por Cariny Cielo
- Quer digitar a palavra ‘parte’, mas digita automaticamente a palavra ‘parto’, reiteradas vezes
- Círculo de fogo não é um filme em cartaz nos cinemas e sim um momento do expulsivo
- Ric não é Ric Martin, aquele cantor latino, e sim um famoso escritor e obstetra gaúcho
- AC não é 'Antes de Cristo', e sim Ana Cris, famosa obstetriz paulistana
- O nome Melania te lembra imediatamente de ‘indicações reais e fictícias de cesárea’
- Você não está na Revolução Francesa, mas vive gritando “Maíra Libertad”
- Polido tem o arroz e tem a Carla
- DPP, DUM, TP, PD, IU, AU, LM, LD viram siglas cotidianas e você passar a ter um glossário próprio pra conversar nas redes sociais
- Líquido nunca é um estado físico da água, é sempre o amniótico
- Bolsa é a que envolve o bebê, raramente você se lembra que usa uma a tira colo
- Frotinha não é o apelidoso carinho do Alexandre Frota e sim um fictício (ou não) obstetra cesarista
- Falar e escrever ‘menas’ não é mais um errinho de gramática
- Você fala em períneo mais do que qualquer outro ser humano na face da Terra
- GAMA não é um clube de futebol, e sim o Grupo de Apoio à Maternidade Ativa
- Os obstetras têm medo de conversar contigo
- Escreve rehuna com ‘h’ mesmo quando quer escrever a conjugação do verbo reunir
- Gravidez prolongada é só quando passa das 42 semanas
- As pessoas não te contam que escolheram fazer cesárea
- O Michel famoso é o Odent, e não o Teló, e você o cita como se ele fosse seu chegado
- Você vai ao cinema várias vezes para assistir ao mesmo documentário, e chora em todas elas
- Você compra o DVD do filme O Renascimento do Parto só pra emprestar pros outros
- Coroar não te lembra monarquia e sim uma fase do expulsivo
- Tampão não te lembra absorvente interno, e sim aquele mucoso, que sela o colo do útero.
- Você diz pra todo mundo que o parto nasce ‘entre as orelhas’
- Você não é soldado, mas vive marchando
- Você tem licença pra escrever coisas como ‘doula a quem doer’
- Você cria neologismos como partolândia, maridoulo, doulamiga, mamaço...
- Quando grávida... mente sobre a data provável do parto, jogando umas duas semanas a mais. Não gasta com enxoval e sim com livros e equipe de assistência ao parto. Exige que o pai do bebê saiba tanto de parto quanto você. Faz 1/5 dos exames de ultrassom que o médico pede
- Na hora de parir... você toma até tapa na cara, mas não toma sorinho na veia. Cortam teu pescoço, mas não cortam tua vagina. Amarram tua boca, mas não amarram tuas pernas.
- Você ajuda mulheres que nunca viu na vida e talvez nunca veja, mas sente como se fossem irmãs
- Machismo, misoginia, patriarcado passam a ser termos correntes que ganham um significado negativo muito profundo
- Você ri por dentro quando alguém diz ‘minha cesárea foi humanizada, teve luz apagada e tocou CD da Enya’
- Você chora por dentro quando alguém diz que ‘minha cesárea foi por sofrimento fetal. O bebê nasceu com apgar 10-10’
- Desconfia de grupos, blogs, sites e afins que chamam as mulheres de mãezinhas, gravidinhas e demais 'inhas'
- Faz alguém se arrepender amargamente de ter constrangido uma mulher amamentando convocando um mamaço que sempre sai nos jornais em todo Brasil
- Nunca foi muito boa em planejar, mas virou perita em plano de parto
- Você tem amigas que são a biblioteca cochrane ambulante
- Você sabe mais sobre os protocolos de atendimento ao neonato do que o seu pediatra
- Alojamento conjunto não tem nada a ver com militares dormindo todos juntos
- Colo tem dois: o do útero e o que a mãe dá ao bebê, sem ressalvas
- Você pode ser urbana, mas visita direto uma Vila
- Você explica que violência obstétrica existe pra pessoas que achavam que violência contra a mulher era só 'esposa apanhar de marido'
- Você ficou fã de uma cientista depois que ela virou mãe
- Pra você, parto bom é o parto livre, é o parto ativo, é o Parto do Princípio
- Mexer com Jorge Kuhn é mexer com você
- Sonha em fazer terapia com Laura Upliger, Eleanor Luzes, Evania Reichert, Laura Gutman...
- Você se empodera para o próprio parto e este empoderamento reverbera em outras áreas da sua vida
- Pra você, a Gisele Leal tem mais ibope que a Bündchen
- Bola de pilates não é pra fazer pilates, é pra relaxar a pelve durante o trabalho de parto e banqueta não é pra sentar, é pra parir
- Você é chamada constantemente de radical, mas sempre tem uma amiga mais radical que você... e isto é ótimo
Adorei. Vou repassar.
ResponderExcluirAriane Michelini
Amei!
ResponderExcluirMuito Bom!
ResponderExcluirFantástico! Vai dando uma coisa boa conforme a gente vai lendo e se identificando com o 1, 2, 3, 4, 5, ........ até chegar no 50 e "gabaritar" hahahahaha Tão eu!
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