23 de dezembro de 2013

Relato de parto da Verônica: parto natural hospitalar


Contrariando uma  pesquisa que apontou que a grande maioria das mulheres, quando engravida, prefere o parto normal, a Verônica não! Ela, de plano, pensou em ter sua filha de cesariana. Por uma coincidência do destino, que eu chamaria de dádiva mesmo, o marido dela foi amigo de infância da doula Izabela, que é proprietária da Bello Parto e partiu dele a ideia de frequentar os encontros. Enquanto muitas mulheres precisam travar batalhas até mesmo com o próprio marido para conseguir um parto digno e um nascimento respeitoso pro filho, a Verônica saiu na frente...

E quando a ansiedade apertou, ao invés de pedir, em oração, para que a Betina nascesse... a Verônica foi além... e, na própria fé, pediu paciência... para aguardar a chegada da filha, para que tivesse a tranquilidade necessária para esperar o tempo da filha! Que lição maravilhosa que ela vai deixar para esta criança, que nasceu em meio a tanto respeito - e que lição que ela deixa aqui, pra nós!!!

A partir de alguns encontros, de muita informação e da comunhão de desejos... chegou a Betina! Betina significa promessa de Deus... e é assim mesmo que a mãe dela, a Verônia, chama o próprio parto: Uma experiência maravilhosa, como Deus criou! Vamos ao relato!



Me chamo Verônica, tenho 23 anos e estou casada há um 1 ano com meu esposo Thiago, 29 anos. Nossa Betina nasceu de um parto natural no dia 02 de Dezembro, próximo de completamos 1 ano de casado no dia 08 de Dezembro, comemoramos 1 ano de casado com o melhor presente de todos.

Descobrimos nossa gravidez com aproximadamente duas semanas de gestação, foi uma descoberta que me assustou um pouco até porque nós estávamos completando 2 meses de casados e um filho estava nos nossos planos, mas a uma distancia um pouco maior.

Todo mundo ficou feliz com nossa gestação, meu bebê não foi planejado mas sempre foi muito esperado, eu e meu esposo amamos crianças. Durante a gravidez sempre procurei me informar para ter uma gravidez saudável. Logo quando casei meu marido fez um plano de saúde para mim e, logo ao mês seguinte descobrimos nossa gravidez, rolou aquela preocupação, pois o plano não cobriria o parto (nessa época, só vinha em minha mente cessaria). Conversei com meu medico sobre o que poderia fazer a respeito dessa “carência”, ele informou que poderia fazer um “desconto”.

Meses atrás quando trabalhava numa empresa de idiomas, conheci um medico que matriculou seus filhos comigo (ainda não sabia que era medico). Certo dia, quando a gente acorda preocupada com a gravidez, me senti mal e fui ao PS do hospital 9 de julho em Porto Velho e me deparo com o tal pai que matriculou seus filhos. Para o meu espanto ele era medico obstetra. Muito atencioso, me tranquilizou a respeito a minha gravidez e contei pra ele a questão do plano não cobrir minha cesárea... logo me disse “Porque você não faz parto normal? Você tem tudo para ter normal, sua gravidez está ótima, o bebe está ótima, seu corpo tem tudo para ter normal e digo mais, você pode ter lá na maternidade municipal sem medo, lá é referencia!"

Insistir a ele para ter cessaria com ele e ele novamente insistiu para eu ter normal, que seria a melhor coisa para mim e minha bebe. Foi então que meu marido, também de acordo, me mostrou no facebook um grupo chamado  Parto em Rondônia sobre parto humanizado em que fazia parte uma amiga de infância dele. Ela é proprietária da Bello Parto, um grupo de parto humanizado e é doula.

Fui a algumas reuniões e tirei toda minhas duvidas a respeito, fiquei encantada com a possibilidade, passei a me sentir encorajada e disposta a enfrentar tudo e todos, passei a me cuidar mais ainda, fiz caminhada, ficava na piscina. Contava para familiares sobre minha escolha, muitos eram a favor, pois todas minhas tias (família grande de cearense) tiveram filhos de parto normal. 

A parte contraria só me falava da DOR, eu que sempre fui medrosa... eu me imaginava como eu me comportaria mas, ao mesmo tempo também pensava: “foi assim que Deus fez, o corpo da mulher está preparado para isso, eu vou conseguir".

Eu sempre avisava meu marido a não me deixa desistir na hora e ele sempre me dizia que eu iria conseguir que não precisava disso. Com 39 semanas de gravidez já começaram as cobranças do nascimento da nossa primogênita. Familiares e amigos ligavam perguntando quando seria o parto e, eu com muita paciência, respondia que tudo iria acontecer no tempo determinado por Deus, só Ele saberia quando nossa Betina viria ao mundo... Eu tinha na minha cabeça que até as 41 semanas esperaria tranquilamente, mais minha ansiedade já estava dando sinal há muito tempo. 

Eu até fui ao médico e ele me disse a mesma coisa, para ter paciência que a Betina ainda não queria vim, estava muito gostoso na barriga da mamãe. Ele me disse para quando desse 41 semanas para ir ao consultório dele, completei 40 semanas num sábado. No domingo seguia minha ansiedade e de todos por sinal. No fim de domingo, dia de ir para missa, conversei com Deus e pedi para que nossa Betina nascesse no tempo dela e que ele me desse força e paciência. 

Quando deu mais ou menos 20 horas, comecei a sentir umas pontadas, nada de muito forte e, eu não queria me iludir achando que era o inicio do trabalho de parto, então fingi que nada aconteceu. Ao dormir comecei a conversar com ela, falando que eu estava muito curiosa para conhecê-la e que se ela demorasse pra nascer, a data ficaria muito perto do natal e, isso depois ela não iria gostar, querendo ou não ela ia ganhar só um presente de natal ou de aniversario (rsrs). 

Eu e meu marido fomos dormir rindo da brincadeira. Foi então que à 1 hora da manha, senti um “ploc”... fui ao banheiro, senti alguma coisa diferente novamente, um cheiro diferente, um volume diferente, meu sorriso foi no olho e, eu corri para contar para meu esposo! Ele na hora se levantou feliz e muito nervoso ao mesmo tempo. Fiquei calma, deitei e tentei dormir mas estava tão feliz que não conseguia fechar os olhos. 

As primeiras contrações me faziam rir, minha mãe que tinha chegado de viagem 10 dias antes - ela mora em Linhares-ES - também começou a sentir minhas contrações (era até engraçado). Minha felicidade era imensa, as contrações ainda não... conversei com as meninas do Bello Parto (sempre presente na minha gravidez) via whatsapp e, me pediram ficar calma e fazer exercício, tentei ficar calma pois as contrações começava a ficar mais fortes, mas fiquei caminhando pela casa acompanhado com meu marido. 

Às 3 horas da manhã fui ao hospital para saber minha situação, estava com apenas 2 cm de dilatação, voltei para casa pois na maternidade só é permitida a internação com 4 cm. Em casa com as dores mais fortes, queria dormir mas era impossível... as dores vinham e vinham fortes, não eram mais aquelas dores que me faziam sorrir, mas eu sabia que era para chegada da filhota. Isso que ia me acalmando. 

Cinco horas da manhã, fui a maternidade e ufa!, 4 cm de dilatação. Agora vai ser rápido, o medico ainda me disse “la pelas 11 horas ela nasce”...  ERRADO! rsrsrsrs

Me sentia cansada, sem vontade de fazer nada apenas de dormir, sentia as dores, ao lado do marido, e queria que as horas passassem rápido... Errado também! As horas passavam, menos as dores e nada de dilatação aumentar, meu marido insistia em fazer caminhada junto comigo para acelerar o trabalho de parto mas eu estava cansada. 

Às 8 horas, com 6 cm de dilatação, surge ela, com aquela rosto tranquilo que transmite paz: Sandra Schulz   (integrante do Bello Parto) e me pergunta: “Oi Veronica? Tá tudo bem?” e eu só respondia “Não, estou cansada, não vou conseguir”, então ela afirmou “você vai conseguir, sim! Pois eu vou ficar aqui com você”. 

Ela trocou de roupa e voltou com um copo de suco com glicose para me dar energia, já trouxe uma banqueta para auxiliar no parto humanizado e me deixou junto com meu esposo em baixo do chuveiro bem quente e deixava a água cair na lombar, enquanto meu marido fazia massagem, ajudou aliviar a dor. 

As dores eram mais fortes, ela sempre ao meu lado também me auxiliava na respiração. Fiquei horas e horas no chuveiro ao lado do meu marido, as vezes gritava com ele porém, ele nem ligava, apenas sorria e me pedia calma, que faltava pouco. 

Era só isso que os dois diziam: “calma, falta pouco, você vai conseguir”. Ao meio dia fui para cama e fiquei de quatro abraçada na cama, já não me importava com as dores, era uma posição mais confortável que achei. As dores vinham mais fortes, estava quase na hora, mais ou menos às 13 horas, percebi que a Sandra já arrumava o local para receber minha Betina, então eu pensei FALTA POUCO... mas aí as dores vinham fortes mesmo. 

Meu marido ajudava fazendo massagem na lombar e, segurando na minha mão ele disse baixinho no meu ouvido “Força amor, tá quase, já estou vendo o cabelinho dela”. A Sandra me pediu para quando a contração viessem eu fazer força... na primeira tentativa eu não achava força de lugar nenhum, então eu busquei forças... respirei, respirei e quando a contração final veio foi uma mistura de de dor e alivio... ouvir o chorinho dela, ver meu marido ao lado chorando de emoção... naquela ocasião nem lembrava mais que havia sentido dor.

A Sandra me trouxe a Betina e a colocou no meu peito... que sensação maravilhosa! Meu marido ao lado filmava tudo muito emocionado, olhei para minha filha e disse que ela era a banguela mais linda e todos do quartos riram, falei que ela tinha o queixo do vovó e o cabelo do papai. 

Assim nasceu minha filha amada, às 13:27 do dia 02 de Dezembro de 2013. Um bebezão com 3,835 quilos e 51cm. Não injetaram ocitocina, nem fizeram episiotomia, tive 2 pontos em razão da laceração. Se eu tivesse em outro local que não fosse a maternidade municipal não seria tão lindo assim. Foi maravilhosa a presença da Sandra e de meu marido que foi primordial desde do inicio da gravidez, sempre cuidado de mim e da Betina, com certeza ele sem eles não teria sido tao lindo e emocionante. 

Uma experiência maravilhosa como Deus criou.






2 de dezembro de 2013

Maternidade Ativa: a síndrome de down não detectada e muito amor às surpresas da vida



Umas das coisas mais deliciosas de se manter um blog é a oportunidade de conhecer pessoas!
Esta pessoa eu não conheci agora, mas a última vez que eu a vi, morávamos em Porto Velho e éramos meninas ainda. Hoje eu a encontrei numa condição muito especial e a convidei pro nosso espaço.

Ela é mãe agora e procura desenvolver a maternidade de forma consciente, encantada com este amor maior. Sinto-me honrada de poder levar à público uma condição especial e que poderá servir de norte para tantas famílias pelo mundo afora.

Já dissemos por aqui que 'Filhos... o importante é que venham...'. Sim, muito mais do que preferência pelo sexo, cor de olhos, saúde e ideais de perfeição, nossos filhos serão sempre aceitos e vêm por razões mágicas, por acordos encantados dos quais pouco compreendemos.

Temos aqui a dádiva de conhecer uma história (dentre muitas outras anônimas) em que o famigerado exame de translucência nucal e todos os demais exames da praxe de um pré-natal nada detectaram e eis que uma surpresa chegou!

Esta é a Lauriceane, fisioterapeuta, contando sobre sua primeira grande realização como mãe: receber o Lucas...





Após onze anos de namoro e cinco anos de casados, eu e meu marido, ambos com 26 anos na época decidimos engravidar do nosso primeiro filho, tudo muito programado e planejado. Na época, eu morava em Porto Velho, Rondônia, estava no último ano da faculdade de fisioterapia e iria me formar em dezembro de 2007.

Em setembro de 2007 procurei uma ginecologista obstétrica para me preparar para engravidar. Ela me receitou acido fólico por três meses antes da gravidez, pois tomava anticoncepcional há muito tempo. Após três meses de tentativas conseguimos engravidar.

Em fevereiro de 2008 fiz o exame de sangue e descobri que estava esperando o nosso primeiro filho, primeiro neto de ambas as partes, só alegria e muita emoção! Fiz o meu pré-natal minuciosamente e todos os exames ficavam sempre dentro da normalidade, inclusive o da translucência nucal. Com 16 semanas descobrimos o sexo: um menino e decidimos o nome: Lucas Pessetti Antonelo.

Nesta ultrassom o osso nasal estava presente (na síndrome de Down ele demora a aparecer devido ao formato do nariz característico da doença), enfim, tudo sempre normal.

Eu tive uma gestação saudável, só felicidade. Quando me aproximei da 37ª semana, conversei com minha médica e decidimos esperar o parto normal, porem não tive sucesso. Na ultima consulta com 39 semanas já estava há uma semana com 1 dedo de dilatação e o batimento do bebê já estava diminuindo, logo ela achou melhor interromper a gestação e fazermos a cesariana.

No dia 31 de outubro, as 17 hs, nasce o nosso amado e esperado Lucas. Durante o parto, mesmo sendo cesárea, a doutora teve dificuldade em retirar o Lucas. Tiveram que empurrar muito minha barriga e quando ela pegou e disse que ele tinha nascido, não o ouvi chorar. Questionei o anestesista que estava do meu lado e ele disse que estava tudo bem.

De repente vi o pediatra correr com o Lucas para a sala do lado e dentro de instantes o Lucas chorou, mas foi mais um grito do que choro. Depois de um tempo ele veio me mostrar o Lucas. Nossa muito lindoooo, todo delicadinho, porém bem roxinho e gelado! Perguntei se estava tudo bem, ele respondeu que sim, mas que estava com frio e que tinha que ficar na incubadora para aquecer. Pedi que avisasse meu marido, minha família e amigos que estavam aguardando lá fora o nascimento, pois o hospital que tive o Lucas não permitia a entrada de acompanhantes no parto cesariano.

Bom, enquanto eu estava no centro cirúrgico, antes de ir pro quarto, o pediatra estava dando a noticia para o meu marido e para os avós do Lucas. A notícia era a de que, provavelmente, ele seria portador da Síndrome de Down, tendo em vista algumas características que ele tinha observado. No entanto, avisou que só o exame de sangue, o cariótipo, iria confirmar.

Até esse momento, eu não sabia de nada... Meu marido não aguentou e foi caminhar em volta do hospital tentando aceitar a notícia... Meus pais não entendiam nem o que era ser uma criança com Síndrome de Down... Minha sogra, viúva e com muita fé, aceitou muito bem e tentou fortalecer os demais na aceitação...

Logo que fui para o quarto, vi que algo não estava bem. Não via meu marido perto de mim. Ainda sonolenta achei que estava lá com o Lucas na incubadora, porém, logo veio a minha médica – fantástica – de uma delicadeza imensa, me dar a notícia!

Ela iniciou a conversa dizendo que tínhamos feito todos os exames necessário e que tudo tinha dado normal, mas que o pediatra estava achando que o Lucas tinha síndrome de down. Nessa hora apenas conseguia ter mais amor no meu coração e dizer que não tinha problema, que o amaria do mesmo jeito, que era meu filho e que estava muito preparada para receber e amar muito o Lucas.

Sempre fui apaixonada pela pediatria e era essa área que queria seguir na minha carreira profissional, todo o meu trabalho de conclusão foi em estimulação precoce. Nossa! O Lucas nada mais era do que um grande presente de Deus na minha vida.

Logo em seguida meu marido entra no quarto abatido e preocupado. No entanto, quando viu minha reação, tudo foi mais tranquilo, toda a tensão acabou e começaram a, finalmente, comemorar o nascimento do nosso pequeno e amado Lucas!

Às oito horas da noite, o Lucas veio pro quarto e, quando peguei ele nos braços e ele abriu o olhinho pra mim, vi realmente que ele tinha Síndrome de Down, mas estava muito ativo e esperto. Eu notei quando ele abriu o olho por causa da prega oblíqua ocular, que só os orientais apresentam. Como na nossa família não temos orientais, não seria uma característica nossa.

O pediatra relatou, além da prega ocular, dedos das mãos curtos e grossos (apesar de que meu marido tem essa característica), linha da palma da mão única e hipotonia muscular (por isso que a médica teve dificuldade em retirar o Lucas, ele era muito molinho).

Muitos pediatras não acreditavam que ele tinha a síndrome, mas o neonatologista que pegou o Lucas é muito bom, ele de cara notou. É um medico muito conceituado em Porto Velho. Fui pra casa num domingo e na segunda fizemos todos os exames de ecografia dos órgãos, coração, tudo normal. O cariótipo confirmou a trissomia livre do cromossomo 21, ou seja, o Lucas era portador da Síndrome de Down e eu, como fisioterapeuta, comecei a estimulá-lo desde muito cedo.

O Lucas apresentou um pouco de dificuldade para mamar, não pela hipotonia de face, porque ele sempre apresentou muita força na sucção e sempre manteve a linguinha dentro da boca, mas sim porque meu bico do seio era muito grande e a boca dele muito pequena. Mas eu não desisti! Eu colocava ele para mamar e, quando recém nascido, tirava o leite, colocava numa seringa e ele sugava. Já era uma forma de estimulação pra musculatura da face. Com um mês ele já mamava perfeitamente no seio e foi até 1 ano e meio.


Meu trabalho de conclusão do curso de Fisioterapia foi através do método portage, uma escala que avalia a criança e descobre em que idade motora ela está e mostra o que a criança deveria estar apresentando 'motoramente' falando, comparando com a idade cronológica. Essa escala foi realizada para pais com filhos com síndrome de Down, por isso que digo que eu fui muito preparada por Deus, intuitivamente, pra receber o Lucas.

Na época não imaginaria que teria um filho especial, louco isso né?! A estimulação precoce é realizada através de exercícios que estimulam a criança a desenvolver as etapas do desenvolvimento motor, como rolar, sentar, engatinhar, caminhar.


Nossa família, além do Lucas, tem a Giovana de 1 ano e 8 meses e que não tem a síndrome. No entanto, eu nunca quis ter um segundo filho antes de curtir muito o meu filhão. Alguns profissionais diziam pra eu ter em seguida um irmão para ajudar a estimulá-lo, mas eu nunca achei isso certo. Queria ter na hora que eu pudesse dar a atenção necessária que uma criança requer. Logo quando o Lucas começou a caminhar, aos dois anos, decidi engravidar do nosso segundo filho.

Eu poderia ter feito essa aminiocentese nesta segunda gestação, mas não quis fazer, é um procedimento de risco e, sinceramente, pra mim não ia mudar em nada.


Na minha gestação do Lucas, os exames de ultrassom foram todos feitos com um médico muito bem conceituado em Porto Velho. Ele é amigo da nossa família e de extrema confiança. Tudo sempre dava normal, fiz até aquele mais avançado. Quando o Lucas nasceu, meu pai ligou pra esse médico e falou o que estava acontecendo e ele disse que a ultra-som tem algumas triagens que fazem pra ver se o feto apresenta alguma anomalia, porém no caso do Lucas todas eram normais, ou seja, não havia razão para se fazer exames mais invasivos, pois não havia nenhuma anormalidade nos ultrassons de rotina.

Explicou que só iríamos ter certeza fazendo uma amniocentese que é um exame que tira o sangue do cordão umbilical e faz o cariótipo, mas como eu tinha pouca idade e era o primeiro filho, não era recomendado fazer, até porque nos exames habituais o bebê não apresentava nenhum indício de ser portador da síndrome.

Hoje moramos em Gravataí, no Rio Grande do Sul, o Lucas está com cinco anos, frequenta há dois anos a escolinha e só nos dá orgulho, pois é muito inteligente, carinhoso e amado por todos. A fala ainda está querendo sair, mas a fonoaudióloga diz que ele está no caminho certo, compreende tudo e se comunica perfeitamente do jeitinho dele! E é isso que importa.




O grande segredo para se criar uma criança especial é só criar com muita normalidade, respeitando as limitações e dar muito AMOR, e isso graças a Deus nunca faltou pro nosso amado Lucas. 




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