2 de maio de 2013

Reflexões: O amor e seus votos...

Imagem daqui


por Cariny Cielo

Este texto nasceu há dois anos atrás, quando eu estava grávida do caçula e precisa de uma mão amiga pra me guiar naquela que foi a maior jornada de fé na vida que já vivi...

Estava abandonado na relação de rascunhos e, como estou escarafunchando todas as gavetas e metamorfoseando todo esse blog, resolvi trazê-lo a tona!!!

Liga o som na música 'Endless love' e pega o lenço...


Nós amamos, no cotidiano da vida, de várias maneiras. Debaixo da rotina boba do acordar-trabalhar-comer-dormir, corre, pelos subterrâneos de nossas almas, a chama do amor que temos pelo nosso homem, pelos nossos filhos, por nós mesmos, por Deus, pelo mundo. O variar dos acontecimentos, as tormentas próprias de um mundo de dualidades não alteram estes amor verdadeiro. No entanto, ele morre, nasce, cresce, diminui, muda de astral... tudo ao sabor da maré da vida eterna.

Com uma frase, talvez despretenciosa, um amor fez-me assinar votos de eternidade quando segurou minha mão e pulou, junto comigo, no ‘familiar’ abismo do desconhecido.

Cansado de me ver peregrinar pelo direito de parir um filho com dignidade, ele sentenciou: “Eu sou a única pessoa que não vai te decepcionar na hora”. Sim, a única certeza que temos hoje, eu e meu bebê, é a de que o pai dele estará lá, ele estará lá por nós, o que quer que esse "lá" signifique. E foi assim que, de repente, esse homem cresceu mais para mim, ganhou mais forma. Quem faria um voto desses? “Sim, eu vou com você rumo ao desconhecido; eu mancharei minhas mãos com o sangue do teu corpo; eu viverei contigo o evento mais feminino do universo: o parir; eu serei teu esteio naquilo que sequer conheço; eu acredito em ti; eu acredito no invisível; eu acredito no que está totalmente fora de mim”.

Foi aí que me dei conta do que dizem os livros sagrados quando trazem que homem e mulher transmutam-se em um só corpo e em um só espírito. Ainda que outro, completo e alheio a mim, ele é um comigo, na mais profunda acepção do significado de unicidade.

De onde vem esta coragem que só de eu sentir, enche-me de emoção por ver, quase que concretamente, a confiança e a fé absoluta num propósito? Nós temos o amor cotidiano. Aquele que briga, que cansa, que cai, que levanta. Aquele que exige esforço, dedicação. Aquele que se esforça para enxergar o bom, aquele que aceita o ruim, como parte do acordo. Mas, volta e meia, sou assolada por estas manifestações de amor que me foge ao entendimento concreto, ao entendimento do homem e mulher de Marte e Vênus. Aquele que nos tira do lugar-comum e nos leva para outra dimensão, onde só existe luz; e o mundo, como o vemos, não é nada mais do que poeira cósmica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dê vida a este blog: comente...

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...