Para recém-nascidos em aleitamento materno exclusivo, em adição às recomendações para todos os neonatos, uma dose de 2 mg via oral deve ser administrada após 4 a 7 semanas, por causa dos níveis variáveis e baixos da vitamina K no leite materno e a inadequada produção endógena. <br /><br />209 Ao nascimento, avaliar as condições do recém-nascido – especificamente a respiração, frequência cardíaca e tônus – no sentido de determinar se a ressuscitação é necessária de acordo com diretrizes reconhecidas de reanimação neonatal. <br /><br />210 Todos os profissionais que prestam cuidados diretos no nascimento devem ser treinados em reanimação neonatal de acordo com diretrizes reconhecidas de reanimação neonatal. <br /><br />211 Em todas os locais de parto: - planejar o cuidado e ter em mente que pode ser necessário chamar por ajuda se o recém-nascido precisar de ressuscitação; - assegurar que existam recursos para ressuscitação e para transferência do recém-nascido para outro local se necessário; - desenvolver fluxogramas de referência de emergência e implementá-los se necessário. <br /><br />212 Se o recém-nascido necessitar de ressuscitação básica, iniciar com ar ambiente. <br /><br />213 Minimizar a separação do recém-nascido e sua mãe, levando em consideração as circunstâncias clínicas. 214 Se houver mecônio significativo e o recém-nascido não apresentar respiração, frequência cardíaca e tônus normais o mesmo deve ser assistido segundo diretrizes reconhecidas de reanimação neonatal, incluindo realização precoce de laringoscopia e sucção sob visão direta. <br /><br />215 Se houver mecônio significativo e a criança estiver saudável, a mesma deve ser observada em uma unidade com acesso imediato a um neonatologista. Essas observações devem ser realizadas com 1 e 2 horas de vida e depois de 2 em 2 horas por 12 horas. <br /><br />216 Se não houver mecônio significativo, observar o recém-nascido com 1 e 2 horas de vida em todos os locais de parto. <br /><br />217 Se qualquer um dos seguintes sinais forem observados, com qualquer grau de mecônio, o recém-nascido deve ser avaliado por um neonatologista/pediatra (o recém-nascido e a mãe devem ser transferidos se não estiverem em uma maternidade): - frequência respiratória > 60 ipm; - presença de gemidos; - frequência cardíaca < 100 bpm ou > 160 bpm; - enchimento capilar acima de 3 segundos; - temperatura corporal ≥ 38°C ou 37,5°C em 2 ocasiões com 30 minutos de intervalo; - saturação de oxigênio < 95% (a medida da saturação de oxigênio é opcional após mecônio não significativo); - presença de cianose central confirmada pela Oximetria de pulso se disponível.<br /><br />218 Explicar os achados para a mulher e informá-la sobre o que procurar e com quem falar se tiver qualquer preocupação.<br /><br /><strong>219 Estimular as mulheres a terem contato pele-a-pele imediato com a criança logo após o nascimento.</strong> <br /><br />220 Cobrir a criança com um campo ou toalha morna para mantê-la aquecida enquanto mantém o contato pele-a-pele. <br /><br />221 Evitar a separação mãe-filho na primeira hora após o nascimento para procedimentos de rotina tais como, pesar, medir e dar banho, a não ser que os procedimentos sejam solicitados pela mulher ou sejam realmente necessários para os cuidados imediatos do recém-nascido. <br /><br />222 Estimular o início precoce do aleitamento materno, idealmente na primeira hora de vida. <br /><br />223 Registrar a circunferência cefálica, temperatura corporal e peso após a primeira hora de vida. <br /><br />224 Realizar exame físico inicial para detectar qualquer anormalidade física maior e para identificar problemas que possam requerer transferência. <br /><br />225 Assegurar que qualquer exame, intervenção ou tratamento da criança seja realizado com o consentimento dos pais e também na sua presença ou, se isso não for possível, com o seu conhecimento.<br /><br /> </div>
Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-36661979660793689312017-12-13T10:46:00.000-08:002017-12-13T10:46:09.361-08:00Relato de parto da Daniele: parto normal hospitalar em Porto Velho <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMXYQGlpY6k9YJUCF3WDMd8HjYT1POwBMpVT52o-IPILFDUh2L5T3XpZfFVMg-ud50OrOAZ3KFEfY8n9x39fo3QnfAmEUZIDV3y0AAPlaylYFruBsR3JrkNgeAFkeDMCKxDiLxr6Q5DErr/s1600/IMG_9407.JPG"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMXYQGlpY6k9YJUCF3WDMd8HjYT1POwBMpVT52o-IPILFDUh2L5T3XpZfFVMg-ud50OrOAZ3KFEfY8n9x39fo3QnfAmEUZIDV3y0AAPlaylYFruBsR3JrkNgeAFkeDMCKxDiLxr6Q5DErr/s400/IMG_9407.JPG" /></a><br /><br />
História linda da Daniele que teve seu filho Gabriel de parto hospitalar com doula, em Porto Velho.<br />
Desfrute!<br />
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<br />Nunca fui daquelas que sonham com casamento ou maternidade, mas quando conhecemos uma pessoa especial há uma mudança nos conceitos sobre família. Mesmo sem muitas expectativas para o crescimento de nossa família, decidimos então não nos preocuparmos com métodos contraceptivos. <br /><br /> Já tinha feito inúmeros testes de farmácia, inclusive na primeira semana de dezembro de 2016. E no dia 07/12/2016 resolvi fazer um beta só para provar à uma amiga que eu não estava grávida. Ao abrir o exame fiquei em choque! O chão saiu debaixo dos meus pés e senti vários calafrios pelo corpo. <br /><br /> Estou grávida! E agora? Como contar ao marido que ele seria o pai do ano de 2017? Resolvi então comprar algo especial e simbólico para esse momento, comprei um body branco com a oração do <a href="http://www.catequisar.com.br/texto/oracao/cristao/08.htm">Santo do Anjo</a>, embalei para presente e fiz um cartão de boas-vindas do filhote para o papai. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibUlphmmAUSkeiEAgZSxunN2aRrUC9TyXzTlz6IdMv6bb9hZQsuNPnzmHe5NFguEKT5vOam0ozenSkeloaiCwbTc6oJM129Y8AGD-3tDPTgSA70iDinwTK_c_BhHoTPNX1D2jDThuhleZv/s1600/170701_DaniParaguassu_Ensaio_398.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibUlphmmAUSkeiEAgZSxunN2aRrUC9TyXzTlz6IdMv6bb9hZQsuNPnzmHe5NFguEKT5vOam0ozenSkeloaiCwbTc6oJM129Y8AGD-3tDPTgSA70iDinwTK_c_BhHoTPNX1D2jDThuhleZv/s320/170701_DaniParaguassu_Ensaio_398.jpg" /></a><br /><br />Lágrimas de alegria transbordaram e nossa caminhada começou. Primeiro trimestre se passou, nada de enjoos, apenas o cansaço, normal numa gestação saudável. Sempre fiz atividade física e mantive minha rotina com o personal training Fabrício Souto e decidi complementar com pilates para gestante na <a href="https://pt-br.facebook.com/clinicavitalleRO/">Clínica Vitalle</a> sob a supervisão das queridas Maysa e Gisele. E pensando em todos os benefícios que meu corpo teria, complementei com drenagem linfática realizada pela querida Rosa Márcia. <br /> <br />E assim segui com minha rotina de cuidados por toda a gestação. Segundo trimestre chegou e descobrimos o Gabriel: um anjo em nossas vidas! Igual como sonhamos num belo dia de missa ao ouvirmos o sermão sobre o Arcanjo Gabriel. Nos encantamos com seu significado e decidimos que esse filho seria recebido em nossas vidas da mesma forma: como o mensageiro de Deus, um homem de Deus, portador de notícias abençoadas e servo do senhor. <br /><br />Nome escolhido, faltava decidir sobre o parto. Assistimos <a href="http://orenascimentodoparto.com.br/">“O Renascimento do Parto”</a> e foi suficiente para que eu ficasse em choque na frente da TV. Quanta violência obstétrica, quanto despreparo de muitos profissionais, então ficou claro o motivo de tantas experiências ruins de parto. Conversamos com o obstetra sobre a decisão do parto, esclarecemos muitas dúvidas e medos. Seguimos assim ao longo dos meses, buscando conhecimento, histórias e conversando muito sobre tudo que aprendíamos.<br /><br /> Após muitas histórias e muita leitura, tomei coragem e decidi enfrentar o parto normal. Considerei importante meu filho escolher o momento do seu nascimento e os benefícios do parto normal pra nós dois. Tive 100% de apoio do meu marido e tinha certeza que estaríamos juntos em todo o processo. E assim, seguimos para o último trimestre da gestação. Chegamos no 7º mês, confesso que pensei em desistir, pois ainda estava confusa e cheia de medos, mas o medo de uma cirurgia era muito maior. <br /><br />Decidimos contratar o serviço de doula para me acompanhar e apoiar nessa caminhada, então chegamos até a Talita e Helena do <a href="https://m.facebook.com/araripegrupodeapoio">Grupo Araripe</a>. Meu maior medo era desistir e pedir uma cesárea nas primeiras contrações, no fundo eu não acreditava que era capaz. E na semana 37 percebemos como o tempo passou rápido, principalmente com a chegada dos falsos pródromos e com a saída do tampão mucoso. Nos vimos atrasados com os preparativos para a chegada do Gabriel e pensamos: precisamos agilizar! <br /><br /> Chegamos na semana 38 e eu não queria que ele nascesse ainda, meu obstetra estava viajando e eu fazia questão que o parto fosse com ele. Fiquei a semana inteira de repouso absoluto para garantir que chegaríamos na 39º semana. E finalmente a semana 39 chegou. Estávamos prontos para o encontro mais importante de nossas vidas. Eu tinha certeza que Gabriel nasceria naquela semana. Retornei paras as atividades físicas pensando que isso poderia ajudar no “início do trabalho de parto”. Saiu lua, entrou lua e Gabriel não deu sinais. A frustração chegou, pois eu já sabia que tinha um prazo para parir normal. Ao entrar na semana 40 comecei a ficar ansiosa, o médico já havia conversado conosco e informado que ele só poderia esperar até o início da semana 41. Comecei a pensar o que eu poderia fazer para ajudar, pois já estava convicta de desejava o parto normal. <br /><br /> Não queria cesárea desnecessária, considerando que eu e meu bebê estávamos em ótimo estado de saúde. Conforme os dias iam passando a decepção se instalou e comecei a pensar que não conseguiria. Intensifiquei as atividades físicas (sempre com orientação dos profissionais que me acompanharam) e nada do Gabriel. Comecei a considerar fazer a indução do parto, mas sem muito ânimo pois não tinha planejado ou desejado que fosse assim. <br /><br />Descobri a indução natural do parto usando técnicas não farmacológicas (acupressão, alimentação, massagens relaxantes e etc) e segui todas as orientações das doulas e dicas recebidas de amigas. Nada ainda. E chegou o domingo, era dia dos pais e eu completava 40 semanas e 6 dias. O dia seguinte era o limite do prazo acordado com o médico. Já estava preparada psicologicamente para decidir entre a indução ou a cesárea. <br /><br /> Em homenagem ao “novo papai”, decidi fazer seu bolo preferido e às 10 horas da manhã, ao me abaixar para olhar o forno, eis que veio a surpresa. Ouvi um “ploc” e em seguida um líquido escorreu pelas minhas pernas: a bolsa estourou. Até que enfim, pensei. Já estava desacreditada que esse momento chegaria, depois de muito engano (por causa dos pródromos e perda do tampão) finalmente a hora chegou.<br /><br />A família ficou eufórica, mas eu respirei, mantive minha calma e segui meu dia normalmente. Resolvi descansar após o almoço, já considerando que que eu poderia ter uma madrugada bem agitada. Dito e feito: a primeira contração chegou às 17h, leve e suportável. Às 19h resolvi fazer caminhadas no condomínio com a companhia do marido, bebendo muita água e me distraindo sempre que possível. Após 30 minutos de caminhada, a dor apertou e só consegui pensar num banho bem quente. <br /><br /> E assim seguimos ao longo da noite, entre contrações, massagens, técnica de respiração, risadas e amor, muito amor. Ora preferia ficar embaixo do chuveiro, ora abraçava o marido, ora deitava. As contrações estavam tão arrítmicas que não conseguia identificar o quão próximo estávamos de chegar nos 10 cm de dilatação. Às 23h fomos ao consultório do médico Rodrigo Carrapeiro para realização do toque, eu acreditava que estava na fase ativa do trabalho de parto, estava sentindo muita dor. Passei mal à caminho do consultório, vomitei várias vezes, tive calafrios e já tinha me convencido que o final estava próximo. E quando o médico falou que estava apenas com 2 cm de dilatação me desesperei. Pensei: não vou aguentar! <br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigtyodXwXIGpetcyAFeke67QiN8AHzZ19Fl7V2bvDVBj0uki2RutgL77lk0gclgxmyS8TfxBtEoSAdu4zAl9nWixGX_SHDILDXQDpQfhCO6DQCtElntOIWaOMOfcT6h27-wEQy9cfb1x-o/s1600/IMG_0554.JPG"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigtyodXwXIGpetcyAFeke67QiN8AHzZ19Fl7V2bvDVBj0uki2RutgL77lk0gclgxmyS8TfxBtEoSAdu4zAl9nWixGX_SHDILDXQDpQfhCO6DQCtElntOIWaOMOfcT6h27-wEQy9cfb1x-o/s640/IMG_0554.JPG" width="426" /></a><br /><br />Pedi anestesia (mesmo sabendo que não ganharia) e então me descontrolei. Precisei de muita oração para recuperar o controle da situação. Cheguei no hospital por volta de 01:00 hora e fui direto para a sala de parto normal (meu médico já havia falado com o plantonista) na companhia do meu esposo e das minhas doulas. Só aí que pude ficar mais confortável, então sentei na bola de pilates embaixo do chuveiro e namorei a água quente escorrendo pelo meu corpo. Enquanto isso pedi que enchessem a banheira de hidromassagem e comecei a me concentrar no meu mundo.<br /><br />Após alguns minutos de massagens, algumas conversas e exercícios para acelerar a dilatação, resolvi entrar na banheira. A água estava perto dos 40º e finalmente a dor se foi. Que alívio! Fiquei ali por horas, me concentrando nos sinais do meu corpo, na minha decisão e no meu filho. Não sei se a reclusão no meu mundo foi tão intensa que me fizeram não mais perceber as contrações ou se de fato a dor tinha ido embora. <br /><br />Às 4h da manhã senti a primeira vontade de “empurrar” que era incontrolável, resolvi então sair da banheira e me posicionar para iniciar o expulsivo. Fiquei de pé e apoiada no espaldar fazia força para a posição de cócoras em cada contração que chegava. Já não sentia mais nenhuma dor, apenas meu corpo trabalhando para expulsar Gabriel do meu ventre. Após muitas tentativas, passei por novo toque e descobrimos que Gabriel já estava na metade do caminho. Mais força, mais concentração e mais expectativas. Estava ficando cansada já. Depois de passada 1h do último toque, ainda usando a mesma posição, um novo toque foi feito e veio a surpresa: Gabriel continuava no mesmo lugar. Não tinha descido mais nada. Veio novamente o desespero!!! E agora? Fiquei preocupada com meu filho e comecei a pensar o que eu estaria fazendo errado. <br /><br />Concluí que precisava me concentrar e fazer acontecer, afinal de contas eu tinha decidido desta forma. Respirei fundo, me empoderei totalmente do meu corpo, da minha mente, relembrei tudo que havia aprendido ao longo das 41 semanas de gestação e mudei de posição. Decidi que Gabriel deveria nascer logo e escolhi a posição de 4 apoios na bola de pilates para fazer acontecer.<br /><br /> Em cada contração eu controlava a respiração e executava tudo aprendido na fisioterapia com a <a href="https://www.instagram.com/p/BcKXvdQnymp/">Camilla Patriota</a>. Assim empurrei Gabriel pro mundo. Imagino que quatro contrações depois da minha decisão, senti meu filho coroar. Que euforia, que alegria. <br /><br />Me preparei, respirei fundo e na contração seguinte Gabriel nasceu!! Às 07:50h da manhã do dia 14 de agosto de 2017, com 52 cm e 3.955kg, piscando para o mundo. Que momento único!! Nosso nascimento foi inesquecível: minha versão materna e a chegada do meu bebê. Não tem preço que pague esse momento. Quanto orgulho e alívio meu marido sentiu. Finalmente conhecer nosso filho foi inexplicável.<br /><br /> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp4mz4SfzxfDfXBQeihrHRxR_zR_8GMLewcLFis38ap62NMiP3HJgCvCAvjgjneyZWpSyDkj3ihItE4hYgLPRd9-PSs9-jOsx6PFHjpvd8XxCqBY4yXeNCFr8UH_ixfk-7DD-GPTrKZbHg/s1600/IMG_9408.JPG"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp4mz4SfzxfDfXBQeihrHRxR_zR_8GMLewcLFis38ap62NMiP3HJgCvCAvjgjneyZWpSyDkj3ihItE4hYgLPRd9-PSs9-jOsx6PFHjpvd8XxCqBY4yXeNCFr8UH_ixfk-7DD-GPTrKZbHg/s400/IMG_9408.JPG" width="300" /></a><br /><br />E quando veio a calmaria pensei: Meu Deus, eu fui capaz de parir. Logo eu! Que orgulho de mim! Não tive lesões no períneo, não passei por nenhum procedimento desnecessário, fui tratada com muito carinho por todos os profissionais que me acompanharam em toda gestação e com toda certeza digo que faria novamente. <br /><br />Considero que tive o parto dos sonhos. Aprendi nessa jornada que um bom acompanhamento, com bons profissionais fazem sim diferença na evolução do trabalho de parto, mas se você não tiver determinação, conhecimentos da sua escolha e auto-controle, a chance de você desistir é imensa. Esse com certeza foi até hoje o momento mais feminino de toda minha vida, de uma intensidade que só quem sente é capaz de descrever. Às 9:00 h eu já estava no apartamento com Gabriel em meus braços, vivenciando o amor incondicional que é a maternidade.<br />
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O relato de parto da Mádala que trago aqui hoje me lembrou muito o relato do parto normal do meu segundo filho, que está <a href="http://www.partodoprincipio.com.br/cariny-cielo">aqui</a>, por conta da gratidão imensa que ela deixou transbordar nas palavras... Agradecer a experiência do parto ao filho que chegou é de uma conexão tão profunda, explicada pela <a href="https://www.youtube.com/watch?v=uP2wD54EwzY">Ciência do Início da Vida</a>, que chega sufoca de emoção! </div>
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Curta esta história linda, recheada de amor e fotos!<br /><div>
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Pois bem! Tudo começou em fevereiro de 2016, quando eu e meu então namorido Alex, descobrimos estar grávidos. Eu havia parado de tomar o anticoncepcional por quatro meses, em razão de um nódulo no seio, benigno, mas que me fez pensar em parar com o uso desse hormônio. Contudo, passados esses meses, comecei a ficar com medo de acontecer uma gravidez indesejada , e voltei a tomar o medicamento. O que eu não me atentei, foi para aquele prazo de 30 dias informado na bula dos anticoncepcionais, uma vez que já tomava há mais de cinco anos, pensei que desde o primeiro dia que tomasse a pílula já estaria prevenida. Ledo engano! Rsrs!<br /><br />E aí, SURPRESA, dores nos seios, menstruação atrasada, teste de farmácia, estamos GRÁVIDOS! Foi um super susto, ainda não éramos casados, a data do casório estava marcada para maio, e além disso, meu emprego era um cargo de confiança, sem qualquer estabilidade. Chorei litros, mas depois foi só alegria, meus pais vibraram, vovó Raimunda (mãe do namorido) ficou radiante... <br /><br />Primeira ultrassom, com apenas seis semanas, tudo ok! Segunda ultrassom, com 11 semanas, tivemos a triste notícia de que nosso já tão amado bebê não apresentava batimentos cardíacos. Era um aborto retido. Choramos muito. Tive que passar por uma curetagem, processo extremamente doloroso, meu coração ficou em pedaços. E então eu vi nascer em mim um desejo enorme de ser mãe. Perder aquele pequenino ser, me fez enxergar a vida de outra forma.<br /><br />Eu e namorido nos casamos em maio de 2016, e nos programamos de engravidar novamente logo que eu fosse convocada para assumir o cargo de um concurso que eu havia sido aprovada. Tomei posse em setembro de 2016, e logo em seguida começamos a tentar. <br /><br />Em meio a esses meses, estávamos passando pelo momento mais difícil de nossas vidas. Minha amada sogra estava lutando contra um câncer severo e raro, descoberto em junho. A perdemos no final de outubro do mesmo ano. <br /><br />E assim, em meio a toda tristeza pela perda de uma pessoa tão amada, Deus nos presenteou com o sonhado positivo. Após a morte, Ele nos deu VIDA, maior motivo para seguirmos em frente. <br /><br />Primeira ultrassom tudo ok. Segunda ultrassom, com 13 semanas, aquele medo enorme de acontecer um aborto retido novamente, mas fomos agraciados por fortes batimentos cardíacos. Foi quando descobrimos que teríamos um meninão, nosso Eduardo, carinhosamente apelidado de Dudu. <br /><br />A partir disso comecei a pensar em que tipo de parto eu teria. Influenciada pelo estilo de alimentação que eu estava seguindo há alguns meses, baseada em menos industrializados e mais comida de verdade, decidi que não haveria melhor escolha para a minha saúde e do Dudu do que o parto natural. <br /><br />Então passei a me empoderar! Comecei assistindo ao documentário <a href="https://pt-br.facebook.com/orenascimentodoparto/">ORenascimento do parto</a>. Fiquei encantada e ainda mais consciente da minha escolha. Por meio desse filme conheci o trabalho da Dra. Melania e passei a acessar seu blog <a href="http://estudamelania.blogspot.com.br/">"Estuda Melania, Estuda"</a>, por meio do qual ela disponibiliza informações a respeito do parto, todas baseadas em evidências científicas. Foi quando tomei conhecimento de que, principalmente por interesses econômicos, a maioria esmagadora de nossos médicos são cesaristas, razão pela qual são realizadas muitas cesáreas desnecessárias (desnecesáreas) em nosso país. <br /><br />Me empoderei e fiz o mesmo com o maridão e meus pais, que me apoiaram incondicionalmente. <br />Alegria enorme foi descobrir que minha ginecologista, a competentíssima Dra. Adélia F. Pompeu, na contramão dos demais profissionais da área, é a favor do parto natural humanizado, tendo, inclusive, uma sala própria para isso no hospital<a href="http://hospitalhcr.com.br/"> HCR Maternidade</a>, em Ji-Paraná. Nunca me esqueço dela me dizendo, em uma das inúmeras consultas de pré-natal, que: "O parto está na cabeça da mulher".<br /><br /><br />Outras influências para essa decisão foram: minha mãezinha, que apesar de ter tido cesáreas (assistida por médico cesarista, infelizmente não poderia ter sido diferente), esperou pelo momento que eu e meu irmão quisemos nascer. Minha sogra, que teve os quatro filhos de parto normal. <br /><br />Minha cunhada Yasmine, que também passou por essa experiência, quando nasceu nosso amado sobrinho Isaac. Minhas avós materna e paterna, que tiveram 14 e 9 filhos, respectivamente, de parto natural. Uma colega de trabalho, <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2013/10/relato-de-parto-da-mileide.html">Mileide</a>, cujos relatos de parto eu li, e me influenciaram muito. Minha fisioterapeuta e amiga Keila, que também optou pelo parto normal no nascimento das suas princesas. E às inúmeras mamães que redigiram os vários e vários relatos de parto que eu li e reli.<br /><br />Por volta das 30 semanas de gestação, em razão de uma conversa em família, percebi que apesar de me apoiarem, maridão e meus pais não estariam preparados emocionalmente para o dia do parto, e talvez sucumbissem a uma cesárea se me vissem sofrendo. Foi quando decidi que precisava de uma Doula. Pesquisei na internet, e encontrei o nome da<a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2017/10/projeto-doulas-voluntarias-em-ji-parana.html"> Layne</a>, no site <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/">Parto em Rondonia</a> . Entrei em contato e marcamos um encontro. Conversamos bastante, e eu e minha família gostamos muito da Layne, e então fechamos nosso contrato verbal de que ela estaria conosco nos apoiando no dia do parto.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1jqsUeu2gFobw5fosuS8xN5sG3CCQqOxsj6AvOLUSzk9PLtNx579BwWOrB9k-GqoqFBaiUpYKs0mKarnVhGwglUZmaBJOBy4xFKHDgyY5C_9yaOJHpIJsDgE-H-0wsowm0ZTzMQtNNplZ/s1600/image2.png"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1jqsUeu2gFobw5fosuS8xN5sG3CCQqOxsj6AvOLUSzk9PLtNx579BwWOrB9k-GqoqFBaiUpYKs0mKarnVhGwglUZmaBJOBy4xFKHDgyY5C_9yaOJHpIJsDgE-H-0wsowm0ZTzMQtNNplZ/s400/image2.png" /></a><br /><br />Tive uma gestação muito tranquila. Durante o terceiro trimestre passei a ter varias contrações de treinamento (<a href="http://crisdoula.com/contracoes-de-braxton-hicks/">Braxton Hicks</a>) que me assustavam muito, em razão de ser marinheira de primeira viagem, rsrs, o que fez com que me adiantasse um pouco e tirasse a licença maternidade com 38 semanas de gestação, uma vez que moro em São Francisco do Guaporé, e não queria ter Dudu por aqui, em razão da política do único hospital da cidade, onde não é permitida a entrada de acompanhante com as mulheres que estão parindo, são obrigadas a parir deitadas, e são realizados vários procedimentos desnecessários, como a episiotomia.<br /><br />Então, com 38 semanas de gestação fui para Ji-Paraná, aguardar na casa dos meus pais a hora do Dudu querer nascer. A ansiedade era meu segundo nome. Então passei a fazer várias coisas que poderiam ajudar a induzir o parto de forma natural. Passei a fazer acupuntura com a Fisio e amiga da família, Juliana Oliveira. Pulava e pulava na bola de pilates. Comidas picantes, chás de canela. E nada do Dudu querer nascer. Rsrs! Poucos sinais, algumas colicazinhas que passavam rapidamente ao tomar um banho morno. <br /><br />Com 39 semanas ganhei uma despedida de barriga da querida Doula Layne. Que momento maravilhoso proporcionado por ela. Ganhei uma coroa de flores feita por ela, massagem nos pés e na lombar. Rsrs! Me senti uma rainha. Maridão e meus pais participaram desse momento também.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVRX1DYT1pl6TR7mSPCBm8eOZGoSyNImChRdFkBEH-YEgM_bmHN6FkGZRAEv2jSU4uN54_OELVWxPlk3ckXX7NJG_jOMjNt-PcKSZKPgxl68A_UZdAVo3P7B94JDE5FNfFc-hFwDy3iEy4/s1600/23795780_1626220080798173_4756332665207164330_n.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVRX1DYT1pl6TR7mSPCBm8eOZGoSyNImChRdFkBEH-YEgM_bmHN6FkGZRAEv2jSU4uN54_OELVWxPlk3ckXX7NJG_jOMjNt-PcKSZKPgxl68A_UZdAVo3P7B94JDE5FNfFc-hFwDy3iEy4/s400/23795780_1626220080798173_4756332665207164330_n.jpg" /></a><br /><br />Por fim chegou a data prevista de parto, eu me convenci que Dudu só viria depois das 42 semanas, o que fez com que ficasse menos agoniada. Me concentrei em fazer o plano de parto, onde constei tudo o que gostaria e não gostaria que fosse realizado no momento do parto e após o parto.<br /><br />Já que Dudu aparentava não nascer tão cedo, meu marido, acompanhado do meu pai, retornou para São Francisco do Guaporé, a fim de olhar nossa casa e dar uma atenção para nossos cachorrinhos.<br /><br />Ficamos eu e minha mãe em casa. No sábado (05/08) fomos à igreja, depois saímos para jantar com um casal de amigos da família. Tomei um pote enorme de sorvete e passei a madrugada inteira sem dormir, empanzinada, rsrsrs! Minha barriga estava enorme, se eu comesse uma ervilha a impressão é que tinha comido um boi inteiro. Rsrs!<br /><br />No dia seguinte, 06/08, quando já estava com 40 semanas e 04 dias de gestação, levantei às 06 da manhã para ir ao banheiro urinar e, SURPRESA, ao me limpar percebi que saiu um pouco do <a href="http://crisdoula.com/o-que-e-tampao-mucoso/">tampão mucoso</a>. Na hora fiquei super, hiper, mega, power feliz! Kkkk! Mas, logo em seguida, lembrei de alguns relatos de parto que havia lido, em que as gestantes perderam o tampão mucoso uma a duas semanas antes do parto. Resolvi me aquietar e não alardear nada para a família.<br /><br />Voltei a deitar. Poucos minutos depois, comecei a sentir uma levíssima cólica, que vinha da lombar para o baixo ventre, eram as famosas contrações. Continuei quietinha, deitada. Pensando assim: Não é hoje, Mádala! Pára de ansiedade!<br /><br />Quando deu umas 08 horas da manhã, percebi que as cólicas estavam ficando mais intensas, e aí comecei a cronometrar. Elas vinham a cada 15/20 minutos.<br /><br />Fui para o chuveiro, fiquei debaixo da água morna caindo, e BINGO, as contrações não passaram. “Huum! Acho que realmente estou em trabalho de parto!” Rsrs!<br /><br />Então me lembrei que havia lido que estimular os mamilos induz o parto naturalmente, uma vez que libera ocitocina. Peguei um gel lubrificante que havia comprado pra fazer massagem perineal, e comecei a passar nos mamilos. E não é que depois de uns cinco minutos as contrações ficaram mais intensas?! Sim! Nesse momento tive certeza, eu estava em trabalho de parto.<br /><br />Liguei para o maridão super empolgada. Ele disse que já estava retornando com meu pai. Chegariam para o almoço. Em seguida, liguei para a Doula Layne, que prontamente me atendeu, e se dirigiu para a casa dos meus pais, onde eu estava.<br /><br />Nisso minha mãe já estava super preocupada e querendo me levar ao hospital. Rsrs!<br /><br />Por volta das 10h da manhã as contrações já estavam mais ritmadas e vindo a cada dez minutos, aproximadamente. A cada ida ao banheiro, saia mais um pouco do tampão mucoso. A única posição que me ajudava era de joelhos em cima de um colchonete apoiando os braços e tronco num banquinho à minha frente. A cada contração a Layne massageava minha lombar e fazia uma compressa morna com bolsa térmica, que me ajudavam muito.<br /><br />Enquanto isso, minha mãe se controlava para me passar tranqüilidade, e se ocupava fazendo o almoço.<br /><br />Ligamos para a minha ginecologista, Dra. Adélia, que me orientou ficar em casa mais um tempo, e só me dirigir ao hospital quando as contrações estivessem de 01 em 01 minuto, aproximadamente.<br /><br />Liguei novamente para o maridão que ainda estava na estrada, tranqüilo e calmo, pensando ser um alarme falso. Kkkk!<br /><br />Pai e marido chegaram por volta de meio dia, quando eu já estava urrando de dor. Sim, eu fui uma parturiente ESCANDALOSA! Sempre achei que sentiria as dores como uma lady, mas GRITEI feito uma condenada. Kkkkk!<br /><br />Maridão ficou super preocupado e achou que devíamos seguir para o hospital. Eu concordei, pois a dor estava muito intensa. Entrei no carro do jeito que estava em casa. Por falar nisso, que terror é estar em trabalho de parto dentro de um carro. Foram 15 minutos de casa até o hospital, mas pareceu uma hora.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj71Wlncj0bdflHWKkZXIqMpZH_xKKpHeI4C-NqiK0inX0mV-40GlLuSxfQQgHUaLGlS0xfE_piCtqVbGHXughznHWx16pepXfXsn1XGPodk7EjqvTwgEInpp_C6dSh0_CRsc5j-SnsqvCH/s1600/image3.png"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj71Wlncj0bdflHWKkZXIqMpZH_xKKpHeI4C-NqiK0inX0mV-40GlLuSxfQQgHUaLGlS0xfE_piCtqVbGHXughznHWx16pepXfXsn1XGPodk7EjqvTwgEInpp_C6dSh0_CRsc5j-SnsqvCH/s400/image3.png" /></a><br /><br />Enquanto isso meus pais se organizavam com as coisas que precisávamos levar para o hospital, minha mala, a mala do bebê, etc. E o almoço da minha mãe virou uma janta. Rsrs! Naquele domingo nenhum de nós almoçou.<br /><br />Chegamos no hospital por volta de 12h45min. O médico plantonista fez o toque. OITO centímetros de dilatação! Estávamos quase lá!<br /><br />A dor era realmente intensa, já não havia mais posição que aliviasse. Eu abraçava a Layne e urrava a cada contração. Coitados dos ouvidos da Layne. Rsrs!<br /><br />Era um misto de sentimentos. DOR, ALEGRIA por já estar com quase toda dilatação necessária, MEDO de não aguentar a fase do expulsivo.<br /><br />No elevador, subindo para a sala de parto, comecei a chorar e a murmurar. Pedia à Deus mais força, e que me guiasse para a aquilo que o meu corpo é naturalmente pronto. Lembrei das minhas antepassadas e todas aquelas que foram minhas inspirações para chegar até ali...<br /><br />Chegando na sala de parto, as enfermeiras encheram a banheira, onde fiquei por cerca de uma hora. Maridão ficou na banheira comigo, segurava minhas mãos, massageava minhas costas, o companheirão que sempre foi.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6KGn3Rc53YmcIcGAikmJKUFgGIf94R_olYIwh5Q0IGeaotMR1zgV6qnkZ1FF1YBkihXEN8_3Q5YatzZnGBXKGcNC4jnzu0cj973gkbeRZiVjZw5LO2GZk8i2cpjujxyEe35OA-EI6_gbz/s1600/23659214_1626241307462717_6873535822752274571_n.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6KGn3Rc53YmcIcGAikmJKUFgGIf94R_olYIwh5Q0IGeaotMR1zgV6qnkZ1FF1YBkihXEN8_3Q5YatzZnGBXKGcNC4jnzu0cj973gkbeRZiVjZw5LO2GZk8i2cpjujxyEe35OA-EI6_gbz/s400/23659214_1626241307462717_6873535822752274571_n.jpg" /></a> <br /><br />Dra. Adélia chegou por volta das 13h30min. Fez o toque, DEZ centímetros de dilatação. Já estava na fase do expulsivo, eu sentia vontade de fazer força. A bolsa ainda não tinha estourado. Auscultaram o coração do nosso Dudu, tudo ótimo. Layne quis que eu bebesse um suco de laranja, dei um gole, mas nada descia, nem água.<br /><br />Chegou um momento que não estava mais me sentindo bem na banheira, eu não encontrava uma posição confortável. E água morna estava fazendo com que as contrações diminuíssem. Sai da banheira. Foi quando não tinha mais posição confortável mesmo. A menos pior foi num banquinho próprio para parir. Ele parece um vaso e nas laterais tem alças para segurar enquanto se faz força.<br /><br />Dra. Adélia fez mais um toque e disse: ele está quase aqui!<br /><br />Enquanto isso, em meio à dor e meus gritos, eu ouvia tocar minha seleção de músicas para o parto. “Bem vindo meu novo ser, cercado de proteção, de tanto amor, tanta paz, dentro do meu coração. É como se eu tivesse esperado toda vida pra te embalar...”.</div>
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<br />A sensação era de que minhas costas estavam abrindo, especialmente a lombar. Eu estava cansada e fazendo a força de forma errada. A Layne e as enfermeiras me orientavam para fazer força de cocô, falavam que eu estava fazendo a força com o pescoço. A bolsa ainda não havia estourado. Eu ouvia a minha volta que o bebê poderia nascer empelicado. Também ouvi meu pai dizer que a bolsa era de couro, rsrs, não consegui rir disso na hora. Rsrs.<br /><br />Maridão, pai e mãe se revezavam atrás de mim, dando apoio para as costas. Layne o tempo todo ao lado segurando minha mão esquerda.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQKfZHTGYVuMk-e1C-CMBzfWfF7B0aLGeskGwY8rRZbZX_SQP6RsXrsElhsDa3NEccguxqYJa76ChDZtTW9qGkQJ6D1lcpsaB4vknd8N3GWuJUAI4gyx-HdNdM1odPnyCV_7rnJxVdpuAb/s1600/image4.png"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQKfZHTGYVuMk-e1C-CMBzfWfF7B0aLGeskGwY8rRZbZX_SQP6RsXrsElhsDa3NEccguxqYJa76ChDZtTW9qGkQJ6D1lcpsaB4vknd8N3GWuJUAI4gyx-HdNdM1odPnyCV_7rnJxVdpuAb/s400/image4.png" /></a><br /><br />Chegou um momento que achei que não conseguiria mais. Minhas pernas tremiam, e se me oferecessem uma cesárea eu aceitaria sem pensar duas vezes. Rsrs! Com certeza eu já estava na famosa partolândia, não tinha mais consciência de quem estava atrás de mim dando apoio nas costas, e já não ouvia mais nada ao meu redor. Foi quando vi Dra. Adélia forrando um pano verde no chão, de frente a mim, e o pediatra, Dr. Freddy, sentando num banquinho ao lado. Dra. Adélia disse: FORÇA! Ele está aqui. Fiz mais três forças, senti o círculo de fogo, ele coroou ainda dentro da bolsa, e às 15h27min, do dia 06/08/2017, recebi Dudu nos braços, com 52 cm e 3,710kg.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvakKArzwKX2wkXgDDXCG7HX7p33uItN880bWxbdGs0X911-R7oFlhRBv_HO9OygXQ38lBE-gYuMq0BbPrILOJS1bgbmmMTYW2DaBg7YOCdZZ6zmNQHBEP-zN_g-t5iDnadYqT7b8UXJI-/s1600/23659479_1626240184129496_5683023273356194616_n.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvakKArzwKX2wkXgDDXCG7HX7p33uItN880bWxbdGs0X911-R7oFlhRBv_HO9OygXQ38lBE-gYuMq0BbPrILOJS1bgbmmMTYW2DaBg7YOCdZZ6zmNQHBEP-zN_g-t5iDnadYqT7b8UXJI-/s400/23659479_1626240184129496_5683023273356194616_n.jpg" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9oeDFFp9MFm7aZxGn0fQgyJ2GbX5nsX1gq2_ZGw0n7ymAB2xozym-mmLANq9CkgwnO6eWvhTmE8RrZQy3WPy2JAVjbzo2By36NF56-B6F-J_15kZA_hvpPNJRPC-p46i6MIVIH_zKd9iL/s1600/23659276_1626224654131049_2447773650288421144_n.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9oeDFFp9MFm7aZxGn0fQgyJ2GbX5nsX1gq2_ZGw0n7ymAB2xozym-mmLANq9CkgwnO6eWvhTmE8RrZQy3WPy2JAVjbzo2By36NF56-B6F-J_15kZA_hvpPNJRPC-p46i6MIVIH_zKd9iL/s400/23659276_1626224654131049_2447773650288421144_n.jpg" /></a><br /><br />"MEU FILHO", eu gritei!<br /><br />Esperaram parar de bater o cordão umbilical e, ainda no meu colo, minha mãe o cortou. Rapidamente o pesaram e mediram. Apgar DEZ/DEZ. Enquanto isso, senti vontade de fazer mais uma forcinha, e pari a placenta. Senti amor por aquele órgão, afinal foi ele que alimentou meu bebê durante toda a gestação.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNfDFDJBZy5_drcUw-fD1TgUL8z2V9Jd6fSF5HNGimqlprJtZ2QVNpB7gTE7S71bWIcFpTCXPED1VkJhQCAQOnZeQ4m5U1YR4-7-dNXxSq7Korp8CekrBczz4L94RUjVasgXsvJqGcUqNc/s1600/image9.png"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNfDFDJBZy5_drcUw-fD1TgUL8z2V9Jd6fSF5HNGimqlprJtZ2QVNpB7gTE7S71bWIcFpTCXPED1VkJhQCAQOnZeQ4m5U1YR4-7-dNXxSq7Korp8CekrBczz4L94RUjVasgXsvJqGcUqNc/s400/image9.png" /></a><br /><br />Levantei extremamente trêmula e fraca, e fui para uma maca, onde a Dra. Adélia deu uns pontinhos na pequena laceração que tive. Layne ao meu lado, ainda segurando minha mão.<br /> <br />Logo me entregaram Dudu no colo novamente, onde ele iniciou uma mamada despretenciosa, meio sem jeito, mas muito importante. Seguimos para um quarto, onde ficamos durante 48 horas sob observação, somente em razão das regras do hospital.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiomKdncyUOZo0tyD_TJ3vquuxoO4efSBWYvZ58e0WXjuhO4rVnl1tqE6bIYYtiDVnF2tk2d-1HKczBA8tyrZYlAloQbiHLrZHdt_tWCQktDf33m56dKIC3_rOIC52Nj16v-pi7GBt8uCfX/s1600/image7.png"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiomKdncyUOZo0tyD_TJ3vquuxoO4efSBWYvZ58e0WXjuhO4rVnl1tqE6bIYYtiDVnF2tk2d-1HKczBA8tyrZYlAloQbiHLrZHdt_tWCQktDf33m56dKIC3_rOIC52Nj16v-pi7GBt8uCfX/s400/image7.png" /></a><br /><br />Eu estava cansada, mas falava feito uma maritaca, kkkk, e fiz questão de dar a notícia para todos os familiares com vários telefonemas. Dudu nasceu!!! Dudu nasceu!!! Parto natural!!!<br /><br />Seria hipocrisia dizer que parir sem anestesia não dói. Mas dar à luz um filho de forma natural, fisiológica, sem qualquer intervenção, é uma força tão transformadora que equivale a nascer de novo. Parir é divino. É sagrado!<br /><br />Para parir é preciso ter fé. Fé em Deus, em nós mesmas, na natureza, no nosso corpo, no próprio bebê (porque ele sabe nascer) e no que acreditamos.<br /><br />GRATIDÃO!<br /><br />À Deus, que nos permitiu conceber o Eduardo, nos guiando no caminho de um parto natural e saudável.<br /><br />Ao Dudu, meu filho amado, que nasceu no tempo dele, e me fez renascer.<br /><br />Ao maridão, que me apoiou nessa decisão e se empoderou comigo. Te amo ainda mais por ter aceito participar desse momento tão sagrado de nossas vidas.<br /><br />Aos meus pais, minhas bases, por sempre me apoiarem incondicionalmente. Amo vocês de uma forma imensurável.<br /><br />À Doula Layne, pelo profissionalismo, força e amabilidade transmitidos, antes, durante e após o parto.<br /><br />À Dra. Adélia, por ser uma profissional competentíssima, e por proporcionar às mamães que acompanha a oportunidade de terem seus filhos da forma mais natural possível.<br /><br />Ao Dr. Freddy, pediatra que estava de plantão no dia do nascimento do Dudu, o qual foi muito atencioso, respeitando os termos do meu plano de parto.<br /><br />Às enfermeiras presentes durante o trabalho de parto.<br /><br />Enfim, agradeço a todos que direta ou indiretamente influenciaram para que eu vivesse esse momento divino, espetacular e SURREAL na vida de uma mulher.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjds8y-R9U0JgDCFo-hWo_JVHHv89kd8wu6IXEn0-IEXf6D26w9ojcCur8lNhQ5V55Kj5rVmwp0lqiYllq9NKk8HibxRimcgJfNBVvFVDYdxJ6S-RWjWrxAQ4hMQJipKa-kHYCYqAZALhTM/s1600/2017-12-09+10.00.56.png"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjds8y-R9U0JgDCFo-hWo_JVHHv89kd8wu6IXEn0-IEXf6D26w9ojcCur8lNhQ5V55Kj5rVmwp0lqiYllq9NKk8HibxRimcgJfNBVvFVDYdxJ6S-RWjWrxAQ4hMQJipKa-kHYCYqAZALhTM/s320/2017-12-09+10.00.56.png" width="256" /></a><br />Mádala Vieira tem 29 anos e é servidora pública do Tribunal de Justiça de Rondônia. E esse é o Dudu! Contato: madalavieira@hotmail.com<br /></div>
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Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-13277553965633923802017-11-04T08:48:00.000-07:002017-11-04T08:49:59.703-07:00Relato de parto da Daieny: parto normal hospitalar em Porto Velho com doula<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN6umV94WhuCQ0fkL6ZTWONVRAtBa5HwL3kasBY-i0Dd4_9v8u_6rNI7Hso6KpSYdIlZnF9yRrcXlDEW9-piThyphenhyphenKJDxDY-hSv70pRxf0hl0QVwCYHmK4E3MPDYbrlSGQn07f2WgIB7VTF1/s1600/image2.JPG"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN6umV94WhuCQ0fkL6ZTWONVRAtBa5HwL3kasBY-i0Dd4_9v8u_6rNI7Hso6KpSYdIlZnF9yRrcXlDEW9-piThyphenhyphenKJDxDY-hSv70pRxf0hl0QVwCYHmK4E3MPDYbrlSGQn07f2WgIB7VTF1/s400/image2.JPG" /></a><br />
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Eu sou a Daieny Bisinella e sempre tive um grande desejo de ser mãe, desde a infância. Quero ser a melhor mãe possível e isso inclui o parto também. Meu relato é grande! Mas a empreitada também foi... e tudo valeu a pena! ❤️❤️<br />
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Quando descobri que estava grávida fiquei atônita. Não acreditei que havia chegado o momento que sempre esperei, o momento tão sonhado. Sabia que dali pra frente começaria a grande aventura de ser mãe.<br />
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Passado o primeiro impacto, fui à obstetra para dar início ao pré-natal. Desde essa primeira consulta, meu marido, Bruno, sempre esteve junto. Na segunda consulta, comecei o assunto sobre meu desejo de ter parto normal, pois na minha cabeça sempre foi natural a ideia de que meu(s) parto(s) seria(m) normal(is). <br />
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Bom, prontamente a GO que me acompanhava disse que realizava sim e era super a favor, mas seria normal SE eu estivesse bem até lá e que eu não fizesse terror de cesárea, porque hoje em dia ela era ótima, TÃO boa quanto o normal, ela mesma teve cesárea e voltou a trabalhar após 7 dias!!!!! E isso, na opinião dela, era maravilhoso. Saí de lá com o alerta laranja ligado!<br />
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Depois disso, as próximas consultas, foram, no mínimo, negligentes, ao ponto de eu ter ficado sem consulta do quarto mês e recorrer à maternidade municipal para não ficar sem o acompanhamento adequado. Nesse período, eu já havia me informado melhor sobre gestação e parto. <br />
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No começo, as pessoas me perguntavam se realmente eu tinha coragem para me submeter a um parto normal, e o comentário clichê se repetia abundantemente: "Nossa! Como você é corajosa!". Confesso que esses pouco me abalavam, porque eu tinha muito mais medo de uma cirurgia do que da dor que todos falavam do parto normal.<br />
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Mas comecei alucinadamente a me informar e ler e pesquisar sobre parto. Uma grande amiga serviu de inspiração, pois além de me incentivar, me dar dicas sobre a importância do empoderamento da mulher, teve um parto normal humanizado após uma cesárea. Então busquei! O começo foi assistir os documentários <a href="http://www.orenascimentodoparto.com.br/">"O Renascimento do Parto"</a> e "<a href="https://www.youtube.com/watch?v=eg0uvonF25M">Violência Obstétrica"</a>. <br />
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O primeiro me mostrou como um parto poderia ser lindo e o segundo o como poderia ser horrível. Meu marido assistiu comigo os dois, sempre achei que deveria envolvê-lo, pois com ele ao meu lado tudo seria mais fácil e, afinal, foi pra isso que nos casamos, para ficarmos unidos, principalmente nos grandes momentos.<br />
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Participamos de rodas de conversa e orientação sobre parto, conhecemos e conversamos com doulas e descobrimos o parto domiciliar, o qual criou raízes no meu coração, pois enxerguei nele a forma mais adequada de uma mulher parir e a maneira de fugir dos profissionais desumanizados do sistema.<br />
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Foi aí que decidi mudar de GO. O meu marido mesmo falava que a que eu estava ia me induzir a uma "desnecesárea". Então fomos para o segundo GO, o qual era referência em parto normal na cidade, mas confesso que, desde a primeira consulta, coisas me deram sinais de que ele não era tudo isso que falavam, mas era o que conhecia de melhor.<br />
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Comecei nessa época, por volta de 27 semanas, a fazer fisioterapia obstétrica, com a <a href="http://www.thepictaram.club/instagram/fisio_saudedamulherpvh">Camila Patriota</a> Ferreira: uma maravilha! Foi de várias maneiras importante para a construção do meu empoderamento.<br />
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O tempo passava e eu me informava e aprendia cada vez mais e aumentava a minha confiança em mim mesma. Foi quando, com cerca de 32 semanas, veio a notícia de que eu não poderia parir em casa, pois, por motivos alheios a minha gestação, a empresa que realiza o parto em casa não poderia me atender. No começo tive medo. Sabia o que acontecia a muitas mulheres nos hospitais. Mas então aceitei essa mudança como parte da história da minha gestação e do meu processo de nascer como mãe, e passei a tomar as providências que eu podia para assegurar que minha filha viesse ao mundo da melhor maneira.<br />
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No sétimo mês de gestação mudei novamente de GO, por indicação. Foi ótimo, me senti mais segura. Por fim, resolvi procurar também um pediatra que fosse humanizado para acompanhar o parto.<br />
Do oitavo mês em diante, eu já estava me sentindo completamente confiante com relação a parir. Sabia, no meu íntimo, que pariria minha filha em qualquer lugar e com qualquer profissional que fosse acompanhando. Eu tinha o poder de parir e isso não dependia de mais ninguém. Eu gostaria que tudo fosse o mais harmônico e suave possível, mas eu tinha plena convicção da minha capacidade, entendi, então, o que era o famoso "empoderamento da mulher".<br />
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Com 38 semanas e tudo ótimo, sabia que dali em diante qualquer hora poderia ser a hora, porém sempre me esforcei para controlar a ansiedade. E chegou a DPP, 24/06 e nada. Fiquei com receio, mas ainda restavam duas semanas para esperar. Quando cheguei a 41 semanas, meu receio aumentou ainda mais, pois não queria me submeter a uma cirurgia, além de ter muita vontade de viver a experiência de parir e sentir trazer minha filha ao mundo. Entretanto, também me esforçava para me preparar psicologicamente para uma possível real indicação de cesárea ou indução.<br />
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Eis que após duas semanas de pródromos, muitos alarmes falsos e muita expectativa, às 2hs da madrugada do dia 03/07/17, começo a sentir contrações. Esperei pra ver se elas cederiam e após algum tempo avisei as doulas. Eu duvidava, mas a <a href="https://www.facebook.com/talitahappy">Talita Silveira Santana</a>, doula, parece que sentiu que a hora havia chegado, e mesmo eu dizendo pra aguardar para termos certeza, ela se pôs a caminho da minha casa e quando eu avisei que achava que ela deveria vir mesmo, ela já estava na minha porta.<br />
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Na primeira hora de contrações eu ainda duvidava de que fosse trabalho de parto, tinha receio de que elas passassem. Mas quando percebi que era de verdade, me alegrei e senti muita gratidão, tinha muita confiança que dali em diante tudo daria certo. O Bruno logo colocou as malas no carro e deixou tudo certo para nossa saída para o hospital e depois de algum tempo foi dormir para poder ficar bem durante o dia.<br />
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Foi a madrugada mais maravilhosa da minha vida, tudo muito natural, tranquilo. Passei quase todo o tempo sentada na bola, fazendo os movimentos para relaxar entre uma contratação e outra e os exercícios pra TP que aprendi na fisioterapia. A Talita esquentava uma bolsa de sementes e fazia compressas na minha lombar e pelve, e durante cada contração eu vocalizava e relaxava meu corpo, para que ele pudesse trazer minha filha a esse mundo. Conscientemente eu vivia cada contração com amor e alegria desse trabalho de parto tão desejado. Por volta de 5:30h resolvi comer algo, pois queria ficar preparada para um possível TP demorado, então pensei que seria melhor manter minhas energias carregadas.<br />
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Por volta de 6:30h o Bruno acordou. Eu estava na sala, apoiada no sofá, tirando cochilos entre uma contração e outra, por conselho da Talita (e eu cochilei mesmo!) Esperai até 7h para ligar e avisar a família que a Maria Clara estava a caminho. Depois disso, após a insistência da Talita, fui para o chuveiro quente com a bola (eu enxergava na água quente a minha maior cartada contra as dores das contrações, e como sentia pouca dor, resistia a ir para o chuveiro pois achava que ainda ia piorar muito. Mas a Talita conseguiu me convencer quando me lembrou que a água quente apressava a dilatação).<br />
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Daí em diante, logo entrei na <a href="http://www.despertardoparto.com.br/blog---notiacutecias-da-humanizaccedilatildeo/curiosidades-da-partolndia">partolândia</a> e foi lindo. O Bruno veio ficar comigo, Talita apagou a luz, colocou um aromatizador, acendeu uma vela e nos deixou a sós. Conversávamos como dois amigos, dois namorados, e foi nosso último momento de casal antes da nossa filha. A minha impressão é de que já havia se passado muito tempo, as contrações começaram a ficar mais intensas e mais próximas. <br />
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Avisamos o GO, que disse que em breve iria a nossa casa para me avaliar. Porém, depois de pouco tempo, a Talita avisou que não havia mais tempo pra esperar, já que as contrações estavam muito próximas e que deveríamos ir até o GO logo. Eu resisti a sair do chuveiro. Estava imersa naquele momento, mas cedi e avisei, enquanto me vestia, que se eles não queriam que ela nascesse em casa, eles deveriam se apressar. Senti que minha filha estava chegando.<br />
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Entramos no carro e fomos para o hospital, vocalizei em cada contração e me agarrava ao ombro do Bruno, ele era tudo que eu queria, tudo que eu procurava naquela hora. Quando chegamos, da entrada até o consultório do GO tive duas contrações na recepção e já estava sangrando. Após a avaliação, o GO informa que eu estou com dilatação total e que, de agora em diante, deveria mudar meu padrão de respiração para fazer força. <br />
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Lembrei da fisioterapia e de como fazer a força no<a href="http://vilamamifera.com/casadadoula/tudo-sobre-o-expulsivo/"> expulsivo</a>. Cheguei no quarto e assim que vi a escadinha de subir na maca, instintivamente me agarrei a ela e fiquei em 4 apoios, ninguém me tirava mais dali. Bruno correu no carro para buscar a bola e o tapete de EVA, o qual foi colocado sob meus joelhos. Mandei que apagassem a luz. Daí em diante eu não vi mais nada, só Bruno do meu lado esquerdo, cuja mão eu segurei quase o tempo todo, e a Talita, que estava do outro lado e me encorajava quando eu pedia e socorro.<br />
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Após algumas contrações senti que precisava mudar de posição para que minha filha pudesse sair, então estiquei a parte de baixo das pernas e na próxima contração senti o círculo de fogo, logo após o que a cabeça da Maria Clara saiu, juntamente com um braço, na mesma posição que sempre esteve durante a gestação. <br />
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A contração passou... eu respirei... esperei... e logo veio mais uma contração e com a pouca força que eu fiz, ela nasceu! Chorou imediatamente, um choro lindo. Bruno a pegou, eu me sentei e encostei na parede e pedi minha filha. Ela veio pro meu colo, olhei-a sem acreditar. Choramos juntos, eu e Bruno, sem palavras pra expressar.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibBkPhvONqFI831-DDCBGCGuDGgb_TnMr6GFePKQc8dC90bPjlzKV246PRuyH6nnehUfSAw5AtbtjjCrAcD7JYku6UL5G7IRZiiO2Hcp-3Kk295WMK1OulUz-QSDrKVxBFOEBId6QkVPM1/s1600/image1.JPG"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibBkPhvONqFI831-DDCBGCGuDGgb_TnMr6GFePKQc8dC90bPjlzKV246PRuyH6nnehUfSAw5AtbtjjCrAcD7JYku6UL5G7IRZiiO2Hcp-3Kk295WMK1OulUz-QSDrKVxBFOEBId6QkVPM1/s320/image1.JPG" /></a><br />
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Tudo foi ótimo. Nem ela, nem eu, passamos por qualquer procedimento desnecessário: não houve corte prematuro do cordão umbilical, não foi aplicado nitrato de prata, não houve episiotomia e, ao final de tudo, períneo íntegro. Em todos os momentos ela ficou comigo ou com o pai, onde deveria ficar.<br />
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Nisso, minha noção de tempo estava completamente alterada mas, descobri depois, que chegamos ao hospital às 9:15h e a Maria Clara nasceu às 10:10h. Tudo foi muito rápido. Todos os profissionais que estiveram envolvidos foram muito respeitosos e humanizados. Me senti absolutamente dona do meu corpo e feliz por conseguir que minha filha chegasse a esse mundo com amor e respeito, no tempo dela, do jeito dela. Agradeço a Deus por essa oportunidade, ao meu marido e companheiro, Bruno, ao nosso obstetra, ao nosso pediatra e à doula querida, Talita.<br />
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Amei meu parto e foi a coisa mais forte e mais intensa que eu já vivi em minha vida, trouxe um amor que eu só imaginava que existisse.<br />
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<br />Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-86132011970497133142017-10-19T05:12:00.000-07:002017-10-19T14:30:53.530-07:00Relato de parto da Vanessa: parto na água em Ji-Paraná<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRbWAeywG5ikYuhGyLR0OdshQi0nQwRSqxXzYwS26g8B6kL-msZW_ZIkFe1C-utaoqGeWjGDdvdMxih6NTE5RdnZeQa5PkmKer7qMqkMLiiaHh9eOwiWKJN6RXgsuAqtlMvue92Lo-vgXg/s1600/11813304_907127692693451_1367127171366002115_n.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRbWAeywG5ikYuhGyLR0OdshQi0nQwRSqxXzYwS26g8B6kL-msZW_ZIkFe1C-utaoqGeWjGDdvdMxih6NTE5RdnZeQa5PkmKer7qMqkMLiiaHh9eOwiWKJN6RXgsuAqtlMvue92Lo-vgXg/s400/11813304_907127692693451_1367127171366002115_n.jpg" /></a><br />
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Meu sonho de ter um parto natural estava engavetado desde a minha primeira gestação, onde meu desejo de parir não foi suficiente para vencer o sistema e acabei numa cesariana de indicação duvidosa após a ruptura espontânea da bolsa, com 37 semanas e 5 dias de gestação. Porém, a maternidade tem um poder curador e, quando me entreguei a ela, aos poucos, a frustração pela via de nascimento foi perdendo lugar para as inúmeras delícias de criar e amar um filho.<br />
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Quando nosso primogênito, Levi, estava com 1 ano e 7 meses, descobrimos que uma nova vida estava por vir. Foi uma grande surpresa, mas eu não imaginava que o “positivo” traria outras surpresas.</div>
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Tivemos algumas complicações de início. Sofri um atropelamento, tive descolamento do saco gestacional e sofri com os resultados de alguns laudos precipitados de ultrassonografias. Tinha muito medo de perder minha filha ou de ter um parto prematuro. Quando estava com 29 semanas fui convidada a participar de um grupo virtual de apoio ao parto humanizado e lá descobri que poderia sonhar de novo com um parto natural, mesmo após uma cesárea. Através desse grupo cheguei ao blog “Parto em Rondônia” e os relatos de parto que encontrei me encorajaram a lutar pelo vbac (do inglês 'Vaginal Birth After Cesarean' parto normal após cesárea).</div>
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Conversei com meu esposo, Anderson, que passou a sonhar junto comigo e concordamos que se tudo corresse bem na gestação, iríamos receber nossa filha da forma mais natural possível. Li tudo o que podia sobre o assunto, busquei apoio nas redes sociais, encontramos pessoas maravilhosas para nos ajudar. Minha xará Vanessa Rolim nos emprestou o filme “<a href="http://www.orenascimentodoparto.com.br/">O Renascimentodo Parto</a>”, que teve um grande impacto sobre nós.</div>
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Toda essa preparação foi dissipando os medos relacionados à gestação e eu passei a finalmente curtir o momento. Conhecemos nossa doula, <a href="https://www.facebook.com/jeieli.borges">Jeiéli Laís Borges</a>, que passou a nos auxiliar em nossa jornada. Com 33 semanas de gestação, dei o grande passo: mudar de obstetra, pois sabia que essa era uma decisão essencial. Já na primeira consulta com a Dra. Adélia Pompeu ficou claro que a cesariana anterior não seria um impedimento. Algumas semanas depois, derrubados os medos levantados pelas ultrassonografias anteriores, confirmamos que estava tudo muito bem com a gestação e que o parto natural seria totalmente possível.</div>
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Comecei a fazer pilates com a linda Cristiely Oliveira Ecairo, que hoje se tornou uma amiga querida. Passei a fazer caminhadas com meu filho mais velho e segui normalmente a rotina de casa e trabalho. Eu e meu esposo continuamos nos preparando e fizemos nosso <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2014/06/gestante-o-parto-esta-nos-seus-planos.html">Plano de Parto</a>.</div>
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No dia 16/07/2015 completamos 40 semanas e eu comemorei 31 anos de vida. Nervos à flor da pele, lágrimas escorrendo à toa e milhares de perguntas sobre “quando ela iria nascer”. A ansiedade das pessoas ao meu redor se tornou a minha ansiedade. Foi aí que minha doula teve uma ideia brilhante: a despedida da barriga. Marcamos para ela vir no sábado seguinte e aquilo me deu um novo ar e uma tranquilizada. Aproveitei para escrever uma carta de despedida para a barriga, avisando à minha pequena que já estava tudo pronto e que ela podia vir. “O amor está tão perto mas só no tempo certo vai chegar” (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=_5U1B6O6v9c">Música Escolhi te esperar</a> – Marcela Taís).</div>
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Dra. Adélia havia feito o exame de toque pela primeira vez na consulta de 40 semanas e mencionou sua expectativa de que nossa princesa poderia chegar no final de semana seguinte. Deixamos uma consulta marcada para segunda-feira, dia 20/07, para reavaliar um pouco antes das 41 semanas.<br />
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Na sexta-feira, dia 17, meu tampão começou a sair, o que não quer dizer muita coisa mas já é suficiente para liberar uma boa dose de adrenalina. As contrações não ritmadas, que já vinham aumentando de duração e intensidade nos últimos dias, passaram a ser mais frequentes. Às vezes vinham a cada 20 minutos, no entanto, não se tornavam regulares. Nessa noite resolvi ir tomar um banho de piscina para dar uma acalmada e ficamos ali por algum tempo, eu, minha filha e Deus, entre as músicas da trilha do nosso parto, mergulhos, orações e contrações. O céu parecia estar muito perto.</div>
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Mais tarde, embaixo do chuveiro, comecei a ouvir uma canção que dizia “Ela é forte, só não sabia” (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=5NLuldzDIwc">Menina não vá desanimar – Marcela Taís</a>) e comecei a chorar pensando no quanto aquilo era verdade a meu respeito. O meu corpo não era defeituoso, mas perfeito e forte o suficiente para trazer uma nova vida ao mundo.</div>
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O sábado chegou e o clima na casa já tinha mudado, definitivamente. Anderson tinha marcado com a filha para que ela nascesse na segunda-feira, para que ele pudesse aproveitar melhor os dias de licença-paternidade. Fomos ao supermercado pela manhã e as contrações vinham mais fortes enquanto fazíamos compras. Depois do almoço elas deram uma acalmada e dormi bastante.</div>
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No final da tarde, quando a campainha tocou anunciando a chegada da Doula Jeiéli, senti uma contração forte e intensa. Enquanto ouvia mais uma vez nossa trilha sonora, sentindo aquele aroma gostoso de canela no ambiente, recebi escalda pés, massagem e dei boas risadas. Depois disso foi o momento de desenhar nossa bebê na barriga, tirar fotos e encher a bola de pilates, que seria minha companheira inseparável nas próximas horas.</div>
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Meu coração se tranquilizou quando a Jeiéli disse que já tinha vindo da sua cidade preparada para ficar em Ji-Paraná e que pretendia permanecer até segunda-feira. Nos despedimos e fui dormir. As contrações fizeram uma graça e sumiram no domingo, retornando só no final da tarde.</div>
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Tentei dormir na noite de domingo mas quem mandava em mim nessa hora eram as contrações. Minha filha avisava que estava mais perto e eu procurava ser forte para lhe dar as boas vindas. Às 02:00 da manhã desisti de lutar para ficar deitada e resolvi ir para o chuveiro. Coloquei música e fiquei lá o tempo que pude. Depois, voltei para o quarto e tentei dormir novamente mas sentir contrações deitada é a coisa mais insuportável desse mundo. Nessa hora até parei de monitorar o intervalo entre as contrações no aplicativo do celular. Enviei uma mensagem para a Jeiéli avisando da evolução, mas ela estava dormindo e não visualizou.</div>
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Como não dava mais para ficar sozinha, acordei o marido e lá foi ele me ajudar a passar a bola de pilates pelo box minúsculo do banheiro. Esse foi o meu momento de refrigério: ficar no chuveiro em cima da bola. Quis chamar a doula mas ele pediu para esperarmos amanhecer, o que me deixou um tanto quanto brava na hora. Resiliente, me contentei em tentar dormir em cima da bola de pilates, com o tronco apoiado na cama. Deu certo e tirei alguns cochilos entre as contrações.</div>
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Quando vi que eram 5:00 da manhã, só não gritei de alegria porque não tinha forças. O marido ligou para a doula e saiu para buscá-la. Quando a Jeiéli chegou eu estava jogada na cama, me sentindo destruída. O aroma de canela no ambiente e as mãos abençoadas da doula massageando minhas costas trouxeram um novo fôlego. Consegui dormir de verdade por algum tempo. O renovo chegou. Levantei animada e fomos tomar café.</div>
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Jeiéli foi preparar o famoso chá da <a href="https://www.facebook.com/Naoli-Vinaver-291374787665576/">Naoli</a> (Naoli Vinaver, parteira) e eu tentei comer alguma coisa enquanto observava meu filho brincando e meu esposo todo sorridente, como se soubesse de algo que eu não sabia. Depois do parto, descobri que ele e a doula vinham conversando no carro e ela havia dito que achava que nossa menina nasceria até o dia seguinte. Ele, por sua vez, tinha certeza que sua filha seria obediente e nasceria naquela segunda-feira, conforme combinado.</div>
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A manhã seguiu com chá, massagem e casa perfumada por canela e alegria. As contrações apertaram novamente e lá fomos nós – eu e a doula – para uma nova sessão de massagem e pressão na lombar. Dessa vez a massagem parecia não ter efeito, o chuveiro parecia não funcionar e senti vontade de ir ao banheiro. Voltando ao quarto, vi uma poça de água no chão. Líquido transparente e grumoso. A bolsa rompeu! Arrumei um jeito para não ficar alagando tudo por onde passasse, pois já sabia que aquela água parece não ter fim, e segui o meu dia.</div>
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Eram 12:00 e esperei a fome chegar para almoçar, pois sabia que precisava me alimentar para encarar o que estava por vir. Almocei em cima da bola de pilates, para driblar as contrações e ganhei um novo massagista: meu filho.</div>
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Por volta das 14:00, Anderson ligou para a Dra. Adélia para informar em detalhes o ocorrido. A essa altura eu já estava tão conectada com Deus e com meu corpo que nem lembrei do episódio da primeira gestação e não tive medo de uma nova cesariana. As palavras da obstetra vieram confirmar meu sentimento de que tudo daria certo: “não precisam ter pressa, se tudo continuar como está, deixem para vir ao consultório mais tarde”. O consultório e a maternidade ficavam a 400 metros do nosso apartamento.</div>
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Nesse instante as contrações resolveram brincar de esconder e o processo desacelerou. Subi e desci as escadas do prédio, caminhei pelo estacionamento, recebi a visita da minha irmã mais nova (morrendo de medo de ela se assustar com as caras que eu fazia durante as contrações). Fiz o esposo sair de casa para comprar um guaraná, do qual só conseguir tomar um gole...</div>
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No final da tarde checamos as bolsas de maternidade e fomos para a consulta. Nosso filho ficou em casa com a Lola, minha amiga e filha espiritual. Fizemos tudo tão devagar que chegamos lá quase às 19:00, no horário da consulta. As contrações haviam retomado o intervalo de 7 minutos (estavam assim desde a madrugada do domingo). Quando cheguei à sala de espera elas desaceleram de novo. Entrei no consultório sem contrações e a Dra. Adélia me examinou, fez o toque e disse que era hora de internar.</div>
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Adrenalina correndo novamente! Recebi algumas orientações da equipe do hospital e continuei conforme meus instintos. Devido o parto humanizado ser algo novo no hospital, a equipe de enfermagem ficou tensa ao receber a cópia do Plano de parto, mesmo já tendo a assinatura prévia da minha obstetra e da pediatra. Plano de parto parece soar como processo aos ouvidos de uma instituição hospitalar mas espero que mude na medida em que as práticas hospitalares forem sendo submetidas à humanização do nascimento.</div>
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Já na suíte de parto, nossa trilha sonora começou a tocar <a href="https://www.youtube.com/watch?v=peDuZGO0s4M">“Quando o mundo cai ao meuredor” (André Valadão)</a>. A enfermeira conhecia a música e cantarolou junto, parece que a música serviu para quebrar o clima chato do início e nos unificar como equipe.</div>
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Uma conhecida nossa estava na recepção do hospital e, ao ver meu esposo dando entrada na minha internação, pediu para ir me ver. Ele sabia que isso estava totalmente fora de cogitação em nosso plano de parto mas ficou sem jeito de dizer não. Quando ele subiu, a conhecida foi atrás e fez aquela cara de horror ao me encontrar. Que dó, que pena, finalizando com a frase: “ih, o primeiro foi cesárea, então esse não vai vir normal, não”. Diante de tal afirmação, apenas sorri, confiante e me senti grata quando ela foi embora.</div>
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Ficamos na suíte apenas eu, Anderson e nossa doula. Meu esposo já estava cansado da jornada e tentava se distrair um pouco no celular, o que me fazia querer atirar o aparelho pela janela. Fiquei um tempo na bola de pilates, quando os plantonistas do hospital vieram se apresentar.</div>
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O momento não era muito propício e eles logo foram embora. Decidi ir para o chuveiro, mesmo com uma enfermeira dizendo que aquilo poderia atrasar o trabalho de parto e, conforme diziam meus instintos, saí de lá com o trabalho de parto realmente engrenado. As contrações vinham uma atrás da outra, tão próximas que a doula nem quis cronometrar o intervalo.</div>
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Passei a pedir pressão no quadril constantemente. Jeiéli já não dava conta de pressionar sozinha e meu esposo começou a ajudá-la. A contração vinha e cada um pressionava de um lado. Agachei ao lado da banheira e me senti menos desconfortável durante as contrações. Ouvi o som dos sapatos da Dra. Adélia e me senti um pouco temerosa, pois sabia que ia rolar o exame de toque e, se eu pudesse abolir alguma coisa da experiência do parto, certamente o tal toque seria eliminado.</div>
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O exame foi feito comigo na banqueta de parto. Essa parte não foi legal. Continuei na banqueta e a Dra. disse que a bebê teria que nascer até meia-noite. Conversando depois, ela me explicou que a frase seria para expressar que, com aquele andamento do TP, se não nascesse até meia-noite é porque tinha algo atrapalhando o parto. Na hora, porém, ouvir o até meia-noite me deixou nervosa por alguns segundos. Eram por volta de 22h. Respirei fundo, relaxei o máximo possível e sorri para mim mesma dizendo em pensamento: sim, ela nascerá até meia-noite.</div>
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Dra. Daniele, pediatra do hospital com quem eu havia conversado sobre meu plano de parto dias antes, era a plantonista da noite (Yesss! Deus é perfeito!) e passou no quarto para ver como estava o TP. Ao me ver ali na banqueta, não conseguiu disfarçar a empolgação e soltou um “mas já?”. Dali em diante foi tudo muito rápido. Equipe enchendo a banheira. Eu sentindo os puxos, tentando escolher entre banqueta ou banheira e minha filha querendo muito vir ao mundo. Dra. Adélia perguntou ao Anderson se ele entraria na banheira e já deu a roupa para ele trocar, sem nem dar tempo de ele pensar (sou grata a ela por isso, pois se ele tivesse tempo de pensar, teria desistido). </div>
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No plano de parto eu havia decidido que escolheria o lugar e posição de parir durante o TP, da maneira que me sentisse mais confortável, por isso os puxos me pegaram de surpresa e eu até esqueci que o parto na água era o meu sonho acalentado e engavetado. Dra Adélia auxiliou minha memória me convidando a ir para a banheira, que daria tempo de eu entrar lá. </div>
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Entramos na água, eu e Anderson. A iluminação da suíte não ajudava muito e me senti incomodada quando tiveram que ascender as luzes. O silêncio também não estava absoluto como eu queria, mas tentei ir ouvindo nossas músicas e me concentrando no momento. Foram dois ou três puxos e, no último, às 23:45, Ana Leticia veio numa força só, ao som de “pra maior festa da vida quem convida é o amor”.</div>
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<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/JJmhgvdXVNw/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/JJmhgvdXVNw?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
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Ela veio virada para mim, saindo da água na minha direção e com o bracinho estendido como que pedindo para eu pegá-la. Minha emoção não me deixou ser tão rápida. Dra Adélia a amparou pelas costas para que ela chegasse na minha perna e daí eu a peguei. Quentinha, com aquele cheiro inesquecível, de olhinhos abertos, serena, sem chorar.<br />
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Éramos nós quatro na água: Deus, Ana Leticia, eu e o pai. A equipe assistia do lado de fora. Ninguém tocou nela enquanto estava no meu colo. Dra. Daniele pediu para que eu visse se ela estava respirando. Ficamos ali, com o tempo suspenso, aproveitando o momento. Depois que o cordão parou de pulsar, meu esposo foi pego novamente de surpresa com a pergunta se queria cortá-lo. Entre o medo e o desejo, ele optou por fazê-lo.</div>
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Senti um novo puxo e imaginei que era a placenta que nasceria. Com o auxílio da equipe, Anderson e Ana Leticia saíram da água primeiro, em seguida eu saí para a expulsão da placenta. Fui para a mesa para ser examinada. Tive alguma laceração e precisei de pontos. Enquanto isso, minha filha estava no berço ao meu lado, sendo aquecida e vestida com a roupa que escolhi, recebendo os primeiros cuidados com todo o respeito, sob o olhar dos pais, sem intervenções desnecessárias.</div>
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De volta ao meu colo, ela mamou como quem já nasce especialista no assunto. A vitamina K foi aplicada gentilmente pela pediatra durante a mamada. Dra. Daniele e a enfermeira Daiane estavam ali para orientar a pega correta. Anderson e Dra. Adélia elogiavam a obediência da Ana Leticia por ter nascido antes da meia-noite.</div>
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Após a sutura (sim, essa parte é bastante incômoda mas a equipe ajudou muito a suavizar o processo), fui ao banheiro tomar um banho rápido. Daiane estava ali me encorajando e pronta a dar apoio caso eu pedisse. Jeiéli seguia nos observando e dando o suporte necessário. De banho tomado e vestida com minha própria roupa, senti uma fome do tamanho do mundo inteiro e pedi um lanche.</div>
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Fomos para o nosso quarto e optei pelo suporte da cadeira de rodas no trajeto, pois estava cansada da longa maratona. Nos despedimos da nossa doula e ficamos ali na atividade que Ana Leticia mais gosta até hoje: mamar.</div>
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Há dois anos essa princesa alegre, bagunceira e cheia de personalidade chegou na nossa família e meu coração transborda de amor, de gratidão a Deus, ao meu esposo e a todos que fizeram parte desse momento. No dia 20/07/2015, às 23:45, Ana Leticia nasceu e eu renasci como mulher e como mãe.</div>
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por Vanessa, esposa do Anderson, mãe do Levi, da Ana Leticia e esperando a Liz. </div>
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<br />Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-44337124012519587182017-10-02T07:59:00.000-07:002017-10-02T08:06:52.555-07:00Projeto Doulas Voluntárias em Ji-Paraná<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbASb7GadmGnIIf5WpkXo6i_bcn8e7fsY2sEdURMRczyXE_7WSpTdvSBDBRdeo3thUexesDw0aPFSDQPMJNhpXBeJPKC_vHShgSD_iL1lajCngvbeNBlKGGpqV-_LHTHhI_y-1I6_xt-mb/s1600/IMG-20170923-WA0016.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuxzOjzCYl7BtDIBsvYJZy8fRhwVei0F4zI5jQ6lOSPEB4ZQu20XOb8iUb-ogVVtaXd2Sdz-WV_kQCQfN-KbGEc5R1E4iEsqlk5Scmzfn5vjBwAkmDC6loAzZQYDNQGyhpkk5nIPq_bUiS/s1600/IMG-20170923-WA0018.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuxzOjzCYl7BtDIBsvYJZy8fRhwVei0F4zI5jQ6lOSPEB4ZQu20XOb8iUb-ogVVtaXd2Sdz-WV_kQCQfN-KbGEc5R1E4iEsqlk5Scmzfn5vjBwAkmDC6loAzZQYDNQGyhpkk5nIPq_bUiS/s400/IMG-20170923-WA0018.jpg" /></a><br /><br /><br />Radiante com a notícia que recebi - em primeiríssima mão - de que o hospital público de Ji-Paraná agora conta com projeto de doulas voluntárias, abro espaço para que a idealizadora do projeto, Doula Layne, nos conte como tem sido a experiência. <br /><br />O Doulas Voluntárias é uma sementinha que lancei com muito amor em 2014, em Cacoal, e já tenho dados frutos em outras cidades do país! <br /><br />O serviço voluntário é legítimo, <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9608.htm">amparado por lei</a> e costuma ser excelente ferramenta de melhorias. Em se tratando do trabalho de doulas, ainda pouco comum no brasil, o serviço voluntário ganha aspectos positivos com relação à mutualidade, ou seja, benefícios para ambas as partes. Ganha a doula com experiência e vivências únicas relacionadas à realidade obstétrica do local e ganha a unidade de saúde e, mais ainda, as usuárias do serviço de saúde por poderem dispor de um serviço da mais alta qualidade e com resultados comprovadamente positivos.<br /><br />Vamos ouvir a idealizadora do projeto em Ji-Paraná: <br /><br /><br /><br />"Desde quando conheci o trabalho das Doulas, em 2015, me capacitei e mergulhei profundamente nesse universo do parto e nascimento, logo tive a oportunidade de acompanhar alguns partos em hospitais particulares de Ji-paraná, e comecei a perceber o quanto faltava (e ainda falta) levar informações sobre parto e apresentar o trabalho das doulas para nossa cidade. </div>
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<br /></div>
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Foi quando eu encontrei no blog Parto em Rondônia, uma matéria <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2014/07/projeto-para-doulas-voluntarias.html">Doulas Voluntárias</a>, desenvolvido pela doula de Cacoal Cariny Cielo, que com grande generosidade disponibilizou para que outras profissionais de outras cidades pudessem utilizar. <br /><br />Então iniciei as adaptações para trazer o projeto para Ji-Paraná. A ideia ficou pausada por quase um ano, até que iniciei um estágio do meu curso de Psicologia nas UBS (unidade básica de saúde). </div>
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<br />Levando informações importantes para as gestantes, como o trabalho das doulas, técnicas utilizadas para o alivio da dor do parto, vínculos afetivos desenvolvidos durante a amamentação entre outros.<br /><br />Foi aí que despertou ainda mais o desejo de estar ao lado dessas mulheres na hora do nascimento dos seu filhos e ter a oportunidade de demostrar na pratica o trabalho da Doula no parto e pós parto, apresentar não somente para as gestantes, mais toda a equipe multidisciplinar da maternidade do Hospital Municipal de Ji-paraná.<br /><br />Depois de algumas poucas alterações no projeto anterior, surgiu o "Projeto ReNascer": Doulas voluntárias de Ji-Paraná. <br /><br />Entrei em contato com o enfermeiro Rafael Pappa, chefe da maternidade do HM que, com gentileza, recebeu o projeto e apresentou a direção do hospital, o qual aprovou, para que eu e outras Doulas, cadastradas no projeto possam atuar na maternidade. <br /><br />Estou atuando duas vezes na semana na sala de pré-parto, ajudando as mulheres que desejam o acompanhamento da Doulas. Proporcionando um apoio continuo emocional e físico durante o parto, para seja o mais tranquilo possível, em um momento que é tão importante para uma família.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbASb7GadmGnIIf5WpkXo6i_bcn8e7fsY2sEdURMRczyXE_7WSpTdvSBDBRdeo3thUexesDw0aPFSDQPMJNhpXBeJPKC_vHShgSD_iL1lajCngvbeNBlKGGpqV-_LHTHhI_y-1I6_xt-mb/s1600/IMG-20170923-WA0016.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbASb7GadmGnIIf5WpkXo6i_bcn8e7fsY2sEdURMRczyXE_7WSpTdvSBDBRdeo3thUexesDw0aPFSDQPMJNhpXBeJPKC_vHShgSD_iL1lajCngvbeNBlKGGpqV-_LHTHhI_y-1I6_xt-mb/s400/IMG-20170923-WA0016.jpg" /></a><br /><br />Levar um atendimento de respeito a essas mulheres com um toque de carinho, massagem, um olhar de tranquilidade e no final de cada parto essas mulheres segurar seu filho e logo te olhar com gratidão não tem preço, me emociono a cada parto e nascimento.<br /><br />Quero aqui agradecer à Cariny Cielo que idealizou o projeto e o disponibilizou para que outras Doulas possam ajudar outras mulheres também, ao enfermeiro Rafael Pappa e toda a equipe da maternidade do Hospital Municipal de Ji-paraná que me recebeu com tanto carinho."</div>
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<br /></div>
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Gostou da novidade? </div>
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Você é Ji-Paraná e fez parte do projeto? Conta pra nós como foi! <br /><br /><a href="https://www.facebook.com/layneregina2505?pnref=friends.search">Elaine Regina</a> é Doula em Ji-Paraná, Educadora perinatal eAcadêmica do curso de Psicologia da <a href="http://www.unijipa.edu.br/">UNIJIPA</a>. Contato: <laineregina250543@gmail.com><br /><br /><br /></div>
<span class="gI"><span class="go"><span aria-hidden="true"><br /></span></span></span>Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-89649535104817807372017-08-21T15:04:00.000-07:002017-08-21T15:04:04.501-07:00Relato de parto da Sandra: terceiro parto normal hospitalar em Ji-Paraná <div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzBQ1yawY_XF31Xf2w3KhEqT8qu0BS4Y16piwnqJ0ns_IJ3G-5CTHEtJ6_KSGGRmxmETIdezxHzYmjGJaIFKzrMM3tY_LcrDfogVIpMV6gRIZ5t2XYxcCkKzhwPvLIYBmbqrKZbPTQiMl6/s1600/IMG-20170820-WA0003.jpg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzBQ1yawY_XF31Xf2w3KhEqT8qu0BS4Y16piwnqJ0ns_IJ3G-5CTHEtJ6_KSGGRmxmETIdezxHzYmjGJaIFKzrMM3tY_LcrDfogVIpMV6gRIZ5t2XYxcCkKzhwPvLIYBmbqrKZbPTQiMl6/s400/IMG-20170820-WA0003.jpg" width="400" /></a></div>
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Trazer ao blog o SEGUNDO relato de parto é motivo para comemoração em dobro não é? A Sandra já <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2014/04/relato-de-parto-parto-natural.html">pariu</a> e nos emocionou com uma história leve e divertida. Desta vez, grávida do terceiro filho, ficamos todos acompanhando no grupo <a href="https://www.facebook.com/groups/partoemrondonia/">Parto Em Rondônia</a> e na torcida por um desfecho igualmente feliz! E esse dia chegou... <br />
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Sou a Sandra, de Ji-Paraná - RO, agora mãe de 3 meninos.<br />
Três histórias diferentes para contar.<br />
Três partos absolutamente diferentes um do outro, no mesmo hospital.<br />
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Primeiro parto, traumático, violento, anormal.<br />
<a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2014/04/relato-de-parto-parto-natural.html">Segundo parto</a>, normal com menos intervenções.<br />
Terceiro parto, um parto a jato, lindo, natural e é desse que quero falar!<br />
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Leonardo estava previsto para dia 10-11-13/08 segundo as ultrassonografias, mas isso não me deixava tão ansiosa quanto ao atendimento que me esperava no hospital daqui. Dia 15 de agosto acordei com contrações doloridas de madrugada mas não dei crédito pra elas. Às 10 horas, comecei a fazer almoço porque tinha um compromisso às 11 horas e precisava deixar tudo pronto. Mas, nesse momento entendi que as contrações eram sinal do Leo querendo vir. <br />
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Contei para as amigas de um grupo de mães no whats só pra deixar todas ansiosas junto comigo kkkkkkk. Terminei o almoço e fui preparar minha mala que levaria para o hospital (sim, enrolei a gravidez toda)... terminada a mala, já estava me exercitando esperando o trabalho de parto engrenar. <br />
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Passei a tarde tranquila, sentindo que as contrações aumentavam, mas não quis alarmar ninguém porque estava na casa da minha mãe e ela é um pouco desesperada e não ajuda muito. kkkkkkkkk<br />
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Enfim, decidi ir pro hospital às 18:35, e já fui sabendo que estava próximo. O hospital não aceitava acompanhante homem e uma tia ia me acompanhar. Tudo certo, fui com meu esposo que me deixaria e aguardaria notícias do lado de fora.<br />
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Demos entrada às 18:45, médico naturalista me atendeu, fez toque (por incrível que pareça não senti dor) disse que eu podia ir pro pré parto, enquanto meu marido faria minha internação. Fui. Contração atrás de contração e nada da minha tia chegar.<br />
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Às 19:34, com uma contração muito forte e uma força involuntária, a bolsa rompeu, coloquei a mão e senti o círculo de fogo. Gritei pro meu esposo que ia nascer e pedi pra chamarem a enfermeira. Ela chegou, agachou na minha frente e pacientemente me guiou, me ajudando a respirar, me amparando.<br />
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Meu esposo me manteve de cócoras e ajudou aparar o bebê que foi muito parceiro e juntos conseguimos realizar mais um sonho. Papai cortou o cordão (cordão esse que tinha um nó verdadeiro e que fizemos questão de registrar).<br />
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Foi lindo, foi uma experiência de renascimento, tanto pra mim quanto pro pai que pôde participar de tudo. E a minha tia que ia me acompanhar, chegou no exato momento do nascimento mas não quis "atrapalhar".<br />
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Leonardo Gael nasceu com 3,590kg e 52cm de PARTO NATURAL HOSPITALAR<br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-Fs1jr1_JBIPKsyquWUvRixnxyW-b-JbpYLrdJHnQOTJaGEtmGsAGylUNi1L6zqep0AnpU6aADI41vYDNXirsdLuQAt0Jg5_1RRVz3Et6NgXVYa_DSxGphYRIZKdh-UcgKRpaeQl2dsLU/s1600/IMG-20170820-WA0004.jpg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-Fs1jr1_JBIPKsyquWUvRixnxyW-b-JbpYLrdJHnQOTJaGEtmGsAGylUNi1L6zqep0AnpU6aADI41vYDNXirsdLuQAt0Jg5_1RRVz3Et6NgXVYa_DSxGphYRIZKdh-UcgKRpaeQl2dsLU/s400/IMG-20170820-WA0004.jpg" width="400" /></a></div>
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<br />Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4724661622326843615.post-43927611418777636382017-08-07T07:12:00.001-07:002017-08-07T09:07:47.395-07:00Relato de parto da Izabela: Nascimento de Clarice: Parto domiciliar assistido, em Porto Velho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZms8gWX_pCUBYrtP_PkchGZw3IcwRsf7ZLh23VFaL66eTuN_z4o1q9IFST5YePKNTU4Dg2qvcCMuJ_KU4GXx8_BdKB88WU5KmNxWx-PyJZciiw9mxtt2aL2m-vzKyWayfSTxU7YjkTwLe/s1600/IMG-20170807-WA0005.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><br /></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhtG5s6rPW4l_fKls1GMyi0EvKrKVYUX6x9KAHFxlQBd4p97KjvU5TbZzN697ONowKmf1qjg6utrrTxAukN-gupPdsO5YkHGW9ZcO7gwx-aHyRA38gHsKK-CfJu4NZgX90t24m42PU7gwR/s1600/IMG-20170807-WA0019.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhtG5s6rPW4l_fKls1GMyi0EvKrKVYUX6x9KAHFxlQBd4p97KjvU5TbZzN697ONowKmf1qjg6utrrTxAukN-gupPdsO5YkHGW9ZcO7gwx-aHyRA38gHsKK-CfJu4NZgX90t24m42PU7gwR/s400/IMG-20170807-WA0019.jpg" /></a><br />
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Nasceu a Luminosa! <br />
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Clarice significa a que é brilhante, a que produz luz! Assim, na calada da noite e na virada da lua, chegou essa menina intensa. Escolheu uma parteira para mãe e não poderia ter acertado mais! <br />
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<a href="https://www.facebook.com/izabela.teixeiramelo">Izabela</a> é parteira e intensa... igual sua menina Clarice.<br />
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Em 2013, veio de Porto Velho para Cacoal só para assistir a <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2013/11/filme-o-renascimento-do-parto-em-cacoal.html">estreia no cinema</a> do filme O Renascimento do Parto. Saiu aos prantos, me emocionando, dizendo perceber tão nitidamente, a razão pela qual havia nascido.<br />
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Se é pra marchar, Izabela<a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2012/08/a-marcha-e-as-mulheres-dancando.html"> marcha</a>! Se é pra instruir, Izabela <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2015/03/">instrui e realiza</a>! Que frutos poderiam colher aquela que luta por nascimento respeitoso e digno, por parto baseado em evidências científicas... que luta por ser exatamente aquilo que prega e defende? <br />
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Acredito que ninguém esperava mais a concretização deste relato, do que eu, Cariny! Isto porque, há pouco mais de 5 anos, não havia relatos de partos na internet do nosso Estado! Hoje, temos <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/">Doulas</a>, temos relatos, temos Grupos de apoio, temos histórias felizes de escolhas seguras espalhadas por toda Rondônia! <br />
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Podemos agora ver, e nos emocionar, viajando nas histórias dos partos desta enfermeira obstetra que precisou vencer muitos medos... navegou nos mares da ambivalência entre a visão profissional e técnica e sua essência, seus instintos de mulher, de mãe. Que bom que ela abriu seu coração, deixou-nos entrar em sua intimidade e nos mostrou um mar de amor e fé...<br />
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O resultado está todo aqui. Desfrutem.<br />
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Desde que comecei a acompanhar partos sonhei como seriam os meus, porém nem nos meus melhores sonhos eu imaginaria viver as duas melhores experiências de transformação e amor.<br />
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Me arrepio só de lembrar!<br />
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<strong>Nascimento do Valentin</strong><br />
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Meu primeiro filho veio cheio de desafios, fruto de uma gravidez mais que planejada, tranquila e sem intercorrências ❤ <br />
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Nasceu num parto domiciliar, assistido pela <a href="https://www.facebook.com/hanamicuiaba">Equipe Hannami de Cuiabá</a> (Enfermeiras Bruna e Damaris, Doula Amanda), na casa da minha amiga Elis Freitas (<a href="http://www.elisfreitasfotografias.com/">Fotógrafa e Doula</a>). <br />
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Não poderia ter dado mais certo ❤!<br />
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Assim vivi junto ao meu marido Helton, a nossa primeira experiência de nascimento do nosso primogênito Valentin. <br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM8cbwXEaMdaToFQFpaDiMYN04Czdrf8Q2J21JwDTTvaK_Cfjcy3Yf0gIdR2VaNiMJAIxFhaCR887LM_Uyn1QLUJC5tZdilKjxrCjQIRYQdar4wMZ4A-y7e8XOKWTITKpDuXNr0cme-mY6/s1600/IMG-20170807-WA0003.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM8cbwXEaMdaToFQFpaDiMYN04Czdrf8Q2J21JwDTTvaK_Cfjcy3Yf0gIdR2VaNiMJAIxFhaCR887LM_Uyn1QLUJC5tZdilKjxrCjQIRYQdar4wMZ4A-y7e8XOKWTITKpDuXNr0cme-mY6/s400/IMG-20170807-WA0003.jpg" /></a><br />
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<a href="https://vimeo.com/109750628">Vídeo aqui!</a><br />
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<strong>Nascimento da Clarice</strong><br />
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Desde o nascimento do Valentin, já tínhamos em mente que o nosso segundo filho nasceria em nossa casa, planejamos e enfim, em 2017, começamos o ano de casa nova. No dia 23 de outubro de 2016 descobrimos que estávamos grávidos novamente. Conversei com Elis e disse que ela não poderia faltar nesse momento em nossas vidas. <br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigXxKKBr9KVRFCv0C_b2hV1cUi0_NSqjxQLjK8CPJ6xKpgUEXULlweucZe_tvJOqxvqOmPpIi2uZNH8DO_xZ5ZsP6xXcT-KHMPt2X56UhOv2X39dYMqGTgRYXvP_b68cdwvI1cqHhQepUZ/s1600/IMG-20170807-WA0007.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigXxKKBr9KVRFCv0C_b2hV1cUi0_NSqjxQLjK8CPJ6xKpgUEXULlweucZe_tvJOqxvqOmPpIi2uZNH8DO_xZ5ZsP6xXcT-KHMPt2X56UhOv2X39dYMqGTgRYXvP_b68cdwvI1cqHhQepUZ/s400/IMG-20170807-WA0007.jpg" /></a><br />
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Clarice desde cedo, com 34 semanas aproximadamente, já demonstrava que chegaria rapidamente, eu sentia... a forma com que ela se encaixava no meu corpo era diferente, era forte, intensa. Me fez desacelerar meu ritmo, me tirou do controle, ainda na gestação. Mesmo sendo tranquilizada e acalmada pelo meu médico, que sempre apoiou a minha decisão e soube das minhas escolhas de parir, eu me sentia insegura. <br />
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Quando uma parturiente e uma <a href="https://www.facebook.com/Bello-Parto-1386422051571790/">parteira</a> estão no mesmo corpo, há um sensação estranha de poder enxergar tudo de fora para dentro, como um mergulho dentro do próprio corpo, precisei me despir dos medos da prematuridade, do controle para parir.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiteXe3HlctZk_ttPH12R1nD24NCl8bniC-0215hNMyyJsUpBwpO1lhQHPm-PwztnC56-k_JQmYgU-AQm1YJZUOnp2gvagX7iUzMO8vTFMLTWG8rSkKRnuJ2WfCQ_hxw7df4mZlqB3I5dgm/s1600/IMG-20170807-WA0008.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiteXe3HlctZk_ttPH12R1nD24NCl8bniC-0215hNMyyJsUpBwpO1lhQHPm-PwztnC56-k_JQmYgU-AQm1YJZUOnp2gvagX7iUzMO8vTFMLTWG8rSkKRnuJ2WfCQ_hxw7df4mZlqB3I5dgm/s400/IMG-20170807-WA0008.jpg" /></a><br />
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Com o meu chá de bênçãos que minhas doulas Helena e Talita organizaram, consegui me entregar, dividir com mulheres que também acreditavam no meu corpo e na minha historia, foi uma conexão incrível.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF3UCOtySvcdhns16dJBqpRwFHA69oowp1054FWKOoLAlnTsAmcyxmhlW106qn_VRLwdYK7R5Uc45sXOm3xQxXk80XrfGe2-AjnWZp9GaX84z6ke5Q0U1qY_L41mFuex5g9TXddk99gdeP/s1600/IMG-20170807-WA0006.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF3UCOtySvcdhns16dJBqpRwFHA69oowp1054FWKOoLAlnTsAmcyxmhlW106qn_VRLwdYK7R5Uc45sXOm3xQxXk80XrfGe2-AjnWZp9GaX84z6ke5Q0U1qY_L41mFuex5g9TXddk99gdeP/s400/IMG-20170807-WA0006.jpg" /></a><br />
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Tudo pronto, Julho chegou! Elis chegou! Sandra e Nayra, minhas parteiras, deixaram tudo prontinho... minha casa estava toda arrumada para a chegada de Clarice ❤ <br />
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No dia 9 de julho, fui a um evento de uma amiga junto com meu filho e, por volta das 17 horas comecei a sentir umas cólicas leves que eu não sabia nem descrever ... sim eu não soube descrever kkkkkkk. Às 19 horas, quando eu estava saindo do evento, ainda com aquelas cólicas, sem rumo, sem descrição. Ali eu senti, que estava próxima a chegada da Clarice. <br />
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Liguei para o meu marido, avisei que estava sentindo umas cólicas, porém aquilo não seria motivo de alardes, poderiam durar semanas, horas, tudo poderia acontecer.<br />
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A Lua estava linda, sim era uma virada de lua ❤<br />
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Meu marido veio de um plantão de 36 horas exausto. Ao chegar em casa, comecei a organizar as coisas para que tudo ficasse lindo para o tão esperado dia. As cólicas, ainda irregulares e leves, começaram a dar sinais de incomodo por volta de 23 horas, quando pedi ao meu marido que fosse descansar, que naquela noite poderia ser que Clarice chegasse!<br />
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Avisei a minha parteira Sandra e minha <a href="https://www.facebook.com/araripegrupodeapoio">Doula Helena</a> sem alardes, sem sustos, porque eu realmente me sentia bem e estava tranquila, fiz minhas orações. <br />
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Às 23:30 comecei a sentir umas coisas estranhas e avisei Helena. Pedi que viesses ficar comigo em casa... eu não sabia descrever o que estava sentindo! Sem perda de tampão, sem contrações, apenas cólicas mais intensas. Helena chegou por volta de meia noite, as dores começaram a intensificar, apertarem de verdade, nada servia mais, nem bola, nem massagem, apenas o chuveiro de água quente aliviava a minha dor. Helena chamou meu marido para que preparasse a banheira, ligou para Sandra e para Elis. Tudo aconteceu dali muito rápido. <br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwWm2RMtjwh9YtDV-eID95NGHnSZIOGdFhjDVIlXDtAZK6zK0c0RAG8HTb4NWyJ2UO9KAvjSIwPSD7QLUwyrn8Ezw7dpltLvvEFuFFO179ggIqIlOyPRNOkE38ONrpmNf_Oc-SGC2GuaNo/s1600/IMG-20170807-WA0004.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwWm2RMtjwh9YtDV-eID95NGHnSZIOGdFhjDVIlXDtAZK6zK0c0RAG8HTb4NWyJ2UO9KAvjSIwPSD7QLUwyrn8Ezw7dpltLvvEFuFFO179ggIqIlOyPRNOkE38ONrpmNf_Oc-SGC2GuaNo/s400/IMG-20170807-WA0004.jpg" /></a><br />
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Agora sim eu sabia o que estava ocorrendo, eu estava parindo! De olhos fechados, eu sentia cada vez mais Clarice passando por mim... às vezes eu mal tinha tempo de respirar, ela veio realmente muito intensa. A todo tempo eu perguntava pela Sandra e pela Elis. Como no sonho das minhas amigas Doulas <a href="http://mimamae.blogspot.com.br/">Mileide</a> e <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2015/08/grupos-de-apoio-araripe-grupo-de-apoio.html">Talita</a> e no meu sonho: tudo seria muito rápido, e era assim que estava acontecendo! <br />
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Meu coração se acalmou quando vi Elis me olhando na porta do banheiro, com um sorriso que dizia: "eu cheguei, vim de tão longe e já deu certo". Faltava Sandra que veio voado e já me encontrou dizendo que ela já estava ali, que Clarice ia nascer. Tínhamos sonhado isso tantas vezes, viver essa experiência juntas, como queríamos da primeira gestação. <br />
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Fomos para sala , organizamos o sofá, e às 01:59 da manhã, rodeada de muito amor, com o meu marido segurando minhas mãos e com olhar amoroso que sempre acreditou em mim e nas minhas escolhas ❤ , minha equipe , minha doula...<br />
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Clarice nasceu ❤ <br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrvpMny9WF7RLX83yUJYOZAmQxmz-KWzCXlq5UDet9f7GUGSeijpcWtxhtZGWwaiAYNFviuO-IhJMoGe_8F3ik0_D03QJ8KHP_2hJPe4saL5v2D6viG70YYTrx9EK1-ndwdVFFL-P6NS80/s1600/IMG-20170807-WA0020+%252800000003%2529.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrvpMny9WF7RLX83yUJYOZAmQxmz-KWzCXlq5UDet9f7GUGSeijpcWtxhtZGWwaiAYNFviuO-IhJMoGe_8F3ik0_D03QJ8KHP_2hJPe4saL5v2D6viG70YYTrx9EK1-ndwdVFFL-P6NS80/s400/IMG-20170807-WA0020+%252800000003%2529.jpg" /></a><br />
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A palavra que define esse nascimento é: intensidade! Eu me senti muito completa, muito imersa na minha dor e no meu corpo.<br />
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Foram praticamente as 2 ou 3 horas mais intensas da minha vida, que me deram um amor de 51 cm, 3.490g, nas minhas 38 semanas e 2 dias (10/07/2017)! Minha menina, minha força, minha Clarice.<br />
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A escolha desse nome, <a href="https://www.dicionariodenomesproprios.com.br/clarice/">Clarice</a>, veio de uma historia muito especial que vivi em Recife, no meu curso de Parteria Urbana. De uma bebê linda e guerreira que acompanhamos nascer e nos provou que o milagre da Vida existe porque as mulheres sabem parir e os bebês sabem nascer! E o quão importante é o nosso trabalho, e a responsabilidade dele. ❤<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOiNItbZS3stHpKrWUa5E2GC-xdLPSF1L6awX_hc3FXlw0kMW0SgA3K8fWhyphenhyphenaiFtDgjYUskFflom4RQ_MnOMr1eItDfEaPGFrFXsFam7rSMA2hB0memUapgkBhqZVA1Pz91qmQx_l14wmN/s1600/IMG-20170807-WA0002.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOiNItbZS3stHpKrWUa5E2GC-xdLPSF1L6awX_hc3FXlw0kMW0SgA3K8fWhyphenhyphenaiFtDgjYUskFflom4RQ_MnOMr1eItDfEaPGFrFXsFam7rSMA2hB0memUapgkBhqZVA1Pz91qmQx_l14wmN/s400/IMG-20170807-WA0002.jpg" /></a><br />
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Obrigada a todas!<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXADn2eCebTgZMdcg80Dk5CqL5MyjX-DBnj1A__GcWgT4rflVCW9gVhhHnlRmyE_gfiBbIEZYL_xakqU9Or64TFZnzvuElkrt2-skdCJ6rpwTH0R3Pinx3bcJA0wEzxFTTq6Pj4sOFSPC1/s1600/_DSF8934.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXADn2eCebTgZMdcg80Dk5CqL5MyjX-DBnj1A__GcWgT4rflVCW9gVhhHnlRmyE_gfiBbIEZYL_xakqU9Or64TFZnzvuElkrt2-skdCJ6rpwTH0R3Pinx3bcJA0wEzxFTTq6Pj4sOFSPC1/s400/_DSF8934.jpg" /></a><br />
<span style="font-size: x-small;">Na foto: Parteiras Nayra e Sandra, Izabela, Doula Helena, Fotografa Elis e Clarice.</span><br />
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Equipe: Enfermeiras obstetras <a href="https://pt-br.facebook.com/pg/Bello-Parto-1386422051571790/about/?ref=page_internal">Sandra e Nayra</a><br />
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Fotografia: <a href="https://www.facebook.com/elisfreitasfotografias">Elis Freitas</a>. Não deixe de ver mais fotos:<a href="https://www.facebook.com/pg/elisfreitasfotografias/photos/?tab=album&album_id=1930125407205241"> Aqui</a><br />
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Doula: <a href="http://www.partoemrondonia.com.br/2015/08/grupos-de-apoio-araripe-grupo-de-apoio.html">Helena</a> Grupo Araripe de Apoio ao Parto <br />
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<br />Cariny Cielohttp://www.blogger.com/profile/07737091045808874051noreply@blogger.com0